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Civil-III-Contratos-site-2020-01

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
SIBELE RESENDE PRUDENTE 
Direito Civil III - Contratos 
2020-01 
 
 
Observações gerais sobre o andamento de todo o semestre: 
 
- A chamada será realizada a partir das 20:00 hs; 
 
- Não serão considerados para efeito de presença os nomes colocados com 
bilhetes sobre a mesa; 
 
- Não haverá abono de faltas; 
 
- Não será aceito atestado em sala de aula, devendo o aluno dar entrada no protocolo; 
 
- O aluno que for pego “colando” terá nota zero; 
 
- Não será permitido nenhum tipo de consulta nas provas: 
a) V1: 2 ch de V1: 
b) V2: 2 ch de V2: 
c) VS: 
 
- Durante as provas os alunos deverão permanecer pelo menos até quarenta minutos 
dentro de sala de aula; 
 
- A nota de VT será composta da seguinte forma: 
 a) Prova oral e individual ( ); 
 b) Atividades on-line (data a critério da gestão); 
 c) VT Integrada: ENADE ( ) 
 c) Outras atividades a critério da gestão. 
 
- Lembrando que professora e alunos formam um grupo e que a qualidade das aulas 
depende do interesse e esforço de todos nós; 
 
- A professora está aberta para qualquer esclarecimento e sugestões, esperando que 
todos nós tenhamos um excelente semestre ! 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL III – CONTRATOS 
 
 
UNIDADE I - INTRODUÇÃO À TERORIA GERAL DOS 
CONTRATOS 
 
 
1.1 - CONCEITO DE CONTRATO 
 
 É uma das fontes das obrigações. É uma das espécies dos negócios 
jurídicos, ele pode ser bilateral ou plurilateral, de acordo com a ordem 
jurídica (habitat = ordem legal) e destinado a estabelecer uma 
regulamentação de interesses entre as partes (fundamento), com o objetivo 
de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza 
patrimonial (efeito = criar direitos e obrigações). 
 
 
1.2- REQUISITOS DE VALIDADE : art. 104 
 
 1.2.1- Objetivos: 
 
a-) Licitude do objeto. 
 
b-) Possibilidade física ou jurídica do objeto 
 
 A impossibilidade pode ser: 
 - absoluta: para todos os homens; efeito liberatório. 
 - relativa: circunstâncias pessoais; não invalida e está sujeito 
às perdas e danos. 
 - legal ou jurídica: ineficácia do contrato: art. 426. 
 
 c-) Determinação do objeto: se indeterminável o objeto, o contrato 
será inválido e ineficaz. 
 
 d-) Economicidade do objeto: economicamente apreciável. 
 
 
 1.2.2-Subjetivos: 
 
 a-) Existência de duas ou mais pessoas 
 
 b-) Capacidade: arts. 3º e 4º. 
 
 c-) Aptidão: arts. 496 e 497 (legitimidade X capacidade) 
 
 d-) Consentimento: não pode haver vício 
 
 
 1.2.3-Formais: a regra é a liberdade de forma; art. 107 
 
 
1.3- FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 
1.3.1- Elementos indispensáveis: Um contrato precisa obedecer os 
requisitos do art. 104. 
 É importante ressaltar ainda, que o acordo de vontades das 
partes contratantes pode ser tácito ou expresso. O tácito não tem 
nada escrito, mas o comportamento leva a entender os fatos; 
ex.:locador recebendo aluguel do sublocatário e dando recibo em seu 
nome – silêncio conclusivo. O expresso se manifesta de forma 
escrita; ex.; de um lado pela oferta e de outro pela aceitação. É 
necessário ainda obedecer à forma e tradição. 
 
1.3.2- Fases da formação do vínculo contratual: 
 
 a-) negociações preliminares ou tratativas: fase pré-contratual, 
onde são feitos os ajustes, não há ainda direitos e obrigações. 
Posteriormente é a fase da minuta, onde já existe responsabilidade: 
art. 186 e 927. É claro que se houve motivo justo o desistente está no 
seu exercício regular de direito. 
 
 b-) proposta, oferta , policitação ou oblação: uma pessoa 
toma a iniciativa e faz a proposta, que já não faz parte das 
preliminares, porque já é dirigida a outra parte para que aceite ou 
não. Salvo se a prestação for infungível a oferta subsiste, mesmo 
com a morte ou incapacidade superveniente do proponente antes 
da aceitação; ficando os herdeiros ou representantes responsáveis 
juridicamente, tendo apenas o direito de retratação antes ou 
simultaneamente ao conhecimento da outra parte sobre a oferta. Esta 
força vinculante não é absoluta; art. 428. 
 
 
 
 c-) Aceitação: é o fecho do ciclo contratual, é a segunda fase 
da formação do contrato. O aceitante é também chamado de oblato. 
Se este vier a falecer ou se tornar incapaz depois da aceitação, o 
contrato já está formado. Se ele falecer antes de pronunciar sua 
resposta o contrato não se poderá formar. 
 A aceitação pode ser tácita; art. 432. 
 A aceitação deve ser formulada dentro do prazo 
concedido; arts. 430 e 431. 
 Se a oferta for alternativa, o oblato deverá indicar na 
resposta a sua opção, caso contrário o ofertante poderá entender que 
constitui qualquer uma delas. 
 
1.3.3- Local da celebração: art. 435 
 
1.3.4- Direito de Arrependimento: art. 433 
 
1.3.5- Proibição do Pacto Sucessório: art. 426 
 
 
1.4- FORMA E PROVA DOS CONTRATOS 
 
A regra é a liberdade de forma: arts. 107; 166, IV e V. Não se pode 
confundir forma com prova. Forma é o envoltório que reveste a 
manifestação de vontade; já a prova é o meio de se demonstrar 
legalmente a existência de um negócio jurídico. Mas quando a lei 
impõe uma forma o ato só pode ser provado com o documento 
exigido. As partes podem contratar sobre a forma, mas não preterir 
forma imposta por lei. 
 
 
1.5 INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 Arts. 112 ao 114; 423 e 819 
 Interpretação integrativa: índices monetários e materiais que não 
existem mais. 
 
 
1.6 IMPOSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO 
 
Absoluta, relativa e jurídica, art. 106. A obrigação só se resolve 
quando for impossibilidade absoluta. 
 
UNIDADE II- CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 
2.1-CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 a-) considerados em si mesmos: examina os contratos por eles 
 mesmos 
 b-) reciprocamente considerados : examina os contratos uns em 
relação aos outros. 
 
