Buscar

Comunicacao de dados

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Antonio G. Thomé 
Thome@nce.ufrj.br 
021 9956-4800 
______________________________________________________ 
Comunicação de Dados - Celso Cardoso Neto e Antonio G. Thomé
 
COMUNICAÇÃO DE DADOS 
 
I - INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3 
I.1 HISTÓRICO X CRONOLOGIA ......................................................................................... 3 
I.2 CLASSIFICAÇÃO DAS REDES....................................................................................... 3 
I.3 OBJETIVOS E CARACTERIZAÇÃO DAS REDES......................................................... 3 
I.4 FATORES FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS NO AMBIENTE DE REDES............... 4 
I.5 ARQUITETURA CLIENTE-SERVIDOR............................................................................ 5 
I.6 ABORDAGENS SOBRE A COMUNICAÇÃO DE REDE................................................. 6 
II – COMUNICAÇÃO DE DADOS........................................................................................ 9 
II.1 REPRESENTAÇÃO DOS DADOS.................................................................................. 9 
II.2 TIPOS DE SINAL (DIGITAL E ANALÓGICO) ................................................................ 9 
II.3 PROCESSAMENTO DE DADOS (P&D)......................................................................... 9 
II.4 TELEPROCESSAMENTO............................................................................................... 9 
II.5 MODALIDADES DE PROCESSAMENTO...................................................................... 9 
II.6 REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS........................................................................ 10 
II.7 TIPOS DE TRANSMISSÃO ........................................................................................... 10 
II.8 MODULAÇÃO - MODEM............................................................................................... 11 
II.9 INTERFACE DE COMUNICAÇÃO DE DADOS............................................................ 15 
II.10 LIGAÇÃO DEDICADA X LIGAÇÃO COMUTADA ..................................................... 16 
II.11 DECIBEL – GANHO OU ATENUAÇÃO...................................................................... 17 
II.12 MULTIPLEXAÇÃO....................................................................................................... 18 
II.13 CONCENTRADOR/CONVERSOR.............................................................................. 18 
II.14 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO......................................................................... 18 
II.15 MEIOS DE TRANSMISSÃO ........................................................................................ 23 
 
 
3
I - INTRODUÇÃO 
 
Num sentido amplo, uma rede de computadores tem por finalidade distribuir meios de 
acesso, em que usuários, em uma localidade qualquer, possam acessar outros que se encontrem 
em localizações diferentes. A essência está no compartilhamento de recursos. E que tipo de 
recursos ? 
 
 
 
 
 
CPU 
 
 
RECURSOS 
DE 
TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
PROGRAMAS 
 
 
 
 
MEMÓRIA 
SECUNDÁRIA 
 
 
 
BANCO 
DE 
DADOS 
 
I.1 HISTÓRICO X CRONOLOGIA 
 
1962 - Pesquisa do DEPARTAMENTO DE DEFESA AMERICANO (DARPA) 
1967 - Primeira Rede experimental entre Universidades e Centros de Pesquisas 
americanos 
1969 - Rede CYCLADES entre Centros de Pesquisas na França 
1974 - Rede ETHERNET da XEROX Corporation introduzindo o conceito de Estação de 
Trabalho 
1974 - Rede CAMBRIDGE na Universidade de Cambridge com velocidade da ordem de 
Mbps 
Década 
de 1990 
- INTERNET X INTERNET X EXTRANET 
 
 
I.2 CLASSIFICAÇÃO DAS REDES 
 
As redes podem ser classificadas e caracterizadas segundo o quadro a seguir. 
 
DISTÂNCIA 
ENTRE 
PROCESSADORES 
PROCESSADORES 
LOCALIZADOS NO(A) 
MESMO(A) 
 
EXEMPLO 
0,1 m Placa Máquina de Fluxo de Dados 
1 m Sistema Multiprocesssador 
10 m Sala LAN 
100 m Prédio LAN 
1 km Campus LAN 
10 km Cidade WAN 
100 km País WAN 
1000 km Continente Interconexão de WANs 
10.000 km Planeta Interconexão de WANs 
 
I.3 OBJETIVOS E CARACTERIZAÇÃO DAS REDES 
 
 
 
Uma rede tem por objetivo aumentar a capacidade de executar tarefas de 
maneira mais produtiva. 
 
 
 
 
4
 
 
Uma LAN caracteriza-se por possibilitar : 
 
· ARMAZENAMENTO COMPARTILHADO EM DISCO 
· USO COMPARTILHADO DE DISPOSITIVOS PERIFÉRICOS 
· SOFTWARE COMPARTILHADO DAS APLICAÇÕES 
· SOFTWARE EM GRUPO : "GROUPWARE" 
 
I.4 FATORES FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS NO AMBIENTE DE REDES 
 
Fatores favoráveis: 
 
 
 
· existência de considerável número de terminações em operação, 
localizadas geograficamente distantes e que em determinado 
momento necessitem ser ligadas para permitir a extração e a 
correlação de informações sobre o grupo inteiro. 
· aumento da confiabilidade do sistema obtida com esta interligação; 
· preço relativo entre computadores e facilidades de comunicações; 
· relação custo/desempenho de pequenos computadores sobre um 
único computador de grande porte 
Fatores desfavoráveis: 
 
 
 
 
NOS COMPUTADORES (DISCOS GRANDES, ...) O CUSTO VARIA COM 
CARACTERÍSTICAS (RAM, VELOCIDADE, ESPAÇO DE ARMAZENAMENTO,...) 
 
 
 
5
 
 
I.5 ARQUITETURA CLIENTE-SERVIDOR 
 
Uma rede consiste de vários computadores interconectados através de placas que 
funcionam como interfaces através de cabos especiais. Uma rede permite que discos e impressoras 
que não façam parte de um computador sejam vistas por aplicações como se deste computador 
fizessem parte. 
 
 Isto é possível através de 
novas letras que denominam drives 
(F:, G:, por exemplo) e portas de 
impressoras (LPT2, LPT3, já que 
LPT1 normalmente faz referência à 
impressora local). Assim, 
aplicações podem tratar todos os 
discos e impressoras como se 
fizessem parte daquele 
computador, mesmo que 
fisicamente estejam conectados a 
outra máquina. 
 
 
REDE COM SERVIDOR DEDICADO 
 
Nesta arquitetura, o SERVIDOR é um computador dedicado para gerenciar os recursos da 
rede, normalmente em posição central. Outros computadores, denominados CLIENTES, acessam 
este servidor central para aplicações, dados e espaço em disco, que por sua vez, gerencia o 
compartilhamento das aplicações e arquivos de dados entre clientes utilizando estes recursos. 
Servidores também manipulam recursos de impressão através do armazenamento de jobs de 
impressão até que as impressoras estejam disponíveis, e não direcionam estes jobs para suas 
respectivas impressoras de destino. 
 
