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CIVIL (aula 2 apontamentos)

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Prévia do material em texto

→ CASAMENTO (conceito): historicamente já chegou a ser confundido, misturado ao
conceito de família;
→ SÍLVIO RODRIGUES (conceito): “casamento é um contrato especial de direito de
família, com a finalidade de regulação sexual, procriação, conforme a lei e a partir de uma
diversidade de sexos.”
→ DESCONTRUINDO.. 
• Atualmente no Brasil, não há mais a exigência de diversidade sexual para
que o casamento exista. Desde o ano de 2011, se discute no STF as
chamadas uniões estáveis homoafetivas. Do ano de 2011 ao ínicio de 2013,
alguns estados da Federação passaram a “aceitar” nos cartórios o
casamento civil de pessoas do mesmo sexo.
• Em maio de 2013, definitivamente, através de uma resolução do CNJ, a
determinação de que todos os cartórios brasileiros “aceitassem” o registro
do casamento de pessoas do mesmo sexo, ou seja, não há mais em que se
falar que uma característica do casamento seja a diversidade sexual.
→ Cronologicamente, o casamento deixou de ter como objetivo a regulação sexual, de
práticas sexuais de quem quer que seja, tal como o casamento deixou de ser relacionado
à procriação. 
• EM SUMA: regulação sexual e procriação não são mais tidas como características
do casamento.
→ Mas a definição dada por Sílvio Rodrigues chama a atenção devida ao entremeio que
corriqueiramente recorrente: O CASAMENTO É UM NEGÓCIO JURÍDICO OU UM ATO ?
1) O casamento não é meramente um ato, porque ele gera efeitos; e além desses
efeitos no plano jurídico, o casamento se inicia por uma VONTADE. E por se iniciar
por uma vontade, ele diretamente está ligado à ideia de negócio jurídico. 
2) Porém, o casamento não é um negócio jurídico, como os tradicionais, levando-se
em conta que o casamento não pode ser regulado totalmente à risca do modo que
é nos ditâmes da lei. 
→ Lei 11.441/07: a possibilidade do divórcio extrajudicial. 
• A dúvida que restava a cerca da natureza jurídica do casamento, com o advento
dessa lei, fica claro a sua natureza contratual do mesmo, já que ele se inicia com a
vontade das partes e se finda com a vontade das mesmas, sem necessitar da
intervenção do Estado, através do Judiciário. (CRISTIANO CHAVES DE FARIA)
• O fim do casamento, agora, pode ser feito no cartório, como feito no início. 
→ Mas a teoria mista é a que melhor capta a natureza jurídica do casamento, pois mesmo
que se inicie com a vontade das partes, ainda assim, necessita ser celebrado em
conformidade com o que é estabelecido em lei. 
→ CASAMENTO (conceito atual)
• O casamento é um contrato especial de direito de família em conformidade
com a lei, entre 2 pessoas baseado no afeto e na comunhão de vidas.
• Abriu-se um leque para abrangir todas as configurações de família atualmente
possíveis.
CIVIL IV (aula 2)
1. CASAMENTO
→ Há a possibilidade de mudança nesse conceito a longo prazo?
• Sim. Na parte em específico“ Entre 2 pessoas”..
• PORQUE? Devido à recente discussão no Direito do poliamor. 
• Porém, a Filosofia, a Ética e a Sociologia já discutem a moralidade dos
relacionamentos poli, a partir da poligamia: 
1) levantando a questão de que a poligamia deixe ou não de ser considerada crime;
2) se a poligamia tem ou não direitos; os problemas éticos enfrentados pela
poligamia; 
→ POLIAMOR difere de POLIGAMIA: para entender-se poligamia ou bigamia (como
definida no CP), precisa ficar claro a categoria casamento...
• No Brasil, é admito somente 1 casamento;
→ POLIAMOR (conceito): são várias uniões estáveis, sem a oficialidade de um
casamento.
