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proj. IDOSO

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I - RESUMO do Texto: “Ciência, Metodologia e Trabalho científico (Ou tentando escapar dos horrores metodológicos) MATTOS (2011)”:
 
 Conceituando, etimologicamente o que é ciência, provém do verbo em latim Scire que significa aprender, conhecer. Para o autor Trujillo Ferrari (1974), que conceitua “ciência é todo um conjunto de atitudes e de atividades racionais, dirigida ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido a verificação.
 Pesquisa Social é estudar as características,é pesquisar além de procurar a verdade é encontrar respostas para questões utilizando técnicas, procedimentos e métodos científicos como um conjunto de procedimentos intelectuais adotadas para atingir o conhecimento que proporcionam as bases lógicas.
O objetivo da pesquisa é de descobrir ou resolver um problema específico, geralmente colocado para o pesquisador por seu contratante. O nível dos conhecimentos utilizados para se chegar a uma solução aplicável é basicamente irrelevante, o que importa é encontrar solução para o problema cotidiano.
Já a Metodologia é um conjunto se procedimentos empregados na realização da pesquisa, tem como objetivo captar e analisar as características dos vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte, é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. Metodologia refere-se a mais do que um simples conjunto de métodos, refere-se aos fundamentos e pressupostos filosóficos que fundamentam um estudo particular. É por isso que a literatura acadêmica geralmente inclui uma seção sobre a metodologia dos pesquisadores. Esta seção faz mais do que delinear os métodos dos pesquisadores, que poderia explicar o que os investigadores ontologia ontológica ou epistemologia epistemológica são vistas. 
 
 O progresso do Serviço Social no Brasil a partir da década de 30, enfocando aspectos políticos, econômicos e sociais que é de suma importância para a compreensão da profissão. Nele são destacadas as bases filosóficas que orientaram e ainda orientam a atuação profissional, bem como a influência das conferências, 
seminários, congressos e outros eventos de natureza científica para o aprimoramento do Serviço Social, que surgiu embasado numa marca conservadora, e adotando aos poucos uma postura mais crítica, numa leitura ampla da realidade.
 A perspectiva principal volta-se para a importância da pesquisa na atuação profissional, sendo imperioso que o assistente social busque conhecimento e atualização constante, numa construção contínua do cotidiano. Considerando que as relações sociais são complexas e a sociedade dinâmica, é imprescindível que haja por parte dos profissionais um posicionamento investigativo, crítico, construído e fundamentado em bases teóricas, fruto da busca incessante por mais conhecimentos.
Também destaca neste trabalho a relevância da articulação entre teoria e prática, não podendo o Serviço Social limitar-se apenas ao acúmulo de informações, mas sim associar informação e prática, para assim obter respostas profissionais de modo eficientes.
Outro importante aspecto discutido refere-se aos cursos de graduação, ou seja, a formação acadêmica profissional, bem como a pós-graduação, como instrumentos de produção de conhecimento, além do avanço das produções científicas que tanto contribuem para o aperfeiçoamento do Serviço Social.
Relativamente considerada ser uma profissão “nova”, embora ainda haja muitos obstáculos a superar, deve-se salientar que houve avanço significativo no que se refere à pesquisa como instrumento fundamental para a atuação profissional de Serviço Social para a importância da pesquisa nos diferentes contextos de atuação nesta área, apesar dos desafios e dificuldades apresentados a sua realização. Apresentam-se possibilidades de operacionalização da pesquisa para uma intervenção profissional crítica, condizente com a realidade concreta – contexto da prática profissional; a sua importância para um fazer-se histórico do Serviço Social centrado em posturas teórico-metodológicas que dêem conta da riqueza, complexidade e essência da realidade. Apesar da importância atribuída à pesquisa, procura-se evitar que esta seja vista deslocada da realidade humano-social, já que é neste contexto que ela adquire significado, atinge a sua acepção e dá conta das necessidades do Serviço Social como profissão histórica no campo científico.
 