· BD NO SERVIDOR + ESTAÇÃO DE TRABALHO 
ü computador que executa o BD no servidor realiza o trabalho pesado e passa os 
resultados para a estação CLIENTE, que enviou a solicitação 
· software CLIENTE/SERVIDOR 
ü pode fornecer ao usuário na estação CLIENTE respostas mais rápidas, 
minimizando a carga de tráfego na LAN e o custo dos computadores 
 
Numa rede ponto-a-ponto não existe 
um servidor dedicado, qualquer computador 
com um disco rígido é um servidor potencial. 
Computadores da rede oferece aplicações, 
arquivos, impressoras e espaço em disco 
para outros computadores. Numa rede ponto-
a-ponto os recursos são compartilhados pelo 
computador onde os recursos estão 
residentes, não sendo locados num 
computador central. 
 
 
 
REDE PONTO-A-PONTO 
 
 
6
 
I.6 ABORDAGENS SOBRE A COMUNICAÇÃO DE REDE 
 
As redes de comunicação utilizam técnicas de comutação que permitem a transmissão de 
voz, dados, imagem ou serviços integrados, independentes do tipo de conexão que façam, seja 
entre computadores ou entre terminais e computadores. Os principais tipos de comutação são : 
circuitos,pacotes e células. 
 
CCCOOOMMMUUUTTTAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE CCCIIIRRRCCCUUUIIITTTOOOSSS 
 
 
 
 
 
 
É o tipo mais antigo, 
opera formando uma conexão 
dedicada (circuito) entre duas 
pontas. O exemplo clássico é 
a Rede Pública de Telefonia. 
É também conhecida como 
REDE BASEADA EM 
CONEXÃO. 
 
 
São características da comutação de circuitos : 
· Uma chamada telefônica estabelece um circuito de linha de quem telefona, através de 
uma central de comutação local, passando por linhas do tronco, até uma central de 
comutação remota e, finalmente, ao destinatário da chamada. 
· Enquanto o circuito estiver aberto, o equipamento telefônico testa o microfone várias 
vezes, converte os sinais para o formato digital e os transmite através do circuito para 
o receptor. 
· O transmissor tem a garantia de que os sinais serão distribuídos e reproduzidos, pois 
o circuito oferece um percurso de dados seguro, de 64 Kbps, o mínimo necessário 
para o envio de voz digitalizada. 
· São vantagens da comutação de circuitos : 
ü capacidade segura. Uma vez que o circuito é estabelecido, nenhuma outra 
atividade de rede poderá reduzir a capacidade do circuito, 
ü é transparente ao tipo de informação, 
ü custos baixos e 
ü gerenciamento simples. 
· São desvantagens da comutação de circuitos : 
ü falta de qualidade, particularmente quando parte de seus componentes é 
analógica, 
ü não implementa a detecção e correção de erros, 
ü custo alto, 
ü preço fixo, independente do tráfego, 
ü limitação no que diz respeito à faixa de transmissão, de 300 a 3.400 Hz. 
 
CCCOOOMMMUUUTTTAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE PPPAAA CCCOOOTTTEEESSS 
 
Engloba dois esquemas : 
 
1) REDES SEM CONEXÃO. 
 
2) REDES COM CONEXÃO. 
 
 
 
 
7
CCCOOOMMMUUUTTTAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE PPPAAA CCCOOOTTTEEESSS /// RRREEEDDDEEESSS SSSEEEMMM CCCOOONNNEEEXXXÃÃÃ OOO 
 
 
 
 
É conhecida por 
REDES SEM CONEXÃO, 
devido ao fato de não haver 
uma conexão “fim-a-fim” entre 
origem e destino. 
 
São suas características : 
· Utilizando o TCP/IP, o principal exemplo é a INTERNET, que usa em nível de REDE o 
protocolo IP, operando de forma “assíncrona” e executando a função do roteamento, 
sem confirmações ou controle de fluxo. 
· A Novell NetWare, uma das tecnologias de redes locais, utiliza o IPX como protocolo 
de nível REDE, também usando esta técnica de comutação. 
· Este esquema, conhecido como DATAGRAMA, constitui um serviço sem conexão, 
utilizando a técnica de comutação de pacotes, no qual um HOST (ALFA), para enviar 
seus dados, conecta-se ao nó de comutação através de um meio físico. 
· Considerando a figura, para o host ALFA se comunicar com o host BETA não há 
nenhum procedimento de chamada; os dados são enviados de ALFA para BETA, 
fragmentados em unidades de informação denominadas DATAGRAMAS. O host 
ALFA envia seus DATAGRAMAS diretamente ao nó de comutação, ao qual está 
diretamente conectado. O nó de comutação executa o algoritmo de roteamento e 
envia os datagramas recebidos ao próximo nó. Este processo é repetido 
sucessivamente até o nó ao qual está conectado o host de destino (BETA). 
· Cabe ressaltar que, não havendo conexão entre origem e destino, nesta técnica de 
comutação não há rotinas de confirmação, detecção ou correção de erros, ficando 
estas tarefas a cargo de protocolos de nível superior, geralmente aqueles da camada 
de TRANSPORTE. Convém destacar também que não havendo controle de fluxo, 
pode ocorrer duplicação, perda, atraso ou mesmo chegada dos DATAGRAMAS fora 
de ordem. 
· São vantagens deste tipo de comutação de pacotes : 
ü alto compartilhamento dos meios de transmissão, considerando que um 
DATAGRAMA ocupa apenas o necessário do meio de transmissão não havendo 
reserva do mesmo, sendo utilizado apenas quando existe informação a ser 
transmitida; 
ü flexibilidade, tendo em vista que os protocolos que utilizam esta técnica de 
comutação podem ser encapsulados em diferentes tecnologias em nível de 
ENLACE, como HDLC ou PPP ou mesmo X.25 e FRAME RELAY, podendo ser 
transportados inclusive por células ATM. 
· São desvantagens deste tipo de comutação de pacotes : 
ü a tecnologia é restrita a dados, não podendo ser utilizada em sistemas de voz ou 
imagem tendo em vista a possibilidade de ocorrerem retardos para os 
datagramas de uma mesma mensagem; 
ü a recepção dos datagramas pode acontecer na ordem diferente da transmissão. 
Os datagramas podem ser entregues no ponto de destino não necessariamente 
na mesma ordem em que foram transmitidos. Desta forma, há necessidade da 
existência de um mecanismo de seqüenciamento que permita a recuperação da 
mensagem transmitida. 
 