 
2.2- CONTRATOS UNILATERAIS E BILATERAIS 
 
 Essa classificação não leva em conta a quantidade de pessoas 
envolvidas, mas sim os efeitos que o contrato acarreta. 
 Nos unilaterais um só dos contratantes assume obrigação em face do 
outro; uma só parte se obriga não havendo qualquer contraprestação da 
outra parte. Essa espécie de contrato apesar de requerer duas ou mais 
prestações volitivas, colocam um só dos contratantes na posição de 
devedor, ficando o outro como credor; ex: doação pura e simples, depósito, 
mandato (gratuito) e fiança. 
 Já nos bilaterais também chamados de sinalagmáticos existe uma 
simultânea reciprocidade entre credor e devedor, ambos com direitos e 
obrigações. A característica principal desse contrato é a sinalagma (que no 
grego significa reciprocidade), ou seja, a dependência recíproca de 
obrigações; ex: compra e venda (art. 481), locação, prestação de serviço, 
troca, etc. 
 Princípio exceptio non adimpleti contractus: dependência recíproca 
das relações obrigacionais; que é um mero procedimento dilatório, é uma 
provisória condição de inexigibilidade; art. 476. Esse princípio pode ser 
renunciado. 
 Art. 477 
 
 
2.3- CONTRATOS ONEROSOS E GRATUITOS 
 
- Onerosos: cada contratante suporta um sacrifício de ordem patrimonial 
com o intuito de obter vantagem correspondente, de forma que ônus e 
proveito fiquem numa relação de equivalência; ex: locação; um paga 
para usar o bem e o outro entrega o bem para receber o pagamento. 
 
- Gratuitos ou Benéficos: oneram somente uma das partes, 
proporcionando à outra uma vantagem; ex: doação pura e simples e 
reconhecimento de filho. Este tipo de contrato é interpretado 
restritivamente; art. 114. 
 
 
2.4-CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS 
 
- Comutativo: a extensão das prestações de ambas as partes é conhecida 
desde o momento da formação do vínculo contratual; é certa, 
determinada e definitiva, apresentando uma relativa equivalência de 
valores; ex: contrato de compra e venda; o vendedor sabe qual preço 
receberá e o comprador qual o bem que passará a ter domínio. 
 
- Aleatório ("alea" significa sorte): a prestação depende de um evento 
futuro e incerto; ex: o segurado pode vir a receber indenização se 
ocorrer um sinistro; ou nada receber se o sinistro não acontecer; arts. 
458 ao 461 e 757. O jogo e a aposta são também exemplos de contratos 
aleatórios. 
 
 Obs: Há contratos comutativos que podem ser transformados em 
aleatórios se houver cláusula explícita; ex: se um dono de um imóvel 
empreita a abertura de um poço que deverá fornecer no mínimo 20 litros de 
água, e ajusta que o empreiteiro nada receberá se o poço não produzir a 
quantidade desejada. 
 
 
2.5- CONTRATOS PARITÁRIOS E POR ADESÃO 
 
- Paritários: as partes, colocadas em pé de igualdade, discutem os termos 
do contrato, eliminando os pontos divergentes mediante transigência 
mútua com manifestação livre de vontades e fixando as cláusulas 
contratuais. 
 
- Por Adesão: aquele em que a manifestação de vontade de uma das 
partes se reduz a mera anuência a uma proposta da outra. Nesse tipo de 
contrato não existe liberdade de convenção, debate, nem transigência 
entre as partes; uma vez que um dos contratantes se limita a aceitar as 
cláusulas previamente redigidas e impressas pelo outro; ex: contrato de 
seguro. consórcio, transporte, financiamento bancário, entre outros. 
Arts. 423 e 424. 
 
 
 
 
2.6- CONTRATOS CONSENSUAIS, SOLENES E REAIS 
 
- Consensuais ou Não-Solenes: para que esse tipo de contrato seja válido 
a norma jurídica exige apenas o acordo das partes, não impondo 
nenhuma norma especial para a sua celebração; ex: compra e venda de 
móveis, locação, mandato. 
 
- Solenes ou Formais: para que alguns contratos existam perante à lei, 
será necessário que o acordo se processe por meio de formas 
estabelecidas pela lei, caso contrário o contrato será nulo, por lhe 
faltarem requisitos essenciais à sua validade; ex: compra e venda de 
imóveis depende de escritura pública, art. 108; a fiança e o contrato de 
seguro devem ser feitos por escrito (arts. 819 e 758). 
 
- Reais ("res", "rei" significa coisa): são aqueles que somente se tornam 
válidos com a entrega da coisa, ou seja, a tradição efetiva do objeto do 
ato negocial, antes disso será apenas uma promessa de contratar, e não 
um contrato perfeito e acabado; ex: comodato (empréstimo gratuito para 
uso de coisa infungível), mútuo (empréstimo oneroso de coisa que pode 
ser fungível), e o depósito. 
 
 
2.7- CONTRATOS NOMINADOS E INOMINADOS 
 
 -Nominado: são os que recebem da ordem jurídica uma denominação 
legal e própria, estando previstos e regulados, formando espécies definidas. 
O Código Civil rege e esquematiza 23 tipos de contratos; são eles: compra 
e venda, troca, contrato estimatório, doação, locação de coisas, empréstimo, 
prestação de serviço, empreitada, depósito, mandato, comissão, agência, 
distribuição, corretagem, transporte, constituição de renda, seguro, jogo, 
aposta, fiança, sociedade, transação e compromisso. 
 
 - Inominados: são os contratos que não estão disciplinados 
expressamente no Código, porém são permitidos ante ao princípio da 
autonomia das partes, para que as mesmas possam criar figuras contratuais 
que necessitem, desde que não contrariem a lei e os bons costumes; arts. 
425, 421 e 422. Por não haver normas que os regulamentem esses contratos 
deverão detalhar as cláusulas. 
 Exs: troca de alguma coisa por obrigação de fazer; contrato de 
locação de caixa forte (locação + depósito); contrato de hospedagem 
(locação de coisas, serviços e depósito de bagagem). 
 
 
2.8- CONTRATOS DE EXECUÇÃO IMEDIATA E CONTINUADA 
OU TRATO SUCESSIVO 
 
- Imediata: são os que terminam mediante uma única prestação; ex: 
compra e venda à vista, troca, etc. 
 
- Continuada: são os que se caracterizam pela prática de atos reiterados, 
solvendo-se num espaço de tempo; ex: compra e venda a prazo. Esses 
contratos também podem sobreviver com a persistência da obrigação; 
ex: locação, fornecimento de mercadoria em que o comprador paga por 
período. 
 
 
2.9- CONTRATOS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS 
 
- Principais: são os que existem por si só, exercendo sua função e 
finalidade independentemente de outro. 
 
- Acessórios: são aqueles cuja existência jurídica supõe a do principal, 
pois visam assegurar a sua execução; ex: a fiança é um contrato 
acessório que garante a locação que é o contrato principal; logo a fiança 
não poderá existir sem a locação. A cláusula penal também é um 
exemplo de contrato acessório. 
 