II - Tema: O Idoso no Brasil
Apresentação
 Conforme pesquisas realisadas, os avanços tecnológicos registrados no mundo moderno não correspondem à sensibilidade dos homens. Estamos mais estreitos, mais inflexíveis, a ponto de muitos desrespeitarem a história de vida daqueles que procuraram ensinar valores morais e éticos aos seus descentes. Até a aprovação do Estatuto do Idoso, que representa um avanço para garantir proteção e benefícios aos idosos e que independente de Leis a sociedade precisa ter a consciência, de respeitar aqueles que inspiraram e construíram a história de tantas vidas. (Senador Garibaldi Alves Filho).
 A Lei nº 10.741, de 1º  de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso, dispõe sobre papel da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
 Entende-se por maus tratos a idoso o abuso físico e psicológico, a negligencia, a exploração financeira e a violação de direitos.
 No Brasil grande parte dos idosos sofre o mais variados tipos de abandono e maus tratos, muitos cometidos pelos próprios familiares, que na desculpa da falta de tempo com o mundo globalizado acabam deixando seus idosos em casas de saúde e asilos, assim na ilusão da consciência tranquila, esquecendo que amanhã ele poderá estar na mesma situação, como a história do chinês que levara sua mãe muito doente em um cesto para o alto do monte para abandoná-la, quando ele a deixou e voltava com seu filho que trazia o cesto, o pai disse: “Deixe o cesto”, a criança sem maldade alguma respondeu “ Não, vou precisar para trazê-lo quando estiver idoso como minha avó”, então o pai subiu ao monte e buscou a mãe e prometeu que cuidaria dela até sua morte. Então, temos o dever e obrigação, mesmo sem a obrigação das leis, mas por amor e respeito.
 Com o aumento da expectativa de vida do ser humano, a sociedade não foi preparada para cuidar, respeitar e garantir uma condição digna para o idoso, e com isso vem o abandono moral e afetivo, pois em situação de miserabilidade estão efetivamente esquecidos.
 Como já referenciado no trecho anterior, do Estatuto do Idoso, Lei 10741 de 1º de outubro de 2003, em seu artigo 3 acentua a obrigação da família, da sociedade e do poder público, assegurando ao idoso efetivação direta ao bem maior, assim como a saúde, educação, ao esporte, ao lazer, a cultura, ao trabalho, a cidadania , a liberdade, a dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária, enfim o dever de cuidado cabe a família pois por mais que o estado garanta vários direitos sem o apoio da família não vale de nada, pois acabam doentes e morrendo por desprezo. 
 O idoso, assim como a criança, necessita de maior amparo legal, buscando desta forma maior defesa de seus direitos, assegurados de forma efetiva pela Constituição Brasileira e Estatuto do Idoso, visando maior dignidade e qualidade de vida sendo um dos fundamentos da Carta Magna que é a dignidade da pessoa humana , citado em seu artigo 1º inciso III da CF.
 
III – OBJETIVOS
1 . GeralO estudo tem como objetivo geral, analisar como se dá o amparo ao idoso para que tenha respeito, dignidade e faça valer os direitos garantidos por lei.
 2 . Específicos
	
Destacar como o processo de envelhecimento é visto pela sociedade;
Buscar também investigar se o idoso é excluído ou não da sociedade;
Tornar resistente a atuação do assistente social no contexto das Políticas Públicas voltadas ao idoso;
Investigar o que leva os idosos a procurarem as instituições de serviço ao idoso;
E conhecer os serviços oferecidos nas instituições de serviço ao idoso.
 IV - JUSTIFICATIVAS
 