 
 
8
 
CCCOOOMMMUUUTTTAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE PPPAAA CCCOOOTTTEEESSS /// RRREEEDDDEEESSS CCCOOOMMM CCCOOONNNEEEXXXÃÃÃ OOO 
 
 
É um dos esquemas 
mais antigos, funcionando com 
base na comutação de 
circuitos, sendo estabelecido 
um circuito virtual para o tráfego 
dos pacotes. Este tipo de 
comutação de pacotes usa um 
serviço de conexão fim-a-fim. 
 
Foi tornado padrão pelo 
CCITT na década de 1970 e 
largamente empregado na 
década de 1980. Atualmente, 
existem duas tecnologias que 
empregam este tipo de 
comutação: X.25 e FRAME 
RELAY. 
 
 
São suas características : 
· As redes que utilizam esta modalidade de comutação são estáveis e apresentam 
grande flexibilidade no que diz respeito a crescimento. 
· No estabelecimento do circuito virtual, ocorrem três fases: conexão, troca de 
informações e desconexão. A partir do momento em que o circuito virtual é 
estabelecido, os pontos de origem e destino realizam a troca de dados através dele. 
· São vantagens deste tipo de comutação de pacotes são: 
ü redes estáveis e grande flexibilidade de crescimento. 
ü os pacotes são entregues no ponto de destino na mesma ordem em que foram 
transmitidos. 
· A principal deste tipo comutação de pacotes : 
ü baixa velocidade, particularmente quando o circuito virtual é empregado para 
tráfego de voz, dados e imagem. 
 
CCCOOOMMMUUUTTTAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE CCCEEELLLUUULLLAAA SSS 
 
 
Desenvolvida para 
Redes Digitais de Serviços 
Integrados Banda Larga, é uma 
técnica orientada à conexão. 
 
 
São suas características : 
· A comutação de células constitui-se numa evolução da técnica de comutação de 
pacotes, suportando voz, dados e imagem em tempo real em alta velocidade e 
operando com células de tamanho fixo. 
 
 
 
9
 II – COMUNICAÇÃO DE DADOS 
 
II.1 REPRESENTAÇÃO DOS DADOS 
 
Nos computadores, a representação dos dados é feita utilizando-se símbolos denominados 
CARACTERES representados por um código, havendo uma correspondência biunívoca com o 
BYTE. Um BYTE é definido como sendo um conjunto de bits, sendo dependente do código 
utilizado. Se EBCDIC, 8 bits, se ASCII, 7 bits, normalmente. Um BIT é definido como a menor 
unidade de informação, sendo representado por 0 e 1. Os códigos de maior importância em P&D 
são EBCDIC e ASCII. 
 
II.2 TIPOS DE SINAL (DIGITAL E ANALÓGICO) 
 
Sinal Analógico 
 
 
Sinal Digital 
 
 
 
 
 
II.3 PROCESSAMENTO DE DADOS (P&D) 
 
 
 
II.4 TELEPROCESSAMENTO 
 
É definido como a troca de informações em sistemas de computação utilizando as 
facilidades de telecomunicações. É o processamento executado remotamente, implementado por 
hardware e software voltados para comunicação e por todo um conjunto de regras que disciplinam 
esta relação. Este conjunto de regras, por sua vez, está relacionado diretamente ao conceito de 
protocolo. 
 
II.5 MODALIDADES DE PROCESSAMENTO 
 
PPPRRROOOCCCEEESSSSSSAAA MMMEEENNNTTTOOO BBBAAA TTTCCCHHH 
 
É um tipo de processamento no qual as transações não são processadas de imediato, mas 
guardadasem lotes por um determinado período de tempo, para então serem processadas de uma 
vez. Um exemplo típico refere-se ao sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), no qual as 
pessoas preenchem um formulário relativo a cadastro, que é organizado em lote, sendo os lotes 
processados numa época pré-determinada, normalmente no final do mês. Os dados são transcritos 
para um cadastro em meio magnético, que normalmente gera relatórios e o próprio Título de Eleitor. 
 
PPPRRROOOCCCEEESSSSSSAAA MMMEEENNNTTTOOO “““OOONNN LLLIIINNNEEE””” 
 
É um tipo de processamento no qual os dados são coletados na estação terminal remota 
sendo enviados por conexão direta ao computador central e vice-versa. Por exemplo, o Sistema de 
Reserva de Passagens Aéreas. 
 
PPPRRROOOCCCEEESSSSSSAAA MMMEEENNNTTTOOO “““RRREEEAAA LLL TTTIIIMMMEEE””” 
 
É um tipo de processamento no qual as respostas às entradas são bastante rápidas para 
controlar o processo e/ou influir na ação subseqüente. Por exemplo, num desvio de rota de um 
míssil, a informação é enviada ao computador que, de imediato, gera um comando que resulta em 
uma ação para corrigir a trajetória deste míssil. Diz-se que “Uma aplicação em TEMPO REAL é 
sempre ON-LINE mas o inverso nem sempre é verdadeiro”. 
 
 
10 
 
II.6 REDE DE TRANSMISSÃO DE DADOS 
 
Uma Rede de Transmissão de Dados, também conhecida com Sistema de Comunicação de 
Dados, é constituído de HARDWARE, SOFTWARE (sistema operacional, protocolo e aplicativos) e 
uma ESTRUTURA DE COMUNICAÇÃO que dá suporte à transmissão. 
 
 
 
II.7 TIPOS DE TRANSMISSÃO 
 
TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO AAA SSSSSSÍÍÍNNNCCCRRROOONNNAAA XXX TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO SSSÍÍÍNNNCCCRRROOONNNAAA 
 
Na transmissão ASSÍNCRONA, para cada caractere a ser transmitido, utiliza-se um 
elemento de sinalização para indicar início do caractere (START) e um outro para indicar o término 
do caractere (STOP). O START (bit de partida) corresponde a uma interrupção do sinal na linha e o 
STOP (bit de parada), à condição de marca ou repouso, isto é, à existência do sinal na linha 
(normalmente o STOP corresponde a 1,4 ou 2,0 vezes o tempo de START), conforme ilustrado a 
seguir. 
 
 
 
Cada caractere, independente do código adotado, recebe bits adicionais, que indicarão o 
início e o fim dos mesmos. Pelo bit START, o receptor será avisado da transmissão de um caractere 
com antecedência suficiente para que possa, através de se próprio clock, sincronizar seus circuitos 
elétricos para ler cada bit no momento adequado. 
 
