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Fichamento (flávia lages) história do direito 2 estágio

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PROJETO DE EXTENSÃO BASE
SEGUNDO
 ESTÁGIO
	Período Letivo: 2016.1
Disciplina: História do direito
Professor: Ulisses Leite Crispim
Aluno: Edna Firmino Rodrigues Fernandes
1. Disposições preliminares; 2. O Código de Manu; 3. Direito Grego; 4. Europa Medieval; 5. Monarquia Absoluta e iluminismo; 5.1. O Iluminismo e as Críticas ao Estado Absolutista; 5.2. Outros Pensadores - Criminalistas do Iluminismo; 6. O Islã; História do direito; 7. Referências bibliográficas.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Nesse segundo estágio foram abordadas a história do direito pela visão do Código de Manu, Direito Grego, Europa Medieval, Monarquia absoluta e iluminismo e o Islã.
O Código de Manu
Dos livros sagrados da Índia, o mais importante entre eles é o Código de Manu que se divide em Religião, Moral e Leis civis. Os hindus consideram Manu como progênie de Brahma e como o mais antigo legislador do mundo; a data de promulgação de seu Código não é certa, alguns estudiosos calculam que seja aproximadamente entre os anos 1300 e 800 a.C. 
A sociedade Hindu é dividida em Castas e, mesmo hoje – depois da influência de outros povos, outras religiões – nas regiões onde o hinduísmo permanece a estrutura de castas persistem inalteradas (CASTRO, 2010, p.44). Efetivamente, a maioria dos Hindus não consegue encarar com naturalidade a ideia de que as pessoas sejam iguais e que todos mereçam progredir socialmente, uma vez que naquele país se fixou, desde milênios, a crença de que cada um deve viver no nível em que nasceu por deméritos de vidas passadas (caso dos membros das castas mais desprestigiadas) ou méritos de vidas passadas (para os membros das castas mais elevadas) para que uns e outros alcancem o paraíso após a morte. 
Assim, segundo Flávia Lages de Castro (2010, p.44), o sistema de castas não admitia mudanças (ao menos em vida); o nascimento determina a casta que o indivíduo permanecerá por toda a sua existência. Portanto, nascer em uma casta significa crescer nela, casar-se com alguém dessa mesma casta, ter filhos somente dessa casta e morrer permanecendo a ela. Ainda de acordo com Castro (2010, p. 44-46) as castas eram quatro e quem não pertencia a nenhuma delas era considerada “resto”: 
Brâmanes: Casta superior (a mais pura) tinha funções como administradores, médicos, lideres espirituais, etc. Era-lhes devida obediência; 
Ksatryas: Casta dos guerreiros (inferiores aos Brâmanes), os Reis, em geral, saíam desta casta; 
Varsyas: Casta dos comerciantes (inferiores aos Ksatryas); 
Sudras: Casta inferior (mão de obra da Índia pedreiros, agricultores, empregados em geral), obrigados a trabalhar para as outras castas. 
O “resto” era chamado Chandalas ou pátrias, que não eram considerados castas; na prática, não eram considerados nem gentes. Eram classificados como os mais impuros, cabendo a eles as tarefas também consideradas demasiado impuras para que um membro de uma casta as executasse. Eles eram os sapateiros, os limpafossas, os curtidores etc. Ou seja, exerciam funções que lidavam com restos humanos ou de animais. 
	Para os Hindus, a religião era o Vedismo, que vem de Veda e significa “a soma de todo conhecimento”, apoiava-se na crença na reencarnação e, através desta, os Hindus puderam basear e firmar sua estrutura social e sua legislação. Para eles, o reencarnar em uma situação boa ou ruim na próxima vida dependia intimamente de ser bom ou não na vida presente. (CASTRO, 2010, P.46). Além da divisão social, o próprio Código de Manu apoiava-se nessa crença, ser bom ou ruim implicava diretamente respeitar ou não o Código.