Obs: A nulidade da obrigação principal acarreta a da acessória, porém a 
desta não implica a da principal; art. 184. Assim como a prescrição da 
obrigação principal acarreta a prescrição da acessória, mas a prescrição de 
direito acessório não atinge a do direito principal. 
 
 
2.10- CONTRATOS CIVIS E MERCANTIS 
 
 A tendência atual para a unificação do Direito Privado diminui a 
utilidade prática de se diferenciar as duas espécies de contrato. Contudo, se 
necessário for, podemos dizer que quando ao menos uma das partes é 
comerciante ou empresa o contrato é comercial ou empresarial; se nenhuma 
das partes é comerciante ou empresa o contrato é civil. 
 
 
 
 
 
 
2.11- CONTRATO DE CONSUMO 
 
 Negócio jurídico celebrado entre fornecedor e consumidor, com 
vistas ao fornecimento de produtos ou à prestação de serviços que visem a 
satisfazer necessidades desses consumidores. 
 Os elementos da relação de consumo são: 
 a-) sujeitos (fornecedor e consumidor); 
 b-)objeto (produtos ou serviços) 
 c-) finalidade (que o consumidor adquira produto ou se utilize de 
serviço como destinatário final). 
 No contrato de consumo o ônus da prova, em regra, não é do 
consumidor, e a interpretação desse contrato é sempre mais favorável ao 
consumidor; arts. 6º, VIII e 47 do CDC. 
 
 
2.12- CONTRATO ELETRÔNICO 
 
 É aquele celebrado por meio de programas de computador com 
assinatura codificada ou senha. A segurança de tais contratos é feita por 
biometria, leitura de retina ou processos de codificação secreta, chamada de 
criptografia ou encriptação; contudo essa última deve ser aperfeiçoada 
devido à atuação constante dos hackers. 
 Vale dizer, que a contratação em estabelecimento eletrônico é 
considerada entre presentes quando celebrado em tempo real; e que o local 
de ocorrência do delito é o local da tela do computador do consumidor 
ludibriado. 
 As dúvidas em relação a esse tipo de contrato são muitas e vão ser 
solucionadas com o tempo, mas devemos sempre nos basear nos princípios 
gerais do direito até que exista realmente uma efetiva regulamentação 
jurídica. Contudo, usamos muito o Código de Defesa do Consumidor e 
também os art. 107 e 225 do Código Civil e o Decreto 7.962/2013. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
01- Cite e explique os requisitos de validade dos contratos. 
 
02- Diferencie as impossibilidades contratuais: absoluta, relativa e legal. 
 
03- Explique a diferença entre um objeto contratual determinado e 
determinável. 
 
04- Quais são as fases da formação do vínculo contratual? 
 
05- Explique com suas palavras o artigo 112 do Código Civil. 
 
06- Diferencie contratos solenes e reais. 
 
07- Explique com suas palavras o artigo 422 do Código Civil. 
 
08- (ENADE) Alícia é juíza em uma comarca do interior de instância 
inicial. Ocorre que a ex funcionária da casa de Alícia entrou na justiça 
contra ela reclamando várias verbas trabalhistas, e infelizmente, em virtude 
da comarca ser bem pequena, ela é a única juíza de lá. Portanto, ela estáatuando como juíza no processo que é movido contra ela mesma. Analise a 
capacidade e a legitimidade dentro do caso concreto. 
 
09- (ENADE) João, menor impúbere, celebrou sozinho um contrato de 
compra e venda de um filhote da sua cadela de estimação, cobrando 
R$100,00 pelo filhote. Ocorre que sua cadela é campeã da sua raça e seus 
filhotes foram avaliados em R$ 2.000,00 cada um. Analise se esse 
negócio jurídico é nulo ou anulável. 
 
 
UNIDADE III- RENOVAÇÃO DA TEORIA CONTRATUAL 
 
 
3.1-A CONCEPÇÃO TRADICIONAL DO CONTRATO 
 
 Essa concepção é formada por uma ideia de contrato 
absolutamente paritário, onde as partes discutem as cláusulas, uma 
propõe e a outra contrapropõe. Desta forma, pressupõe no contrato uma 
igualdade de poder entre as partes. 
 
 
3.2- CRISE DA TEORIA CONTRATUAL CLÁSSICA 
 
 É evidente que esse contrato essencialmente paritário ocupa hoje 
parcela muito pequena no mundo negocial; ex: é o contrato de quem 
adquire o cavalo do vizinho. Atualmente, contratamos cada vez menos 
com pessoas físicas e mais com pessoas jurídicas, as quais fornecem os 
bens e serviços para o consumidor final. Os contratos são hoje negócios 
de massa, impostos a número indeterminado de pessoas que são 
influenciadas pela mídia para que estejam sempre renovando seus 
produtos e serviços. 
 A crise não é do contrato, nem do Direito Privado, é da evolução 
da sociedade que se transforma rapidamente exigindo dos juristas 
respostas aos novos desafios. Por isso, o atual Código procura inserir o 
contrato como elemento social, colocando que ele deve ser cumprido 
não unicamente em prol das partes, mas em benefício da sociedade; já 
que uma obrigação descumprida representa uma moléstia social, 
prejudicando uma comunidade. Por isso, é melhor impor algumas regras 
de ordem pública, inafastáveis pelo querer das partes, evitando assim o 
predomínio da vontade do economicamente mais forte; art. 421. 
 
 
3.3- A NOVA CONCEPÇÃO DO CONTRATO E O CÓDIGO DE 
DEFESA DO CONSUMIDOR 
 
 O Código Civil traz uma nova concepção de contrato baseado na 
função social do contrato. O CDC trouxe, no campo dos contratos, 
instrumentos eficazes em favor do consumidor, como: a inversão do 
ônus da prova; a proteção do contratante mais fraco; o princípio geral da 
boa-fé; e a proteção ao consumidor contra as cláusulas abusivas. 
 
 
UNIDADE IV- PRINCÍPIOS CONTRATUAIS 
 
 
4.1- AS MUTAÇÕES PRINCIPIOLÓGICAS DOS CONTRATOS: 
ASPECTOS GERAIS 
 
 Um dos mais relevantes princípios em que os contratos sempre se 
basearam é o da igualdade das partes, mas isto quase nunca é verdadeiro, 
porque a igualdade que reina no contrato é puramente teórica. É muito 
comum que exista uma parte mais fraca que é “obrigada” a se submeter às 
condições do mais forte. 
 Isto levou o legislador a intervir no contrato, para remediar os efeitos da 
desigualdade, criando, para limitar a autonomia da vontade, novas normas 
de ordem pública, contra as quais esbarra a liberdade de estipular. É o 
magistrado que verifica se a ordem é ou não é de ordem pública. 
 
