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SAÚDE PÚBLICA RESUMO N2

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SAÚDE PÚBLICA
DESCENTRALIZAÇÃO DO SUS
Descentralização → redistribuição das responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os três níveis de governo (federal, estadual e municipal), havendo articulação entre elas. Estabelecida pela lei 8.080/90 (descentralização político-administrativa com ênfase na municipalização).
Municipalização → transferência de poder decisório e de responsabilidade sobre o conjunto de serviços e recursos financeiros; exige que os recursos financeiros sejam repassados para as cidades para que os gestores coordenem, negociem, planejem, acompanhem, avaliem e controlem a eles e aos serviços de saúde com autonomia. Para isso é necessária uma organização regionalizada e hierarquizada p/ maior integração das redes de serviços, considerando as necessidades e realidades locais.
Esfera federal → formulação das políticas nacionais de saúde, planejamento, normatização, avaliação e controle do SUS em nível nacional, financiamento das ações e serviços de saúde por meio da aplicação e repasse de recursos para secretarias municipais e estaduais. Gestor: Ministério da Saúde.
Esfera estadual → formulação da política estadual de saúde, planejamento do SUS em nível estadual, financiamento das ações e serviços de saúde. Gestor: Secretaria Estadual de Saúde.
Esfera municipal → Formulação da política municipal de saúde, provisão de ações e serviços de saúde, financiados com recursos próprios ou transferidos pelo gestor federal e/ou pelos estaduais. Gestor: Secretaria Municipal de Saúde
Mecanismos de negociação e pactuação das políticas de saúde: CIB e CIT; são espaços de pactuação permanente entre os gestores p/ discussão, negociação e execução das políticas e viabilização de parcerias.
CIB (Comissão Intergestores Bipartite) → instância que reúne o gestor estadual e os gestores municipais com representação paritária – representantes da Secretaria Estadual de Saúde e do COSEMS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde dos Estados)
CIT (Comissão Intergestores Tripartite) → instância que reúne gestores das três esferas – representantes do Ministério da Saúde, do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
CONTROLE SOCIAL (gestão participativa)
É a garantia constitucional de que a população, por meio das entidades representativas, participe do processo de formulação das políticas de saúde, seu controle e execução, em diversos níveis. A participação pressupõe a democratização do conhecimento do processo saúde-doença e dos serviços (processo ativo, que gera auto-cuidado).
Foi o princípio constitucional mais combatido, sendo vetado por Fernando Collor de Mello na lei 8.080 e sendo regulamentado apenas pela lei 8.142. 
Feito através das conferências, conselhos, CONASS, CONASEMS, câmaras setoriais, comitês técnicos, grupos de trabalhos, pólos de educação permanente em saúde e setoriais de saúde dos movimentos sociais.
Conselhos de saúde: órgãos colegiados de caráter permanente e deliberativo, com a função de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, devendo suas decisões serem homologadas pelo poder executivo. Composição paritária: 50% de usuários, 25% de gestores e 25% de trabalhadores da saúde (proposta pela resolução 33/1992 do Conselho Nacional de Saúde.
Conferências de saúde: fóruns instituídos pela Lei 378 de 1937. Promovem o intercâmbio de informação entre a esfera federal e as estaduais e facilitar ao governo federal o conhecimento das atividades realizadas no país para fim de controle e regulação de fluxo de recursos financeiros. No início, não aconteciam com a participação popular e apresentavam periodicidade variável.
8ª CNS (1986) foi decisiva para mudança do sistema vigente, contando com a participação dos movimentos sociais, sindicatos, universidades e trabalhadores da saúde.
Lei 8142 estabelece que as CNS devem acontecer a cada quatro anos, com a representação de usuários, trabalhadores, gestores e prestadores de serviço, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes.
CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde) também participam do controle social.
