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PCSP - Interpretação de Textos - Polícia Civil do Estado de São Paulo

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LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 
 
 
 
Interpretação de Texto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro Eletrônico 
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Tipos de Discurso
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
TIPOS DE DISCURSO
O discurso é um dos elementos da narrativa. É a voz das personagens.
Existem três diferentes tipos de discursos, são eles:
DIRETO: narrador reproduz textualmente a fala da personagem, exatamente como 
ela falou.
Ex.: O réu afirmou: "Sou inocente!"
Em regra, o verbo de elocução é aquele que indica alguma fala (ex.: falar, dizer, afirmar, 
perguntar, comentar etc.). Normalmente, mas nem sempre, junto a esses verbos há elemen-
tos gráficos, tais como o sinal de dois pontos, as aspas ou o travessão.
Em textos literários, por conta da licença poética, é comum que alguns autores deixem de 
utilizar esses verbos ou marcas gráficas. Para alguns, isso dificulta a leitura, pois é preciso ter 
mais atenção para identificar quando o autor começa e termina a fala de um personagem, o 
que pode tornar o texto visualmente muito denso.
INDIRETO: o narrador apresenta indiretamente a fala da personagem. 
Ex.: O réu afirmou que era inocente.
No discurso indireto, percebe-se uma adaptação no que diz respeito aos pronomes pes-
soais e dos tempos verbais.
INDIRETO LIVRE: o narrador reproduz, de modo sutil, os pensamentos e as reflexões da 
personagem. É comum a presença do chamado “narrador onisciente”, que é aquele que sabe 
de tudo, ou seja, tem ciência de tudo o que as personagens fazem ou sentem.
Ex.: O réu ouviu a sentença perplexo. Não percebiam a sua inocência?!
No exemplo acima, a primeira parte é a voz do narrador, que apresenta o fato. Já a parte 
final é o pensamento do personagem, no caso, o réu, mas o narrador utiliza a terceira pessoa. 
Essa perplexidade é da personagem, e não do narrador, mas não existe nada que indique 
isso. O que há, na realidade, é um pensamento da personagem inserido em uma voz narrativa.
Trata-se de um discurso mais raro, porém típico da literatura, pois tem relação com a esté-
tica do texto. Além disso, trata-se de um discurso mais complexo para quem está lendo, pois 
não há marcas claras que evidenciem que o texto é uma reflexão da personagem, que o nar-
rador está apresentando em terceira pessoa.
Em regra, os discursos mais cobrados em provas de concursos públicos são o direto e o 
indireto. O que a banca quer saber é se o candidato consegue reconhecer o tipo de discurso 
e transpor o discurso direto para o indireto.
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Tipos de Discurso
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Exemplos:
1. João Bento saiu da festa sozinho. Assim que chegou à rua, correu rápido. Que vontade 
de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava 
desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase...quase!
Em “Que vontade de voar lhe veio agora!”, percebe-se o pensamento que o personagem 
teve, porém apresentado indiretamente pelo narrador. Assim, trata-se do discurso indireto 
livre. O mesmo acontece em “Que pena! Houve um momento em que esteve quase...quase!”.
2. Carlos, outra vez sereno, acabava a sua xícara de chá. Depois disse muito simplesmente:
Meu querido Eça, tu não podes mandar desafiar o Queiroz.
A presença do verbo de elocução “disse” e do sinal de dois pontos mostra que se trata de 
um discurso direto, em que se reproduz exatamente a voz da personagem.
3. O pai gritou-lhe que andasse, chamando-o de condenado do diabo....
No trecho acima há um discurso indireto perceptível por conta do uso de um verbo 
de elocução.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Flávio Gikovate: Tenho a impressão de que isso não ocorre só com a tecnologia. (2º parágrafo)
Transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação:
a. Flávio disse que teria a impressão de que isso não ocorrerá só com a tecnologia.
b. Flávio afirmou que teve a impressão de que isso não ocorreria só com tecnologia.
c. Tem-se a impressão, conforme afirma Flávio, de que isso não ocorrerá só com a 
tecnologia.
d. Flávio disse que tinha a impressão de que isso não ocorreu só com a tecnologia.
e. Flávio afirmou que tinha a impressão de que isso não ocorria só com a tecnologia.
COMENTÁRIO
 A primeira pessoa no discurso direto torna-se a terceira pessoa no discurso indireto. Além 
disso, o presente do indicativo no discurso direto se torna o pretérito imperfeito do indicativo 
no discurso indireto.
2. "Ela insistiu: – Me dá esse papel aí."
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Tipos de Discurso
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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Na transposição da fala do personagem para o discurso indireto, a alternativa correta é:
a. Ela insistiu que desse aquele papel aí.
b. Ela insistiu em que me desse aquele papel ali.
c. Ela insistiu em que me desse aquele papel aí.
d. Ela insistiu por que lhe desse este papel aí.
e. Ela insistiu em que lhe desse aquele papel ali.
COMENTÁRIO
 Nessa transposição, o “aí” se torna “ali’. Além disso, a primeira pessoa desaparece (retira-
se o “me”) e torna-se a terceira pessoa.
3. Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase ex-
travagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, 
julgou que ela estivesse tresvariando. (Graciliano Ramos, Vidas secas)
Uma das características do estilo de Vidas Secas é o uso do discurso indireto livre, que 
ocorre no trecho:
a. “sinha Vitória falou assim”.
b. “Fabiano resmungou”.
c. “franziu a testa”.
d. “que lembrança”.
e. “olhou a mulher”.
COMENTÁRIO
 O trecho “que lembrança!” é o pensamento da personagem que o narrador está 
simplesmente reproduzindo.
Exemplos:
1. Você disse: o discurso indireto livre é raro.
Transposição: Você disse que o discurso indireto era raro.
2. Ela disse: “Farei mais exercícios amanhã”.
Transposição: Ela disse que faria mais exercícios no dia seguinte.
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Tipos de Discurso
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3. Ela disse: Fui ao cinema ontem.
Transposição: Ela disse que tinha/havia/fora ido ao cinema no dia anterior
GABARITO
1. e
2. e
3. d
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preparada e ministrada pela professora Tereza Cavalcanti. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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TIPOLOGIAS TEXTUAIS – ANÁLISE DE TEXTOS
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Pixis foi um músico medíocre, mas teve o seu dia de glória no distante ano de 1837.
Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do (hoje) desconhecido composi-
tor, junto com outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os adjetivos aqui 
podem ser verdadeiros, mas — como se verá — relativos). A plateia, formada por um público 
refinado, culto e um pouco bovino, como são, sempre, os homens em ajuntamentos, esperava 
com impaciência. 
Liszt tocou Beethoven e foi calorosamente aplaudido. Depois, quando chegou a vez do 
obscuro e inferior Pixis, manifestou-se o desprezo coletivo. Alguns, com ouvidos mais sensí-
veis, depois de lerem o programa que anunciava as peças do músico menor, retiraram-se do 
teatro, incapazes de suportar música de má qualidade.
Como sabemos, os melômanos são impacientes com as obras de epígonos, tão céleres 
emreproduzir, em clave rebaixada, as novas técnicas inventadas pelos grandes artistas. Liszt, 
no entanto, registraria que um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os nomes 
de Pixis e Beethoven...
A música de Pixis, ouvida como sendo de Beethoven, foi recebida com entusiasmo e 
paixão, e a de Beethoven, ouvida como sendo de Pixis, foi enxovalhada. Esse episódio, 
cômico se não fosse doloroso, deveria nos tornar mais atentos e menos arrogantes a respeito 
do que julgamos ser arte.
Desconsiderar, no fenômeno estético, os mecanismos de recepção é correr o risco de 
aplaudir Pixis como se fosse Beethoven.
Charles Kiefer. O paradoxo de Pixis. In: Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010 (com adaptações).
Obs.: � apesar de ser iniciado com uma narração, o texto acima possui uma intenção analíti-
ca, portanto, trata-se de um texto essencialmente dissertativo-argumentativo. É impor-
tante perceber que o objetivo do texto não era contar a história de Pixis, mas analisar 
a importância da estética da recepção do que se julga arte.
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
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1. Infere-se do texto que, na ocasião do concerto em Paris, em 1837,
a. Pixis tocou uma composição de Beethoven como se fosse de sua autoria.
b. Liszt equivocou-se na leitura do roteiro de composições que deveria executar.
c. a plateia revoltou-se contra Liszt, por ele ter confundido uma composição de Pixis com 
uma de Beethoven.
d. o público julgou as composições apenas com base nas designações equivocadas no 
programa do concerto.
e. as peças de Pixis e Beethoven foram executadas de modo tão semelhante que o público 
não foi capaz de distingui-las.