O assistente social é um profissional e têm seu objeto de trabalho e também pesquisa nas questões sociais, presentes na sociedade capitalista; compreender a realidade em todas as suas dimensões é de fundamental importância para o desenvolvimento de um trabalho propositivo e de qualidade.
Contribuirá para integrar as gerações no desenvolvimento de práticas sociais voltadas para a melhoria da qualidade de vida do idoso. Com a pesquisa bibliográfica (ou de fontes secundárias), pretende-se ampliar o conhecimento a cerca da temática, verificando as diferentes vertentes e analises de forma aprofundada, podendo assim afirmar ou não, a real importância do idoso presente na família.
V – CONCEPÇÕES TEÓRICAS
Até o século XIX era denominado velho (vieux) ou velhote (veillard) aquele indivíduo que não desfrutava de status social – muito embora, o termo velhote também fosse utilizado para denominar o velho que tinha sua imagem definida como bom cidadão. Para demonstrar uma visão menos estereotipada da velhice, o termo idoso foi adotado para caracterizar, tanto a população envelhecida, em geral, como aquela mais favorecida. 
Muitas vezes, na velhice, os problemas de saúde causados por patologias múltiplas são agravados pela solidão, abandono, interrupção do seu papel social e pobreza. A falta de companhia do velho, nos dias atuais, está diretamente ligada às transformações que se operam no interior das famílias menores, assim, pode-se dizer que a família desempenha o papel central na vida não somente das crianças jovens e adultos, mas também dos idosos. Vários são os fatores que concorrem para a diminuição do suporte familiar para com o velho, entre eles a maior mobilidade das famílias (facilitadas pelo seu menor tamanho) e o aumento do número de separações e divórcios entre os casais em décadas mais recentes. Ambas as situações trazem como consequência uma vida mais insular e uma redução do apoio familiar ao idoso.
O idoso escolhe ou é escolhido a ter uma vida mais solitária, e, na maioria das vezes, tem que arcar com os custos de manutenção de sua casa ou contribuir para sua mera sobrevivência, quando não são levados para Asilos Públicos. O que antigamente era tido como sua maior riqueza e o colocava numa posição de destaque na sociedade como o seu saber e seu conhecimento acumulado, frutos da longa experiência de vida agora, nos dias atuais não é mais valorizado.
Para efeitos legais e conceituais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) protocola, para os países em desenvolvimento, o idoso como sendo toda pessoa com idade igual ou superior a sessenta anos. O Brasil possui cerca de 19 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa mais de 10% da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estimativas do órgão indicam que esse contingente atingirá 32 milhões em 2025 e fará do País o sexto em número de idosos no mundo, sendo este o grupo etário que mais cresce no Brasil.
	O envelhecer no Brasil A exemplo de outros países, o Brasil vem envelhecendo rapidamente. A taxa de envelhecimento proporcional da sociedade beira a 8% acima de 60 anos, atinge em números absolutos 3 milhões de pessoas com mais de 70 anos e registra em sua população mais de 1milhão de brasileiros que ultrapassam a barreira dos 80 anos de idade. Nesses dados objetivos incluem-se, as estimativas de agravamento progressivo e inquietante desses dados. Quando falamos de estatísticas e analisamos friamente cifras, porcentagens e números, muitas vezes, perderam de vista que estamos falando de seres humanos que estão vivendo mais, porém não necessariamente melhor. A proporção de pessoas idosas em relação ao total da população que atinge, atualmente, níveis superiores aos de qualquer outra época da história. Nos países desenvolvidos, situa-se ao redor de quinze por cento e com a tendência a um crescimento superior a ao de qualquer outro setor da população. Essa tendência é única em nossa época, e os peritos concordam que o número de pessoas idosas sobre o total da população crescerá em todos os países do mundo, considerando-se as melhorias no nível de vida e a redução da taxa de natalidade. Os aumentos serão maiores em países desenvolvidos, e em decorrência disso surgirão novas condições de vida, que já são previstas e causam preocupação. A economia futura será capaz de gerar recursos suficientes para manter a massa crescente de passivos?As respostam são equivocadas devido ao grande número de fatores que intervêm: crise industrial mundial, novas tecnologias, atitudes sociais cambiantes etc. Entretanto economicamente parece inevitável que a população ativa do futuro arque com maiores responsabilidades do que as atuais gerações.
	As políticas públicas governamentais têm procurado implementar modalidades de atendimento aos idosos tais como, centros de convivência- espaço destinado à prática de atividades físicas, cultural, educativa, social e de lazer, como forma de estimular sua participação no contexto social que se está inserido. (MENDES, 2005).
 Apesar da criação de novas leis de amparo a velhice, que evidenciam uma preocupação com esta crescente faixa etária, pouco tem sido feito para viabilizar o exercício dos direitos assegurados por estas leis. Sabe-se que até mesmo as iniciativas de caráter privado estão mais direcionadas para o assistencialismo, conduzindo a uma tendência de afastar os idosos de realizar atividades criadoras, favorecendo assim o seu isolamento da sociedade a qual pertence.
Segue três concepções de velhice para situar a variedade de seus conceitos:
a)Velhice cronológica: Definida pelo fato de se ter atingido os sessenta e cinco anos. Baseia-se nas idades tradicionais de afastamento do trabalho profissional, cujo primeiro precedente surge com as medidas sociais do chanceler Bismark, no início do século XIX. Fundamenta-se na velhice histórica real, no organismo, medida pelo transcurso do tempo. É objetiva em sua medida, visto que todas as pessoas nascidas na mesma dada têm idêntica idade cronológica e formaram uma unidade de análise social, utilizada frequentemente por demógrafos e estudiosos da vida social. A idade cronológica é agrupada em anos, lustros e décadas.
b) Velhice Funcional: Corresponde ao emprego do termo “velho” como sinônimo de “incapaz” ou “limitado”, e reflete a relação tradicional da velhice e suas limitações. Trata-se de um conceito errôneo, pois a velhice não representa necessariamente incapacidade. Portanto é preciso lutar contra a ideia de que o velho é funcionalmente limitado. Embora exista a possibilidade de que o seja, a maioria da população idosa não se encontra impedida, apesar do que possa parecer a muita gente. A velhice humana origina reduções da capacidade funcional de vidas ao transcurso do tempo, isso ocorre com qualquer organismo vivo, mas essas limitações não impossibilitam o ser humano de desenvolver uma vida plena como pessoa que vive, não somente com o físico, mas, sobretudo com o psíquico e o social. A velhice, como em qualquer idade, possui sua própria funcionabilidade, visto que a maioria das pessoas vive como pessoas “normais” dentro da sociedade contemporânea.
c) Velhice e etapa vital: Essa concepção de velhice é a mais equilibrada e moderna. Baseia-se no reconhecimento de que o transcurso do tempo produz efeito na pessoa que entra numa etapa diferente das vividas previamente. Essa etapa possui uma realidade própria e diferenciadadas anteriores, limitada unicamente por condições objetivas externas e subjetivas. De acordo com esse ponto de vista, a velhice constitui um período semelhante ao das outras etapas vitais, como pode ser a infância ou a adolescência, mais estudada por cientistas naturais e sociais. Possui certas limitações que, com o passar do tempo, vão se agravando, especialmente nos últimos anos de vida. Por outro lado, têm potencialidades únicas e distintas serenidade, experiência, maturidade, perspectiva de vida pessoal e social, que podem compensar, caso se utilizam adequadamente as limitações dessa etapa da vida. O enfoque da velhice como etapa vital se insere nas modernas teorias e práticas da psicologia do desenvolvimento humano, da sociologia do possível, do trabalho social integrador. Essas orientações científicas e profissionais destacam a unicidade da experiência humana positiva vivenciada por cada pessoa, respeitando sua individualidade, mas inserindo-se numa sociedade de grupos fortalecidos e potencializados pela contribuição de cada indivíduo. A velhice constitui uma etapa a mais da experiência humana, conhecido um mínimo de aptidão funcional e status socioeconômico e, portanto, pode e deve ser uma fase positiva do desenvolvimento individual e social.
	Ser velho não quer dizer ser inútil, os mais velhos são de grande importância na nossa história, tem experiência e disposição par ensinar para os mais jovens. Devemos respeitar os idosos, pois um dia seremos um deles.
	
