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Exercícios Resolvidos de Língua Portuguesa

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1- O conceito de língua pode ser apresentado como: 
a) um conjunto de signos convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a 
possibilidade de uma comunicação; 
b) uma união de símbolos verbais ou não usados para a comunicação; 
c) signos unidos não-convencionais que facilitam a comunicação entre os membros de uma 
comunidade; 
d) um conjunto de significantes convencionais que faculta aos membros de uma comunidade a 
possibilidade de uma comunicação; 
e) uma união de signos convencionais ou não que possibilita a comunicação entre os membros 
de uma comunidade. 
 
2 - Pode-se definir a linguagem como: 
a) a utilização individual da l íngua; 
b) a ação ou a faculdade de utilização da l íngua; 
c) a marca própria, individual, que recebe o nome de estilo; 
d) a representação do pensamento humano através de sinais que garantem a comunicação e 
a interação entre as pessoas; 
e) um código formado por palavras e combinações de leis por meio do qual as pessoas se 
comunicam entre si. 
 
3-A fala tem por definição: 
a) a comunicação coletiva por meio de palavras e combinações de leis; 
b) a ação ou a faculdade de utilização da língua; 
c) o estilo de cada um; 
d) é a representação do pensamento humano; 
e) um conjunto de sinais que permitem a comunicação. 
 
4 - É correto afirmar que discurso é: 
a) a combinação das palavras por meio de leis; 
b) a representação do pensamento humano através de sinais utilizados na comunicação; 
c) a utilização individual da língua; 
d) a ação ou a faculdade de utilização da l íngua; 
e) a utilização coletiva da língua. 
 
5-As palavras nunca estão sozinhas. E qualquer discussão sobre a linguagem, seu sentido e sua 
natureza deverá, obrigatoriamente, discutir também as condições reais em que ela existe. 
(Faraco & Cristóvão Tezza) 
Baseado no trecho acima, podemos afirmar que: 
a) Os conceitos de erro e acerto não são relativos. 
b) A diversidade linguística da oralidade está inegavelmente associada à ignorância do falante. 
c) A linguagem é uma realidade exclusivamente escrita. 
d) Toda língua é um conjunto de variedades que devem ser consideradas. 
e) Não há diferença entre a língua falada e a língua escrita. 
 
6 -São exemplos de linguagem verbal: 
a) gestos e cores das bandeiras; 
b) discursos políticos; 
c) desenhos que distinguem os banheiros femininos dos masculinos; 
d) cartões apresentados pelo juiz durante uma partida de futebol a um jogador que tenha 
cometido uma infração; 
e) discursos políticos e cores das bandeiras. 
 
7 - São exemplos de linguagem não-verbal: 
a) sinais de trânsito e uma conversa informal entre alunos e professores; 
b) cores das bandeiras e sinais de trânsito; 
c) cantigas infantis; 
d) discursos políticos; 
e) apitos e discursos políticos. 
 
8 - Pode-se dizer que: 
a) há dicotomia entre língua e fala; 
b) não há dicotomia entre língua e fala; 
c) tanto a língua quanto a fala são bens públicos e individuais; 
d) todas as afirmativas anteriores são corretas; 
e) todas as afirmativas anteriores são incorretas. 
 
TEXTO PARA AS QUESTÕES 9 e 10: 
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito – como não imaginar que, sem querer, feri 
alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma 
reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta. 
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso 
ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um 
pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. 
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. 
Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse 
com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci. 
Alguma coisa que eu disse distraído – talvez palavras de algum poeta antigo – foi despertar 
melodias: esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de 
repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse 
bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas 
esperanças. 
(Rubem Braga) 
 
9 - A linguagem possui um papel de grande importância como forma de “transmitir” 
informações do emissor ao receptor. O texto nos fala ainda de um outro “poder” que tem a 
palavra. Que “poder” é esse? 
O texto fala em troca de informações e toca na questão dos sentimentos, isto é, a linguagem 
manifesta os sentimentos do emissor e pode despertar, em função disso, emoções no 
receptor. 
 
10 - Na frase “deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com 
naturalidade porque senti no momento”, que características da fala foram destacadas? 
Explique. 
A frase destaca o caráter individual e espontâneo da fala, que foi transferido para algum 
texto escrito pelo autor. 
 
UNIDADE 2 
 
1 – Com relação ao conceito de signo linguístico, NÃO é correto afirmar que: 
a) É um conceito binário já que se compõe de dois elementos: o significante e o significado. 
b) A imagem acústica é o significado da palavra. 
c) A imagem psíquica corresponde ao significado da palavra. 
d) /m/e/z/a/ corresponde ao significante fônico da palavra mesa. 
e) A palavra “mesa” corresponde ao significado da palavra. 
 
2 – Com relação ao conceito de signo linguístico, é correto afirmar que: 
a) A imagem acústica corresponde ao significado da palavra. 
b) A forma gráfica corresponde ao significado da palavra. 
c) O conceito de signo se constitui de uma relação arbitrária ou convencionalizada entre 
significante e significado. 
d) A imagem psíquica corresponde ao significante da palavra. 
e) O elemento material corresponde ao significado da palavra. 
 
3 – Escreva V (Verdadeiro) ou F (Falso) para as afirmativas abaixo. Depois, marque a alternativa 
correta: 
I – (V) O significado é o conceito, a ideia, a imagem psíquica que temos dos elementos 
verbalizados. 
II – (V) O signo linguístico é a fusão do elemento material e da imagem psíquica. 
III – (V) O signo linguístico tem duas faces: o significante e o significado. 
a) F – V – F 
b) V – V – F 
c) F – F – V 
d) V – F – F 
e) V – V – V 
 
4 – O elemento composto pelos sons da fala e pelas representações gráficas desses sons é: 
a) o signo linguístico. 
b) o significado. 
c) a fala. 
d) o significante. 
e) a arbitrariedade. 
 
5 – Com relação ao conceito de signo linguístico, identifique a sequência correta: 
I –(V) O signo linguístico corresponde a uma relação simbólica e arbitrária entre dois 
elementos: o significante e o significado. 
II – (V) O significante corresponde à representação material da palavra, seja por recursos 
gráficos ou sonoros. 
III – (F) O significante corresponde à representação conceitual da palavra. 
IV – (V) O signo linguístico se constitui em uma relação binária entre elementos de natureza 
concreta e abstrata, respectivamente. 
a) V – V – F – F 
b) F – V – F – V 
c) V – F – V – F 
d) F – F – V – V 
e) V – V – F – V 
 
6 – Complete os espaços abaixo. 
Um SIGNO compõe-se de um elemento material de caráter linear, denominado SIGNIFICANTE 
e do conceito, da ideia, a imagem psíquica que temos, ou seja: SIGNIFICADO. 
A alternativa que preenche adequadamente o enunciado é: 
a) signo – significante – significado. 
b) signo – significado – significante. 
c) signo – significante – signo. 
d) significante – signo – significado. 
e) significado – significante – signo. 
 