COMENTÁRIO
a) Quem tocou as composições foi Liszt.
b) Na realidade, o equívoco ocorreu na impressão do programa do concerto, que mostrava 
a ordem inversa na qual as composições seriam executadas.
c) A plateia não se revoltou contra Liszt.
e) O público julgou as composições apenas com base nas designações equivocadas no 
programa do concerto e, por isso, tratou com desprezo uma música de Beethoven, que era 
o compositor admirado por todos.
2. No texto, com o emprego da expressão “(hoje)” (l. 2) entre parênteses, o autor
a. destaca que Pixis é desconhecido na atualidade, mas que não o era em 1837.
b. indica que, a partir da data do concerto, Pixis deixou de ser desconhecido.
c. enfatiza o “dia de glória” (R. 1 e 2) de Pixis.
d. ressalta que se trata do dia do concerto de Franz Liszt.
e. revela desprezo pela popularidade de Pixis em 1837.
COMENTÁRIO
 O emprego do termo “hoje” entre parênteses serve para mostrar que Pixis não era 
desconhecido na época, assim como acontece atualmente.
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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3. No texto, a palavra “medíocre” (l.1) foi empregada com o mesmo sentido de
a. carente.
b. tímido.
c. humilde.
d. inexpressivo.
e. despretensioso.
COMENTÁRIO
 No contexto em que foi utilizada, a palavra “medíocre” mostra que Pixis era um compositor 
que não tinha expressividade.
4. A correção e os sentidos do texto seriam preservados se a palavra “enxovalhada” (l. 13) 
fosse substituída por
a. desassistida.
b. desagravada.
c. afamada.
d. aplaudida.
e. desdenhada.
COMENTÁRIO
 No texto, a palavra “enxovalhada” está apontando um sentido contrário de “aplaudida”, 
logo, ela poderia ser substituída por “desdenhada”.
5. No segundo parágrafo do texto, o termo “adjetivos” remete às palavras
a. “verdadeiros” e “relativos”.
b. “refinado”, “culto” e “bovino”.
c. “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário”.
d. “desconhecido” e “compositor”.
e. “hoje” e “sempre”
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
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6. O autor do texto apresenta a narrativa do concerto de Liszt com o propósito de
a. reconhecer que Pixis era tão genial quanto Beethoven.
b. criticar o modo como algumas pessoas consomem arte.
c. dar notoriedade à carreira de Pixis.
d. alertar o público de que não se deve confiar em tudo que se lê.
e. incentivar o público a ampliar seu repertório musical
COMENTÁRIO
O texto apresenta uma crítica quanto a forma como as pessoas consomem arte.
Texto para as questões de 07 a 10:
Esse rapaz que, em Deodoro, quis matar a ex-noiva e suicidou-se em seguida é um sin-
toma da revivescência de um sentimento que parecia ter morrido no coração dos homens: o 
domínio sobre a mulher. Há outros casos. (...)
Todos esses senhores parece que não sabem o que é a vontade dos outros. Eles se 
julgam com o direito de impor o seu amor ou o seu desejo a quem não os quer. Não sei se se 
julgam muito diferentes dos ladrões à mão armada; mas o certo é que estes não nos arreba-
tam senão o dinheiro, enquanto esses tais noivos assassinos querem tudo que há de mais 
sagrado em outro ente, de pistola na mão. O ladrão ainda nos deixa com vida, se lhe passa-
mos o dinheiro; os tais passionais, porém, nem estabelecem a alternativa: a bolsa ou a vida. 
Eles, não; matam logo.
Nós já tínhamos os maridos que matavam as esposas adúlteras; agora temos os noivos 
que matam as ex-noivas. De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que 
quem quer casar deseje que a sua futura mulher venha para o tálamo conjugal com a máxima 
liberdade, com a melhor boa-vontade, sem coação de espécie alguma, com ardor até, com 
ânsia e grandes desejos; como é então que se castigam as moças que confessam não sentir 
mais pelos namorados amor ou coisa equivalente? Todas as considerações que se possam 
fazer tendentes a convencer os homens de que eles não têm sobre as mulheres domínio outro 
que não aquele que venha da afeição não devem ser desprezadas. Esse obsoleto domínio à 
valentona, do homem sobre a mulher, é coisa tão horrorosa que enche de indignação.
Todos os experimentadores e observadores dos fatos morais têm mostrado a insanidade 
de generalizar a eternidade do amor. Pode existir, existe, mas excepcionalmente; e exigi-
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
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-la nas leis ou a cano de revólver é um absurdo tão grande como querer impedir que o Sol 
varie a hora do seu nascimento. Deixem as mulheres amar à vontade. Não as matem, pelo 
amor de Deus.
Lima Barreto. Não as matem. In: Vida urbana. São Paulo: Brasiliense, 1963, p. 83-5.
7. O vocábulo “valentona” (terceiro parágrafo) foi empregado em referência a “mulher”.
COMENTÁRIO
 Na realidade, o texto não apresenta a mulher como sendo “valentona”. O que há é um 
domínio “a valentona” do homem sobre a mulher, ou seja, o homem quer dominar a mulher 
a cano de revólver.
8. O vocábulo se recebe a mesma classificação em “se julgam” (l. 7) e “se castigam” (l. 21).
COMENTÁRIO
 No primeiro caso, o “se” é um pronome reflexivo. Já no segundo caso, o “se” é uma 
partícula apassivadora.
9. O autor emprega a expressão “De resto” (terceiro parágrafo) para se referir a outros homens 
além dos “maridos que matavam as esposas adúlteras” e dos “noivos que matam as ex-noivas”.
COMENTÁRIO
 Nesse trecho, o autor não está se referindo a uma terceira categoria de homens. Na 
realidade, ele continua se referindo aos maridos que matavam as esposas e aos noivos que 
matavam as noivas.
10. Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “dese-
je” poderia ser substituída por aspire a.
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Tipologias Textuais - Análise de Textos
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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COMENTÁRIO
O verbo “aspirar” pode ser utilizado no sentido de “desejar”. Quando isso acontece, ele se
 torna um verbo transitivo indireto e pede a preposição “a”. Assim, o item é verdadeiro.
GABARITO
1. d
2. a
3. d
4. e
5. c
6. b
7. E
8. E
9. E
10. C
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA – DISSERTAÇÃO ARGUMENTATIVA
Objetivo: discorrer sobre um tema.
Obs.: � tema e assunto não são a mesma coisa. O assunto é mais abrangente, sendo o tema 
uma delimitação do assunto.
Tipos:
• Expositiva: apresenta informações/dados sobre o assunto, logo, também pode ser 
chamada de informativa. Além disso, o texto informativo pode apresentar opiniões de 
terceiros, mas não do autor;
• Argumentativa: apresenta e fundamenta uma tese (opinião) do autor. Vale lembrar 
que essa opinião pode ser em primeira pessoa (dissertação subjetiva), entretanto, em 
prova, o texto deve ser em terceira pessoa (dissertação objetiva).
Importante: para fazer uma dissertação expositiva, basta ter informação. Já para fazer uma dis-
sertação argumentativa é preciso ter, além de informação, a capacidade analítica. Isso significa que 
se deve analisar essas informações e retirar delas argumentos a favor do ponto de vista do autor.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
[Civilização e sofrimento]
É uma afirmação corrente que boa parte da culpa dos sofrimentos humanos vem do que é 
chamado de nossa civilização.
Seríamos bem mais felizes se a abandonássemos e retrocedêssemos a condições primi-
tivas, satisfazendo nossos instintos básicos.
Tal asserção me parece espantosa, porque é fato estabelecido – como quer que se defina 
o conceito de civilização – que tudo aquilo com que nos protegemos da ameaça das fontes do 
sofrer é parte da civilização.
Como é que tantas pessoas chegaram a partilhar esse ponto de vista de surpreendente hos-
tilidade à civilização? Acho que uma profunda insatisfação com o estado civilizacional existente 
preparou o solo no qual, em determinadas ocasiões históricas, formou-se essa condenação.
(Adaptado de: FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização)
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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1. Explora-se, no texto, uma flagrante contradição, expressa formalmente no seguinte enunciado:
a. Muitas pessoas revelam uma posição inteiramente hostil aos princípios da civilização.
b. Destinada a nos proteger dos sofrimentos, a civilização é por vezes inculpada do 
nosso sofrer.
c. Em determinadas situações históricas, há quem se insurja contra o estado civilizacional.
d. Acredita-se que a satisfação dos instintos primitivos nos tornaria mais felizes.
e. Para muitos, o retorno a condições mais primitivas seria preferível ao estágio atual da 
civilização.
COMENTÁRIO
Percebe-se uma contradição entre “proteger dos sofrimentos” e “inculpada do nosso sofrer”.
