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��MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000 Fone: (35) 3299-1000. Fax: (35) 3299-1063� ��� Fisiologia do Sistema Linfático Sofia Mello Morais 2015.1.03.014 Definição via acessória por onde o líquido flui dos espaços intersticiais para o sangue. Função Transportar para fora dos espaços teciduais as proteínas e grandes partículas que não podem ser removidas pelos capilares sanguíneos. Localização Tecidos possuem canais linfáticos que executam a função do sistema – no caso da porção superficial da pele, sistema nervoso central, endomísio muscular e ossos, os canais são minúsculos e denominados pré-linfáticos. O ducto torácico recebe conteúdo dos vasos linfáticos da parte inferior do corpo, lado esquerdo da cabeça, braço esquerdo e partes da região torácica, e desemboca, através do sistema venoso sanguíneo, na junção da veia jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda. O ducto linfático, menor do que o torácico, por sua vez, recebe conteúdo do lado direito da cabeça e pescoço, braço direito e partes do hemitórax direito, e desemboca no sistema venoso sanguíneo, na junção da veia jugular interna direita com a veia subclávia. Capilares linfáticos a maior parte do líquido que é filtrado nas extremidades arteriais dos capilares sanguíneos é reabsorvido pelas extremidades venosas dos capilares sanguíneos, enquanto cerca de um décimo retorna ao sangue pelo sistema linfático. O líquido transportado pelos capilares contém substâncias de alto peso molecular, como proteínas que não podem ser absorvidas por alguma outra via. Sendo assim, os capilares possuem uma estrutura especial: as células endoteliais do capilar são presas por filamentos de ancoragem ao tecido conjuntivo adjacente, formando uma válvula que se abre para o interior do capilar. O líquido intersticial tem a capacidade de pressionar e abrir a válvula, fluindo diretamente em direção ao capilar – porém, tem dificuldade para deixar o capilar, porque qualquer refluxo fecha a válvula. Formação da Linfa é derivada de líquido intersticial que flui para os linfáticos, sendo assim, líquidos com grande concentração proteica, originarão linfas com grande concentração proteica. Por ser uma das principais vias de absorção de nutrientes do trato gastrointestinal (TGI), a linfa contém lipídeos. Até mesmo bactérias podem fazer parte da linfa, mas esta, ao passar pelos linfonodos, faz com que tais partículas sejam quase inteiramente removidas ou destruídas. Intensidade do fluxo linfático 100 mililitros por hora fluem pelo ducto torácico quando o indivíduo se encontra em repouso, enquanto 20 mililitros por hora fluem para a circulação por outros canais, fazendo com que o fluxo linfático estimado total seja de 120 mL/h ou 2 a 3 litros por dia. Pressão do líquido intersticial sobre o fluxo linfático a pressão será influenciada por qualquer fator que aumente a pressão do líquido intersticial, como pressão hidrostática capilar elevada, pressão coloidosmótica diminuída do plasma, pressão coloidosmótica aumentada do líquido intersticial, permeabilidade aumentada dos capilares. Bomba Linfática todos os canais linfáticos possuem válvulas. Quando esses canais são estirados pelo líquido, o músculo liso presente na parede do vaso se contrai, e além disso, cada segmento entre válvulas funciona como uma bomba automática isolada. Qualquer enchimento de um segmento provoca sua contração, e o líquido é bombeado através da válvula para o segmento linfático seguinte. Qualquer fator externo que comprima o vaso linfático pode provocar bombeamento, como contração dos músculos esqueléticos circundantes, movimentos de partes do corpo, pulsações de artérias adjacentes aos linfáticos e compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo. O capilar linfático terminal também tem capacidade de bombear linfa. Quando o tecido endotelial é comprimido, a pressão no interior do capilar aumenta e faz com que as bordas das células se fechem como válvulas. Assim, a pressão empurra a linfa para frente em direção ao linfático coletor em vez de para trás, em direção às junções celulares. O Sistema Linfático no controle da concentração de proteína, do volume e a pressão do líquido intersticial Ao funcionar como um mecanismo de transbordamento ou oveflow, podem ser atribuídas ao sistema, as funções centrais no controle da concentração de proteínas, do volume e da pressão do líquido intersticial. A proteína tende a se acumular no líquido intersticial, o que aumenta a pressão coloidosmótica dos líquidos intersticiais – e o aumento dessa pressão favorece a filtração de líquido para o interstício. Assim, ocorre a translocação osmótica de líquido pela proteína para fora da parede capilar em direção ao interstício. A elevação da pressão líquido intersticial faz que a intensidade do fluxo linfático seja elevada, o que elimina o líquido e a proteína em excesso que se acumularam nos espaços. Por fim, uma vez que a concentração de proteína no líquido atinge determinado nível, provocando aumento do volume e pressão de tal líquido, o retorno da proteína e do líquido pelo sistema linfático passa a ser grande o suficiente para oferecer contrabalanço com precisão a intensidade do extravasamento para o interstício pelos capilares. Os valores quantitativos atingem, então, um equilíbrio estável. Referência GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2011. �
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