Onde fazer valer os direitos → Disk saúde, cartas e ofícios protocolados, ouvidorias de cada órgão, defensoria pública, Juizado Especial Civil, Procuradoria dos Direitos do Cidadão, câmaras, Conselhos de Fiscalização Profissional, comissões de ética (serviços de saúde, universidades, etc.), órgãos de defesa do consumidor, PROCON, Agência Nacional de Saúde Suplementar, imprensa, ONGs, voto.
FINANCIAMENTO
As NOBs, as NOAS e o Pacto pela Saúde buscam atribuir as responsabilidades de cada esfera, definem a modalidade de repasse de recursos, decidem a remuneração dos serviços e definem os mecanismos de relacionamento e negociações entre gestores.
O financiamento é feito com recursos da União, estados, DF e municípios, contemplados no orçamento da seguridade social (previdência social, saúde e assistência social)
Contribuição de cada esfera → estados: 12% de sua receita / municípios: 15% de suas receitas / União: percentual mínimo definido com base na variação nominal do PIB. Os recursos devem ser enviados aos fundos de saúde (conta especial p/ todos os recursos da saúde) e fiscalizados pelos conselhos, assembleias legislativas e câmaras municipais (lei 8080).
50% dos valores devem ser distribuídos aos municípios com base no número de habitantes, e os outros 50% de acordo com requisitos como perfil demográfico e epidemiológico, características qualitativas e quantitativas da rede de saúde, desempenho técnico no período anterior, nível de participação do setor saúde nos orçamentos, previsão do plano de investimentos da rede, etc.
NOB-SUS 01/91 → editada pelo INAMPS; cria o Sistema de Informação Hospitalar (SIH) e o Sistema de Informação Ambulatorial (SIA) como formas de pagamento dos prestadores de serviços hospitalares e ambulatoriais; define as quantidades de AIH (autorização de internação hospitalar) e cria a UCA (unidade de cobertura ambulatorial; multiplicado pela população = teto de cada estado); define que o repasse de recursos se daria por meio de convênio firmado entre gestores; não reforça os princípios constitutivos da descentralização, mantendo a centralização decisória; tem enfoque no financiamento, com valorização das atividades hospitalares e ambulatoriais.
NOB-SUS 01/92 → editada pelo INAMPS; inova pouco; aloca os recursos do INAMPS para constituir o Fundo Nacional de Saúde; as formas de pagamento se mantém pelo SIH e SAI
NOB-SUS 01/93 → publicada pelo MS; resultante do trabalho do Grupo Especial de Descentralização (participação do CONASS, CONASEMS e sociedade civil), sendo aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde; regulamenta não só o financiamento, mas também a descentralização; institucionaliza o gerenciamento da descentralização através da CIT e da CIB; cria modalidades de gestão: incipiente (recebe recursos correspondentes aos serviços realizados + FAM), parcial (recebe recursos mensais da fatura de seus serviços + FAM + teto estabelecido para o custeio dos serviços) e semiplena (repasse automático de um teto financeiro estabelecido pela CIB e aprovado pelo Conselho Nacional); a criação da gestão semiplena dá mais autonomia aos municípios, contribuindo para a descentralização; a NOB não inova quanto ao financiamento; cria o Fator de Apoio ao Estado (FAE = 5% da UCA) e o Fator de Apoio ao Município (FAM = 5% da UCA)
NOB-SUS 01/96 → MS; apresenta mecanismos para a mudança do modelo assistencial, via incentivo ao PSF e PACS; sua implantação só foi possível após 1998, após a criação da CPMF; busca redefinir os papeis de cada esfera p/ garantia do comando único; criar instrumentos gerenciais para estados e municípios como gestores e não prestadores de serviços; define conceitos de gerência(administração de uma unidade ou órgão) e gestão (atividade e responsabilidade de dirigir um sistema), revogando as modalidades de gestão anterior e substituindo-as pela Gestão Plena da Atenção Básica (credencia o gestor municipal p/ responder pelas ações básicas de saúde, deixando as de maior complexidade a cargo do Estado; tem recursos PAB = R$23 a R$28 hab/ano em 2013) e pela Gestão Plena do Sistema Municipal (credencia o gestor municipal p/ responder por todas as ações e serviços do município; recursos de acordo com o plano municipal de saúde e teto financeiro global do Estado – PPI – programação pactuada integrada); designou à esfera estadual o papel de apoio logístico e de atuação estratégica, promovendo as condições e incentivando o poder municipal; introduziu alterações no mecanismo de repasse de recursos, criando pisos e tetos.