 
4.2- PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO 
 
 De acordo com esse princípio basta para o aperfeiçoamento do contrato 
o acordo de vontade das partes. As pessoas gozam da faculdade de 
vincular-se pelo simples consenso, fundadas na ética e no respeito à 
palavra empenhada. Com isso a lei deve, em princípio abster-se de 
estabelecer solenidades. O consensualismo, portanto, é a regra e o 
formalismo a exceção. Já se dizia “ os bois se prendem pelos chifres e os 
homens pela palavra”. 
 Mas, é claro que às vezes a seriedade do caso impõe algumas 
solenidades, como o casamento. Além disso, o legislador sentiu 
necessidade de impor alguns requisitos devido à crise da palavra; por ex: se 
o bem for imóvel há necessidade do registro imobiliário. 
 
 
 
4.3- PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE 
 
 O alicerce desse princípio é a ampla liberdade contratual no poder dos 
contratantes de disciplinar os seus interesses mediante acordo de vontades; 
tendo a liberdade de contratar com quem quiserem, sobre o que quiserem e 
de não contratar também. 
 Esse princípio teve origem no Direito Romano, mas o seu apogeu foi 
após a Revolução Francesa com a predominância do individualismo e a 
pregação da liberdade em todos os sentidos, inclusive contratual. 
 Com base nesse princípio, os contratantes podem celebrar contratos 
nominados ou fazer combinações de espécies contratuais, criando outras 
formas de contratar. 
 Dessa forma, percebe-se que o princípio da autonomia da vontade 
serve de fundamento para dar poder aos particulares de auto 
regulamentação dos seus interesses. 
 Por outro lado, na vida moderna, tem aumentado as limitações à 
liberdade de contratar em alguns aspectos, tais como: faculdade de 
contratar ou não e a escolha do outro contratante; ex: fornecimento de 
energia elétrica, água, licenciamento de um veículo é condicionado à 
celebração do seguro obrigatório, entre outros. 
 
 
 
4.4- PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
 
 Uma das regras do contrato é que exista equidade entre as partes, 
podendo as mesmas ter até diferenças econômicas, mas sem que a mais 
forte use dessa posição e vá contra a boa-fé e a função social do contrato. 
 
 
 
4.5- PRRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE OU DA FORÇA 
VINCULANTE OU DA INTANGIBILIDADE 
 
 Esse princípio representa exatamente a força das convenções, já que 
pela autonomia da vontade ninguém é obrigada a contratar, sendo a palavra 
empenhada irreversível. 
 O aludido princípio tem por fundamento: 
 a-) necessidade de segurança nos negócios 
 b-) intangibilidade ou imutabilidade: pacta sunt servanda (os pactos 
devem ser cumpridos); art. 389. A única limitação a esse princípio ocorre 
com o caso fortuito ou força maior; art. 393, parágrafo único. 
 No entanto, após a 1ª Grande Guerra não se podia mais falar em 
absoluta obrigatoriedade dos contratos, se não havia idêntica liberdade 
contratual entre as partes. Passou-se a aceitar, em caráter excepcional, a 
possibilidade de intervenção judicial no conteúdo de certos contratos, para 
corrigir os seus rigores ante ao desequilíbrio das prestações. 
 A suavização do princípio não significa o seu desaparecimento, o que 
não se tolera mais é a obrigatoriedade quando as partes se encontram em 
patamares diversos e disso ocorra proveito injustificado. 
 O próprio Código Civil apresenta a tendência de amenização desse 
princípio, incorporando os arts. 156 e 157 que permitem a ingerência 
estatal. 
 
 
4.8- PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS 
 
 Tal princípio funda-se na ideia de que o contrato só produz efeito entre 
as partes. Mostra-se ele coerente com o modelo clássico de contrato, que 
objetivava exclusivamente a satisfação das necessidades individuais. 
 Essa visão foi abalada pelo atual Código Civil, que não concebe mais o 
contrato apenas como instrumento de satisfação de interesses pessoais dos 
contratantes, mas lhe reconhece uma função social. Tal fato tem como 
conseqüência possibilitar que terceiros que não são propriamente partes do 
contrato possam nele influir, em razão de serem direta ou indiretamente por 
ele atingidos. 
 Não resta dúvida de que o princípio da relatividade dos efeitos do 
contrato, embora ainda subsista foi bastante atenuado pelo reconhecimento 
de cláusulas gerais de ordem pública, não se destinarem a proteger 
unicamente os direitos individuais, mas tutelar o interesse da coletividade. 
 A nova concepção da função social do contrato representa, se não a 
ruptura, pelo menos o abrandamento do princípio da relatividade dos 
efeitos do contrato. 
 
4.9- PRINCÍPIO DA BOA FÉ 
 
 Exige que as partes comportem de forma correta não só durante as 
tratativas, como também durante a formação e o cumprimentos do contrato. 
Esse princípio vai contra o ordenamento revogado, que privilegiava o 
princípio da autonomia da vontade e da obrigatoriedadedos contratos, 
seguindo uma diretriz individualista. 
 A boa-fé pode ser: 
 - Subjetiva ou concepção psicológica: baseia-se numa noção de 
entendimento equivocado, em erro de crença ou ignorância do contratante; 
ex: casamento putativo e herdeiro aparente. 
 - Objetiva: é a norma jurídica fundada em um princípio geral do direito 
segundo o qual todos devem comportar-se de boa-fé nas suas relações, 
tendo honestidade, retidão e lealdade; deixa de ser princípio geral de direito 
e passa a ser tratada no Código atual nos arts. 422, 113 e 187. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
10- Faça uma análise da teoria contratual clássica. 
 
11- O que é função social do contrato? 
 
12- Fale sobre o princípio da obrigatoriedade frente ao Código Civil. 
 
13- (Juiz-MA) No que diz respeito à formação dos contratos, no âmbito do 
Direito Civil, a proposta deixa de ser obrigatória, exceto: (0,5) 
a) se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. 
Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por 
meio de comunicação semelhante. 
b) se, feita com prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente 
para chegar a resposta do conhecimento do proponente. 
c) se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do 
prazo dado. 
d) se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra 
parte a retratação do proponente. 
 