7 - Cronograma
Agosto de 2015:
 
 Escolha do tema;
Definição de objetivos gerais e específicos;
 
Setembro de 2015:
 
Pesquisas bibliográficas;
Montagem do questionário;
Elaboração do projeto; 
Coleta e análise dos dados.
 
Outubro de 2015:
 
 Elaboração do relatório final;
 Apresentação.
 
III - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEBERT, G.G. (1996). As representações sociais (estereótipos) do papel do idoso na sociedade atual. Em Ministério da Previdência e Assistência Social (Org.), Anais do I Seminário Internacional. Envelhecimento populacional: uma agenda para final de século. Brasília, DF;     
http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-idosa/legislacao/estatuto-do-idoso
GIL, Antônio Carlos, PLT Pesquisa Social Pg. 27, 28, 29,30.; 
MENDES, M.R.S.S.B. et al. Artigo atualizado: A situação social do idoso no Brasil: uma breveconsideração. Acta Paul Enferm. 2005; 18 (4):422-6; 
MORAGAS, R. M. Gerontologia Social; Envelhecimento e qualidade de vida, Ed. Paulinas – São Paulo, SP, 2004.
NUNES, Meire. A construção social simbólica do envelhecimento. Disponível em: http://portaldoenvelhecimento.org.br/revistanova/index.php/revistaportal/article/viewFile/167/167. Acesso em 09/10/2015.

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