O termo “ASSINCRONO” é utilizado como referência à irregularidade dos instantes de 
ocorrência dos caracteres, isto é, o tempo decorrido entre dois caracteres (TEMPO DE REPOUSO) 
que pode ser variado pelo equipamento transmissor sem que o equipamento receptor tome 
conhecimento. O ritmo de transmissão assíncrono, apesar da emissão dos caracteres ser irregular, 
possui um sincronismo ao nível dos bits que compõem o caractere (obtido pela identificação do 
START), pois o equipamento receptor deve necessariamente conhecer os instantes que separam os 
bits dentro do caractere. A transmissão ASSÍNCRONA é caracterizada pela possibilidade de ser 
iniciada a qualquer tempo, sem limitação de tamanho de mensagem. Devido a possíveis erros de 
sincronismo, a transmissão assíncrona é normalmente utilizada em transmissões de dados com 
baixas taxas de sinalização binária. Os equipamentos assíncronos têm, normalmente, um custo bem 
menor que os equipamentos síncronos por serem de fabricação mais simples. A grande 
desvantagem da transmissão assíncrona é a má utilização do canal, já que os caracteres são 
transmitidos irregularmente espaçados no tempo, além do alto overhead (bits de controle adicionais 
à informação), ocasionando uma baixa eficiência na transmissão. Exemplificando, no caso do 
código EBCDIC (8 bits), acrescentando-se um bit de START e um de STOP (com duração de pulso 
igual a 2 vezes o tamanho do START), teremos um total de 11 bits, ou seja 27% do total transmitido 
não é informação útil. 
 
 
 
11 
 
 
A transmissão SÍNCRONA é caracterizada pela possibilidade de transmitir um bloco inteiro 
com a dição de controles apenas no começo e fim do bloco. Por exemplo, os caracteres de controle 
do protocolo BSC (STX – “Start of TeXt”, ETX – “End of TeXt”). O bloco terá aproximadamente a 
seguinte configuração: 
 
 
 
TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO SSSEEERRRIIIAAA LLL XXX TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO PPPAAA RRRAAA LLLEEELLLAAA 
 
 
 
SERIAL - Transmissão 
de um bit por vez na unidade 
de tempo. Há necessidade de 
apenas 1 via. 
 
 
 
PARALELA - envio 
simultâneo de um conjunto de 
bits. Há necessidade de tantas 
vias quantos forem os bits 
utilizados. 
 
 
TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO SSSIIIMMMPPPLLLEEEXXX XXX TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO HHHAAA LLLFFF---DDDUUUPPPLLLEEEXXX XXX TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO FFFUUULLLLLL---DDDUUUPPPLLLEEEXXX 
 
 
 
II.8 MODULAÇÃO - MODEM 
 
É um processo pelo qual uma ou mais características de uma onda denominada 
PORTADORA, são modificadas segundo um SINAL MODULANTE, que se caracteriza por ser a 
 
 
12 
informação que se deseja transportar através do meio de comunicação. No caso da transmissão de 
dados, é o sinal digital binário. 
 
A representação gráfica da sinalização é mostrada a seguir. 
 
 
 
Parâmetros como comprimento do cabo, interferência eletromagnética e perdas inerentes ao 
meio provocam distorções no sinal digital. A solução aponta para o emprego da modulação. 
 
 
 
 
 
A modulação 
pode ser feita 
variando amplitude, 
freqüência ou fase da 
ONDA 
PORTADORA. Os 
principais tipos de 
modulação utilizados 
em comunicação de 
dados são: FSK, 
PSK, DPSK e QAM. 
 
A modulação FSK (“Frequency Shift Keying”) consiste em se alterar a freqüência da 
PORTADORA de acordo com a informação a ser transmitida. Quando se envia do bit “1” , transmite-
se a própria PORTADORA sem alterar sua freqüência, enquanto que para o bit “0”, a freqüência da 
portadora é alterada para uma freqüência mais alta. Na falta de dados para transmitir, o modem fica 
emitindo na linha a própria portadora. A modulação FSK é utilizada nas transmissões assíncronas 
de baixa velocidade. A principal vantagem da modulação FSK está relacionada à simplicidade dos 
modems; a principal desvantagem é a necessidade de uma relação sinal/ruído S/R muito elevada. 
 
A modulação PSK (“Phase Shift Keying”) consiste em se variar a fase da PORTADORA de 
acordo com a informação a ser transmitida. Às transmissões dos bits “0” e “1” corresponderão 
respectivamente as fases “0” e “180°” da PORTADORA. 
 
A modulação DPSK (“Differential Phase Shift Keying”) representa uma variante da ”PSK”, 
onde a cada bit não se associa a fase da PORTADORA, mas, sim, uma mudança ou não desta 
mesma fase. Assim, para cada bit “0” corresponderá uma inversão de “180°” na fase da 
PORTADORA e, ao bit “1”, não se altera a fase. A modulação “DPSK” tornou-se padrão (CCITT) 
para as transmissões síncronas. 
 
TTTÉÉÉCCCNNNIIICCCAAA SSS MMMUUULLLTTTIIINNNÍÍÍVVV EEELLL 
 
Nas técnicas vistas até o momento, verificamos que, para cada bit “0” ou “1” que se deseja 
transmitir, a PORTADORA sofre uma mudança em uma de suas características, ou seja, ocorrendo 
um novo "status" na PORTADORA provocado por um bit (0 ou 1). Estas técnicas são denominadas 
MONOBIT. 
 
Uma outra técnica, conhecida por DIBIT, consiste em imprimir à onda PORTADORA a 
informação de 2 bits no mesmo intervalo de tempo. Em conseqüência, para cada variação da 
PORTADORA, transmitem-se dois bits. 
 
 
13 
 
Uma terceira técnica, denominada TRIBIT, ocorre uma mudança no ângulo da portadorapara cada três bits que se deseja transmitir. 
 
Uma quarta técnica, conhecida por modulação QAM (“Quadrature Amplitude 
Modulation ”), representa um tipo otimizado de modulação, na qual ocorre a alteração simultânea 
de duas características da portadora: sua amplitude e sua fase. Desta forma, obtêm-se grande 
rendimento e grande performance nas altas velocidades. 
 
PPPAAA DDDRRROOONNNIIIZZZAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO CCCCCCIIITTTTTT 
 
Os modems analógicos são padronizados pelo CCITT (ITU-T) visando compatibilizar a nível 
internacional os diversos modelos de modems fabricados por diferentes empresas. 
 
As modalidades DIBIT e TRIBIT foram padronizadas pelo CCITT para serem utilizadas em 
modulação por fase, assim, encontramos DPSK-4 e DPSK-8, respectivamente. 
 