Texto para os itens de 2 a 5.
A inércia da vida real desaparece magicamente na navegação pelo ciberespaço, despro-
vida de fricção. No mercado atual, encontramos uma série de produtos privados de suas pro-
priedades malignas: café sem cafeína, creme sem gordura, cerveja sem álcool… ciberespaço. 
A realidade virtual simplesmente generaliza esse procedimento: cria uma realidade privada de 
substância. Da mesma maneira que o café descafeinado tem cheiro e gosto semelhantes aos 
do café, sem ser café, minha persona na rede é sempre um “eu” descafeinado. Por outro lado, 
existe também o excesso oposto, e muito mais perturbador: o excedente de minha persona 
virtual com relação ao meu “eu” real.
Nossa identidade social, a pessoa que presumimos ser em nosso intercurso social, já é 
uma máscara, já envolve a repressão de nossos impulsos inadmissíveis; e é precisamente 
nessas condições de “só uma brincadeira”, quando as regras que regulam os intercâmbios de 
nossas vidas reais estão temporariamente suspensas, que podemos nos permitir a exibição 
dessas atitudes reprimidas.
O fato de que eu perceba minha autoimagem virtual como simples brincadeira me permite, 
assim, suspender os obstáculos que usualmente impedem que eu realize meu “lado escuro” 
na vida real — meu “id eletrônico” ganha asas dessa forma
E o mesmo se aplica aos meus parceiros na comunicação via ciberespaço. Não há como 
ter certeza de quem sejam, de que sejam “realmente” como se descrevem, ou de saber se 
existe uma pessoa “real” por trás da persona online. A persona online é uma máscara para 
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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uma multiplicidade de pessoas? A pessoa “real” com quem converso possui e manipula mais 
personas no computador, ou estou simplesmente me relacionando com uma entidade digitali-
zada que não representa pessoa “real” alguma?
Slavoj Zizek. Identidades vazias. Internet: <http://slavoj-zizek.blogspot.com.br> (com adaptações).
2. De acordo com o texto, os parceiros do espaço virtual são pessoas que utilizam máscaras, 
para apresentar uma multiplicidade de pessoas.
COMENTÁRIO
Na realidade, quem usa máscara é a pessoa no mundo real, porque os seus impulsos são 
reprimidos. O texto questiona se a pessoa virtual também usa uma máscara, já o item afirma 
isso. Logo, o item é falso, pois não se pode afirmar aquilo que o texto questiona.
3. Para o autor do texto, é mais preocupante a situação em que pessoas se valem do espaço 
virtual para extrapolar sua identidade real que aquela em que o utilizam para escondê-la. 
COMENTÁRIO
Atenção ao trecho: “Por outro lado, existe também o excesso oposto, e muito mais 
perturbador: o excedente de minha persona virtual com relação ao meu “eu” real”.
4.Seriam mantidas as relações sintáticas e semânticas do primeiro período do texto, caso o 
termo “desprovida” (L.2) fosse substituído por desprovido, passando, assim, a concordar 
com o elemento imediatamente anterior: “ciberespaço”.
COMENTÁRIO
A troca proposta mantém a correção gramatical, entretanto, muda as relações de sentido e 
sintática, pois o referente deixa de ser o termo “navegação” e passaria a ser “ciberespaço”.
5. Na linha 28, o termo “se” exerce função de pronome apassivador da forma verbal “descrevem”.
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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COMENTÁRIO
No texto, as pessoas descrevem-se a si mesmas. Toda vez que o “se” puder ser substituído 
por “a si mesmos” e variações, ele é um pronome reflexivo e não uma partícula apassivadora.
6. Texto: Não foi para isso
“Não sei se é verdade. Dizem que Santos-Dumont suicidou-se quando soube que, durante 
a Guerra Mundial, a primeira, de 1914 a 1918, estavam usando aviões para bombardear 
cidades indefesas. Não fora para isso -- pensava ele -- que inventara a navegabilidade 
no ar, façanha que ninguém lhe contesta, tampouco inventara o avião, cuja autoria lhe é 
indevidamente negada pelos norte-americanos.
Excetuando o Dr. Guilhotin, que construiu um aparelho específico para matar mais rapida-
mente durante os anos do Terror, na Revolução Francesa, em geral o pessoal que inventaalguma coisa pensa em beneficiar a humanidade, dotando-a de recursos que tornam a 
vida melhor, se possível para todos”.
Carlos Heitor Cony, in Folha de São Paulo. 27/12/2007.
Esse fragmento de uma crônica de Cony é um exemplo de texto
a. didático, pois ensina algo sobre personagens famosos.
b. descritivo, pois fornece dados sobre as invenções citadas.
c. narrativo, pois relata a história da criação do avião e da guilhotina.
d. argumentativo, pois apresenta fato que comprova o título da crônica.
e. histórico, pois traz informações sobre o passado a fim de registrá-lo.
COMENTÁRIO
No texto, o autor faz uma análise acerca do fato de que as pessoas criam os objetos, em 
regra, para o bem, mas, depois, essas invenções acabam sendo desvirtuadas. Trata-se de 
uma argumentação.
30m
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Texto para as questões de 7 a 9:
Acerca das propriedades linguísticas do texto precedente, julgue os itens subsequentes.
7. No trecho “Tentar subornar o guarda para evitar multas”, a oração “para evitar multas” ex-
pressa a causa, o motivo que leva alguém a cometer suborno.
COMENTÁRIO
Na realidade, a oração “para evitar multas” expressa a finalidade de alguém ao tentar 
subornar o guarda.
8. No trecho “Diga não às ‘corrupções’ do dia a dia”, seria correto o emprego do sinal indica-
tivo de crase no vocábulo “a” em “dia a dia”.
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
COMENTÁRIO
O termo “dia” é uma palavra masculina e não há crase antes de termos masculinos. Além 
disso, as expressões idiomáticas como essa nunca têm crase.
9. Os termos “antiéticas”, “ilegais” e “combatidas” qualificam a palavra “práticas”.
COMENTÁRIO
No trecho em que foi usada, a palavra “combatidas” não tem função adjetiva.
10. O texto apresentado combina elementos das tipologias expositiva e injuntiva.
COMENTÁRIO
No texto, predomina a injunção. Entretanto, há muito de exposição.
Texto para as questões 11 e 12:35m
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Dissertação Expositiva - Dissertação Argumentativa
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Julgue os seguintes itens, considerando os aspectos textuais e gramaticais do cartaz pre-
cedente veiculado pelo Ministério Público Federal, no âmbito do projeto Amazônia Protege.
11. No texto, observam-se trechos expositivo e injuntivo.
COMENTÁRIO
O texto verdadeiramente combina as tipologias expositiva e injuntiva, sendo a última 
predominante.
12. As formas verbais “Acesse”, “conheça” e “consulte” caracterizam-se por uma uniformidade 
na flexão de modo e de pessoa.
COMENTÁRIO
Ambas as formas verbais estão no imperativo e na terceira pessoa do singular.
GABARITO
1. b
2. E
3. C
4. E
5. E
6. d
7. E
8. E
9. E
10. C
11. C
12. C
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preparada e ministrada pela professora Tereza Cavalcanti. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
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Gêneros Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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GÊNEROS TEXTUAIS
Os gêneros textuais podem ser entendidos como as particularidades das tipologias textuais.
Ex.: um panfleto, uma bula de remédio, notícias, reportagens, horóscopo, tirinhas, 
receitas etc.
Em suma, os gêneros representam as diferentes maneiras de organizar as informações 
linguísticas, destacando que isso acontecerá de acordo com:
• A finalidade do texto;
• A forma do texto;
• A função dos interlocutores (emissor e destinatário);
• A situação comunicativa.
Vale lembrar que as tipologias textuais se referem à intenção essencial do texto, são elas:
• Descrição;
• Narração;
• Dissertação (informativa ou argumentativa); e
• Injunção.
Já os gêneros textuais são inúmeros, portanto, será abordado nesta aula um rol exempli-
ficativo deles.
Jornalísticos:
• Notícia: é um relato de um acontecimento recente que, basicamente, responde a per-
guntas como “o que?”, “quem”, “quando?”, “onde?” etc.;
• Reportagem: também é um texto informativo, mas muito mais amplo. Nele existe um 
tema que é analisado e aprofundado sob diferentes pontos de vista;
• Editorial: pertence à argumentação e trata-se da análise de um tema sob o ponto de 
vista do editor. É sempre um texto de natureza opinativa.
Universo acadêmico:
• Monografia: apresenta uma perspectiva de análise sobre um tema determinado;
5m
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Gêneros Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
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ES
• Tese: é o gênero textual utilizado por quem está no doutorado. Quem obtém o grau de 
doutor defende uma tese;
• Artigo: traduz a perspectiva de quem o escreve. Também pode ser utilizado no uni-
verso jornalístico.