7 – Um signo linguístico é a combinação de um elemento concreto com um elemento 
inteligível. Qual a denominação dada, respectivamente, a cada um desses elementos? 
a) Língua e Linguagem. 
b) Linguagem e Língua. 
c) Significante e Significado. 
d) Fala e Discurso. 
e) Língua e Fala. 
 
8 – Signo = representação material (Significante) + conceito mental (Significado). É claro que 
um mesmo significante pode nos remeter a váriossignificados. Esse fato linguístico chama-se: 
a) sinônimo. 
b) antônimo. 
c) semântica. 
d) denotação. 
e) polissemia. 
 
TEXTO PARA A QUESTÃO 9: 
Marina, linda e loira, tinha quatro aninhos, as melenas já estavam nos ombros, quando a mãe 
resolveu dar um trato na cabeça da criança. Pegou uma tesoura grande e disse: 
– Mamãe só vai cortar dois dedinhos. 
Marina aos prantos, mostrando a mão para a mãezinha, pergunta: 
– Qual deles, mamãe? 
(ILARI, Rodolfo. Introdução à Semântica – brincando com a gramática) 
 
9 - O humor desta piada surge da confusão entre os signos e significados de algumas palavras. 
Qual a palavra que gera confusão no texto lido? Quais os significados que esta palavra pode 
ter? 
A palavra que gera confusão é “dedinhos”. Para a menina, a mãe quer lhe cortar dois dedos, 
enquanto para a mãe é uma medida (similar a dois centímetros) para cortar o cabelo. 
 
10 – Observe o anúncio publicitário e explique as relações de significado exploradas pelo 
contexto no que diz respeito às palavras destacadas: 
SE SEU AMIGO USA DROGAS 
E VOCÊ NÃO FALA NADA, 
QUE DROGA DE AMIGO É VOCÊ? 
A palavra droga, no primeiro momento, significa narcótico (por exemplo, maconha, cocaína, 
etc.), no segundo, droga quer dizer “um amigo ruim”. 
 
UNIDADE 3 
 
1) Para se obter uma comunicação efetiva, que elemento(s) da comunicação humana não 
pode(m) falhar: 
a) o código. 
b) o emissor e o receptor. 
c) o canal. 
d) o assunto. 
e) nenhum dos seis elementos. 
 
2) Na frase “(... ) se eu não compusesse este capítulo, padeceria o leitor um forte abalo, assaz 
danoso ao efeito do livro” de Machado de Assis, os elementos sublinhados denotam 
referência, respectivamente, ao: 
a) canal, emissor, receptor. 
b) emissor, contato, canal. 
c) código, receptor, mensagem. 
d) código, receptor, canal. 
e) emissor, receptor, mensagem. 
 
Estudo de Texto 
Nem a Rosa, Nem o Cravo 
As frases perdem seu sentido, as palavras perdem sua significação costumeira, como dizer das 
árvores e das flores, dos teus olhos e do mar, das canoas e do cais, das borboletas nas árvores, 
quando as crianças são assassinadas friamente pelos nazistas? Como falar da gratuita beleza 
dos campos e das cidades, quando as bestas soltas no mundo ainda destroem os campos e as 
cidades? Já viste um loiro trigal balançando ao vento? É das coisas mais belas do mundo, mas 
os hitleristas e seus cães danados destruíram os trigais e os povos morrem de fome. Como 
falar, então, da beleza, dessa beleza simples e pura da farinha e do pão, da água da fonte, do 
céu azul, do teu rosto na tarde? Não posso falar dessas coisas de todos os dias, dessas alegrias 
de todos os instantes. Porque elas estão perigando, todas elas, os trigais e o pão, a farinha e a 
água, o céu, o mar e teu rosto. 
(...) 
Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão. É como uma nuvem inesperada num céu 
azul e límpido. Como então encontrar palavras inocentes, doces palavras cariciosas, versos 
suaves e tristes? Perdi o sentido destas palavras, destas frases, elas me soam como uma 
traição neste momento. 
(...) 
Mas eu sei todas as palavras de ódio e essas, sim, têm um significado neste momento. Houve 
um dia em que eu falei do amor e encontrei para ele os mais doces vocábulos, as frases mais 
trabalhadas. Hoje só o ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo. Só o ódio ao 
fascismo, mas um ódio mortal, um ódio sem perdão, um ódio que venha do coração e que nos 
tome todo, que se faça dono de todas as nossas palavras, que nos impeça de ver qualquer 
espetáculo – desde o crepúsculo aos olhos da amada – sem que junto a ele vejamos o perigo 
que os cerca. Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança. 
Sobre toda beleza do mundo, sobre a farinha e o pão, sobre a pura água da fonte e sobre o 
mar, sobre teus olhos também, se debruçaria a desonra que é o nazifascismo, se eles tivessem 
conseguido dominar o mundo. Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima. 
Amanhã saberei de novo palavras doces e frases cariciosas. Hoje só sei palavras de ódio, 
palavras de morte. Não encontrarás um cravo ou uma rosa, uma flor na minha literatura. Mas 
encontrarás um punhal ou um fuzil, encontrarás uma arma contra os inimigos da beleza, 
contra aqueles que amam as trevas e a desgraça, a lama e os esgotos, contra esses restos de 
podridão que sonharam esmagar a poesia, o amor e a liberdade! 
AMADO, Jorge. Folha da Manhã. 
22/04/1945) 
 
3) O uso das palavras rosa e cravo é recusado pelo enunciador do texto de Jorge 
Amado. Essa recusa ocorre, pois essas palavras assumem, no texto, o sentido de: 
a) ameaça. 
b) alienação. 
c) infelicidade. 
d) cumplicidade. 
e) medo. 
 
4) Para expressar um ponto de vista definido, o enunciador de Nem a rosa, Nem o cravo 
emprega determinados recursos discursivos. 
Um desses recursos e a justificativa para seu uso estão presentes em: 
a) emprego da 1ª pessoa – discussão de um tema polêmico. 
b) resgate de práticas pessoais passadas – conservação de uma visão de mundo. 
c) interlocução direta com os possíveis leitores – fortalecimento de um pacto de omissão. 
d) presença de um interlocutor em 2ª pessoa - desenvolvimento de uma estratégia de 
confissão. 
e) presença de um narrador em 3ª pessoa – demonstração de pleno conhecimento dos fatos. 
 
5) O enunciador do texto Nem a Rosa, nem o Cravo defende como modo de reação às 
crueldades referidas, a utilização das mesmas armas dos agressores. O trecho em que essa 
ideia se apresenta mais claramente é: 
a) “Sobre toda a beleza paira a sombra da escravidão.” 
b) “Houve um dia em que eu falei do amor encontrei para ele os mais doces vocábulos.” 
c) “Hoje só o ódio pode fazer com que o amor perdure sobre o mundo.” 
d) “Jamais as tardes seriam doces e jamais as madrugadas seriam de esperança.” 
e) “Não restaria nenhuma parcela de beleza, a mais mínima.” 
 