O CCITT define o termo TAXA DE SINALIZAÇÃO DE DADOS relativo à velocidade de 
operação do Equipamento Terminal de Dados (ETD), medida em bps (bits por segundo), isto é, a 
velocidade de geração e recepção dos bits no ETD. Um outro termo, TAXA DE SINALIZAÇÃO DE 
LINHA, refere-se ao número de vezes que a linha de comunicação é sinalizada, medida em BAUDS. 
Quando um bit (0 ou 1) provoca uma alteração na PORTADORA, tem-se uma correspondência 
única entre bps e bauds (técnica MONOBIT). Assim, caso se queira determinar a velocidade de 
sinalização de linha, em BAUDS, basta conhecer a velocidade do ETD , em bps, e a técnica 
multinível utilizada, usa-se a tabela mostrada a seguir. 
 
Técnica Multinív el Velocidade de Sinalização de Linha (BAUDS) 
MONOBIT bps 
DIBIT bps/2 
TRIBIT bps/3 
TETRABIT / QAM bps/4 
 
Desta forma, um circuito operando a 57600 bps, utilizando a técnica TETRABIT / Modulação 
QAM, possui uma velocidade de sinalização de linha (entre modems) de 14.400 bauds. 
 
MMMOOODDDEEEMMMSSS AAA NNNAAA LLLÓÓÓGGGIIICCCOOOSSS 
 
 
 
MMMOOODDDEEEMMMSSS DDDIIIGGGIIITTTAAA IIISSS 
 
São equipamentos que se destinam a tratar o sinal "digital" de tal forma que possa ser 
transmitido ao longo de um "meio". A diferença fundamental em relação aos modems analógicos é 
que os digitais geram outro tipo de sinal digital de características diferentes do sinal original, não 
executando uma "modulação", mas sim uma "codificação". São normalmente conhecidos como 
modems de banda base. 
 
 
 
 
14 
Obs: MODEMs DIGITAIS RECEBEM COMO SUPORTE APENAS LINHAS FÍSICAS, 
ENQUANTO OS ANALÓGICOS ACEITAM TRAFEGAR EM SUPORTES DIVERSOS - 
LINHAS FÍSICAS, CANAIS MULTIPLEX. 
 
NNNOOORRRMMMAAA LLLIIIZZZAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO DDDEEE MMMOOODDDEEEMMMSSS PPPEEELLLOOO CCCCCCIIITTTTTT 
 
Dois fatores são básicos : a taxa de transmissão de informação (em bps) e o suporte de 
transmissão. Para transmissão assíncrona, velocidades típicas de 600, 1200, 2400, 4800, 9600, 
14.400, 28.800, 33.600, 57600, 115200 bps. Para transmissão síncrona, todas as velocidades 
anteriores mais 64, 128, 256, 512 kbps e superiores. 
 
Com a finalidade de normatizar as facilidades de comunicação em todo o mundo, foram 
criados alguns órgãos para desenvolvimento de padrões comuns aos serviços de telefonia 
internacional, dentre os quais o CCITT (Comité Consultatif International Telegraphique et 
Telephonique). O CCITT, uma das instituições mais atuantes neste segmento, é responsável pelas 
recomendações das séries V que são adotadas pela maioria dos fabricantes de modems. A 
seguir estão relacionadas de forma resumida estas recomendações que constam no “Yellow 
Book” do CCITT. 
 
V.11 Características elétricas para circuitos balanceados “double-current” para uso geral 
com equipamentos no campo da comunicação de dados 
V.21 Padrão para modems duplex com taxas de transmissão de 300 bps para uso geral 
em redes telefônicas comutadas 
V.22 Padrão para modems com taxas de transmissão de 1200 bps para uso geral em redes 
telefônicas comutadas ou privadas 
V.22 
bis 
Padrão para modems com taxas de transmissão de 2400 bps para uso geral em redes 
telefônicas comutadas 
V.24 Lista de definições para circuitos de comunicação de dados entre DTEs e DCEs 
V.32 Padrão para uso geral em modems duplex em circuitos telefônicos comutados em 
taxas de 14400 bps 
V.34 Padrão para uso geral em modems duplex em circuitos telefônicos comutados em 
taxas de 28800 bps 
V.42 Padrão que introduz a compressão de dados 
V.90 Padrão para modems duplex em circuitos telefônicos comutados em taxas de 56kbps 
 
ÓÓÓRRRGGGÃÃÃ OOOSSS DDDEEE PPPAAA DDDRRROOONNNIIIZZZAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO NNNOOO AAA MMMBBBIIIEEENNNTTTEEE DDDEEE RRREEEDDDEEESSS 
 
No universo das telecomunicações e das redes de computadores existe uma gama variada 
de empresas, fabricantes e de profissionais que atuam na área. Se não houvesse padronização, 
este "mundo" se tornaria um perfeito "caos". Assim, a existência de padrões tornou possível a 
comunicação de diferentes tecnologias de rede, aumentando de forma significativa a quantidade no 
mercado de produtos aderentes a padrões. 
 
Os padrões se enquadram em duas categorias: "de facto" e "de jure". Os padrões "de facto" 
estão aqueles que se ajustaram naturalmente, sem qualquer planejamento formal. É um exemplo 
clássico o sistema operacional UNIX. Por outro lado, os padrões "de jure", são adotados 
formalmente, normalmente por órgãos criados para este fim, ligados ao governo ou mesmo da 
iniciativa privada. 
 
Um dos órgãos mais importantes é a UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES 
(ITU - "International Telecommunication Union") , que em 1947 tornou-se uma agência das 
Nações Unidas. O ITU atua em três áreas: 
 
· ITU-R ( "Radiocommunications") : preocupa-se com a alocação das freqüências de 
rádio, em âmbito mundial; 
· ITU-T ( "Telecommunications Standardization") : preocupa-se com os sistemas de 
telefonia e comunicação de dados. Cabe ressaltar que, entre 1956 a 1993, o ITU-T foi 
conhecido como CCITT ("Comité Consultatif International Télégrafique et 
Télëphonique"); 
· ITU-D ( "Development") 
 
 
15 
 
Os padrões internacionais são gerados pela ISO ("International Standards 
Organization") , uma organização de cunho não governamental, criada em 1946. Seus membros 
são organizações de padronização de deversos países, com destaque para a ANSI, nos Estados 
Unidos, a AFNOR na França e DIN na Alemanha. 
 
Outro grande no mundo das padronizações é o IEEE ("Institute of Electrical and 
Electronics Engineers"), que como o próprio nome diz, atua no desenvolvimento de padrões na 
área da engenharia elétrica e computação. 
 