Literatura:
• Soneto: é um texto em verso que tem 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois 
tercetos;
• Romance: é uma narrativa longa e em prosa, que tem grande variação de tempo e 
espaço, além de diversos conflitos;
• Conto: também é uma narrativa em prosa, mas é bem menor do que um romance;
• Crônica: é um gênero marcado pela flexibilidade de forma, linguagem e temas. Também 
é marcado pela subjetividade e pela informalidade. A rigor, o cronista é aquele que 
detém o tempo.
Obs.: � há muitos outros gêneros na literatura, tal como o chamado haicai. Trata-se de uma 
espécie de poema de origem japonesa que tem três versos, sendo o primeiro dotado 
de cinco sílabas poéticas, o segundo com sete sílabas poéticas e o último também 
com cinco sílabas poéticas. Também existe um gênero de poema chamado epitalâ-
mio, que fala sobre casamento.
Outros gêneros:
• Bula: é bastante rigoroso, diferentemente do que acontece na crônica. Trata-se de um 
texto informativo, mas com muitas partes injuntivas;
• Manual: pode ser um texto informativo e injuntivo, simultaneamente;
• Verbete: cada uma das palavras que estão no dicionário é um verbete.
• Carta: pode ser narrativa, injuntiva ou argumentativa. Tem um destinatário definido, um 
remetente, além de protocolos formais de localização de tempo e espaço;
• E-mail: também é dotado de protocolos formais. O Manual de Redação da Presidência 
da República, por exemplo, aponta que não se deve utilizar caixa alta para escrever 
palavras em um e-mail, pois seria como gritar com o remetente da mensagem;
• Receita: é um texto predominantemente injuntivo, mas possui partes informativas;
10m
15m
20m
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Gêneros Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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ES
• Palestra: é oral, ou seja, um texto escrito para ser falado e conta com alguns recursos 
de oratória;
• Discurso: é um texto dotado de muitos recursos de oratória;
• Quadrinho/tirinha: são gêneros híbridos, ou seja, meio visuais e meio verbais.
Charge, horóscopo, panfleto, livros, apostilas e videoaulas também são outros exemplos 
de gêneros textuais. 
Assim, todos os tipos de textos que chegam até as pessoas no dia a dia possuem gêneros.
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25m
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
TIPOS DE LINGUAGEM
TEXTO
Todo significativo que transmite uma mensagem para interlocutores. O todo significativo é 
formado por partes que se unem de uma maneira lógico.
Todo texto tem dois planos: o que o texto diz e como me diz.
PLANO DO CONTEÚDO (o que se diz = semântica) PLANO DA EXPRESSÃO (como se diz = estilística)
1.Significação vocabular
2.Significação textual
COMPREENSÃO (Informações explícitas)
INTERPRETAÇÃO (informações implícitas)
Habilidades de leitura
1.Tipos de linguagem
2.Tipologias e gêneros textuais
3.Recursos de estilo
4.Mecanismos de coesão
Interpretação de texto é imaterial, que não é resolvida por apenas saber conceitos.
TEXTO E LINGUAGEM
Todo texto é um instrumento de comunicação que transmite uma mensagem a partir do 
uso da linguagem. A linguagem é um código de comunicação dotado de significado. Os huma-
nos existem no mundo por meio da linguagem, sendo essencial para a existência de cada um.
Linguagem verbal: palavra como código que pode ser: falada (fonemas) e escrita (gra-
femas). A escrita é um domínio formal escolarizado da língua. Linguagem falada também é 
chamada de oral. Verbalizar é transformar em verbo, que pode ser escrita ou falada.
Linguagem não verbal: desenhos, cores, símbolos, gestos, expressões fisionômicas
A linguagem não é feita só de palavras.
5m
REESCRITURA – REESCRITA - PARÁFRASE
10m
15m
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Em 2015, um emoji foi eleito pelo Dicionário Oxford como a "palavra do ano" de 2015. Foi 
a primeira vez que a palavra do ano não é uma palavra, e sim uma imagem pictográfica que 
simboliza uma palavra ou frase. No caso, a imagem vencedora representa um "rosto com 
lágrimas de alegria".
LINGUAGEM NÃO VERBAL
Os emojis funcionam como linguagem, mas também estão sujeitos a interpretação con-
forme a cultura na qual se inserem.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Sobre a charge, assinale a opção que indica a leitura inadequada.
20m
25m
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
a. A imagem do chão seco intensifica a seca.
b. O único pingo d'água indica falta de água.
c. A gota de água também pode indicar uma lágrima.
d. A ausência de água na torneira é uma crítica às autoridades.
e. A cor clara do céu mostra a presença do sol intenso.
COMENTÁRIO
 A charge traz um texto não verbal a partir da imagem de uma torneira pingando, com uma 
terra seca e árida, sem vegetação. Na torneira há a representação de um olho de onde sai 
o pingo de água, que parece uma lágrima. É uma personificação da torneira que é dotada 
de sentimento e o solo faz referência a uma escassez de água. Não há nenhuma referência 
explícita às autoridades.
2. A charge, do caricaturista Samuca, publicada no Diário de Pernambuco em 1 de abril de 
2015, expõe um dos pontos de vista sobre a redução da maioridade penal, que pode ser 
expresso na seguinte frase:
a. A infância abandonada pelos pais, que passam todo o dia fora de casa, acaba por co-
meter delitos que a levam para a cadeia;
b. O fato de muitas crianças trocarem a sala de aula pelo campo de futebol pode ser o 
início de uma vida na ilegalidade;
c. Crianças devem ser tratadas como tais e não serem passíveis de penas que atingem 
os adultos;
d. O futebol, como outros esportes, pode servir de caminho para que as crianças não in-
gressem no mundo do crime;
e. A redução da maioridade penal não deve atingir as crianças muito pequenas, que de-
vem ocupar seu tempo em estudo e divertimento.
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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COMENTÁRIO
 Redução da maioridade penal escrita na charge é verbal, fazendo com que ela seja um 
texto verbal e não verbal (verbo visual). No texto, os meninos estão com cores diferentes, 
um está jogando futebol e o outro representa alguém que está preso. Pode-se deduzir que 
o autor que fez a charge é contra a redução da maioridade penal, uma vez que sem prisão 
há cores e liberdade e na prisão há uma sensação de estática representado também pelo 
preto e branco.
a) Não há como deduzir isso do texto e tampouco é um ponto de vista sobre a redução da 
maioridade penal.
b) Não está associado a um ponto de vista sobre a redução da maioridade penal. Está um 
possível conflito com a lei que não pode ser interpretado do texto.
c) A alternativa fala da redução da maioridade penal e apresenta um ponto de vista que é 
contrário.
d) Não é opinião sobre a redução da maioridade penal.
e) O texto não permite dizer que é uma criança muito pequena ou muito grande.
3. Sobre a charge, é correto afirmar que seu tema central é:
a. A solidariedade no trânsito.
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
b. As dificuldades de locomoção.
c. A violência no trânsito.
d)A ausência de autoridade.
e. A falta de fiscalização adequada.
COMENTÁRIO
 “Trânsito: a cadeia alimentar” é a parte verbal do texto e o texto também tem o lado não 
verbal que é a imagem. A cadeia alimentar vai do mais forte ao mais fraco, levando a ideia 
de presa e predador, o que indica violência.
4. Sobre as tirinhas, julgue os itens.
 1. O conteúdo das duas tirinhas expõe o lado negativo da Internet, que é a limitação da vida 
das pessoas ao mundo virtual.
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Tipos de Linguagem
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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 2. No título da tirinha II, a expressão “tivesse bombando” é característica da linguagem 
informal, típica do gênero textual tirinha.
 3. O humor da tirinha I reside no fato de que acontecimentos marcantes da história da huma-
nidade não teriam ocorrido se não fossem os problemas de conexão com a Internet.
COMENTÁRIO
A tirinha é de um mundo fantasioso, não precisando ser do mundo real.
1) As tirinhas trazem suposições de como seria o mundo com internet em diversos períodos 
históricos, trazendo pontos negativos mas também positivos.
2) A linguagem usada é informal, usada no cotidiano, e a tirinha tem essa informalidade.
3) É preciso entrar no mundo fantasioso da tirinha para fazer a intepretação, logo se não 
fossem os problemas de conexão com a internet.
GABARITO
1. d
2. c
3. c
4. 1–E; 2–C; 3–C;
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
A linguagem é um código de comunicação que pode ser verbal e não verbal. Há muitas 
possibilidades de linguagem e de junção de linguagens para que se estabeleça a comunica-
ção através do texto. Então, o texto é o resultado de um processo enorme, e um dos elemen-
tos desse processo é o uso da linguagem.