Leia o texto. 
“Meu coração estrala”... 
Que imagem sem verdade. 
Porém não tive ideia de mentir... 
Foram os nervos, a alma?... 
Que quer dizer estralo! 
Nem ao menos sou Padre Vieira... 
Oh dicionário pequitito!” 
(Mário de Andrade) 
 
6) Este poema salienta um problema relacionado ao emissor, pois fala: 
a) da incomunicabilidade entre as pessoas. 
b) da ineficácia das palavras em transmitir sensações e estados d’alma. 
c) da falta de conhecimento de vocabulário. 
d) da solidão. 
e) da ausência de equilíbrio interior. 
 
Leia o trecho com atenção. 
“Minhas mãos ainda estão molhadas 
do azul das ondas entreabertas 
e a cor que escorre dos meus dedos 
colore as areias desertas.” ( Cecília Meireles) 
 
7) A estrofe acima revela que o eu-poético ( a voz que fala no texto) desenvolve a percepção 
................. do mundo. 
a) sentimental 
b) racional 
c) emotiva 
d) sensorial 
e) onírica 
 
Leia . 
“ O matuto foi fazer uma consulta médica. 
O médico pede: 
- Tire a calça. E começa em seguida a examiná-lo. 
- Mas o senhor está totalmente descalcificado! 
- Claro! Foi o senhor que mandou.” ( Ziraldo ) 
 
8) Segundo Saussure, “a língua não existe senão em virtude duma espécie de contrato 
estabelecido entre os membros da comunidade.” No texto, o contexto contraria esse conceito 
porque houve: 
a) identificação da mensagem. 
b) decodificação da mensagem. 
c) diversificação no emprego do código. 
d) sistematização do emprego do código. 
e) identificação e decodificação entre emissor e receptor. 
 
Leia o texto abaixo e responda às questões 1 e 2. 
TRÊS APITOS 
“ Quando o apito 
Da fábrica de tecidos 
Vem ferir os meus ouvidos, 
Eu me lembro de você. 
Mas você anda, 
Sem dúvida bem zangada 
E está mesmo interessada 
Em fingir que não me vê. 
Você que atende ao apito 
De uma chaminé de barro 
Por que não atende ao grito, 
Tão aflito, 
Da buzina do meu carro? 
Você no inverno 
Sem meias vai para o trabalho, 
Não faz fé com agasalho, 
Nem no firo você crê.Mas você é mesmo 
Artigo que não se imita, 
Quando a fábrica apita 
Faz reclame de você. 
Nos meus olhos você lê 
Que eu sofro cruelmente 
Com ciúmes do gerente 
Impertinente 
Que dá ordens a você. 
Sou do sereno, 
Poeta muito soturno 
Vou virar guarda-noturno 
E você sabe por quê. 
Mas você não sabe 
Que, enquanto você faz pano, 
Faço junto do piano 
Estes versos pra você.” 
Noel Rosa. 
 
9) Em que pessoa está escrito o texto? Qual o elemento da comunicação em 
evidência? Justifique com palavras retiradas do próprio texto. 
O texto está escrito na 1ª pessoa do singular. Refere-se ao emissor. 
Exemplos: “Vem ferir os meus ouvidos / Eu me lembro de você”. 
 
10) Caracterize a segunda pessoa do discurso. A que elemento da comunicação se 
refere? Podemos afirmar que o texto está centrado exclusivamente na segunda 
pessoa do discurso? 
A segunda pessoa do discurso, tratada por você, a interlocutora do falante, é a operária de 
uma fábrica de tecidos. Não podemos afirmar que o texto está centrado exclusivamente na 
segunda pessoa do discurso. O texto está orientado para a destinatária, mas, escrito em 
primeira pessoa, exprime desejos e intenções do falante. 
 
UNIDADE 4 
 
TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 e 2: 
O último poema 
Assim eu quereria o meu último poema 
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais 
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas 
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume 
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos 
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação." 
(Manuel Bandeira, Libertinagens) 
 
1. Qual a função predominante nessa poesia? 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
2. Podemos detectar outra função, não predominante, mas presente ainda no 
poema. Marque o item em que ele se encontra. 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
3. Veja o texto abaixo – adaptado de um anúncio publicitário – e escolha o item correto 
quanto à função predominante: 
“CETIVA: Vitamina C sem cama. Adquira o hábito de tomar CETIVA regularmente e você terá 
mais saúde, dinamismo e resistência às infecções. Tome CETIVA todos os dias e vá para a cama 
só quando você bem entender.” 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
4. Diga qual a função da linguagem predominante em: 
Promover a recuperação de trabalhadores acidentados ou incapacitados física ou 
mentalmente para o trabalho, a nobre tarefa que o SESI realiza através da Subdivisão de 
Reabilitação. 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
5. A partir do texto abaixo, marque o item correto em relação à função predominante: 
 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função fática. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
6. Leia o texto abaixo e marque a função da linguagem que nele predomina: 
“CNBB aceita explicações de Arcoverde depois de um telefonema do Ministro Waldir 
Arcoverde que, segundo o secretário-geral da CNBB, D. Luciano Mendes, fez reparos ao 
Programa de Planejamento familiar, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil divulgou nota 
atribuindo a um ‘equívoco da imprensa’ a notícia de que o Governo está disposto a adotar a 
esterilização como método anticoncepcional.” (JB, 30/12/80) 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
7. Numere os parênteses de acordo com a coluna da esquerda e depois escolha o item correto: 
1. função conativa. 
2. função fática. 
3. função poética. 
4. função emotiva. 
5. função referencial. 
6. função metalinguística. 
(4) centrada no emissor. 
(1) centrada no receptor. 
(2) centrada no canal. 
(5) centrada no referente. 
(6) centrada no código. 
(3) centrada na mensagem 
a) 2 – 5 – 6 – 4 – 1 – 3 
b) 4 – 2 – 3 – 5 – 3 – 6 
c) 6 – 2 – 4 – 1 – 2 – 5 
d) 4 – 1 – 2 – 5 – 6 – 3 
e) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6 
 
8. Leia o texto de Millôr Fernandes e marque a alternativa que contém a função da linguagem 
predominante: 
“A ‘boite’ é um local em que o excesso de escuridão faz com que cada um dance com a mulher 
do outro. Desse engano constante nasce o infinito número de maridos enganados. É tão escura 
a ‘boite’ que nunca se sabe o que a orquestra está tocando. Nem o que se está comendo. Nem 
o que se está pagando. A ‘boite’ é o louvor da incógnita.” 
a) função referencial ou informativa. 
b) função poética. 
c) função emotiva ou expressiva. 
d) função metalinguística. 
e) função conativa ou apelativa. 
 
9. Dê a função da linguagem do seguinte anúncio vinculado nas tevês, revistas e jornais e 
depois, justificando a sua resposta. 
 