O mundo da Internet possui seus próprios mecanismos de padronização. Quando a 
ARPANET foi implantada, o Departamento de Defesa norte-americano (DoD) criou um comitê, o 
qual em 1983 passou a ser denominado IAB ("Internet Activities Board" - mais tarde "Internet 
Architecture Board") . Em 1989, com o crescimento já exponencial da Internet, o IAB foi dividido 
em denominado IRTF ("Internet Research Task Force" e denominado IETF ("Internet 
Engineering Task Force) . 
 
MMMOOODDDEEEMMMSSS IIINNNTTTEEELLLIIIGGGEEENNNTTTEEESSS /// CCCOOOMMM AAA NNNDDDOOOSSS HHHAAA YYYEEESSS 
 
O termo MODEM INTELIGENTE é atribuído ao conjunto de comando executados pelos 
modems para desempenhar funções específicas. Assim, um programa rodando em um PC, por 
exemplo, pode emitir comandos para serem executados pelo modem. Os produtos mais populares 
nesta linha são da Hayes Microcomputer Products, cujos comandos são iniciados com a 
transmissão de um Attention Code (AT) para o modem, seguido por comando ou conjunto de 
comandos. Exemplificando : 
 
 
 
COMANDOS DESCRIÇÃO 
A Answer call 
D Dial a telephone number 
H Hang up telephone (on hook) or pick up telephone (off hook) 
P Pulse Dial 
T Touch-tone Dial 
Z Reset the modem 
 
II.9 INTERFACE DE COMUNICAÇÃODE DADOS 
 
 
Enlace par a transmissão de dados 
 
 
 
 
 
16 
Onde DTE e DCE correspondem respectivamente a ETD (EQUIPAMENTO TERMINAL DE 
DADOS) e ECD (EQUIPAMENTO DE COMUNICAÇÃO DE DADOS, normalmente um modem). 
 
IIINNNTTTEEERRRFFFAAA CCCEEE NNNOOORRRMMMAAA LLLIIIZZZAAA DDDAAA VVV ...222444 
 
 
 
IIINNNTTTEEERRRFFFAAA CCCEEE VVV ...333555 ––– IIINNNTTTEEERRRFFFAAA CCCEEE SSSEEERRRIIIAAA LLL MMMAAA IIISSS RRRÁÁÁ PPPIIIDDDAAA 
 
V.35 é o padrão do ITU (antigo CCITT) descrito como “Transmissão de Dados a 48 kbps 
usando circuitos de banda de grupo de 60 --- 108 kHz. Basicamente, o V.35 é uma interface serial 
de alta velocidade projetada para suportar tanto altas taxas de dados como conectividade entre DTE 
em linhas digitais. 
 
Reconhecido pelo seu conector de 34 pinos, o V.35 combina a faixa de passagem de vários 
circuitos telefônicos para proporcionar alta velocidade na interface entre um DTE e um DCE e um 
CSU/DSU (Unidade de Serviço de Canal / Unidade de Serviço de Dados). 
 
Apesar de ser comumente usada para suportar velocidades variando entre 48 a 64 kbps, 
taxas muito mais altas são possíveis. Por exemplo, a distância máxima do cabo V.35 pode 
teoricamente chegar a 1200 m em velocidades de até 100 Mbps. A distância de fato vai depender do 
seu equipamento e do cabo. 
 
Para atingir tais velocidades a grandes distâncias, o V.35 combina seinais de tensão 
balanceados e não balanceados na mesma interface. 
 
II.10 LIGAÇÃO DEDICADA X LIGAÇ ÃO COMUTADA 
 
Na comunicação de dados um fluxo de dados pode ser estabelecido em um circuito o qual é 
configurado por meio de uma ligação permanente ou temporária entre dois ou mais ETD. 
 
CCCIIIRRRCCCUUUIIITTTOOO DDDEEEDDDIIICCCAAA DDDOOO 
 
É caracterizado por um circuito que interliga dois ou mais ETDs (permanentes ou 
temporários), pré-determinados e de modo fixo, sendo dispensável qualquer comando de 
estabelecimento do circuito. De acordo com o número de ETDs conectados no mesmo circuito, o 
circuito dedicado pode ser: 
· ponto-a-ponto : circuito dedicado que interliga dois pontos 
· Multiponto : circuito dedicado que interliga mais de dois pontos 
 
Geralmente, apresentam os seguintes atributos: 
· tempo de conexão ou de estabelecimento de ligação, nulo 
· qualidade de transmissão conhecida e razoavelmente constante 
 
 
17 
· eficiência de transmissão depende da qualidade de transmissão e do protocolo 
adotado 
· transparência a códigos e protocolos 
· tarifas fixas, dependentes da distância, independentes da utilização 
· retardo de transmissão dependente dos meios de comunicação 
 
CCCIIIRRRCCCUUUIIITTTOOO CCCOOOMMMUUUTTTAAA DDDOOO 
 
É caracterizado por um circuito que interliga um assinante a outro, à sua escolha, enquanto 
dura uma chamada,. Este circuito é estabelecido: 
· entre dois ETDs, por iniciativa de um deles; 
· o ETD chamador comanda o início de uma ligação com um outro ETD; 
· o ETD chamado é escolhido pelo ETD chamador; a ligação é temporária, enquanto 
dura a troca de dados; 
· a ligação é desfeita por iniciativa de qualquer um dos dois ETDs. 
 
Geralmente, apresentam os seguintes atributos: 
· tempo de conexão não é desprezível (segundos) 
· qualidade de transmissão pode variar de uma ligação para outra 
· eficiência de transmissão depende do protocolo 
· retardo de transmissão dependente do meio de transmissão e do protocolo 
· tarifas dependem da distância e da utilização (duração e quantidade de chamadas, 
volume transmitido) 
· podem ser estabelecidos utilizando-se redes comutadas 
· uma rede comutada compõe-se de centrais de comutação e meios de comunicação 
Exemplo de rede comutada: REDE PÚBLICA DE TELEFONIA. 
 
II.11 D ECIBEL – GANHO OU ATENUAÇÃO 
 
Em Telecomunicações, utilizam-se escalas logarítmicas para medir relações entre potências 
de sinais elétricos como conseqüência das grandes variações existentes entre os sinais elétricos. 
Exemplificando, uma variação de 1 para 10.000 corresponde em logaritmos decimais a 0 para 4. 
Um circuito elétrico pode apresentar uma ATENUAÇÃO ou GANHO no sinal. A ATENUAÇÃO 
significa que a potência do sinal de saída é menor que a do sinal de entrada, e GANHO que a 
potência do sinal de saída é maior que a do sinal de entrada. 
 