PAB (Piso Assistencial Básico) → para fins de custeio das ações e procedimentos da atenção básica, definido pelo valor per capita nacional multiplicado pela população do município; transferido diretamente do fundo federal p/ o municipal (PAB fixo). O município também pode receber um PAB variável como incentivo para desenvolver ações ou programas propostos (intenção de fortalecer o modelo de atenção do PSF e PACS).
FAE (Fração Assistencial Especializada) → recurso p/ custeio de procedimentos ambulatoriais
TFGE (Teto Financeiro Global do Estado) → estabelecido a partir da PPI (Programação Pactuada Integrada)
NOAS-SUS 01/2001 → objetivo de promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população aos serviços em todos os níveis, buscando regionalizar e organizar a assistência, fortalecer a capacidade de gestão e atualizar os critérios de habilitação de estados e municípios; cria novas modalidades de gestão para os estados (avançada e plena) e municípios (plena da atenção básica ampliada e plena do sistema municipal). 
NOAS-SUS 01/2002 → designa comando único sobre os prestadores de média e alta complexidade e fortalecimento da gestão estadual; estabelece mecanismos de acompanhamento pelo gestor estadual dos recursos federais destinados aos municípios.
NOBs ampliam o papel dos municípios x NOAS fortalecem o papel do gestor estadual
PACTO PELA SAÚDE → MS + CONASS + CONASEMS através da Portaria 299/GM de 2006. Dividido em Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão do SUS
Pacto pela Vida → prioridades que apresentam impacto sobre a saúde da população brasileira; dividido em: saúde do idoso, controle do câncer do colo do útero e da mama, redução da mortalidade infantil e materna, fortalecimento da capacidade de resposta a doenças emergentes e endemias (dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza), promoção da saúde e fortalecimento da atenção básica.
Pacto em Defesa do SUS → discute a questão da saúde pública e da repolitização do SUS, buscando a consolidação da política de saúde como política de Estado e não de governo. Os gestores devem expressar compromisso com a consolidação da reforma sanitária e a qualificação do SUS como política pública. Pacto firmado pela repolitização da saúde, promoção da cidadania e garantia de financiamento de acordo com as necessidades do sistema.
Pacto de Gestão do SUS → nove eixos de ação baseados nas diretrizes para definir as responsabilidades sanitárias de cada instância governamental: descentralização, regionalização, financiamento, planejamento, PPI, Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assistencial, participação e controle social, gestão do trabalho, educação na saúde.
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE
A função da Política de Saúde é fortalecer a atenção básica
1978 → conferência de Alma Ata define que a APS deve ser feita com base nos problemas sanitários da população e prestar atenção preventiva, curativa e de reabilitação e devem compreender saneamento, promoção de nutrição, abastecimento de água potável, imunização, educação em saúde, prevenção, saúde da mãe e da criança, prevenção e luta contra doenças endêmicas
É baseada nas diretrizes; a atenção é à pessoa e não à enfermidade; oferece entrada no sistema; deve fornecer atenção a todas as situações de saúde; coordena e integra a atenção fornecida em outros lugares (referência e contra-referência) 
Princípios: universalidade, acessibilidade, vínculo, continuidade do cuidado, integralidade da atenção, responsabilização (empoderamento), humanização, equidade, participação social.