A linguagem verbal tem muitas variações. Não se usa o mesmo tipo de linguagem para, 
por exemplo, conversar com os amigos em uma roda de conversa informal e com um entrevis-
tador durante uma entrevista de emprego.Usa-se linguagens diferentes em contextos diferen-
tes. A língua é múltipla, por isso há diferentes níveis de linguagem, dependendo do contexto 
em que o falante está inserido. A língua varia dependendo da circunstância, época, região.
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
Diacrônicas: cronos é tempo, por isso são as variações ao longo do tempo. Ex: Vossa 
Mercê -> Vosmecê -> Você. A língua muda, ao longo do tempo, em termos de vocabulário e 
de estrutura sintática
Diatópicas: topos é lugar, portanto, as variações diatópicas são as variações ao longo 
do lugar, os regionalismos. Mineiro -> Ocê. Não é só o sotaque, são as expressões, o voca-
bulário. Exemplos: português de Portugal e do Brasil, diferentes sotaques e vocabulários das 
regiões do Brasil.
Diastráticas: jargões, a linguagem de um grupo social (ideologia, profissão, etc. Exemplo: 
juridiquês.
Diafásicas: momento da situação comunicativa, o contexto. Linguagem culta ou coloquial. A 
gramática normativa que estabelece a variação culta, usadas em algumas situações comunicativas.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
1. Formal, Culta: norma padrão, sobre a qual a gramática incide com todas as suas regras.
 2. Informal Coloquial: mais flexível.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Leia o texto para responder aos itens de 1 a 4.
A língua que falamos, seja qual for (português, inglês...), não é uma, são várias. Tanto que 
um dos mais eminentes gramáticos brasileiros, Evanildo Bechara, disse a respeito: “Todos 
temos de ser poliglotas em nossa própria língua”. Qualquer um sabe que não se deve falar 
em uma reunião de trabalho como se falaria em uma mesa de bar. A língua varia com, no 
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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mínimo, quatro parâmetros básicos: no tempo (daí o português medieval, renascentista, 
do século XIX, dos anos 1940, de hoje em dia); no espaço (português lusitano, brasileiro 
e mais: um português carioca, paulista, sulista, nordestino); segundo a escolaridade do 
falante (que resulta em duas variedades de língua: a escolarizada e a não escolarizada) 
e finalmente varia segundo a situação de comunicação, isto é, o local em que estamos, a 
pessoa com quem falamos e o motivo da nossa comunicação ― e, nesse caso, há, pelo 
menos, duas variedades de fala: formal e informal.
A língua é como a roupa que vestimos: há um traje para cada ocasião. Há situações em 
que se deve usar traje social, outras em que o mais adequado é o casual, sem falar nas 
situações em que se usa maiô ou mesmo nada, quando se toma banho. Trata-se de nor-
mas indumentárias que pressupõem um uso “normal”. Não é proibido ir à praia de terno, 
mas não é normal, pois causa estranheza.
A língua funciona do mesmo modo: há uma norma para entrevistas de emprego, audiên-
cias judiciais; e outra para a comunicação em compras no supermercado. A norma culta é 
o padrão de linguagem que se deve usar em situações formais.
A questão é a seguinte: devemos usar a norma culta em todas as situações? Evidentemente 
que não, sob pena de parecermos pedantes. Dizer “nós fôramos” em vez de “a gente tinha 
ido” em uma conversa de botequim é como ir de terno à praia. E quanto a corrigir quem fala 
errado? É claro que os pais devem ensinar seus filhos a se expressar corretamente, e o pro-
fessor deve corrigir o aluno, mas será que temos o direito de advertir o balconista que nos 
cobra “dois real” pelo cafezinho? Língua Portuguesa. Internet: (com adaptações).
De acordo com o texto acima, julgue os seguintes itens.
1. Conforme o texto, a escola deve ensinar aos alunos a norma-padrão da língua portugue-
sa, mas é preciso, também, refletir se seria adequado corrigir outras pessoas, como, por 
exemplo, um porteiro que diz O elevador tá cum pobrema.
 2. Depreende-se do texto que a língua falada não é uma, mas são várias porque, a depen-
der da situação, o falante pode se expressar com maior ou menor formalidade.
 3. Segundo o texto, ‘temos de ser poliglotas em nossa própria língua’ significa que a língua 
assume variantes adequadas aos contextos em que são produzidas.
 4. O pronome “outra” (3º parágrafo) está empregado em referência ao termo “A língua”.
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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COMENTÁRIO
 O texto fala sobre os níveis de linguagem, mas também toca no preconceito linguístico. 
Segundo o texto, a língua não é uma, mas várias, e é preciso ter discernimento na hora de 
escolher o que usar, principalmente a variação situacional. Nem sempre ir de terno à praia é 
correto, logo nem sempre a língua culta é adequada a todos os contextos. O texto também 
questiona a correção, indicando que a escola deve corrigir, mas não ao balconista que usa 
a variedade coloquial. As pessoas que não têm acesso à escolarização, não têm acesso à 
linguagem culta, logo o texto responde a pergunta retórica de forma implícita.
1. Quando fala em corrigir o aluno, é ensinar a norma padrão. E a pergunta final mostra a 
inadequação em corrigir pessoas que não foram escolarizadas.
2. É a situação comunicativa que vai induzir ao tipo de linguagem que se vai usar.
3. Como não se vive em um único contexto comunicativo, é preciso dominar as variantes e 
fazer escolhas.
4. O pronome outra faz referência à norma.
 2. A frase do texto que traz somente marcas de linguagem formal é:
(A) “sempre dá para separar um dinheirinho”;
(B) “para saber onde está indo seu dinheiro”;
(C) “sempre pesquise preços e pechinche”;
(D) “a internet é um prato cheio para compradores”;
(E) “pesquise pacotes econômicos para celular”
COMENTÁRIO
Havia um texto na prova, mas que não era necessário para resolver a questão.
a. “dá para separar” e “dinheirinho” é uma linguagem informal.
b. Seu dinheiro está indo para algum lugar, então a norma seria “aonde”.
c. A formalidade ou informalidade tem relação com a seleção vocabular e com as normas 
gramaticais. Pechinchar é uma escolha vocabular informal.
d. Prato cheio é uma escolha vocabular informal.
20m
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
e. Não há informalidade na seleção das palavras, nem em relação as normas gramaticais 
de concordância, regência, pontuação.
3. Uma construção considerada própria da linguagem coloquial é
a. É claro que a maternidade interfere em atividades fora do ambiente doméstico. (linha 5)
b. Criaram normas rígidas para impedir o movimento das mulheres, com discursos de que 
seriam perigosas. (linhas 13 e 14)
c. Agnodice se vestiu de homem para assistir conferências médicas, num templo de Ate-
nas...(linhas 28 e 29)
d. Foi morta pelos monges e pela plebe, que foram fanatizados pelo patriarca Cirilo. (li-
nhas 30 e 31)
COMENTÁRIO
Havia um texto na prova, mas que não era necessário para resolver a questão.
a. Não há informalidade na seleção das palavras, nem em relação às normas gramaticais 
de concordância, regência, pontuação.
b. Não há informalidade na seleção das palavras, nem em relação às normas gramaticais 
de concordância, regência, pontuação.
c. Há um erro gramatical que caracteriza a linguagem informal. A inadequação está na re-
gência do verbo assistir, que necessita da preposição “a”, no sentido de ver e presenciar.
d. Não há informalidade na seleção das palavras, nem em relação às normas gramaticais 
de concordância, de regência, de pontuação.
As mariposas
Adoniran Barbosa
As mariposa quando chega o frio
Fica dando volta em volta da lâmpida
pra se esquentar
Elas roda, roda, roda e dispois se senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansar
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando volta em volta de mim
Toda noite só pra me beijar
4. Sobre a composição de Adoniran Barbosa, é correto afirmar:
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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a. Trata-se de uma representação de uma variação coloquial do português falado no Brasil.
b. Os desvios da norma-padrão existentes na letra da música impedem a compreensão de 
seu sentido por parte do leitor / ouvinte.
c. Percebe-se a utilização do registro formal da língua portuguesa, com desvios da norma-
-padrão comuns a esse registro.
d. A variação linguística utilizada por Adoniran Barbosa é inadequada para a situação lin-
guística em questão.
COMENTÁRIO
 O músico tem várias canções com seleção vocabular e gramatical informal ou coloquial. 
As escolhas eram feitas para representar uma variação coloquial do português falado no 
Brasil. Não é questão de erro, mas de adequação.
5. Julgue as afirmações e marque a sequência correta.
( ) � A linguagem utilizada pelos falantes impediu uma comunicação eficiente entre os 
dois personagens.