→ POLIGAMIA: favorece 1 pessoa (núcleo) em detrimento dos outros.
→ Para isso, a Ética traz 2 soluções:
1) Polifidelidade: todos estariam CASADOS com todos.
• Assim se regulava o relacionamento, e o casamento não seria de um com os
outros, mas sim de todos com todos.
2) Família molecular: cada membro da família poderia ter outras famílias. Cada
núcleo da família poderia ter o seu próprio núcleo.
• É como se cada um pudesse optar pelos núcleos familiares que quisessem.
/
→ CC/16: diferença consubstancial
• meninos: aos 18 anos poderiam casar;
• meninas: aos 16 anos poderiam casar;
→ Capacidade geral para todos os atos da vida civil (CC/16): 21 anos.
→ CF/88: não há mais esta distinção.
• “todos são iguais perante a lei”
→ CC/02: trouxe a regulamentação para ambos. 
→ Capacidade civil atualmente no Brasil: 16 anos. 
→ SIM! Desde que devidamente autorizado pelos representantes legais para contrair-se o
casamento.
Ex: o maior de 16 e menor de 18 anos → precisa de uma autorização dos seus
representantes legais.
a) pai e mãe;
b) tutor;
• tanto tutela, curatela e a guarda pretendem resguardar direitos daqueles que
sozinhos não tem condições de fazer.
1) TUTELA: para menores de 18 anos; 
• só existe tutela na ausência do poder patrial;
• só há em que se falar na escolha de um tutor da vida de um menor de 18 anos
caso os pais tenham falecido ou na perda do poder patrial (SOMENTE);
• GUARDA: nem sempre é aquele que detém o poder familiar. São poderes
limitados que lhe são reservados, diferente de um tutor ou dos pais, mas agirá
sobre os direitos e deveres do menor.
2) CURATELA: para maiores de 18 anos;
→ Ambos os pais vivos e detentores do poder familiar, deverão autorizar o casamento.
→ Nesse caso, há o necessitar do que é chamado de SUPRIMENTO JUDICIAL DE
AUTORIZAÇÃO. 
→ SUPRIMENTO JUDICIAL DE AUTORIZAÇÃO: o juiz irá sanar a divergência dos pais.
• LEGITIMIDADE ATIVA PARA PROPÔR O S.J.A:
a) o detentor que deseja o casamento (o responsável que concorda);
b) o próprio nubente (menor) pode recorrer a Defensoria Pública ou Ministério Público
para intentar a ação;
c) o outro nunbente também pode buscar o S.J.A; 
→ O emancipado não necessita de autorização para o casamento. *
2. CAPACIDADE PARA O CASAMENTO
2.1 É POSSÍVEL CASAR AOS 16 ANOS ?
2.2 QUEM SÃO OS REPRESENTANTES LEGAIS ?
2.3 AUTORIZAÇÃO: EM CASO DE DIVERGÊNCIA DOS PAIS
→ Casando com autorização gerará os mesmos efeitos do que casando com o S.J.A?
Não. Porque? 
CASAMENTO COM AUTORIZAÇÃO CASAMENTO COM O S.J.A
* a permissibilidade da escolha do regime
de bens;
* OBRIGATORIAMENTE o regime será de
separação obrigatória de bens. O que é de
cada um dos nubentes após o casamento é
exclusivo de cada. 
* Não haverá confusão, divisão patrimonial.
* É uma forma de resguardar os interesses
do menor que irá futuramente casar através
do S.J.A.
→ Só será deferido o S.J.A somente no caso de negativa dos pais, por motivo
injustificável.
 Ex: nubentes de diferentes religiões → negativa dos pais → S.J.A deferido
 Ex2: nubente que deseja casar com um traficante de drogas → S.J.A indeferido por
motivos óbvios
→ 1641, CC: todas as hipóteses de casamento com o regime de separação obrigatória de
bens (S.J.A)
→ Pais ou tutor podem voltar atrás depois de autorizar? Até a data da celebração do
casamento é possível a revogação da autorização. 