A função predominante é a função conativa ou apelativa, pois está centrada no receptor, 
tentando convencê-lo de que beber não combina com direção. 
 
10. Leia a poesia que se segue e diga quais as duas funções da linguagem que podem 
caracterizar o texto. Qual das duas é a predominante? Por quê? 
“Que é Poesia? 
uma ilha 
cercada 
de palavras 
por todos 
os lados.” (Cassiano Ricardo) 
As funções encontradas no texto são a função poética e a função metalinguística. A função 
predominante é a poética, pois está centrada na mensagem. 
 
UNIDADE 5 
 
As diversidades do uso da língua: os níveis de linguagem 
 
Leia os itens abaixo e responda à questão 1: 
I) Positivo! O elemento acaba de ser preso 
II) Que mandioca o quê, mineiro, aqui, isso se chama macaxeira 
III) Ó meu docinho, a mamãe te ama 
 
1) Sobre os enunciados acima, só não é correto afirmar que: 
(a) em I, II e III, há variedades linguísticas 
(b) em I e II, há, respectivamente, jargão profissional e variedade regional 
(c) em III, há predominância do uso familiar da linguagem 
(d) em I, II e III, há exemplificação de homogeneidade linguística 
(e) em III, há afetividade por parte do falante. 
 
2) Em “ vou cumprimentar a mademoiselle que completa 18 primaveras hoje”; “olá, que tal um 
passeio pela cidade” e “o propósito da presente palestra é tornar claros os seguintes pontos: 
assiduidade profissional e credibilidade”, registram-se, respectivamente, as seguintes 
modalidades linguísticas: 
(a) de época, coloquial e formal 
(b) coloquial, de época e formal 
(c) formal, de época e padrão 
(d) formal, de época e coloquial 
(e) coloquial, de época e coloquial. 
 
3) Um professor, em uma turma de 8a série, ao solicitar que cada grupo de alunos redija um 
texto, opinando sobre a redução da maioridade penal, e o envie para destinatários diferentes: 
ao presidente da República do Brasil; a um jornal de grande circulação de sua cidade; à 
autoridade máxima de sua denominação religiosa; ao colega de outro turno escolar, objetiva, 
especialmente, que: 
(a) os alunos respeitem a variação regional de cada falante 
(b) os alunos conheçam apenas a modalidade culta da língua 
(c) os alunos aprendam a usar diferentes registros linguísticos no meio social 
(d) os alunos preconizem apenas a modalidade coloquial da língua 
(e) os alunos deem preferência a modalidade oral da língua 
 
Leia o relato a seguir e responda ao que se pede: 
Nóis fico sem lúiz. 
Tem uns inquilinu lá né, então, 
Tudo barracu qui meu padastru tinha alugadu. 
Então um cumeçô num pagá, atrasá c’ u alugue, 
Dipois num pagava lúiz nem nada. 
Aí us otru falaru: “Só nóis qui vai pagá, tudu mundu usanu! 
Aí cumeçaru a num pagá tamém, 
Um pagá, u otru num pagá, 
Aí meu padastru pegoi corto. 
Num pagô tamém na laiti, 
Aí cortaru né. 
Aí ficamu sem lúiz dipois, né. 
(narrativa de um adolescente nascido em São Paulo, carregador de pacotes em um grande 
supermercado e morador de uma das favelas da cidade, in: 
TARALLO, Fernando. A Pesquisa Sociolinguística. Ática, São Paulo, 1994). 
 
4) Através do texto, nota-se um pensamento de grande parte dos brasileiros: “não é justo 
somente uma pessoa trabalhar e as outras apenas usufruírem desse trabalho”. A alternativa 
abaixo que contém uma frase demonstradora desse pensamento é: 
(a) nóis fico sem luiz aí, seis méis sem luiz 
(b) tem us inquilinu lá né, então 
(c) aí us otru falaru: “Só nóis qui vai pagá, tudu mundu usanu” 
(d) aí cortaru né 
(e) aí ficaru sem luiz depois, né 
 
5) Sobre o texto é correto afirmar que: 
(a) há predominância de termos regionais 
(b) o texto é altamente formal, embora faça parte de um relato 
(c) há, no texto, pormenores sociais de uma comunidade ágrafa 
(d) a escrita do texto representa particularidades da oralidade linguística 
(e) o texto deixa transparecer particularidades linguísticas de uma modalidade de época 
 
6) Marque a opção abaixo que registra aspectos predominantes na modalidade oral da língua: 
(a) há usos de elementos como: entonação, gestos, ritmos, etc. 
(b) há amplo uso de oração subordinada 
(c) há necessidade de explicar o contexto situacional (lugar onde se fala, momento da fala, 
etc.) 
(d) há emprego marcante de sinais de pontuação, tais como: dois pontos, ponto e vírgula 
(e) há preferência pelo uso de frases longas 
 
7) O uso coloquial da língua só é adequado na situação descrita na seguinte alternativa: 
(a) pronunciamentos de altas autoridades em cerimônias de posses 
(b) palestras para graduandos em congressos sobre Educação 
(c) relatos de jogos de futebol aos amigos 
(d) cumprimentos a autoridades como juízes, governadores e prefeitos 
(e) editoriais feitos por telejornais como Jornal Nacional, Jornal Band e Repórter Record. 
 
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede: 
(...)- Então lá [Portugal] há moças bem arreadas?- perguntou Emília. 
Sim - respondeu a velha. Uma dama bem arreada não espanta ninguém lá no outro lado. Aqui 
[Brasil], MOÇO significa jovem; lá, significa serviçal, criado. 
Também no modo de pronunciar as palavras existem variações. Aqui, todos dizem PEITO; lá, 
todos dizem PAITO, embora escrevam a palavra da mesma maneira. Aqui se diz TENHO e lá se 
diz TANHO. Aqui se diz VERÃO e lá se diz V’RÃO. 
- Também eles dizem por lá VATATA, VACALHAU, BAVA, VESOURO- lembrou Pedrinho. 
- Sim, o povo de lá troca muito o V pelo B e vice-versa. 
Nesse caso, aqui nesta cidade [Brasil] se fala mais direito do que na cidade velha [Portugal] - 
concluiu Narizinho. (...) 
O que sucede é que uma língua, sempre que muda de terra, começa a variar muito mais 
depressa do que se não tivesse mudado. Os costumes são outros, a natureza é outra - as 
necessidades de expressão tornam-se outras. Tudo junto força uma língua que emigra a 
adaptar-se à sua nova pátria (...). 
(MONTEIRO LOBATO in Emília no País da Gramática) 
 
8) A respeito do texto de Monteiro Lobato, acima, é correto afirmar que: 
(a) uma língua sofre variação apenas no âmbito da escrita 
(b) uma língua não sofre variação na modalidade oral 
(c) a língua que emigra perde totalmente as características de sua terra de origem 
(d) a mudança linguística ocorre em razão da falta de apego à pátria 
(e) a variação linguística ocorre em função de fatores particulares: costumes, histórias, etc. 
 