( ) � A linguagem utilizada pelos personagens é influenciada por fatores sociais e regionais.
( ) � Esse modo de falar, considerado “matuto”, é inaceitável em qualquer situação, por-
que prejudica a comunicação.
( ) � Esse modo de falar, mesmo sendo considerado “matuto”, pode ser usada em algu-
mas situações, desde que mesmo cumpra sua intenção comunicativa.
( ) � Existem diversos modos de falar, e todos eles têm uma explicação para o seu uso. 
Por isso não se deve ter nenhum tipo de preconceito em relação aos “modos de falar”.
O preenchimento CORRETO dos parênteses está na alternativa:
a. V, F, V, F e V.
b. V, V, F, F e V.
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Variações Linguísticas
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A
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c. F, F, V, V e V.
d. F, V, F, V e V.
e. V, V, F, F e F.
COMENTÁRIO
 (F) A linguagem foi eficiente e permitiu a comunicação eficiente. 
 (V) Fatores sociais com pessoas que provavelmente não tiveram acesso a escolarização 
e regionais com a escolha vocabular. 
 (F) Não é inaceitável em qualquer situação e muito menos prejudica a comunicação. 
 (V) Esse modo de falar pode ser usado em algumas situações, mantendo a comunicação. 
 (V) É um juízo de valor trazido pela banca, mas que é considerado correto para a questão. 
GABARITO
1. 1–C; 2–C; 3–C; 4–E;
2. e
3. c
4. a
5. d
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Linguagem - Denotação e Conotação
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
LINGUAGEM – DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Linguagem:
• Denotativa: usada em sentido literal, também chamado de sentido próprio. É a lingua-
gem, em regra, que está no dicionário (Cuidado! Há dicionários que trazem o sentido 
figurado das palavras). Forma mais objetiva, mais simples, mais clara, mais inteligível. 
O texto dissertativo exige o uso da denotação.
• Conotativa: usada em sentido não literal, contextual. Quando o dicionário registra o sen-
tido figurado da palavra, ele faz através de “fig”. É uma linguagem figurada, que é uma 
forma de dizer.
Lagarta
Situação 1: Maria estava preocupada com suas rosas e chamou Antônio para resolver o 
problema. Depois de duas horas observando, ele disse:
 - Dona Maria, há muitas lagartas nas roseiras, precisamos combatê-las.
Quem não sabe o que significa “lagarta” pode ir ao dicionário e buscar pela palavra, encontrando 
o significado e conseguindo entender a fala de Antônio. A palavra foi usada em sentido denotativo.
Situação 2: Poema de Manuel Bandeira
Namorados
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
 – Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
 – Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma
 – lagarta listada?
A moça se lembrava:
 – A gente fica olhando…
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
 – Antônia, você parece uma lagarta listada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
 – Antônia, você é engraçada, você parece louca.
Quando o rapaz chama Antônia de lagarta listada, a palavra não está em sentido denota-
tivo, mas em sentido figurado, conotativo. É preciso entender o que é uma lagarta para buscar 
seu sentido, mas só isso não basta. Há uma associação, recorrendo à metáfora, que de um 
lado está Antônia e de outro a lagarta listada. Existe um ponto em comum entre os dois. A 
lagarta e a Antônia podem ter em comum:
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Linguagem - Denotação e Conotação
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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• Ser nojenta, repulsiva
• Perigosa
• Magra demais
Mas recuperando o contexto, o Rapaz fala que não se acostumou com a namorada e que , 
no passado, via a lagarta listada sem parar de olhar e admirar, indicando com o uso do gerúndio 
uma ação muito demorada no passado. Logo, pode-se deduzir que ele está resgatando o ato 
de olhar a lagarta listada que o fascinava e atraía, assim como a namorada no presente. O que 
há em comum entre Antônia e a lagarta listada, nesse contexto, é que a Antônia é fascinante.
Lagarta é uma figura, ou seja, um termo concreto que corresponde a uma imagem. Mas, 
a palavra lagarta é usada, no texto, para representar o fascínio. Fascínio é uma ideia. Então, 
toda a linguagem que recorre a uma figura para representar uma ideia é uma linguagem figu-
rada. Os conceitos são mais vagos, sendo muito comum o uso de figuras para explicar as 
experiências com a linguagem.
O uso das figuras na linguagem figurada pode mudar conforme os contextos, já que ser 
uma lagarta, por exemplo, pode remeter a algo asqueroso ou a algo bom, como acontece no 
texto. É preciso sair da própria subjetividade, entendendo o uso da figura pelo outro e também 
resgatar o contexto.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Assinale a alternativa que apresenta um trecho do texto empregado em sentido próprio.
(A) Se emagreço primeiro o rosto, engordo a barriga.
(B) A barriga masculina é teimosa.
(C) Barriguinha de tanque, só para jovens.
(D) Barriga das boas aproveita a primeira oportunidade para se expandir.
(E) Basta comer um cheeseburger e a barriga vence!
COMENTÁRIO
Sentido próprio é o sentido real, literal, denotativo.
a) Sentido próprio.
b) Teimosa é uma forma de dizer, pois está dando vontade a barriga.
c) Barriguinha de tanque é uma forma figurada.
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Linguagem - Denotação e Conotação
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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d) Dá a barriga o poder de ter um ato volitivo, que é um ato de bondade, um modo de dizer.
e) Há uma figura chamada personificação.
Para responder a questão a seguir, leia o texto do encarte publicitário, veiculado por 
empresa fabricante de purificadores de água, e observe que o adjetivo transparentes refere-
-se tanto à água como ao fabricante.
2. Uma interpretação correta para o trecho – vamos ser bem transparentes – é de que esse 
trecho foi empregado em sentido
a. literal, quando se refere à água, para comprovar que toda água de aspecto transparente 
não apresenta contaminação.
b. literal, quando se refere ao fabricante, para divulgar o preço do produto, que é menor em 
comparação aos demais fabricantes.
c. não literal, quando se refere à água, para evidenciar a eficiência do equipamento vendi-
do pelo fabricante.
d. não literal, quando se refere ao fabricante, para passar aos possíveisconsumidores a 
imagem de uma empresa de credibilidade.
e. não literal, quando se refere à água, para incentivar os consumidores contra o desperdí-
cio desse recurso hídrico.
COMENTÁRIO
 O enunciado da questão não está sob análise, julgamento. Pelo contexto, transparente 
pode se referir à água ou ao fabricante. Quando se refere à água é uma denotação e ao 
fabricante, uma conotação. Ou seja, é literal quando se refere à água e não literal quando se 
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Linguagem - Denotação e Conotação
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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refere ao fabricante. Não se pode deduzir do texto que toda água de aspecto transparente 
não apresenta contaminação, mas que o uso da linguagem não literal para o fabricante 
passa aos possíveis consumidores a imagem de uma empresa de credibilidade.
3. Assinale a alternativa em que a palavra grifada está empregada em sentido denotativo:
A. Como lê muito, dizem que João é uma ilha cercada de livros por todos os lados.
B. Apenas Édipo encontrou a chave para decifrar o enigma da Esfinge.
C. A neblina flutua, desfazendo os edifícios e as árvores da cidade.
D. Quando o sol cair, encerraremos nosso expediente no banco.
E. Alessandro rompeu a camisa no arame farpado que cerca a fazenda.
COMENTÁRIO
Denotativo é o sentido real, literal, próprio.
a) Conotação. João não é uma ilha, isso é uma figura usada para explicar o conceito.
b) Conotação. Encontrar a chave é um modo de dizer que decifrou o enigma.
c) Conotação. Modo de dizer, porque a neblina cobre os edifícios.
d) Conotação. O sol não vai cair ou despencar do céu.
e) Denotação. Há uma fazenda, arame farpada e um rasgo.
4. Há registro de conotação no fragmento transcrito na alternativa
A. “Muitos especialistas dizem que nada será como antes.” (L.15).
B. “há um grande número de profissionais competentes” (L.20).
C. “...para quem está no olho do furacão” (L.24).
D. “Além disso, é fundamental estar inteirado da tecnologia.” (L.55).
COMENTÁRIO
A linguagem conotativa grita. O olho do furacão é uma forma de dizer.
5. Em qual das frases a seguir a expressão em destaque foi empregada no sentido próprio, 
ou seja, no sentido denotativo?
A. O desejo de muitos internautas que navegam na Internet é o de encontrar informa-
ções precisas.
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Linguagem - Denotação e Conotação
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
B. Quando queria brincar na casa de seus avós, a criança usava o lápis para rabiscar 
as paredes.
C. No dia do baile, a normalista tomou um chá de cadeira inesperado, até conhecer aque-
le grumete.