14-(OAB) Classifica-se real o contrato, quanto à sua formação, quando: 
a) para esta é necessária a entrega da coisa 
b) envolva transmissão de propriedade sobre imóvel 
c) importe criação de ônus sobre coisa alheia 
d) a escritura pública é da substância do ato 
 
15- (OAB-2012) Embora sujeito às constantes mutações e às diferenças de 
contexto em que é aplicado, o conceito tradicional de contrato sugere que 
ele representa o acordo de vontades estabelecido com a finalidade de 
produzir efeito jurídicos.Tomando por base a teoria geral dos contratos, 
assinale a afirmativa correta: 
 
a) a celebração de contrato atípico, fora do rol contido na legislação, não é 
lícita, pois as partes não dispõem da liberdade de celebrar negócios não 
expressamente regulamentados por lei. 
b) a atipicidade contratual é possível, mas, de outro lado, há regra 
específica prevendo não ser lícita a contratação que tenha por objeto a 
herança de pessoa viva, seja por meio de contrato típico ou não. 
c) a liberdade de contratar é limitada pela função social do contrato e os 
contratantes deverão guardar, assim na conclusão, como em sua execução, 
os princípios de probidade e da boa fé subjetiva, princípios esses ligados ao 
voluntarismo e ao individualismo que informam o nosso Código Civil. 
d) será obrigatoriamente declarado nulo o contrato de adesão que contiver 
cláusulas ambíguas ou contraditórias. 
 
 
 
UNIDADE V-REVISÃO DOS CONTRATOS 
 
 
5.1- A CLÁUSULA "REBUS SIC STANIBUS" 
 
 Na Idade Média, ganhou força a teoria baseada na cláusula rebus sic 
standibus (enquanto as coisas estão assim), sendo considerada implícita em 
todo contrato; na verdade ela já existia antes do direito romano no 
renomado Código de Hamurabi, em seu artigo 48. 
 Segundo a concepção pura do contrato os pactos devem ser cumpridos 
(pacta sunt servanda), mas a nova concepção contratual exige uma 
atenuação desse princípio geral. 
 A rebus sic stantibus coloca que a obrigatoriedade do cumprimento de 
uma obrigação pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. Se esta se 
modificar em razão de acontecimentos extraordinários, como uma guerra, 
tornando excessivamente oneroso para o devedor o seu adimplemento, 
poderá este requerer ao juiz que o isente da obrigação parcial ou 
totalmente. 
 
 
 
5.2- A TEORIA DA IMPREVISÃO E SEUS PRESSUPOSTOS DE 
APLICAÇÃO 
 
 O crescimento da cláusula rebus sic standibus veio, efetivamente no 
período da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que provocou um 
desequilíbrio nos contratos a longo prazo. Entre nós, esta idéia foi adaptada 
e difundida por Arnaldo Medeiros da Fonseca, com o nome de teoria da 
imprevisão. O referido autor incluiu o requisito da imprevisibilidade para 
possibilitar a sua adoção. É por esta razão que os tribunais não aceitam a 
inflação e alteração na economia como causas para revisão dos contratos. 
 
 
5.3- A REGULAMENTAÇÃO LEGISLATIVA DA TEORIA DA 
IMPREVISÃO 
 
 O Código de 1916 não regulamentou expressamente a revisão 
contratual, mas havia uma certa abordagem no art. 401. Na verdade, a 
cláusula rebus sic stantibus e a teoria da imprevisão eram aplicadas entre 
nós somente em casos excepcionais e com cautela, desde que demonstrada 
a ocorrência de fato extraordinário e imprevisível e a conseqüente 
onerosidade excessiva para um dos contratantes. A introdução da teoria da 
imprevisão no direito positivo brasileiro ocorreu com o advento do Código 
de Defesa do Consumidor, que no seu art. 6º, V elevou o equilíbrio do 
contrato como princípio da relação de consumo. 
 O Código de 2002 consolidou a alteração do contrato em situações 
específicas com o art. 478, que tem sido muito criticado por exigir 
vantagem à outra parte; por dizer que cabe ao devedor acionar tal 
dispositivo e que a finalidade é a resolução do contrato. 
 Vale dizer que para se configurar a alteração de situação que o referido 
dispositivo pede, é necessário que o acontecimento não se manifeste só na 
esfera individual de um contratante, mas tenha caráter de generalidade. É 
preciso que todo um mercado ou um setor considerável seja atingido; como 
greve na indústria metalúrgica; chuva de granizo que prejudica a lavoura de 
toda uma região. 
 Devemos observar ainda que o contratante que estiver em mora quando 
desses fatos extraordinários não pode invocar, em defesa, a onerosidade 
excessiva, pois, estando nessa situação responde pelos riscos 
supervenientes, ainda que decorrentes de caso fortuito ou força maior; art. 
399. 
 É importante esclarecer que a alegação da onerosidade excessiva em 
contestação é, em regra, considerada mal soante, vista como desculpa de 
mau pagador, entendendo-se de melhor tom, que a parte que foi 
surpreendida por um acontecimento tome a iniciativa antes da cobrança 
judicial. Deverá, então, invocar a impossibilidade de cumprimento da 
dívida antes de seu vencimento, e requerer a revisão do avençado ou a sua 
resolução. 
 É aconselhável também que o devedor atingido pela modificação 
superveniente, dê aviso ao credor para que se tente uma colaboração mútua 
na criação das condições que viabilizem o aperfeiçoamento do contrato. 
 
 
5.5- A APLICAÇÃO DA TEORIA DA IMPREVISÃO PELA 
JURISPRUDÊNCIA 
 
 Atualmente, a doutrina e a jurisprudência têm admitido uma 
intervenção judicial; a sentença substitui a vontade de um dos contratantes. 
 Havendo um elemento surpresa, uma circunstância nova que coloca um 
dos contratantes em extrema dificuldade opera-se a possibilidade de 
intervenção judicial para que o contrato seja conduzido a níveis suportáveis 
de cumprimento. 
 No entanto, a jurisprudência prima pela menor interferência judicial 
possível, no sentido de tentar resguardar ao máximo o contrato a níveis que 
os contratantes o suportem. 
 
 
UNIDADE VI - CONTRATOS BILATERAIS 
 
 
6.1- EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO 
 
 Esse tema já foi tratado quando abordamos os Contratos Unilaterais e 
Bilaterais (tópico 2.2), contudo vamos revisar algumas questões. 
 É uma defesa oponível pelo contratante demandado contra o co-
contratante inadimplente, em que o demandado se recusa a cumprir a sua 
obrigação, sob a alegação de não ter, aquele que reclamou, cumprido o seu 
dever; art. 476. 
 Desta forma, se um deles não o cumprir, o outro tem o direito de opor-
lhe em defesa essa exceção, desde que a lei ou o próprio contrato não 
determine a quem competirá efetuar a obrigação em primeiro lugar; art. 
477. 
 A cláusula solve et repete (pague e depois reclame) é uma renúncia à 
exceção do contrato não cumprido,pois ao convencioná-la o contratante 
abre mão da exeptio non adimpleti contractus. É usada em pequena escala 
nos contratos administrativos para proteger a Administração, não é bem 
vinda nas relações de consumo, por entender que pode colocar o 
consumidor numa situação ainda mais fragilizada. 
 Fundamentos: equilíbrio das prestações; combate ao enriquecimento 
indevido. 
 Obs: se a venda for a crédito cessará a possibilidade de opor a exceção. 
 