3. Direito Grego
A organização política da Grécia era ditada pelas condições geográficas e econômicas. Cada vale era independente. Entretanto, duas cidades apresentam-se como as mais intrigantes no tocante ao Direito: Esparta e Atenas. Destas duas, a partir dos séculos VIII e VII a.C., ocuparemo-nos de forma mais atenta. Esparta foi uma das primeiras Cidades-Estado a surgir na Grécia, fundada no século IX a.C. por invasores dorios nas margens do rio Eurotas, na Planície da Lacônia. O nome da cidade deriva de uma planta da região. Embora possamos, subentender que os espartíatas estariam com uma situação de tal forma privilegiada nessa sociedade que a vida deles era tranquila, o formato extremamente militarista da sociedade e da ideologia desse Estado fazia com que, não obstante não precisassem calejar suas mãos pela sobrevivência diária em um arado, seu cotidiano não era, de nenhuma maneira, sereno. Desde a primeira infância, o espartíata era educado para viver para o Estado. Até os sete anos, a criança recebia cuidados de sua mãe e de amas especiais do governo. Dos doze aos dezessete anos, esses meninos deviam ir para o campo, onde deveriam sustentar-se somente com seu próprio esforço. As meninas recebiam, praticamente, o mesmo treinamento físico dos meninos, para que pudessem ser boas mães de espartíatas. Elas tinham mais liberdade que as mulheres de outras Cidades-Estado da Antiguidade. A economia de Esparta também se transformou a partir do século VII a.C. Surgiu uma vasta propriedade estatal no lugar das antigas propriedades coletivas (CASTRO, 2010). 
Atenas localiza-se na Península da Ática e estende-se pelo mar na direção Leste. Ela é separada do resto da Grécia por montanhas muito altas, porém de fácil acesso. No século VIII a.C. a economia de Atenas era, ainda, basicamente. Entretanto, as atividades artesanais e comerciais já cresciam e ultrapassavam os limites da região. A oligarquia estava então entre dois problemas: novos ricos desejosos de participar do governo que lhes era vedado e pobres, exigindo o fim da escravidão por dívida e a repartição das grandes propriedades. Os insatisfeitos formaram o Partido Popular, e o governo oligárquico ficou do outro lado, com o Partido Aristocrático (CASTRO, 2010).
4. Europa Medieval
Castro (2010), a Idade Média é o período histórico da Europa que se estendeu do século V d.C. até o século XV, ou seja, da queda do Império Romano do Ocidente em 476 até a tornada de Constantinopla pelos turcos em 1463. Esses mil anos não foram uniformes; podemos vislumbrar pelo menos dois momentos específicos a titulo de estudo: a Alta Idade Média (do século V ao século IX) e a Baixa Idade Média (do século IX ao XV). Esse período inicia-se com a queda de Roma e a invasão de tribos germânicas no território do Império. Os povos germânicos tinham hábitos bastante diferentes dos romanos. Além da agricultura e do pastoreio, os germânicos caçavam, pescavam, mas sua economia era basicamente de trocas. Aos poucos, as invasões alteraram a dinâmica social não somente dos germânicos, mas dos romanos também. Nesse período medieval, encontramos a consolidação da instituição considerada como símbolo da Idade Média, o feudalismo (do qual trataremos adiante), bem como podemos começar a vislumbrar as modificações que acabaram por apresentar-se como o nascedouro da Idade Moderna (o renascimento do comércio, das cidades, das universidades. das grandes catedrais etc.). O sustento pode ser assegurado de diversas maneiras, geralmente faz-se através da concessão ao vassalo duma terra, beneficio ou feudo. A questão da propriedade do feudo na Idade Média é, no mínimo, estranha aos olhos da atualidade, visto que pensamos propriedade como algo que permite àquele que a possui poderes extremamente amplos sobre ela. Essa limitação do poder do proprietário após a doação do usufruto do beneficio á mais clara ainda se for analisada pelo ponto de vista da hereditariedade. A rigor, o contrato feudo-vassálico excluía a hereditariedade do usufruto do beneficio, visto que este tinha caráter profundamente pessoal. Contudo, na prática, geralmente o que ocorria era que o filho do vassalo tornava-se herdeiro também de sua vassalagem, precisando apenas ir até o senhor do seu pai para fazer por si o ritual do contrato e pagar uma taxa. 
