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O Contrato no Direito Romano

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O Contrato no Direito Romano
O contrato Romano tanto no Direito Romano Antigo quanto no Direito Romano Clássico, era feito através da troca de palavras solenes entre credor e devedor na forma de “stipulatio” sob pena de nulidade caso não fossem pronunciado as palavras simples, mas, travestida de grande formalidade, pois, se tratava de um processo geral de alguém se obrigar dando forma a qualquer contrato. Alguns eram consensuais e número limitado por exemplo; venda, locação, sociedade, mandato.
Alguns contratos exigiam a entrega de alguma coisa aos contratantes: 
Mutuum = Empréstimo de coisa consumível;
Commodatum = Emprestimo de uso;
As palavras ditas pelas partes eram: 
Spondesne? = “Prometes?”
Spondeo? = “Prometo!” 
O contrato no Direito Romano tinha validade somente quando formalizado pelas palavras e possuía certo rigor. Para que se criassem as obrigações não bastava a mera vontade das partes em acordo, além de não ser objeto para qualquer operação econômica, pois, havia uma formula a ser seguida a risca para cada tipo de operação tendo a proteção do Estado.
O rigor formalista desse período pode ser atribuído a pouca utilização da escrita e pela alta carga religiosa da sociedade, já que, o contrato só seria protegido pelos deuses se observasse a forma prescrita.
A pacta adiecta gerava obrigação civil, mas a sua oposição não se dava pela actio e sim pela exceptio. Caso o credor exercesse o contrato pela actio desconsiderando o pactuado na pacta adiecta o devedor poderia opor a essa actio pela exceptio.
Haviam ainda alguns contratos chamados “pacta” ou (pacto) que, mesmo sem fórmula, eram aceitos, porém, não recebiam a proteção do Estado. Neste caso o credor não poderia exigir a prestação referente ao contrato em juízo, mas poderia retê-la se viesse a receber.
Pactum, Nudum pactum = Pacto nu que não gera ação.
Convenção, contrato e pacto, formas semelhantes A convenção era gênero e as espécies eram o contrato e o pacto. Contratos eram acordos formais e protegidos por lei “ius civile” “via actio”. Eram três espécies contratuais: 
a) litteris, que exigia inscrição no livro do credor (denominado de codex);
 b) re, que se fazia pela tradição efetiva da coisa; 
c) verbis, que se celebrava pela troca de expressões orais, como em um ritual religioso. 
“”Esses contratos tinham proteção judicial prevista pelo (ius civile), podendo reclamar via actio sua execução. [...] o pacto era um acordo não previsto em lei. Não exigia forma especial, nem era protegido pela actio”” (NAVES, 2007, p. 231 e 232)
Proteção via actio ; São contratos como a compra e venda, locação, mandato e sociedade. Essa categoria de contratos passou a ser denominada contratus solo consensu, já que não requeriam formalidade bastando a declaração de vontade das partes. 
Os demais contratos que não estavam previstos nas categorias de Litteris, Verbis, Re e Solo Consensu, não eram considerados contratos, já que não produziria uma obrigação civil, apenas uma obrigação natural.
No Direito Romano o contrato era para criar obrigações e não para modificá-las nem extingui-las. 
Fim.

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