 
6.2- DISTRATO OU RESILIÇÃO BILATERAL 
 
 O distrato é um acordo de vontade onde os contratantes resolvem 
desfazer o contrato. De acordo com o art. 472 quando o contrato tiver 
forma especial o distrato deve obedecer a mesma forma. 
 
 
6.2- ARRAS ou SINAL 
 
 É uma quantia em dinheiro ou outra coisa móvel fungível, que um dos 
contratantes entrega ao outro para garantir o negócio jurídico; é como se 
fosse um sinal. 
 É importante diferenciar arras de cláusula penal. O pagamento das 
arras é feito antes e já faz parte do preço; já a cláusula penal só será paga 
depois e em caso de descumprimento obrigacional parcial, total ou mora. 
As arras podem ser pagas em dinheiro ou outro bem móvel; já a cláusula 
penal é paga somente em dinheiro. 
 As arras podem se apresentar de duas formas: 
 
6.3.1- Confirmatórias: tem o objetivo de confirmar o contrato, antecipar o 
pagamento e convencionar antecipadamente as perdas e danos em caso de 
descumprimento obrigacional. As arras confirmatórias visam impedir o 
arrependimento de qualquer das partes, dando maior segurança às relações 
contratuais. 
 
6.3.2- Penitenciais: nelas os contratantes estipulam expressamente o direito 
de arrependimento e consequentemente a perda do sinal ou de sua 
devolução mais o equivalente, como bem preceitua o art. 420. Quem deu 
perde, quem recebeu devolve em dobro. 
 
 
6.4- ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO 
 
 Para Orlando Gomes estipulação em favor de terceiro é " o contrato em 
virtude do qual uma das partes se obriga a atribuir vantagem patrimonial 
gratuita a pessoa estranha à formação do vínculo contratual". 
 Nesse contrato temos três pessoas envolvidas: o estipulante que é quem 
convenciona o benefício; o promitente que é quem se compromete a 
cumprir a obrigação; e o beneficiário que é quem está alheio ao contrato, 
mas por ele será beneficiado. Um bom exemplo de estipulação em favor de 
terceiro é o seguro de vida. 
 Vale dizer que o estipulante pode exigir o cumprimento por parte do 
promitente, como pode também dar poderes para que o promitente assim o 
faça. O estipulante pode ainda fazer novação e mudar a figura do 
beneficiário, nesse caso, o último não tem como reclamar o cumprimento 
do contrato. 
 
 
6.5- VÍCIOS REDIBITÓRIOS 
 
 São defeitos ocultos de coisas recebidas em contratos comutativos, ou 
de doação onerosa ou remuneratória. Os vícios devem existir ao tempo da 
alienação, devem ser desconhecidos pelo adquirente e seu defeito deve ser 
de tal importância que prejudique o uso do bem ou lhe diminua o valor. 
 
6.5.1- Ações Edilícias 
 
 Diante de um vício redibitório o adquirente tem duas opções: ou ele não 
aceita a coisa, mediante Ação Redibitória; ou aceita a coisa mas exige 
abatimento no preço por meio das Ações Estimatórias; essas duas ações são 
chamadas de Edilícias. Contudo, quando ocorrer o perecimento da coisa em 
razão do vício oculto, o adquirente não tem o direito de escolha e só pode 
propor Ação Redibitória, art.444. 
 Não se deve confundir vício redibitório com erro quanto às qualidades 
essenciais do objeto. O primeiro é um erro objetivo, enquanto o segundo é 
subjetivo, ex: se você compra um relógio pensando em ser de ouro e depois 
descobre que não é, mas ele funciona perfeitamente; estamos diante de um 
erro quanto às qualidades essenciais. Nesse caso deve ser proposta ação 
anulatória, art. 178,II. Mas, se você compra um relógio achando que ele é 
de ouro e ele realmente é, mas não funciona perfeitamente em virtude de 
um defeito interno; estamos diante de um vício redibitório, nesse caso deve 
ser proposta uma ação edilícia, art. 445. 
 
6.5.2- Prazos do Código Civil 
 
 Os prazos no Código Civil estão regulamentados nos art. 445 e 446. 
 
6.5.3- Prazos de decadência e prescrição no Código do Consumidor 
 
 Quando estamos diante de um vício redibitório fruto de uma relação 
entre particulares, o direito será resguardado pelo Código Civil, ex: quando 
você compra um carro de um particular. Ao contrário, quando o vício se 
originou de uma relação de consumo, o direito será resguardado pelo 
Código de Defesa do Consumidor (CDC), ex: você comprou o carro de um 
comerciante desse ramo. É importante observar essa distinção porque as 
duas leis trazem diferenças técnicas significativas. 
 O CDC considera vício redibitório os defeitos ocultos como também os 
aparentes. Os prazos são decadenciais. 
 Quando o produto é não durável e o defeito é aparente o prazo é de 30 
dias; ex: alimentos. 
 Já quando o produto é durável e o defeito é aparente o prazo é de 90 
dias, contados a partir da entrega efetiva do produto ou do término da 
execução dos serviços. 
 Se os defeitos forem ocultos os prazos são iguais, mas a contagem 
começa no momento em que se tornarem conhecidos; art. 26 parágrafo 3 º 
do CDC. 
 
 
6.6 - EVICÇÃO 
 
 É a perda da coisa por meio de decisão judicial que determina que a 
propriedade da coisa pertence a outra pessoa, fundado em motivo jurídico 
anterior. A evicção é uma responsabilidade decorrente da lei 
independentemente de estar prevista no contrato, portanto é uma garantia 
contratual, é uma obrigação de fazer do transmitente; ela é a regra geral, 
podendo ser afastada somente se houver cláusula expressa. 
 Na evicção temos 3 figuras: o evicto, que é o adquirente do bem e 
sofrerá a evicção; o alienante, que é quem vende a coisa e por isso deverá 
suportar as consequências da decisão judicial e o evictor, que é o terceiro 
que entra com ação judicial reivindicando e ganhando total ou 
parcialmente o bem, objeto prestacional do contrato em questão. 
 Na evicção fica assegurada a restituição integral do preço, mais a 
indenização dos frutos que tiver sido obrigado a devolver, despesas 
contratuais e custas judiciais; com prazo de 3 anos, art. 206,parágrafo 3º, V. 
 É importante salientar que o alienante pode estar de boa fé ou má fé, e 
responderá pela evicção. Contudo, a análise da culpa será importante para 
mensurar o valor da indenização. 
 
- Aquisição em hasta pública (art. 447):subsiste o direito à garantia. 
 