DDDBBB (((DDDEEECCCIIIBBBEEELLL ))) 
 
 
 
( 1 ) Ambas as potências (entrada e saída) devem estar na mesma unidade. 
( 2 ) “dB” exprime a comparação entre duas potências (valor relativo), não significando 
valor absoluto 
Obs
: 
( 3 ) Cada aumento de 3dB equivale a aumentar 2 vezes a potência, isto é, 
10 log (2P/P) = 3 dB 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
DDDBBBMMM 
 
Expressa a amplificação (ganho ou 
atenuação) de um sinal em relação à potência de 
1mW, isto é, indica quantos decibéis o sinal está 
acima ou abaixo de 1 mW. Assim, o dBm é um valor 
absoluto de potência. 
 
II.12 MULTIPLEXAÇÃO 
 
É uma técnica que permite combinar logicamente diversas interfaces digitais de baixa 
velocidade (portas secundárias) em uma interface digital de alta velocidade (porta principal). Para 
realizar esta função utiliza os chamados multiplexadores , apresentando a característica de manter 
o tráfego simultâneo (dedicado por porta secundária) dispensando procedimentos de 
endereçamento, chamada e seleção, considerando que a velocidade de operação da interface de 
alta velocidade é igual à somatória das velocidades de operação das interfaces digitais de baixa 
velocidade. 
 
II.13 CONCENTRADOR/CONVERSOR 
 
São computadores programáveis que permitem o compartilhamento de uma interface 
principal por diversas interfaces digitais secundárias, operando com códigos, protocolos e 
velocidades diferentes. Como característica, a velocidade de operação na interface digital principal 
não corresponde à soma das velocidades de operação nas interfaces digitais secundárias. Uma 
aplicação típica de CONCENTRADOR é permitir o acesso de microcomputadores, geralmente 
operando com transmissão assíncrona, em sistemas que operam sincronamente, realizando a 
conversão também de códigos e velocidades. 
 
II.14 PROTOCOLOS DE COMUNICAÇÃO 
 
Um protocolo é definido como um conjunto de normas ou procedimentos necessários para 
iniciar e manter uma comunicação entre dois pontos em um sistema de comunicação. É também 
definido também como um conjunto de regras preestabelecidas, que disciplinam a comunicação de 
dados entre dois ou mais ETD’s com o intuito de garantir a troca de informações de modo ordenado 
e sem erros. No caso das redes de computadores, um protocolo é o conjunto de normas que 
permite que dois ou mais computadores se comuniquem. 
 
O protocolo consta de uma sintaxe, uma semântica e um tempo. A sintaxe de um 
protocolo define os conjuntos de bits (séries de 1 e 0) divididos em campos. A semântica define o 
significado exato dos bits dentro dos campos. O tempo define a relação entre a faixa dos bits dentro 
dos campos e as pausas entre reconhecimentos dos mesmos. 
 
O protocolo está relacionado com a disciplina de controle da linha, que pode ser assíncrona 
(START/STOP ou TTY), para baixas velocidades, ou síncrona (BSC, SDLC, ...), orientados a 
caractere ou a bit, para redes de comunicações a longa distância. Para o ambiente de redes locais 
vários outros protocolos são conhecidos, como: CSMA/CD e TOKEN PASSING. 
 
Outra característica dos protocolos, que está diretamente relacionada com a disciplina, 
decorre da forma como o protocolo é orientado, ou seja, como é feito o tratamento das suas 
funções, que pode ser a bit ou a byte. Nos protocolos orientados a byte , existe um conjunto de 
caracteres convencionados para desempenhar determinadas funções, enquanto que nos 
protocolos orientados a bit, essas funções são desempenhadas por conjuntos de bits que têm 
significado para algumas camadas da arquitetura, considerando que estas foram desenvolvidas de 
acordo com um determinado modelo e organizadas em camadas que realizam uma função bem 
definida. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOOSSS OOORRRIIIEEENNNTTTAAA DDDOOOSSS AAA BBBYYYTTTEEE /// CCCAAA RRRAAA CCCTTTEEERRR 
 
Os protocolos orientados a byte exigem uma sincronização ao nível de caractere, para 
que a estação receptora possa identificar quais os bits que formam um caractere. Esta 
 
 
19 
sincronização deve ser estabelecida no início de cada transmissão e mantida até o seu final. Caso o 
tamanho do bloco seja muito extenso, a estação transmissora deve enviar caracteres de 
sincronismo no interior do bloco, assegurando que o sincronismo de caractere não seja perdido. 
Exemplos típicos são os protocolos START-STOP e BSC. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOOSSS SSSTTTAAA RRRTTT///SSSTTTOOOPPP 
 
Comparando com os protocolos atuais são muito simples e um dos mais antigos, tendo sido 
exaustivamente utilizado em terminais de vídeo não bufferizados, terminais telex e impressoras de 
baixa velocidade. Utilizam basicamente seis caracteres especiais para o controle de linha: INÍCIO 
DE BLOCO; FIM DE BLOCO; PROCEDIMENTO DE SELEÇÃO; RESPOSTA POSITIVA, 
RESPOSTA NEGATIVA, ERRO NA LINHA; FIM DE TRANSMISSÃO e RESET. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO BBBSSSCCC 
 
Tendo sido desenvolvido originalmente pela IBM visando permitir a transmissão síncrona 
entre computador e periféricos localizados em pontos remotos, o protocolo BSC foi concebido para 
ser utilizado em ligações ponto-a-ponto ou multiponto, dedicadas ou comutadas, podendo operar 
com os códigos EBCDIC ou ASCII, no modo HALF-DUPLEX. A estrutura básica : 
 
 
 
Onde : PAD – 
 
Caracter PAD, utilizado antes da seqüência de sincronismo para 
garantir que a estação transmissora não inicie a transmissão antes 
que a estação receptora esteja em condições de receber, 
assegurando o estabelecimento do sincronismo. Este caractere é 
também utilizado para garantir que os últimos bits de um bloco (os 
caracteres BCC) sejam realmente transmitidos antes da virada do 
modem, em ligações HALF-DUPKEX. Costuma-se utilizar os 
caracteres HEX “FF” (seqüência de 1), “AA” ou “55” (seqüência de 
0 e 1 alternados). 
 SYN – caracter de sincronismo. 
 SOH – “Start of Header” – início de cabeçalho 
 STX – “Start of Text” 
 ETB – “End of Transmission Block” 
 ETX – “End of Text” 
 EOT – “End Of Transmission” 
 ACK0 / ACK1 – “Affirmative Acknowledgment” – Reconhecimento Positivo 
 NACK – “Negative Affirmative Acknowledgment” – Reconhecimento 
Negativo 
 WACK – “Wait Before Transmit Affirmative Acknowledgment” – 
Reconhecimento Positivo, Espere antes de Transmitir 
 ENQ – “Enquiry” – caractere utilizado para requisitar uma resposta da 
estação receptora ou solicitar a retransmissão da resposta a uma 
mensagem enviada, porque a primeira resposta foi truncada ou não 
foi recebida quando esperada. 
 BCC – “Caractere de Check de Bloco” – verificação, baseado no método 
polinomial CRC-16 
 