PNAB (Política Nacional de Atenção Básica) → Lançada em 2006; abrange a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde; desenvolvida a partir do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, com equipes assumindo responsabilidade sanitária por territórios delimitados; prioridade: saúde da família
Diretrizes: ter território adstrito sobre o mesmo, possibilitar o acesso universal e contínuo, adscrever os usuários e desenvolver vínculo e responsabilização entre equipe e população, estimular a participação dos usuários
UBS → sem saúde da família: 1 UBS p/ no máximo 18 mil habitantes / com saúde da família: 1 UBS p/ no máximo 12 mil
Redes de Atenção → estratégia para cuidado integral; arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma complementar e com base territorial, sendo estruturada sobre a atenção básica
Função da atenção básica nas RAS → ser base, ser resolutiva, coordenar o cuidado e ordenar as redes
Redes prioritárias → Cegonha, de Atenção às Urgências e Emergências, de Atenção Psicossocial, de Atenção às Doenças e Condições Crônicas, de Cuidado à Pessoa com Deficiência
ESF → 1994; estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica, com reorientação do processo de trabalho; EACS (estratégia de agentes comunitários de saúde)
Equipe básica: médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, agentes comunitários (no máximo 12, acompanhando 750 pessoas cada um). Cada equipe se responsabiliza pelo acompanhamento de 4 mil habitantes
Equipe expandida: dentista, técnico em higiene bucal, auxiliar de consultório odontológico.
NASF (núcleo de assistência à saúde da família): outros profissionais que possam ser necessários (fisio, fono, psicólogo, nutricionista, assistente social, educador físico, TO, sanitarista, etc.)
Tipos de NASF → 1: 8 a 15 equipes; soma mínima de 200h semanais de todos os profissionais / 2: 3 a 7 equipes; soma mínima de 120h / 3: 1 a 2 equipes; soma mínima de 80h
PACS (Programa de Agentes Comunitários de Saúde) → ações dos agentes acompanhados por um enfermeiro/supervisor; os agentes podem ser ligados a uma UBS ainda não organizada na lógica da ESF ou ligados a uma UBS como membro da equipe.
PROMOÇÃO DE SAÚDE – EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Prevenir (impedir que se realize) x Promover (dar impulso)
Promoção de saúde → medidas que não se dirigem a uma determinada desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem estar; transformação das condições de vida e de trabalho, com abordagem intersetorial; capacitação da comunidade para melhorar sua qualidade de vida e saúde, o que inclui participação social; envolve empoderamento, intersetorialidade, descentralização; assegurada pela LOS 8080/90
Campos de atenção à saúde → assistência, intervenções ambientais, políticas externas ao setor saúde (emprego, lazer, etc.)
Princípios de promoção de saúde: concepção holística (concepção ampliada de saúde – saúde física, mental, social e espiritual), intersetorialidade (articulação de saberes e experiências), equidade (eliminar as diferenças desnecessárias, evitáveis e injustas), participação social (envolvimento dos atores diretamente interessados – membros da comunidade), empoderamento (capacitação dos indivíduos para assumir maior controle sobre os fatores que afetam sua saúde).
Campos de ação da promoção: políticas públicas saudáveis (agindo nos determinantes de saúde), reforço da ação comunitária (empoderamento), criação de espaços saudáveis que apóiema promoção, desenvolvimento de atividades pessoais (educação em saúde, estilo de vida saudável), reorientação dos serviços de saúde
Política nacional de promoção de saúde → tem como objetivo promover qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes. Ações específicas: divulgação e implementação da política, alimentação saudável, atividade física, prevenção e controle do tabagismo, redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso de álcool e drogas e acidentes de trânsito, prevenção da violência e promoção do desenvolvimento sustentável
Educação p/ promoção de saúde → capacitação (alcançar a equidade em saúde é um dos focos da promoção)
Educação em saúde → o foco está voltado p/ a população e p/ a ação; objetiva desenvolver o senso de responsabilidade nas pessoas pela sua própria saúde, além de desenvolver a capacidade de participar da vida comunitária de maneira construtiva; deve promover senso de identidade individual, dignidade, responsabilidade, solidariedade, responsabilidade comunitária; deve fazer a pessoa conhecer, entender e modificar sua condição de saúde; a informação a ser transmitidas deve estar alicerçada em bases epidemiológicas sólidas sobre riscos e doenças prevalentes, formas de evitar ou lidar com estas patologias e condições ambientais relacionadas; ações de educação em saúde devem ser estimulativas, exercitativas, orientadoras, didáticas e terapêuticas
Modelos → Tradicional (focalizando a doença e a intervenção curativa; fundamentado no referencial biologicista do processo saúde-doença); modelo dialógico (o usuário é portador de um saber; profissionais e usuários atuam como iguais; visa transformar saberes existentes; visa o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a saúde).