9 - Explique o que se pode entender por variação linguística e identifique a principal variedade 
linguística ilustrada no texto de Monteiro Lobato exemplificado na questão 8: 
Variação linguística refere-se a alterações que uma língua pode sofrer, conforme a região, a 
classe social, a profissão, a escolaridade, a idade, dentre outros fatores, da comunidade de 
fala. 
A principal variedade ilustrada no texto de M. Lobato é a variação regional também 
conhecida por variação geográfica. 
 
Observe o texto seguinte para responder à questão 10: 
Cara, esse trambolho aí já era: pineu furado, parabrisa ferrado. Ah! 
Troque ele por outro carro mais chão. 
 
10- Leia texto acima e responda ao que se pede nos itens I e II: 
I) Diferencie modalidades formal e coloquial da língua 
II) Reescreva o trecho ilustrado acima para a modalidade formal da língua. 
I) modalidade formal refere-se ao emprego da língua conforme recomendações da gramática 
normativa do português, em situações formais; modalidade coloquial refere-se ao uso 
espontâneo da língua, sem preocupações com regras gramaticais. É o uso da língua com 
amigos e familiares, por exemplo. 
II) Amigo, esse carro está ultrapassado: Ah! Pneu furado, para-brisa quebrado. 
Troque-o por outro mais potente 
 
UNIDADE 6 
 
Os mecanismos de combinação e seleção: a coerência - a articulação dos sentidos 
 
Leia o texto abaixo e responda às questões 1 e 2: 
A Vaguidão Específica 
“As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de vago-específica.” 
(Richard Gehman) 
- Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. 
- Junto com as outras? 
- Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer 
qualquer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia. 
- Sim senhora. Olha, o homem está aí. 
- Aquele de quando choveu? 
- Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo. 
-Que é que você disse a ele? 
- Eu disse para ele continuar. 
- Ele já começou? 
- Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse. 
- É bom? 
- Mais ou menos. O outro parece mais capaz. 
- Você trouxe tudo para cima? 
- Não senhora, trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou 
para deixar até a véspera. 
- Mas traga, traga. Na ocasião, nós descemos tudo de novo. 
É melhor senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite. 
- Está bem, vou ver como. 
Millôr Fernandes in: Trinta anos de Mim Mesmo) 
 
1. Pode-se dizer que, para o leitor, o desconhecimento do local, da época e do grau de 
afinidade entre as duas mulheres do diálogo implica: 
(a) diálogo coerente, pois é fácil inferir o tema da conversa das duas mulheres. 
(b) falta de conexão gramatical no diálogo das duas mulheres. 
(c ) incoerência textual , pois não é possível entender o assunto das duas mulheres. 
(d) ausência de interação comunicativa entre as duas mulheres. 
(e) interação comunicativa estabelecida entre leitor e as duas mulheres. 
 
2. A respeito do Título “Vaguidão específica” e da frase de Richard Gehman associados ao 
diálogo das duas mulheres, pode-se afirmar que: 
(a) há incoerência de Millôr Fernandes, pois a frase de outro autor ficou descontextualizada no 
diálogo das personagens. 
(b) o título do texto e a frase de R.. Gehman demonstram vaguidão de Millôr Fernandes em 
relação ao texto. 
(c) a vaguidão dita por Millôr refere-se à falta de leitura do leitor e não das mulheres do 
diálogo. 
(d) a frase de R. Gehman e o título do texto tornam coerente o texto de Millôr. 
(e) a frase de R. Gehman e o título do texto enfraquecem a tese de Millôr sobre o falar das 
mulheres. 
 
Leia o texto abaixo e responda às questões 3 e 4. 
Perguntas idiotas 
Garçon (para o casal que senta à mesa) - É para dois? 
Homem - Não, eu vou comer e ela só vai ficar assistindo. 
Maître (ao freguês que chega) - É pra jantar? 
Freguês - Não, é pra jogar tênis. (pausa) Tem raquete? Não?! Então a gente aproveita e janta. 
Mulher (ao marido chegando em casa todo molhado) - Está chovendo? 
Marido - Não , é que todo mundo na rua resolveu cuspir em mim, 
Amigo 1 (encontrando outro na rua) - Cortou o cabelo? 
Amigo 2 - Não, caiu 
Repórter de TV (para senhora subindo escadaria da igreja de joelhos) - Pagando 
promessas? 
Senhora - Não, é que sou muito alta, então eu ando assim pra não chamar a atenção. 
Dona de casa (abrindo a porta para o convidado) - Oi, vocêveio? 
Convidado - Não, não sou eu não, é o outro. 
Namorada (recebendo flores) - São flores? 
Namorado - Não, são cenouras. 
Namorada (na volta do cinema, encontrando namorado com capacete na mão) - Veio de 
moto? 
Namorado - Não, eu vim com isso na cabeça pra não despentear o cabelo. 
Chefe (no escritório) - Voltou de férias? 
Empregado - Não, ainda tô lá. 
Passageiro 1 (a bordo do avião) - Está indo pra Goiás? 
Passageiro 2 - Não, eu peguei o avião errado. 
Ascensorista (no térreo, para hóspede que chega) - Sobe? 
Hóspede - Não, eu quero só ficar dentro do elevador parado. 
Apostador (no prado) - A senhora gosta de corridas de cavalos? 
Apostadora - Não, eu venho aqui para sofrer. 
Médico - Dói? 
Paciente - Não, eu estou gritando só pra assustar a enfermeira. 
Senhora (ao ver um senhor acendendo um charuto) - O senhor fuma charuto? 
Senhor - Não, senhora, é que eu estou treinando pra pai-de-santo. 
Banhista fora d’água - Aí onde você está dá pé? 
Banhista dentro d’água - Só lá no fundo. 
(Jô Soares in Revista Veja, 30/06/93). 
 
3. O texto de Jô Soares, acima, apresenta um título: 
(a) coerente, pois as perguntas são desnecessárias em razão do contexto situacional em que 
ocorrem. 
(b) incoerente, pois todo mundo tem direito a perguntar o que quiser. 
(c) ofensivo, pois choca o leitor e o afasta da leitura. 
(d) fora de contexto, pois toda pergunta merece uma resposta. 
(e) sem coerência, pois fala de várias situações ao mesmo tempo. 
 
4. Através do humor de Jô Soares, nota-se que a coerência de um texto pode ser estabelecida 
por todos os itens constantes nas alternativas abaixo, excetuando-se: 
(a) inferência ou deduções por parte do leitor. 
(b) conhecimento, exclusivamente, dos mecanismos de coesão por parte do leitor. 
(c) conhecimento do lugar em que estão os interlocutores. 
(d) conhecimento dos papéis sociais (ou da profissão) dos interlocutores por parte do leitor. 
(e) pressuposições por parte do leitor. 
 