- Reforço, diminuição ou exclusão da garantia (art. 448):de comum acordo 
em as partes, por cláusula expressa. 
 
- Cláusula de exclusão: mesmo havendo terá o adquirente direito a receber 
o preço se não soube do risco ou, dele informado, não o assumiu (art. 449). 
 
-Extensão da garantia (art. 450): indenização dos frutos que o adquirente 
tiver que restituir; despesas dos contratos e prejuízos que resultarem 
diretamente da evicção; custas e honorários advocatícios. 
 
- Subsistência da garantia:ainda que a coisa esteja deteriorada (exceto se 
houve dolo do adquirente (art. 451). 
 
- OBS: adquirente que obteve vantagens das deteriorações: serão deduzidas 
dos valores a que tem direito a receber (art.452). 
 
- Benfeitorias úteis e necessárias feitas pelo adquirente:serão indenizadas 
pelo alienante (art. 453) 
 
- Benfeitorias abonadas ao evicto, feitas pelo alienante:deverão ser 
compensadas quando da restituição da coisa (art. 454) 
 
- Evicção parcial (art. 455): restituição do desfalque sofrido 
 
- Evicção parcial considerável (é a perda que, atentando-se para a 
finalidade da coisa, faça presumir que o contrato não teria se aperfeiçoado 
se o adquirente conhecesse a verdadeira situação):gera opção ao adquirente 
de desfazer o contrato e retomar todo o preço. 
 
 
6.6.1- EVICÇÃO E DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
 
 É o chamamento ao processo que o adquirentefaz contra o alienante, 
somente pode acontecer depois que o terceiro entra com ação contra o 
adquirente. Ela é regulamentada pelo Código de Processo Civil. 
 A denunciação da lide é feita no mesmo processo da ação principal, 
podem acontecer denunciações sucessivas, se o bem já tiver passado por 
vários adquirentes. 
 
 
- EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
16- Analise a cláusula rebus sic stantibus frente ao princípio pacta sunt 
servanda. 
 
17- Quais são os pressupostos de aplicação da teoria da imprevisão? 
 
18-Dentro dos contratos bilaterais, analise a exceção do contrato não 
cumprido. 
 
19- O que é resilição bilateral? 
 
20- Cite e explique as espécies de arras. 
 
21- Qual a diferença entre vício redibitório e erro quanto à qualidade 
essencial do objeto?. 
 
22- Conceitue evicção. 
 
23-(OAB) Marque a resposta correta: 
a-)Pode haver resolução por onerosidade excessiva nos contratos de 
execução imediata. 
b-)Nos contratos sinalagmáticos existe uma simultânea reciprocidade entre 
credor e devedor, ambos com direitos e obrigações. 
c-)Os contratos reais são aqueles que se tornam válidos somente com o 
acordo de vontade das partes, não exigindo nenhuma solenidade específica. 
d-)Os contratos atípicos são os que recebem da ordem jurídica um 
denominação legal própria, estando previstos e regulados no Código Civil. 
 
24- (OAB -2009) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios 
e da evicção. 
a) as partes podem inserir no contrato que exclua a responsabilidade do 
alienante pela evicção. 
b) o adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar 
o abatimento da coisa. 
c) não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido 
efetivada por meio de hasta pública. 
d) se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da 
coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório. 
 
25- (ENADE) Há mais de dez anos Luzia pagava com regularidade o 
financiamento da sua casa própria. Infelizmente, no último mês ela foi 
diagnosticada com uma doença grave e passou a ter que arcar com um 
tratamento de alto custo. Prevendo, que diante da nova situação, não 
conseguiria por muito tempo manter seu financiamento em dia, resolveu 
procurar um advogado para se informar sobre seus direitos. Se você fosse 
esse profissional, qual seria sua orientação? 
 
 
 
UNIDADE VII- EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 
 
 Os contratos podem ser extintos a partir do cumprimento da obrigação, 
que é a forma correta de ocorrer o término do vínculo contratual, ou 
infelizmente a partir do seu descumprimento. Nessa segunda hipótese 
temos que observar se o descumprimento ocorreu antes, durante ou após o 
vínculo contratual se iniciar propriamente dito. 
 
 - Extinção do contrato sem cumprimento obrigacional: 
 
 a) causas anteriores ou atuais: 
 - anulabilidade ou nulidade 
 - cláusula resolutiva 
 - direito de arrependimento: CDC, art. 49 
 
 b) causas supervenientes: 
 - resolução: inexecução voluntária, inexecução involuntária e one- 
 rosidade excessiva. 
 - resilição: bilateral (distrato) e unilateral (denúncia) 
 - morte de um dos contratantes 
 - rescisão 
 
 
7.1- RESOLUÇÃO 
 
“É um remédio concedido à parte para romper o vínculo contratual 
mediante ação judicial” Orlando Gomes 
 
- Resolução por Inexecução Voluntária do Contrato 
 
Esta resolução decorre de comportamento culposo de um dos 
contrantes, com prejuízo ao outro; sujeitando o inadimplente às perdas e 
danos ou à cláusula penal. 
 
- Resolução por Inexecução Contratual Involuntária 
 
 Esta resolução ocorre quando o inadimplemento se dá por fatos alheios 
à vontade dos contratantes, não cabendo perdas e danos. O contratante terá, 
entretanto, que restituir o que já recebeu. Vale dizer que mesmo em caso 
fortuito ou força maior o credor está autorizado a responsabilizar o devedor 
pelos danos se ele estiver em mora e também se assim se responsabilizou 
no contrato; arts 393 e 399. 
 
- Resolução por Onerosidade Excessiva 
 
 Esse tema já foi tratado quando abordamos a Cláusula Rebus Sic 
Standibus (tópico 5.1), contudo vamos fazer algumas observações. 
 A onerosidade excessiva é oriunda de evento extraordinário e 
imprevisível, que dificulta extremamente o adimplemento da obrigação de 
uma das partes. É motivo de resolução contratual, por si considerar 
entendida a cláusula rebus sic standibus, porque nos contratos de execução 
continuada o vínculo obrigatório ficará subordinado, a todo tempo, ao 
estado de fato vigente à época de sua estipulação. 
 Para ser declarada a onerosidade excessiva o órgão judicante deverá 
analisar os seguintes requisitos: 
 a-) existência de contrato comutativo e de execução continuada, que 
não poderá ser aleatório. 
 b-) alteração radical das condições econômicas. 
 c-) onerosidade excessiva para um dos contratantes e benefício 
exagerado para o outro. 
 d-) imprevisibilidade e extraordinariedade da modificação. 
 