D. Nas metrópoles, o trânsito é um pesadelo para grande parte dos motoristas e dos 
pedestres.
COMENTÁRIO
a) Navegam = conotação.
b) Denotação em todos os termos.
c) Chá de cadeira = conotação.
d) Pesadelo = conotação.
GABARITO
1. a
2. d
3. e
4. c
5. b
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Tipologias Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
Tipologias textuais são categorias de classificação de um texto de acordo com a sua fina-
lidade/intenção/objetivo central.
As tipologias não se excluem, ou seja, é possível que um texto tenha traços de muitas 
tipologias diferentes, mas, no fim, predomina uma.
Para saber qual a tipologia textual predominante é preciso ler o texto e fazer a seguinte 
pergunta: “qual é a finalidade desse texto?”
Dentro desse contexto, um texto pode ser:
• Descritivo: apresenta características/qualidades de um ser;
• Narrativo: apresenta uma sequência de acontecimentos;
• Dissertativo: discorre sobre um tema e pode ser: expositiva (apresenta só informa-
ções) ou argumentativa (apresenta uma tese e a posição do autor); ou 
• Injuntivo/prescritivo/instrucional: é aquele que orienta/instrui o leitor (ex.: uma receita 
de bolo).
ATENÇÃO
 Vale lembrar que essas tipologias não se excluem. Ou seja, é possível que um texto 
comece com uma descrição, torne-se uma narração, vá para uma dissertação e, por fim, 
para uma injunção. É necessário compreender qual dessas tipologias é a predominante no 
texto.
Exemplos:
1. [...] Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arrui-
vados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não 
bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que 
qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. [...]”. (Frag-
mento do conto Felicidade clandestina, de Clarice Lispector).
O texto acima tem como objetivo caracterizar uma personagem. Assim, há uma ocorrência 
simultânea de características, sem relação de anterioridade e posterioridade entre as informações. 
Isso significa que se trata de uma descrição, pois reproduz uma realidade estática (sem movimento).
2. “[...] É na parte alta que fica o colorido Pelourinho, bairro histórico e tombado pela 
Unesco como Patrimônio da Humanidade. Em suas ruas e vielas estão centenas de casarões 
dos séculos 17 e 18 que abrigam de museus a terreiros de candomblé, além de templos católi-
cos que atraem estudiosos do mundo todo – é o caso da igreja de São Francisco, considerada 
a obra barroca mais rica do país [...]”. (Descrição de um guia de viagem).
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Tipologias Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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O texto desse exemplo descreve uma cena ao leitor e reproduz uma realidade por meio da 
palavra, logo, também se trata de uma descrição.
3. Tragédia brasileira
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança 
empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, den-
tista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada 
disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom 
Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no 
Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...
Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência, matou-a 
com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul. 
(Manuel Bandeira)
Ainda que existam traços descritivos nesse texto, ele pertence à tipologia da narração. 
Isso pode ser percebido, pois, diferentemente dos dois exemplos anteriores, em que o autor 
apresenta uma cena estática, no texto do exemplo n. 3 é perceptível a passagem do tempo.
Vale lembrar que a narração reproduz uma realidade dinâmica (uma história), ou seja, com 
progressão temporal (relação de antes e depois) entre os acontecimentos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Considerando o conteúdo e as sequências linguísticas do texto do exemplo n. 3, assinale 
a alternativa correta.
a. O texto é predominantemente uma dissertação, pois está organizado em torno de uma 
sequência de ações desencadeadas a partir de uma traição, episódio acerca do qualo 
autor manifesta uma opinião.
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Tipologias Textuais
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b. Maria Elvira traiu Misael pela primeira vez quando moravam no Estácio. Depois de su-
portar essa situação por três anos, ele decidiu mudar de casa.
c. Infere-se que Maria Elvira não soube desfrutar das regalias oferecidas por Misael, já que 
foi assassinada por ele.
d. Misael só acreditou definitivamente que era traído por Maria Elvira quando deci-
diu matá-la.
e. Pode-se inferir que o título, além de antecipar o crime do qual Maria Elvira é vítima, também 
aponta para a trágica realidade vivida por grande parcela da população brasileira marginalizada.
COMENTÁRIO
a) O texto não é uma dissertação, mas sim uma narração.
b) Misael não suportou a situação por três anos até mudar de casa. Na realidade, toda vez 
que Maria Elvira o traía, ele se mudava de casa.
c) Percebe-se que Maria Elvira aproveitou bem as regalias oferecidas por Misael, tanto que 
ficou de boca bonita e saiu da situação e que se encontrava inicialmente.
d) Misael sabia que era traído, tanto que se mudava de casa sempre que isso acontecia. 
e) O item é considerado correto por eliminação, pois a análise do examinador é passível de 
uma série de questionamentos.
Exemplos (continuação):
4. Não é possível falar sobre pena de morte, sem fazer uma reflexão se o Brasil deve 
adotá-la. Por isso, é necessário considerar que os posicionamentos favoráveis analisam que 
tal medida reduziria a violência no Brasil; os opositores consideram ser uma medida drástica 
e que não teria qualquer impacto sobre a redução dos níveis de criminalidade. O assunto está 
sendo debatido no Congresso, onde os parlamentares discutem a admissibilidade da matéria.
O texto acima discorre sobre um tema, ou seja, trata-se de uma dissertação. Como essa 
dissertação coloca em evidência apenas informações, sem o posicionamento do autor, trata-
-se de uma dissertação informativa/expositiva.
5. Diuturnamente o Brasil é abalado com a notícia de que um crime bárbaro foi praticado 
por um adolescente, penalmente irresponsável nos termos do que dispõem os artigos 27 do 
CP, 104 do ECA e 228 da CF. A sociedade clama por maior segurança. Pede pela redução da 
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Tipologias Textuais
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
maioridade penal, mas logo descobrirá que a criminalidade continuará a existir, e haverá mais 
discussão, para reduzir para 14 ou 12 anos. Analisando a legislação de 57 países, constatou-
-se que apenas 17% adotam idade menor de 18 anos como definição legal de adulto.
Se aceitarmos punir os adolescentes da mesma forma como fazemos com os adultos, 
estamos admitindo que eles devem pagar pela ineficácia do Estado, que não cumpriu a lei 
e não lhes deu a proteção constitucional que é seu direito. A prisão é hipócrita, afirmando 
que retira o indivíduo infrator da sociedade com a intenção de ressocializá-lo, segregando-o, 
para depois reintegrá-lo. Com a redução da menoridade penal, o nosso sistema penitenciário 
entrará em colapso. (Dalio Zippin Filho)
No texto acima, o autor discorre sobre a redução da maioridade penal no Brasil e dá a sua 
opinião. Por esse motivo, trata-se de uma dissertação argumentativa.
6. “[...] Não instale nem use o computador em locais muito quentes, frios, empoeirados, 
úmidos ou que estejam sujeitos a vibrações. Não exponha o computador a choques, panca-
das ou vibrações, e evite que ele caia, para não prejudicar as peças internas [...]”. (Manual de 
instruções de um computador).
O texto acima é injuntivo/instrucional, pois orienta/prescreve algo. Do mesmo modo, o 
exemplo n. 6 (abaixo) também é do tipo injuntivo:
6. Modo de fazer
Bata as claras em neve e reserve.
Misture as gemas, a margarina e o açúcar até obter uma massa homogênea.
Acrescente o leite e a farinha de trigo aos poucos, sem parar de bater.
Por último, adicione as claras em neve e o fermento.
Despeje a massa em uma forma grande de furo central untada e enfarinhada.
Obs.: � leis, de um modo geral, são textos injuntivos, pois prescrevem normas de comporta-
mento e de cidadania para a coletividade em geral. Manuais de instruções, bulas de 
remédios e propagandas também são textos injuntivos. Uma aula, por exemplo, é um 
texto essencialmente informativo, mas há determinados momentos em que o profes-
sor repassa instruções, o que torna o texto injuntivo.
GABARITO
 1. e
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Descrição
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DESCRIÇÃO
Objetivo: reproduzir uma realidade estática (com ocorrência simultânea das informações 
e sem relação de antes e depois entre os acontecimentos).
Características:
• Retrato verbal;
• Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases;
• Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas;
• Utilização da enumeração e comparação;
• Com frequência, presença de verbos de ligação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Leia o texto abaixo para responder aos itens de 1 a 5.
Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor 
bem velhinho e bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encara-
colado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma dessas crianças que a gente vê em 
anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela está vestida em 
um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por 
baixo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que 
nos mostra que a mocinha não é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem um 
tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga 
nos domingos à tarde. Estatura mediana, cabelos e bigodes branquinhos, rosto e mãos enru-
gadas que traem uma idade bem avançada. Paletó marrom e calça cinza, ambos de lã, malha 
creme, abotoada até o último botão, como faz todo senhor que se preze. Embaixo da malha, 
uma camisa azul, mas bem azul mesmo, que destoa de todo o conjunto. O que prova que o 
cavalheiro e a mocinha apreciam cores fortes.