Leia os textos I e II do quadro abaixo e responda à questão 5: 
I) Luís Cláudio, os professores da UNIVERSO, a Lúcia e o genro, a atleta Dayane dos Santos, o 
porteiro do prédio. 
II)Novo ataque aos Estados Unidos, todas as escolas do Brasil terão de hastear a Bandeira 
Nacional, o preço da gasolina cai pela metade, o otimismo faz bem à saúde. 
 
5. Se acrescentarmos as expressões “Segue a lista de convidados para a festa natalina”( para o 
texto I) e “Estas são as notícias dos jornais de hoje”, (para o texto II), tornaremos os textos: 
(a) incoerentes. 
(b) imprecisos. 
(c) coerentes. 
(d) apenas coesos. 
(e) sem coesão e sem coerência. 
 
6. No seguinte texto “ Da costela de Adão, Deus fez a mulher. O único a fazer uma costela 
melhor que a nossa (Estrela do Sul- Churrascaria – RJ)”, o anúncio só terá efeito de sentido 
(coerência) para o leitor que tiver conhecimento linguístico e de mundo, pois a mensagem 
primordial do texto é: 
(a) só Deus todo-poderoso sabe fazer costelas quentinhas e bem passadas. 
(b) a existência da mulher depende da existência do homem. 
(c ) apenas a Estrela do Sul supera a sabedoria de Deus. 
(d) a Estrela do Sul oferece o melhor churrasco da cidade. 
(e) a Estrela do Sul agradece a Deus pela existência das mulheres. 
 
Leia os textos abaixo e responda à questão 07: 
Eu sou uma pessoa totalmente a favor da leitura. Através da leitura, o ser humano fica preso a 
um mundinho só dele, sem interagir com outras pessoas, sem perspectiva de vida. Isso 
enfraquece a humanidade. 
 
7. O texto acima apresenta-se incoerente, pois: 
(a) há erros de ortografia em várias palavras. 
(b) o texto apresenta uma ideia e, em seguida, contradiz essa mesma ideia. 
(c) o texto não apresenta ideias e nem argumentos. 
(d) o texto fala de uma atividade cultural, desmerecendo outras também importantes. 
(e) o texto não apresenta elementos de coesão. 
 
8. Uma distinção pertinente a respeito de coesão e coerência encontra-se na seguinte 
alternativa: 
(a) a coesão faz parte da superfície do texto e a coerência faz parte da interpretabilidade do 
leitor. 
(b) a coesão é estabelecida pelo leitor e a coerência apenas pelo autor. 
(c) a coerência depende somente dos elementos linguísticos do texto e a coesão depende da 
interpretação do leitor. 
(d) a coesão depende do conhecimento prévio do leitor, a coerência depende do 
conhecimento de gramática. 
(e) a coerência depende da interpretação do leitor e a coesão depende apenas de deduções do 
leitor. 
 
9. Leia o texto “O aluno queria passar no concurso, porém estudou muito e passou em 
primeiro lugar” e reescreva-o apenas substituindo a palavra sublinhada por outra que torne o 
texto, exemplificado, coerente para o leitor. 
O aluno queria passar no concurso, por isso, estudou muito e passou em primeiro lugar. 
 
Durante uma entrevista ao apresentador Clodovil Hernandes, a dupla Pepê e Neném afirmou 
“não tememos ser enganadas pelo nosso novo empresário no momento, visto que ele está 
agindo conforme a lei, bem diferente do anterior”. 
 
10. Leia o trecho da entrevista de Pepê e Neném, acima, e diga qual a informação primordial a 
dupla fornece sobre o empresário anterior. 
O empresário anterior era desonesto com a dupla. 
 
UNIDADE 7 
 
1. “A definição clássica de democracia a descreve como o governo do povo, pelo povo e para o 
povo. Há aqui, de saída, uma homogeneização da cidadania (...)” 
O advérbio acima sublinhado, de valor referencial, se aplica especificamente: 
(A) ao Brasil. 
(B) às sociedades capitalistas 
(C) a uma sociedade de classes. 
(D) à definição clássica de democracia. 
(E) à realidade “em que há exploradores e explorados”. 
 
2. O período no qual a falta de coerência se deve ao uso indevido da conjunção é: 
(A) “Meu colega se esforçou muito, portanto não passou de ano.” 
(B) “Mas, apesar dessas coisas todas, eu gosto de onde eu estudo.” 
(C) “Só um na minha sala passou direto, que a escola não é muito boa...” 
(D) “Porque não está num lugar adequado, não temos uma escola decente.” 
(E) “Se a escola fosse boa, isso não acontecia que nós não somos tão ‘burros’ assim.” 
Indique os mecanismos de coesão realizados nos segmentos textuais abaixo. 
 
3. “O aluno saiu, mas ele e sua mãe voltaram logo a seguir.” 
(A) coesão referencial de reiteração por sinônimo ou quase-sinônimo. 
(B) coesão referencial de substituição por pronome substantivo indefinido. 
(C) coesão referencial de substituição por um pronome pessoal de 3ª pessoa. 
(D) coesão referencial de reiteração de elementos do texto. 
(E) coesão referencial de reiteração de forma idêntica. 
 
4. “Comprou flores e deu as rosas para a mulher.” 
(A) coesão referencial de substituição por formas pronominais. 
(B) coesão referencial por sinônimos ou quase-sinônimos: hiperônimos. 
(C) coesão referencial por reiteração de forma ampliada. 
(D) coesão referencial por reiteração de forma idêntica. 
(E) coesão referencial por sinônimos ou quase-sinônimos: hipônimos. 
 
5. “ Pão no forno, água na garrafa e fruta na geladeira não alimentam.” 
(A) coesão recorrencial por paráfrase. 
(B) coesão recorrencial por paralelismo. 
(C) coesão recorrencial com a repetição idêntica de termos. 
(D) coesão recorrencial por elipse. 
(E) coesão recorrencial por sinônimos. 
 
6. “Os males do Brasil são a corrupção , a educação e o Fernandão! 
(A) coesão recorrencial por recursos fonológicos. 
(B) coesão recorrencial por paráfrase. 
(C) coesão recorrencial por paralelismo. 
(D) coesão recorrencial por recorrência de termos. 
(E) coesão sequencial. 
 
7. “Todos foram de roupa de praia porque estava fazendo sol.” 
(A) coesão sequencial por condicionalidade. 
(B) coesão sequencial por implicação lógica. 
(C) coesão sequencial por explicação ou justificativa. 
(D) coesão sequencial por causalidade. 
(E) coesão sequencial por explicação. 
 
8. “Todos chegaram na hora marcada, pois o trânsito estava bom.” 
(A) coesão sequencialpor condicionalidade 
(B) coesão sequencial por explicação ou justificativa. 
(C) coesão sequencial por implicação lógica. 
(D) coesão sequencial por causalidade. 
(E) coesão sequencial por acréscimo de conjunção. 
 
Para cada frase abaixo, redija uma segunda, utilizando o recurso de coesão sugerido entre 
parênteses. 
 