Castro (2010), depois de se fixarem no Norte da África, os vândalos tomaram Cartago e, posteriormente, a Córsega, a Sardenha e parte da Sicília.Entretanto, em 477 d.C. os Vândalos, em seu auge, já eram senhores do Norte da África (atual Tunísia e urna parte da Argélia). Uma característica interessante desse povo é que conseguiu fazer coexistir as duas sociedades, dos germânicos e dos romanos, concomitantemente. A invasão teve apoio dos Bizantinos que desejavam expulsai da legião os hérulos, tubo responsável pela queda do último imperador de Roma. Por causa da educação do rei, Teodorico, a legislação romana foi conservada quase que na íntegra. O Estado visigótico só será abalado no século VIII com a invasão árabe e, mesmo assim, muitas de suas instituições, inclusive no campo do direito, serão utilizadas até séculos mais tarde. Até meados do século VII, Hispano-Romanos e Visigodos têm urna dupla legislação. 
Direito Canônico é o nome dado ao Direito da Igreja Católica e é chamado canônico por causa da palavra “cânon” que, em grego, significa regra. Esse direito foi importantíssimo durante a Idade Média, muito por causa da própria importância da Igreja, muito por ser escrito. Aumentando ainda mais a importância desse direito para a Idade Média, o Direito Canônico foi o responsável exclusivo, durante vários séculos, pelo domínio do direito privado, tanto para religiosos quanto para leigos. Foi objeto de trabalhos doutrinais e, dessa forma, chegou, inclusive, a influenciar direitos dos nossos dias. As fontes do Direito Canônico são o ius divinum (conjunto de regras que podem ser extraídas da Bíblia, dos escritos dos doutores da Igreja e da doutrina patrística), a própria legislação canônica (tomada pelas decisões dos Concílios e dos escritos dos papas - chamados decretais), os costumes e os princípios recebidos do Direito Romano. 
Um dos temas mais populares do Direito Medieval é a Inquisição, muito embora esta não seja exclusivamente medieval, já que não somente existiu até o século XIX como também foi mais forte durante o inicio da Idade Moderna. Já na Idade Moderna, a formação de muitos dos Estados Absolutistas deve-se, em grande parte, à utilização política do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição (nome completo da Inquisição) que, nas mãos de monarcas ansiosos, por concentrar o máximo de poder, perseguiram através deste vários opositores e conseguiram unificar seus países em torno de Estados centralizados ora minimizando os efeitos de uma invasão estrangeira (no caso da Espanha, principalmente), ora conseguindo mais financiamento para seus planos (no caso da perseguição a judeus, banqueiros, principalmente) ou até mesmo buscando através do Tribunal eliminar quem lhes fizesse oposição. Pode-se indicar exemplos tais como o da famosa Joana D'Arc. Heroína francesa que foi eliminada (através de processo do Tribunal do Santo Oficio) pelos ingleses e seus aliados franceses como forma de justificar suas vitórias contra a Inglaterra ou ainda dos judeus da Península Ibérica (Portugal e Espanha) que sempre eram mais perseguidos pela Inquisição quanto menos o Estado pudesse honrar seus compromissos com banqueiros de origem semita (CASTRO, 2010).