 
7.2- RESILIÇÃO 
 
 É a dissolução do vínculo contratual, deliberada por ambos os 
contratantes; é um contrato que extingue o outro. Desta forma pressupõe 
contrato anterior e novo consentimento dos contratantes. 
 Se o contrato que se pretende extinguir foi constituído por escritura 
pública por exigência legal, o distrato também deve respeitar essa forma. 
Mas, se o negócio não depende de forma solene e as partes a ela recorreram 
porque quiseram, poderá ser distratado por qualquer outro meio, como o 
instrumento particular; art. 472. 
 O distrato, em regra, produz efeito ex nunc, ou seja, a ruptura do 
vínculo contratual só produzirá efeitos a partir do instante de sua 
celebração, não atingindo as conseqüências pretéritas, nem os direitos 
adquiridos por terceiros, que serão respeitados. 
 Deriva da manifestação de vontade e não do inadimplemento 
contratual. Resilir significa voltar atrás. A resilição pode ser: 
 a-) bilateral: distrato 
 b-) unilateral ou denúncia:pode ocorrer somente nas obrigações 
duradouras, contra a sua renovação ou continuação. A faculdade de 
resilição unilateral é suscetível de ser exercida: 
 - nos contratos por tempo indeterminado 
 - nos contratos de execução continuada ou periódica 
 - nos contratos em geral, cuja execução não tenha começado 
 - nos contratos benéficos 
 A resilição unilateral independe de pronunciamento judicial; para valer 
deve ser notificada à outra parte, produzindo efeitos a partir do momento 
em que chega a seu conhecimento. Em princípio não precisa ser justificada, 
mas em certos contratos exige-se que obedeça à justa causa, caso contrário 
terá perdas e danos. 
 Análise do artigo 473: em um contrato de comodato (empréstimo) de 
imóvel, sem prazo, não é razoável que, poucos dias depois do comodatário 
se instalar, o comodante solicite a sua restituição, sem ocorrência de fato 
superveniente que justifique. Certos contratos, todavia, não comportam a 
incidência da regra do dispositivo, por se tratar de relação de confiança 
como o mandato, não se permitindo o aumento da vigência do contrato. 
 A resilição unilateral pode ainda ser convencional quando, por 
exemplo, num contrato de trabalho por tempo determinado em que 
reservam o direito de resilir ante tempus, mediante aviso prévio. 
 
 
7.3- MORTE DE UM DOS CONTRATANTES 
 
 Nos contratos personalíssimos havendo morte de um dos contratantes o 
contrato será extinto. 
 
 
7.4- RESCISÃO 
 
 É a dissolução de contratos celebrados em estado de perigo e lesão; 
arts. 156 e 157. 
 
 
7.5- EXECUÇÃO 
 
 A extinção dos contratos dá-se, em regra, pela execução. O 
cumprimento da prestação libera o devedor e satisfaz o credor, sendo o 
meio normal de extinção do contrato. Comprova-se o pagamento pela 
quitação fornecida pelo credor; art. 320. 
 
 
7.6-NULIDADEE ANULABILIDADE 
 
 A nulidade pode ser absoluta quando decorre transgressão de ordem 
pública baseada em ausência de um elemento essencial do ato, 
impedindo que o contrato produza efeitos desde a sua formação (ex 
tunc), como por exemplo: a ilicitude do objeto; a impossibilidade ou a 
completa falta de determinação do objeto e ainda o fato de não 
obedecer a forma prescrita por lei. 
 Nestes casos de ineficácia em sentido amplo o ato é nulo, é ineficaz. 
A nulidade absoluta pode ser requerida em juízo a qualquer tempo, por 
qualquer interessado, podendo ser declarada de ofício pelo juiz ou pelo 
Parquet. 
 A nulidade pode ser relativa, ou também conhecida como 
anulabilidade quando advém de imperfeição da vontade, como por 
exemplo: por vícios de consentimento (erro, coação, entre outros). 
 Esses tipos de defeitos no negócio jurídico podem ser sanados, por 
isso não extinguirá o contrato enquanto não se mover ação que o 
decrete, sendo ex nunc os efeitos da sentença. Apenas o contratante em 
cujo interesse foi prejudicado tem legitimidade para pleitear a anulação; 
art. 177. 
 
 
 
 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
26- Explique com suas palavras o artigo 393 do Código Civil. 
 
27- Conceitue perdas e danos. 
 
28- Cite e explique os requisitos para que seja declarada judicialmente a 
onerosidade excessiva. 
 
29- Qual a diferença de nulidade e anulabilidade? 
 
30- (OAB-2008) José contratou com João o fornecimento diário de 
refeições por prazo indeterminado. No entanto, meses depois, João, 
mediante instrumento particular, cientificou José de que faria a 
interrupção da entrega das refeições a partir do trigésimo dia 
subsequente. Na situação hipotética apresentada, o ato jurídico praticado 
por João caracteriza: 
a) distrato 
b) resilição unilateral 
c) resolução por inexecução voluntária 
d) direito de arrependimento 
 
 
 
 
31-(OAB-2008) A exceção do contrato não cumprido poderá ser arguida 
nos: 
a) contratos sinalagmáticos 
b) contratos de mútuo 
c) negócios jurídicos unilaterais 
d) contratos de comodato 
 
32- (FGV-2011) Nos contratos, os indivíduos devem observar os 
princípios da probidade e boa-fé. A liberdade contratual será exercida 
nos limites da função social do contrato. Nesse contexto, assinale a 
alternativa correta de acordo com o Código Civil. 
a) as partes não podem, em qualquer hipótese reforçar, diminuir ou 
excluir responsabilidade pela evicção 
b) as cláusulas resolutivas, expressas ou tácitas operam-se de pleno 
direito 
c) nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes poderá exigir, antes 
de cumprida sua obrigação o implemento da do outro 
d) admite-se que a herança de pessoa viva possa ser objeto de contrato 
e) nos contratos de adesão são nulas de pleno direito as cláusulas 
ambíguas ou contraditórias. 
 
33- (OAB - 2009) De acordo com o que dispõe o Código Civil a 
respeito dos contratos, assinale a opção correta: 
a) a onerosidade excessiva, oriunda de acontecimento extraordinário e 
imprevisível, ainda que dificulte extremamente o adimplemento da 
obrigação de uma das partes em contrato de execução continuada, não 
enseja a revisão contratual, visto que as partes ficam vinculadas ao que 
foi originalmente pactuado. 
b) considere que um indivíduo ofereça ao seu credor, com o consenso 
deste, um terreno em substituição à dívida no valor de R$30mil, a título 
de dação em pagamento. Nessa situação, se o credor for evicto do 
terreno recebido, será restabelecida a obrigação primitiva com o 
devedor, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de 
terceiros. 
c) o evicto pode demandar pela evicção, por meio de ação contra o 
transmitente, mesmo sabendo que a coisa adquirida era alheia ou 
litigiosa. 
d) a resilição bilateral não se submete à forma exigida para o contrato.

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