9. “Um dos graves problemas das metrópoles são os meios de locomoção.” 
(palavra sinônima ou quase-sinônima) 
Um dos graves problemas das metrópoles são os meios de locomoção. Os transportes são 
em número insuficiente para a população. 
 
10. “ Não se pode comparar São Paulo com o Rio de Janeiro.” ( uso de pronomes) 
Não se pode comparar São Paulo com o Rio de Janeiro. Esta é mais bonita que 
aquela. 
 
UNIDADE 8 
 
1. Leia as frases e a seguir marque a opção correta quanto ao sentido. 
I. A esperança pousou na toalha. DENOTATIVA 
II. A esperança é alma da humanidade. CONOTATIVA 
III. A D. Esperança será homenageada. DENOTATIVA 
IV. A esperança é verde da cor da folhagem. DENOTATIVA 
a) Denotativo, conotativo, denotativo e denotativo. 
b) Denotativo, conotativo, conotativo e conotativo. 
c) Denotativo, conotativo, denotativo e conotativo. 
d) Denotativo, denotativo, denotativo e denotativo. 
e) Conotativo, denotativo, denotativo e conotativo. 
 
2. Leia as frases abaixo e marque a opção correta quanto ao sentido. 
I. O relógio é uma convenção social. DENOTATIVO 
II.O relógio do coração marca o compasso da vida. CONOTATIVO 
III. O relógio é um tear de sonhos. CONOTATIVO 
a) Denotativo, conotativo e denotativo. 
b) Denotativo, conotativo e conotativo. 
c) Denotativo, denotativo e conotativo. 
d) Conotativo, conotativo e conotativo. 
e) Conotativo, denotativo e denotativo. 
 
3. Indique nos parênteses (P) próprio e (F) Figurado quanto ao sentido e assinale a 
opção correta. 
As bruxas estão soltas. (P) 
As bruxas voam em vassouras. (P) 
A inspetora é uma bruxa. (F) 
a) F – F – F 
b) F – P – P 
c) P – P – P 
d) P – P – F 
e) P – F – F 
 
4. Em: “Comprei um excelente carro com um bom rádio que venderei imediatamente”. 
Marque a alternativa correta quanto ao sentido. 
a) Ocorre um significado único. 
b) Ocorre ambiguidade. 
c) Ocorre a denotação. 
d) Ocorre a conotação. 
e) Não ocorre ambiguidade. 
 
5. Leia as frases abaixo e a seguir assinale a alternativa que contenha ambiguidade semântica. 
I. O homem trouxe o carrinho. 
II. A cliente encontrou a linha e o vendedor que procurava. 
III. Comprou um carro novo com um bom som. 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) Apenas a I. 
d) Apenas a II. 
e) Apenas a III. 
 
6. Leia as frases usando (P) para próprio e (F) para figurado e indique a alternativa 
correta: 
Um homem caminha devagar pelo calçadão; (P) 
As janelas espiam os homens; (F) 
João foi para a Inglaterra; (P) 
“Café preto que nem a preta velha”. (C.D.A) (P) 
a) P – F – P - F 
b) P – F – F – F 
c) P – F – P – P 
d) F – F – F – F 
e) P – P – P – P 
 
7. Leia as sentenças abaixo. 
I. “Alguns anos vivi em Itabira”. (C.D.A) DENOTATIVO 
II. “Oitenta por cento de ferro nas almas”. (C.D.A) CONOTATIVO 
III. Itabira era a terra natal do poeta. DENOTATIVO 
Indique respectivamente os sentidos das frases acima. 
a) Denotativo, denotativo e denotativo. 
b) Denotativo, conotativo e denotativo. 
c) Denotativo, denotativo e conotativo. 
d) Conotativo, conativo e conotativo. 
e) Conotativo, denotativo e denotativo. 
 
8 - Leia as sentenças abaixo. 
I. O carnaval será animado em Salvador. DENOTATIVO 
II. Assistiremos ao desfile de carnaval. DENOTATIVO 
III. Tudo no Brasil acaba em carnaval. CONOTATIVO 
Indique respectivamente os sentidos das frases acima. 
a) Denotativo, denotativo e denotativo. 
b) Denotativo, conotativo e conotativo. 
c) Denotativo, denotativo e conotativo. 
d) Conotativo, conativo e conotativo. 
e) Conotativo, denotativo e denotativo. 
 
9 - Em: Conheci o prefeito e a menina de que gosto. Ocorre a ambiguidade. Por quê? 
Ocorre a ambiguidade porque não fica claro de quem se gosta: do prefeito ou da menina. 
 
Leia o fragmento abaixo: 
O garçom pergunta a um sujeito que entra no bar: 
– O senhor, o que toma? 
Ele responde: 
– Eu tomo uma boa vitamina pela manhã, remédio para combater minha dor nas costas e, aos 
sábados, uma cervejinha com os amigos. 
 
10 - O diálogo acima contém uma interpretação errônea pelo cliente do bar. Por quê? 
A interpretação equivocada se dá pelo fato de o receptor (cliente) não perceber a 
intencionalidade discursiva do emissor (garçom), visto que ambos estão em um bar. 
 
UNIDADE 9 
 
1 - Indique a tipologia textual nos trechos abaixo de acordo com a coluna: 
Texto I DESCRIÇÃO 
 “O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza. O rio pela planície, contornando 
árvores e molhando grandes pedras. Refletia o sol e era margeado pela grama verde e macia.” 
Texto II NARRAÇÃO 
 “Ergueu-se precipitado, encostou-se à parede, com receio de vergar os joelhos”; 
Texto III DESCRIÇÃO 
“Apagaram-se as últimas luzes do bar da esquina e meu quarto ficou às escuras”; 
Texto IV DISSERTAÇÃO 
“É necessário que se ensine às crianças o que seja moral; contudo, é dispensável que se lhes 
ensine o que seja imoral”. 
a) narração, dissertação, descrição e descrição; 
b) descrição, descrição, dissertação e narração; 
c) descrição, narração, descrição e dissertação; 
d) narração, descrição, dissertação e descrição; 
e) descrição, narração, dissertação e descrição. 
 
2 - Leia os textos e a seguir marque a opção correta quanto à tipologia textual: 
Texto I DESCRIÇÃO 
“O quarto estava localizado na parte oeste de Santa Catarina. Não era grande mas tinha uma 
estante, um abajour, uma cama de solteiro. Um jarro com girassóis sobre a mesa.” 
Texto II NARRAÇÃO 
“Fernando viajou para Paris, no final de julho. Ao chegar à cidade dirigiu-se ao hotel. Ao ocupar 
o aposento deixou sobre a cama um baú com fotos e cartas de sua amada (...)” 
Texto III NARRAÇÃO 
“O artista tem uma alma distinta. O seu olhar sobre a cidade se detém em pequenos detalhes 
das coisas e das imagens, enfim, seu olhar contempla a vida e a poesia por entre os caras e 
ruas da cidade.” 
a) descrição, descrição e narração; 
b) descrição, narração e narração; 
c) descrição, narração e dissertação; 
d) descrição, descrição e descrição; 
e) narração, narração e narração. 
 