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (SIS)
Os SIS são mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Gerencia as redes de serviços, controlas as estatísticas vitais, faz a investigação e controle de doenças, além de planejamento e intervenções sobre a realidade sanitária.
Os SIS são fundamentais para a compreensão acerca dos fatores, situações, condições ou intervenções modificadoras dos riscos de adoecimento de populações humanas.
Surgiram porque o INAMPS precisava ter controle sobre os gastos.
Os registros dos dados podem ser feitos de forma contínua (óbitos, nascimentos, internações, doenças de notificação obrigatória – dados secundários), periódica (censos populacionais – dados primários) e ocasional (pesquisas).
Dados primários (IBGE) → censo demográfico (levantamento estatístico p/ enumeração da população e dos domicílios – periodicidade: 5 em 5 anos); PNAD (Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios – pesquisa amostral de base domiciliar p/ aprofundar as informações sobre o desenvolvimento socioeconômico do país), AmS (pesquisa médico-sanitarista: levantamento de todos os estabelecimentos de saúde no país)
Dados secundários (MS) → Departamento de Análise de Situação de Saúde (identificação e monitoramento de fatores de risco, análise das ações de promoção de saúde e prevenção e controle das doenças não transmissíveis), Vigitel (vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas – por telefone), PENSE (pesquisa nacional de saúde do escolar), DATASUS
Sistemas de Informação do MS
SAI-SUS → sistemas de informações ambulatoriais; possibilita o acompanhamento da produção, gestão e custeio ambulatorial; não permite observação de dados desagregados. 
SIM → sistema de informações sobre mortalidade; tem origem na declaração de óbito; variáveis importantes: causa, sexo, idade, ocupação, local de ocorrência, assistência médica, etc.; indicadores: mortalidade proporcional (%), coeficiente de mortalidade (geral, infantil, materna, por causas, etc.); limitações: subregistro de óbitos, qualidade da declaração de óbito, etc.
SINASC → sistema de informações sobre nascidos vivos. Características dos nascidos, das mães, da gestação e do parto; origem: declaração de nascido vivo; variáveis importantes: sexo, peso ao nascer, tipo e local de parto, duração da gestação; indicadores: proporção de nascidos vivos por tipo de parto, taxa bruta de natalidade, taxa de fecundidade geral; limitações: falhas na cobertura do evento, qualidade de preenchimento do DN, atraso nos dados.
SINAN → sistema de notificação de agravos notificáveis; visa o controle de algumas doenças e agravos de notificação compulsória; origem: ficha de notificação; indicadores: incidência, prevalência, letalidade, mortalidade
SIH-SUS → sistema de informações hospitalares; origem: autorização de internação hospitalar (AIH); indicadores: tempo médio de permanência geral ou por causa específica, proporção (%) de internações por causa ou procedimento, taxa de mortalidade hospitalar; disponível em: DATASUS
SIAB → sistema de informação da atenção básica; sistema territorializado que coleta dados de áreas cobertas por ESF ou EACS; blocos: cadastramento familiar (indicadores socioeconômicos e de saneamento), grupos de risco (diabéticos, hipertensos, idosos, etc.), atividades e produção; muitas estatísticas são feitas com as informações colhidas pelos agentes comunitários.