Pela roupa que os dois estão vestindo e pela carinha rosada dela, deve estar fazendo 
muito frio. Fato que o ar enevoado e cinzento do jardim, que está atrás deles, vem a compro-
var. Os dois estão sentados em um balanço de madeira de cor verde, desses em que cabem 
apenas duas pessoas e que são bastante comuns em quintais, varandas e jardins de casas 
de classe média, classe média alta. Ela está comodamente estirada. Com a cabeça entre o 
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Descrição
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ombro e a barriga do velhinho e os pés apoiados numa almofada de crochê de cor creme. 
Nas mãos, ela traz um livro de histórias cheio de desenhos coloridos. Livro esse que, olhando 
atentamente, você verá que se trata da história da Bela Adormecida. O que, aliás, é muito 
engraçado, porque enquanto a bela conta a história da Bela Adormecida, o velho é que ador-
meceu. Ele dorme a sono solto. Com uma mão envolta na dela e a outra apoiada sobre sua 
própria perna direita, na altura do joelho, ambos, à sua maneira, estão sonhando. Ele sonhadormindo, ela sonha acordada.
A menina está divagando no colo do avô. Isso mesmo: do avô. Porque o velho que você está 
vendo só pode ser o avô dela. Pela intimidade com que ela está comodamente instalada no colo 
dele, percebe-se que não pode ser visita, pessoa de cerimônia. E, sim, alguém bem chegado, 
alguém da família. Para um estranho, ouvir essa história contada por uma criaturinha tão linda 
seria uma novidade excitante, que dificilmente o faria cair no sono. E, se não fosse por isso, um 
estranho também não cairia no sono, pelo menos por dever de educação. Resistiria bravamente 
até a Bela Adormecida acordar. Além disso, é só olhar para a roupa caseira que ele está usando 
para perceber que não é alguém que foi fazer uma visita. É pessoa da casa mesmo, pai não é. Ele 
é muito velhinho para ser o pai dela. E pouco provavelmente seria um tio. Tanto pela idade quanto 
pela disponibilidade e paciência. Tio dá doces, presentes, mas ouvir histórias intermináveis, con-
tadas por uma narradora que de vez em quando divaga, tio não faz. Só pode ser mesmo um avô 
ouvindo pela milésima vez a mesma história, que para ele deve ser sempre igual e para ela deve 
ser sempre diferente. Ela, por sua vez, não se deve importar com que seu ouvinte durma. Afinal, 
ela só quer colo e aquela mão terna, enrugada e querida em volta da sua cintura pequenina.
Mesmo desatento, ele está dando a ela seu tempo e seu carinho sonolento. O balanço 
de jardim pode ser gostoso de sentar. Mas como você pode ver não é o local mais confortá-
vel para se dormir. Principalmente em um dia frio como esse, em um descampado de uma 
varanda. Mas o fato é que ele não sente a dureza do balanço porque dorme, e ela, igualmente, 
não sente a dureza da madeira e a frieza do tempo por vários motivos: primeiro, porque sonha, 
e no sonho não há desconforto ou frio. E, segundo, porque ela tem a barriga do avô como 
travesseiro, o braço dele como edredom e uma almofada como encosto para seus pés e seu 
tênis multicolorido. Juntos os dois, ali na varanda, vivem um momento de que ela vai se lem-
brar sempre e ele não vai se lembrar de nada. Até mesmo nada da história. Por isso, é que ela 
vai ter de contar e recontar essa história para o avô centenas de vezes. Principalmente para 
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Descrição
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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reviver os trechos que ele perdeu com seus cochilos. Assim como você vai ter de ler e reler 
muitas vezes esse texto até conseguir enxergar toda a beleza e ternura contidas nessa cena. 
Ou pelo menos uma pequena parte dela.
UMA FOTO SERIA MELHOR – 19 de agosto – dia do fotógrafo – Este texto tem mil palavras. 
Folha de S. Paulo.
Com base na leitura do texto, julgue os itens.
1. Há ironia nos trechos “deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso” e “um tênis 
transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul”.
COMENTÁRIO
Pelo contexto, o trecho “deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso” não é uma 
ironia. Entretanto, no trecho “um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho 
e azul”, a palavra “discretas” foi utilizada com ironia pelo autor. Ao ler esse texto, o leitor faz 
um processo chamado ressignificação, que consiste em ler novamente a palavra “discretas” 
a partir das novas informações que foram dadas.
2. A “Bela Adormecida” a que o texto se refere é a garotinha que está com o senhor.
COMENTÁRIO
 Na realidade, a “Bela Adormecida” é a personagem do livro que a menina está lendo e não 
a própria garotinha.
3. O texto compara a funcionalidade de um texto verbal e a de um texto não verbal.
COMENTÁRIO
 O objetivo desse texto é comparar a funcionalidade de uma foto com a de um texto verbal. 
Nesse sentido, o autor aponta que a fotografia seria mais funcional ao dispor “uma foto seria 
melhor”.
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Descrição
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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4. Segundo o texto, há mais afinidade entre avôs e netos do que entre tios e sobrinhos.
COMENTÁRIO
 No texto, o autor aponta que o avô tem mais idade, disponibilidade e paciência que um tio para 
ouvir as histórias da garotinha. Entretanto, é importante perceber que o termo “afinidade” não 
é sinônimo de idade, disponibilidade ou paciência. Além disso, não há um nexo de causalidade 
entre esses elementos, ou seja, quem tem mais idade, disponibilidade ou paciência não 
necessariamente tem mais afinidade com alguém. Logo, não é possível dizer que o texto está 
afirmando que há mais afinidade entre avôs e netos do que entre tios e sobrinhos.
5. É imprescindível a presença, junto ao texto, de uma fotografia que retrate a cena descrita 
para que as ideias expressas sejam transmitidas de maneira adequada e completa.
COMENTÁRIO
Na verdade, o que o texto busca é substituir a fotografia, isso para dizer que uma fotografia 
seria melhor.
GABARITO
1. E
2. E
3. C
4. E
5. E
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Narração
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
NARRAÇÃO
Objetivo: reproduzir uma realidade dinâmica (com progressão temporal, ou seja, relação 
de anterioridade e posterioridade entre os acontecimentos).
Características:
• Elementos narrativos:
 ° Narrador: quem conta a história (pode dela participar);
 ° Personagem: quem vive o enredo;
 ° Enredo: sucessão de acontecimentos (em regra, tem como elementos a apresenta-
ção, a complicação, o clímax e o desfecho);
 ° Tempo: quando a história acontece e quanto tempo dura;
 ° Espaço: onde a história acontece;
 ° Discurso: voz das personagens.
• Verbos no pretérito.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Leia o texto abaixo para responder aos itens de 1 a 5.
Tarde de verão, é levado ao jardim na cadeira de braços — sobre a palhinha dura a capa 
de plástico e, apesar do calor, manta xadrez no joelho. Cabeça caída no peito, um fio de baba 
no queixo. Sozinho, regala-se com o trino da corruíra, um cacho dourado de giesta e, ao arre-
pio da brisa, as folhinhas do chorão faiscando — verde, verde! Primeira vez depois do insulto 
cerebral aquela ânsia de viver. De novo um homem, não barata leprosa com caspa na sobran-
celha — e, a sombra das folhas na cabecinha trêmula, adormece. Gritos: Recolha a roupa. 
Maria, feche a janela. Prendeu o Nero? Rebenta com fúria o temporal. Aos trancos João ergue 
o rosto, a chuva escorre na boca torta. Revira em agonia o olho vermelho — é uma coisa, que 
a família esquece na confusão de recolher a roupa e fechar as janelas?
Dalton Trevisan. Ah, é? Rio de Janeiro: Record, 1994. p. 67 (com adaptações).
Obs.: � o texto acima é uma narração em terceira pessoa cujo narrador não participa da his-
tória, mas sabe de tudo. Esse tipo de narrador é chamado de “onisciente”, ou seja, 
aquele que sabe de tudo. Além disso, apesar de esse ser um texto narrativo, há tra-
ções de descrição e o discurso dos personagens. Por isso, vale lembrar que, apesar 
de as tipologias textuais serem independentes, elas não se excluem. Assim, um texto 
pode conter uma ou várias tipologias textuais.
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Narração
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
1. No texto, predominantemente narrativo, ocorrem tanto o discurso direto como o discurso 
indireto livre.
COMENTÁRIO
 No trecho “Recolha a roupa. Maria, feche a janela. Prendeu o Nero?”

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