3 - Leia o trecho abaixo e a seguir marque a tipologia textual: 
Texto I NARRAÇÃO 
“De súbito, surgiu no jardim, um gato. Um gato arrastava um novelo de lã. Passeava pelo 
jardim, tomava sol e se espichava na grama.” 
Texto II ARGUMENTAÇÃO 
“Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende. Cada cidadão tem sua visão 
de mundo.” 
a) narração e argumentação; 
b) narração e descrição; 
c) narração e narração; 
d) descrição e descrição; 
e) argumentação e argumentação. 
 
4 - Marque a opção correta quanto à tipologia textual: 
Texto I NARRAÇÃO 
“Um cão, que carregava um pedaço de carne na boca, enquanto atravessava um rio, viu seu 
reflexo na água. Julgou, de imediato, que um outro cão levava um outro pedaço de carne 
maior do que o seu (...)” 
Texto II NARRAÇÃO 
“Ontem fui ao banco depositar certa quantia, visitei um amigo no hospital, assisti a uma 
palestra da universidade e escrevi duas cartas para amigos distantes.” 
a) descrição e descrição; 
b) narração e narração; 
c) narração e descrição; 
d) descrição e narração 
e) narração e dissertação. 
 
5 - Leio os textos I e II e a seguir assinale a opção correta quanto à tipologia textual. 
Texto I NARRAÇÃO 
“João entrou no bar, sentou-se de costume e dois minutos depois, já estava mais calmo, 
tomando o chope de sempre”. 
Texto II NARRAÇÃO 
“Depois de muito tempo de pescaria sem nenhum resultado, os pescadores se lastimavam, 
sentados num barco e pediram ajuda a Zeus. Logo a seguir, um atum, que havia sido 
perseguido por eles, mas que havia conseguido escapar, lançou-se dentro do barco.Os 
pescadores o pegaram, levaram-no à cidade e o venderam”. 
a) narração e narração; 
b) descrição e descrição; 
c) narração e descrição; 
d) descrição e narração; 
e) narração e dissertação. 
 
6 - Leia os textos I e II e a seguir marque a opção correta: 
Texto I NARRAÇÃO 
“Um pastor que conduzia seu rebanho pela beira do mar notou a calmaria das águas e 
resolveu navegar para fazer comércio. Após vender parte dos seus cordeiros, comprou 
tâmaras e partiu de volta para casa. Uma forte tempestade o apanhou no caminho de volta e, 
temeroso de que o barco afundasse, jogou toda a carga no mar e conseguiu salvar-se.” 
Texto II DESCRIÇÃO 
“Em redor o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o verde era pálido e opaco. Contra o 
céu erguiam-se os negros penhascos tão retos que pareciam recortados a faca. Espetado na 
ponta da pedra mais alta, o sol espiava através de uma nuvem.” 
a) narração e narração; 
b) descrição e descrição; 
c) narração e descrição; 
d) descrição e narração; 
e) narração e argumentação 
 
7 - Leia as afirmativas que seguem sobre os textos 1 e 2 e assinale a alternativa correta: 
TEXTO 1: 
“O velho, um bêbedo esfarrapado, deitara-se de comprido no banco, dirigira palavras amenas 
a um vizinho invisível e agora dormia. A mulher estava sentada entre nós, apertando nos 
braços a criança enrolada em panos. Era uma mulher jovem e pálida. O longo manto escuro 
que lhe cobria a cabeça dava-lhe o aspecto de uma figura antiga.” 
TEXTO 2: 
“Zeca era pequeno, tez baça e magríssimo. Nunca vi ninguém mais magro. Magro assim, só 
quem está às últimas. Mas o Zeca era magro assim e tinha um porte, uma vivacidade de rapaz 
com perfeita saúde. Esse contraste era coisa surpreendente.” 
I – Os textos 1 e 2 apresentam o foco narrativo em primeira pessoa, o que podemos perceber 
pelos verbo e pronome destacados nos fragmentos. 
II – Em ambos os textos predomina a descrição de personagens. 
III – No texto 1 temos um narrador-personagem, no texto 2 temos um narrador-observador. 
a) Estão corretas as afirmativas I e III. 
b) Estão corretas as afirmativas II e III. 
c) Estão corretas as afirmativas I e II. 
d) Todas as afirmativas estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
8 - Observe os textos I e II e a seguir, marque a alternativa correta: 
Texto I NARRAÇÃO 
“Um casarão abandonado abrigava bom número de ratos, até que um gato descobriu a fartura 
de roedores e resolveu morar ali também. Foi um massacre. Famílias inteiras de ratos viram-se 
devastadas em poucas semanas.” 
Texto II NARRAÇÃO 
“Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, 
diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de 
costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo.” 
a) narração e narração; 
b) descrição e descrição; 
c) descrição e narração; 
d) narração e argumentação; 
e) narração e descrição. 
 
Leia o texto a seguir para as questões discursivas: 
Várias situações que presenciei ao longo desses anos me fizeram refletir bastante 
sobre o melhor modo de analisar a racionalidade de uma cultura diferente da nossa – no meu 
caso, de algumas nações indígenas brasileiras. (...) 
Minha primeira investida na busca da racionalidade waimiri-atroari foi com os 
silogismos. Iniciei explicando ‘como o branco pensa` (para eles os não-índios são denominados 
brancos, independente da raça), mostrando alguns silogismos clássicos e outros do cotidiano 
deles, como por exemplo: “Todo índio waimiriatroari caça com arco e flecha, Marcelo é um 
waimiri-atroari, logo Marcelo caça com arco e flecha”. Isto era mais que natural para eles, pois 
Marcelo é um professor waimiri-atroari e todos sabiam que ele caçava com arco e flecha. 
Quando solicitei que construíssem silogismos, obtive frases do tipo: “Todo waimiri-
atroari pesca pirarucu, Pedrinho caça, logo Davi é casado”. Todas as afirmações são 
verdadeiras, mas não seguem um caminho lógico para o silogismo. 
Acredito que o que significou para eles um silogismo eram verdades que conhecem. 
Foram incapazes de construir silogismos descontextualizados de suas realidades. 
FERREIRA, Eduardo Sebastiani. Racionalidade dos índios brasileiros. 
In: Scientific American Brasil. Etnomatemática, nº 11, pp.90-93. 
 
9 - O texto em questão é argumentativo. Os textos dissertativos podem ser 
objetivos ou subjetivos. Como você o classificaria? Justifique. 
O texto é uma dissertação subjetiva, pois apresenta opiniões pessoais do autor, por isso está 
em primeira pessoa. 
10 - A estrutura dos textos dissertativos divide-se em introdução, desenvolvimento 
e conclusão. Identifique qual(is) parágrafo(s) caracteriza(m) cada parte. 
Introdução: primeiro parágrafo. 
Desenvolvimento: segundo e terceiro parágrafos. 
Conclusão: quarto parágrafo.

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