SIA-SUS → sistema de informações ambulatoriais; oferece dados sobre controle orçamentários e produção de serviços ambulatoriais, capacidade física instalada e recursos financeiros orçados e repassados aos municípios; permite contar o que foi produzido, porém não quem e quantos foram atendidos (não é possível saber se um determinado serviço foi feito várias vezes a uma pessoa só ou a pessoas diferentes, o que não permite saber sobre a resolutividade em relação ao problema, por exemplo)
Principais coeficientes e proporções utilizados em saúde pública → Mortalidade proporcional por idade, mortalidade proporcional por determinada causa, mortalidade proporcional por causa e idade, coeficiente geral de mortalidade, coeficiente de mortalidade infantil, coeficiente de mortalidade neonatal, coeficiente de letalidade ou fatalidade.
PROGRAMAS DE SAÚDE
PAISC → programa de atenção integral à saúde da criança (feito na atenção básica); tem enfoque nas ações de alto custo-efetividade (que custam menos e são mais eficientes); envolve acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, aleitamento e orientação p/ desmame, controle de doenças diarréicas, de infecções respiratórias agudas e que doenças que se podem prevenir por imunização
PAISM → programa de atenção integral à saúde da mulher; oferece assistência, em todas as fases da vida, clínico-ginecológica, no campo da reprodução e nos casos de doenças crônicas ou agudas; reconhece o cuidado médico e de todas a equipe de saúde com alto valor às práticas educativas, entendidas como estratégia para a capacidade crítica e autonomia das mulheres; visa dar a mulher o direito de escola, principalmente no que tange à reprodução; busca promover a melhoria das condições de vida e saúde, com ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação; objetiva contribuir p/ a redução da morbidade e mortalidade feminina, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, além de ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral a mulher no SUS.
Rede Cegonha → estratégia do MS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, dando a mulheres, recém nascidos e crianças direito de ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal, transporte p/ o pré-natal e p/ o parto, vinculação de gestante à unidade de referência p/ assistência ao parto (gestante deve saber desde o início em que hospital conceberá o filho), realização de parto seguro, acompanhante no parto, atenção à saúde da criança de 0 a 14 meses com qualidade e resolutividade, além de acesso ao planejamento reprodutivo (direito de escola, corroborando com o PAISM); tem os objetivos defomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e criança (foco na atenção ao parto e no desenvolvimento de 0 a 24 meses (período de maior sensibilidade, que causam os agravos mais letais), organizar uma rede de atenção à saúde materna e infantil que garanta acesso, acolhimento e resolutividade e reduzir a mortalidade materna e infantil (foco no período neonatal).
PAISA → saúde do adulto; priorização de hipertensão arterial, diabetes e tuberculose; HIPERDIA (acompanhamento de hipertensos e diabéticos, gerando informações p/ os gerentes locais e gestores); o sistema permite o acompanhamento, a garantia de recebimento dos medicamentos, definindo o perfil epidemiológico (o que gera estratégias de saúde pública p/ melhorar o quadro e a qualidade de vida das pessoas)
PAISI → saúde do idoso; valorização da vida ativa; envolve ações voltadas p/ promoção, prevenção e recuperação, ou manutenção da qualidade de vida.
Programa de saúde do homem → promoção com foco em estratégias que aumentem a demanda dos homens aos serviços (homens procuram menos os serviços de saúde); informação p/ sensibilizar os homens e suas famílias (estimula os hábitos saudáveis e o autocuidado – ações de informação, educação e comunicação); expansão do sistema de atenção ao homem; qualificação de profissionais p/ o desenvolvimento de estratégias de educação permanente p/ os trabalhadores do SUS.
Melhor em casa → atendimento domiciliar c/ prioridade p/ as áreas s/ cobertura de UBS; 1 equipe p/ 60 pacientes; o programa ajuda a reduzir as internações e filas nos hospitais.
Viver sem limites → cuidados p/ pessoas c/ deficiência; objetivos: ampliar o acesso e qualificar o atendimento, vincular os deficientes e suas famílias a pontos de atenção, articular os pontos de atenção no território p/ qualificar o cuidado; visa ampliar a oferta de prótese e órtese, identificar as deficiências precocemente, etc.
Outros programas → UPA24h, Farmácia Popular, Brasil Sorridente, Academia da Saúde, Humaniza SUS.

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