OBS: Quando o nubente casa sem a autorização (dos pais/S.J.A):
1. Não houve autorização expressa, mas no dia do casamento os representantes
legais “consentem”: é chamada de “autorização tácita”. 
→ O incapaz, no caso, é incapaz de casar com qualquer pessoa.
→ INCAPACIDADE difere de IMPEDIMENTO:
1) INCAPACIDADE: o incapaz não casa com ninguém;
2) IMPEDIMENTO: o impedido não casa com determinadas pessoas;
Ex (incapaz): criança de 4 anos.
Ex (impedido): pessoa já casada.
→ CARLOS ROBERTO GONÇALVES (crítica): para ele, o casamento gera uma
incapacidade e não um impedimento. 
→ REGRA GERAL: 
• incapacidade: para todos;
• impedimento: determinadas pessoas;
3. INCAPACIDADE PARA O CASAMENTO
1) casado 
2) solteiro
3) divorciado
4) entre outros 
1. A NULIDADE É ABSOLUTA. E paraisso é necessário que:
• o casamento tenha sido realizado com um dos impedimentos do 1521;
• o casamento realizado com um enfermo mental. É imprescritível. *
 Ex: esquizofrênico.
2. ANULAÇÃO: é necessária a apresentação de causas para tal.
• que variam de 180 dias a 4 anos.
 Ex: erro sobre a identidade física da pessoa; erro sobre a pessoa do cônjuge.
EXEMPLOS: 
→ Nubente que casa sem autorização (dos pais / S.J.A). O que ocorre?
1. Não houve autorização expressa. Mas caso no dia da celebração do casamento,
os representantes legais “consentem”. É a chamada autorização tácita. 
2. Pais não consentindo: os representantes legais entrarão com uma ação para
anular o casamento, em 180 dias, contados da data da celebração do casamento.
3. E o próprio nubente pode intentar a anulação? Sim. Intenta-se a ação de anulação
a partir de atingida a capacidade civil plena (com 18 anos), contando-se daí + 180
dias para a anulação. 
• 1ª etapa do 1520:
→ para evitar imposição ou cumprimento de medida criminal;
• CP/16: 107, VII, CP: a extinção da punibilidade pelo casamento nos crimes de
estupro, atentado violento ao pudor e rapto (não taxados ainda como crime contra
a dignidade sexual à época)
• Era um “perdão dado pela lei na época”.
• Em 2005, esse dispositivo foi alterado: o casamento não extingue mais a
punibilidade. Após essa alteração, houve uma revogação parcial do 1520/CC à
época.
→ FLÁVIO TARTUCE (POSICIONAMENTO): nessa época a ação penal era privada
conidicionada à representação da vítima; e a partir do momento em que a vítima se casa
com seu agressor, automaticamente, é como se ela “perdoasse”, “consentisse”, logo, para
ele o 1520 é revogado com a entrada em vigor da lei 2.015/09.
→ LEI 2.015/09: altera o CP no que diz respeito aos crimes sexuais, chamados agora de
4. ESTADOS CIVIS ADMITIDOS NO BRASIL
Ex: um casamento anulado → volta-se ao estado civil de solteiro, 
ou a condição interior.
4. NULIDADE E ANULAÇÃO DO CASAMENTO
5. 1521/CC: EXCEÇÕES PARA O CASAMENTO ABAIXO DOS 16 ANOS
“crimes contra a dignidade sexual”, e mudando no que concerne à ação penal: deixa de
ser privada condicionada à representação para ser pública.
• e no que pertine às AP's com vítimas menores de 18 anos e vulneráveis, é pública
incondicionada. 