5. Monarquia absoluta e iluminismo 
O Processo histórico que desenvolveu o Antigo Regime, marcado pelo capitalismo comercial (política mercantilista), sistema colonial e Absolutismo Monárquico, foi longo e tem suas origens na Idade Média, quando começam a renascer o comércio, o monetarismo e a busca por centralização política. Mesmo Hammurabi, rei da Babilônia do século XVIII a.C., sabia que este era um caminho seguro para a centralização. Para uma melhor compreensão do Estado Absolutista, das criticas a este e das Revoluções resultantes, analisemos rapidamente o reinado do “Sol”.
Um dos pioneiros dessas teorias acerca do Absolutismo foi o italiano Nicolau Maquiavel (1469-1527) que, em sua obra “O Príncipe”, ensinava o governante a conquistar o poder e mantê-lo. O poder do rei seria então resultado deste pacto.
5.1 O Iluminismo e as Críticas ao Estado Absolutista
No século XVIII, uma parte da intelectualidade da Europa reagiu ao Absolutismo Monárquico e tudo o que o acompanhava. Tudo parecia concorrer para um avanço infinito do que era possível o homem descobrir e fazer. Esses homens iluministas não criaram suas ideias (muitas delas brilhantes) do nada. De Fato, eles são herdeiros do Renascimento e, principalmente, da Revolução Cientifica do século XVII (FALCON, 1991).
A cidadania defendida pelos filósofos do Iluminismo partia das concepções da Antiguidade Clássica afirmando que a resposta para o porquê do indivíduo renunciar a certos direitos em nome da vida social era uma criação artificial, através de um pacto social, um contrato.
Os iluministas buscaram pensar em termos de cidadania não somente a posição do povo, mas também como deveriam ser os governantes no exercício do poder do Estado. O Estado para atingir esses objetivos e para ser representante real dos cidadãos que compõem a Nação não poderia seguir o modelo do Antigo Regime pautado no Absolutismo Monárquico. Em cada Estado, três espécies de poderes: o poder Legislativo, o poder Executivo das coisas que dependem do direito das gentes, e o Executivo [Judiciário] das que dependem do direito civil. Pelo terceiro, pune os crimes ou julga as querelas dos indivíduos. Não haverá também liberdade se o poder de julgar não estiver separado do poder Legislativo e do Executivo. Se estiver ligado ao poder Legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidadãos seria arbitrário, pois o juiz seria legislador. Se estivesse ligado ao poder Executivo, o juiz poderia ter a força do um opressor (MONTESQUIEU, 1995).
Os juízes tinham poderes absolutos, a legislação não era clara, o grande objetivo do processo era fazer o réu confessar porque era considerado um “bom termo”. A igualdade de todos perante a lei era ideia morta do Deuteronômio na Bíblia, a pena era muitas vezes mais contagiosa que determinadas doenças. A obra de Beccaria está impregnada de uma nova consciência jurídica mais do que um rigoroso principio explicativo da lógica da não violência. O chamado Estado do direito não resolve por si só os problemas relativos à autodeterminação individual e inviolabilidade da pessoa física por parte de alguma autoridade se não for possível justificar, proporcionalmente, tal principio como o interesse do Estado em salvaguardar a integridade física e moral dos seus súditos com o objetivo de garantir à comunidade. Leis e penas seriam fruto da necessidade do próprio convívio social, que foi efetivado e tornado realidade através de um pacto. É, pois, necessário escolher penas e modos de infligi-las, que, guardadas as proporções, causem a impressão mais eficaz e duradoura nos espíritos dos homens, e menos penosa na pessoa do réu (CASTRO, 2010).
5.2 Outros Pensadores - Criminalistas do Iluminismo
Beccaria foi sem dúvida o maior pensador do direito criminal do Iluminismo; influenciou a muitos. 
Jean-Paul Marát (1743-1793): francês, foi atuante na Revolução Francesa, escreveu “O Plano de Legislação Criminal” (Plan de Législacion Criminelle), no qual critica as consequências injustas do contrato social. Para ele, "os indivíduos que não obtêm da sociedade mais do que desvantagens não estão obrigados à lei.” As propostas de seu livro são: instrução dos pobres e distribuição das terras da Igreja; leis justas, claras e precisas; medidas preventivas para os delitos; penas que corrijam o culpado, se não for possível as penas devem reter-se em favor da sociedade; não haver pena de morte, um rei não deve ter o direito de matar seus súditos; a pena deve surgir da mesma natureza dos delitos.
As principais ideias originais de Hommel são: importância das causas sociais do delito; supressão e toda dependência teocrática do direito penal; diminuição e proporcionalidade entre penas e delitos; limitação da pena de morte.
6. O Islã
De acordo com Castro (2010), o Direito Muçulmano, nascido na Idade Média, hoje é a base da vida de cerca de um quinto da humanidade, independentemente de suas nacionalidades. Isso se dá porque este é um direito que resulta dareligião que professam. Não há como negar a presença do livro sagrado dos Muçulmanos no dia a dia do mundo atual temos assistido nos últimos anos ao renascimento do Islã militante que, invocando ainda o Alcorão, está transformando a vida de muitos países desde o norte da África até o sul da Ásia. Na Europa espalhou medo através de Guerras Santas, através da desconfiança e da ignorância dos Cristãos. Aos vencedores o prêmio era a sobrevivência através da posse do oásis e todos os bens dos vencidos.
Meca está situada a menos de cem quilômetros do Mar Vermelho, a meio caminho entre Aden, no Oceano Índico e Gaza, no Mediterrâneo. A cada ano, no inverno, uma caravana de cidadãos de Meca ia procurar em Aden (no Oceano Índico) mercadorias provenientes da Índia. Mohamad nasceu em Meca no ano de 570 d.C. Era de uma família de notáveis da cidade que havia perdido sua influência. No ano de 612 os fenômenos recomeçaram. Isso gerou sua retirada da cidade e sua ida para Iatreb, que hoje chama-se Medina (Medinat en Nabi, isto é, cidade do Profeta). Essa fuga ficou conhecida como Hégira e marcou o primeiro ano do calendário muçulmano.
Numerosos Estados da população Muçulmana continuam a afirmar, nas suas leis e muitas vezes nas suas constituições, a sua ligação aos princípios do Islã. A submissão do Estado a estes princípios é, assim, proclamada pela constituição em Marrocos, na Tunísia, na Síria, na Mauritânia, no Irá e no Paquistão; no Afeganistão e na República Árabe do Yêmen; os códigos civis do Egito (1948), da Síria (1949), do Iraque (1951) convidam os juízes a preencher as lacunas da lei seguindo os princípios do direito muçulmano; a Constituição do Irá e as leis da Indonésia preveem os princípios do direito muçulmano. Pode-se afirmar mais absolutamente do que no caso de qualquer outro direito, que este é religioso, tendo em vista que “não é uma ciência autônoma, mas urna das faces da religião. É costume preparar as crianças para o momento a partir do qual deverão obedecer a lei islâmica (DAVID, 1996).
As fontes do direito muçulmano são quatro: o Alcorão, livro sagrado da religião muçulmana (que trataremos amiúde mais a frente); a Suna, tradição relativa ao profeta, sua vida e suas decisões; o Idjmâ', acordo unânime da comunidade; e o Qiyâs, que é o raciocínio por analogia. Embora o Alcorão seja considerado como O Livro do Islã, no que diz respeito ao direito, a maioria absoluta dos muçulmanos concorda que ele não é suficiente como legislação, que necessita ser precisado, mesmo se somado também à Suna. 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
USO DO LIVRO
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. 8. ed. Rio de Janeiro: LumenJuris, 2010. 
DAVID, René. Os grandes sistemas do direito contemporâneo. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FALCON, Francisco J. C. Iluminismo. 3. ed. São Paulo: Ática, 1991.
MONTESQUIEU. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1995.

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