→ CARLOS ROBERTO GONÇALVES (POSICIONAMENTO): para ele, o ECA não prevê
que um menor de 18 anos venha atentar contra a dignidade sexual de outro menor. Para
ele, será “perdoado” pelo 1520. (entendimento minoritátrio)
→ ENTENDIMENTO MAJORITÁRIO: o 1520 foi revogado em parte: para uns logo em
2005; para outros, com a entrada em vigor da lei 2.015/09. 
→ É aquele processo pelo qual o casal deseja casar, no civil, e para isso ser reconhecido,
dirigi-se ao cartório para preencher um MEMORIAL constando: a vontade de ambos
casar, endereço do casal, endereço dos pais (caso vivos) e nome dos pais.
→ OBJETIVO PRINCIPAL: atender algumas questões, que são:
1. saber se as 2 pessoas (o casal) está apto para casar;
2. saber se as 2 pessoas (o casal) estão em idade propícia para casar;
3. se são menores de 70 anos (se for maior, só com o regime de separação
obrigatório de bens); 
ETAPAS:
1. FASE DOCUMENTAL: verificação de idade, impedimento, capacidade, causas
suspensivas. É a 1ª grande investigação a ser feita.
→ DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS (se solteiros):
• certidão de nascimento; 
• divorciados: certidão de casamento c/averbação;
• casamento nulo ou anulado: sentença que declara a nulidade ou anulabilidade do
casamento;
• viúvos: certidão de óbito juntamente com a certidão de casamento;
→ Precisa-se de 2 testemunhas, maiores e capazes, onde familiares podem
testemunhar, para atestar a idoneidade dos noivos. 
→ OUTROS DOCUMENTOS QUE PODEM SER APRESENTADOS:
• menor que casou com autorização dos pais: a autorização por escrito;
• menor que casou com o S.J.A: o S.J.A;
• menor que casou com o S.J. Idade: o S.J.Idade;
• pacto antinupcial: caso exista, deve ser apresentado;
→ O regime do casamento, em regra, é livre.
EXCEÇÃO: regime de separação obrigatória de bens; 
• regime de comunhão parcial de bens (necessita de pacto antinupcial);
→ celebrado e registrado no Registro de Imóveis, onde ele poderá tratar das
cláusulas do regime do casamento, como tudo que não for proibido no direito
brasileiro.
6. HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
1.1VISTAS AO MP
• O oficial dde registro dará vistas ao MP, onde o mesmo tomará para si toda a
documentação apresentada para análise.
2. FASE DOS PROCLAMAS: “publicidade”.
• fixação de editais; circulação na imprensa local durante 15 dias; fixando os editais
no cartório informando à população que o casal pretende casar;
• CRÍTICA: sua ineficácia;
• OBSERVAÇÃO: pode ser dispensada essa fase, desde que na fase documental,
peticionando ao juiz devidamente argumentando na P.I, e tudo correto, o juiz
concede;
→ CC/16: possibilidade de realização das 2 fase (documental + proclamas) em via
extrajudicial.
→ CC/02: realização em via extrajudicial c/ homologação judicial;
• 2009: a não obrigatoriedade da homologação judicial, mas a permanência de vistas
ao MP.
→ Mas o juiz nunca poderá intervir? Sim. Quando?
• quando o oficial de registro demonstrar dúvida na documentação;
• quando alguém impugna o processo de habilitação do casamento;
 → O juiz, intervém também, através da homologação, deferindo ou não aquele
processo para o casamento. (EXCEÇÃO).
3. CERTIDÃO DE HABILITAÇÃO AO CASAMENTO: 
• validade: 90 dias;
• prazo expirado: início de um novo processo de habilitação para o casamento;
3.1CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO: a realização do casamento em si.
4. REGISTRO DE CASAMENTO: a oficialidade do casamento.
• casamento civil: peticionar à autoridade competente para celebrar o ato, e agendar
o casamento.
• efetuação do registro: feito pelo juiz de direito, juiz de casamento e pelo juiz de paz.

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