Disponível em três versões: a primeira BSC-1, ponto-a-ponto; a segunda BSC-2, para 
ligação multiponto com terminais inteligentes; a última, BSC-3, para ligação multiponto com 
terminais não-inteligentes. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOOSSS OOORRRIIIEEENNNTTTAAA DDDOOOSSS AAA BBBIIITTT 
 
Os protocolos orientados a bit não utilizam caracteres específicos e os campos de 
informação, endereço e controle são tratados em nível de bit. São diferenciados dos orientados a 
 
 
20 
byte (caractere) por serem HALF e FULL-DUPLEX, independentes dos códigos, permitem blocos de 
tamanho maior. São exemplos típicos SDLC, BDLC, HDLC e X.25. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO SSSDDDLLLCCC 
 
Desenvolvido pela IBM em 1974 para atender a arquitetura SNA (“Systems Network 
Architecture”) em transmissões HALF ou FULL-DUPLEX, este protocolo pode operar em linhas 
comutadas ou permanentes, ponto-a-ponto ou multiponto, com uma estrutura de quadros (ou 
frames), no seguinte formato: 
 
 
FLAG - byte padrão 01111110 delimita o início e o fim do quadro 
ENDEREÇO - Endereço da estação secundária que está recebendo ou enviando o 
quadro para a estação principal. 
CONTROLE - Identifica o tipo do quadro que está sendo enviado, se de informação, 
de supervisão ou não numerado. 
INFORMAÇÃO - Informação propriamente dita 
FCS - Frame Checking Sequence”- teste de redundância de 16 bits usado 
para detecção de erros, determinado usando o CRC-16, o polinômio 
x16 + x12 + x5 + 1 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO HHHDDDLLLCCC 
 
Desenvolvido pela ISO em 1979 visando a padronização de um protocolo orientado a bit 
para transmissão de dados síncrono HALF ou FULL-DUPLEX, possui uma estrutura semelhante ao 
SDLC, podendo operar em linhas comutadas ou permanentes, ponto-a-ponto ou multiponto. 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO XXX...222555 
 
O protocolo X.25 foi definido pelo CCITT como interface padrão entre DCEs para redes de 
dados comutadas chaveadas (“switched”) por pacotes, conhecida como Recomendação da Série X. 
Este fato ocorreu tendo por objetivo possibilitar aos fabricantes de computadores e equipamentos de 
transmissão de dados o desenvolvimento de hardware e software para ligação de um computador a 
qualquer rede pública do mundo, além de facilitar o trabalho de interconexão de redes. 
 
O protocolo X.25 pertence à categioria dos protocolos orientados a bit, operando de acordo 
com as três primeiras camadas do modelo OSI/ISO, definindo uma disciplina de comunicação entre 
terminais e rede pública ou privada, regularizando o estabelecimento de chamada, transmissão de 
dados, desconexão e controle do fluxo de dados. Normalmente, as redes de comutação por 
pacotes caracterizam-se por um compartilhamento eficiente dos recursos da rede entre diversos 
usuários e pela aplicação de tarifas baseadas no volume efetivo de dados transmitidos. 
 
A técnica de pacotes proporciona um elevado padrão de qualidade. A determinação do 
caminho mais adequado para transmissão de um conjunto de pacotes permite contornar situações 
adversas decorrentes de falhas no sistema ou de rotas congestionadas. 
 
A Recomendação CCITT X.25 define três níveis de interface DTE/DCE (“Data Terminal 
Equipment / Data Communication Equipment”): físico, enlace e pacote, fornecendo o uso das redes 
de pacotes para funções X.25 --- um exemplo de DTE seria um PC servidor ou “desktop”. 
 
 
 
21 
 
 
O nível FÍSICO define as características mecânicas, elétricas da interface do terminal e da 
rede. O padrão adotado é a interface serial RS-232-C, adotada internacionalmente pelo CCITT 
como V24. Para as velocidades de acesso superiores a 64 Kbps, a interface utilizada é a V35 ou 
V36 (V.11). O nível FÍSICO define o controle e o circuito físico entre o usuário DTE e DCE. As 
funções de controle incluem ativação, manutenção e desativação de um circuito físico entre o 
dispositivo de comunicação (DTE) e o circuito de comunicação (DCE). 
 
O nível ENLACE ou de QUADROS usa o “Link Access Procedure” para assegurar a 
integridade dos dados e o controle das informações que são trocadas entre o DTE e o DCE através 
do nível físico. Estas funções incluem a formatação dos dados e o primeiro nível dos procedimentos 
de recuperação. As características deste nível são baseadas no HDLC. O nível ENLACE 
estabelece o protocolo de linha usado para inicializar, verificar, controlar e encerrar a transmissão 
dos dados na ligação física entre o DTE e a rede de pacotes. Esse nível é responsável pela troca 
eficiente de dados entre terminal e rede, pelo sincronismo da conexão, detecção e correção de errosatravés de retransmissões, identificação e informação de procedimentos de erro para o nível acima 
(nível de pacotes) para a recuperação. 
 
O nível de REDE ou PACOTE define como as chamadas são estabelecidas, mantidas e 
terminadas, e como os dados bem como informações de controle são formatados ou empacotados. 
A unidade de informação no nível de PACOTE é delimitada no início e no fim. O tamanho máximo 
da unidade de informação no nível 3 pode ser limitado ou ilimitado, conforme o tipo de serviço 
oferecido. A unidade de informação com tamanho limitado é geralmente associada ao termo pacote 
de dados , característico das redes de computadores com tecnologia de pacotes, como por exemplo 
a RENPAC no Brasil originária da TRANSPAC francesa. A possibilidade de roteamento, através 
de sistemas intermediários, para uma conexão entre dois endereços em nível de rede caracteriza 
uma das funções básicas do nível de pacotes. O nível de pacotes também pode fornecer serviços 
de controle de fluxo e seqüenciamento de informações transmitidas para cada conexão da rede. Os 
protocolos do nível de pacote definem a organização dos dados de usuário e o controle das 
informações, organizando-as dentro de pacotes que fluirão através da rede. Também especificam a 
maneira pela qual chamadas dos DTEs serão estabelecidas, mantidas e desfeitas. Os protocolos 
deste nível incluem circuitos permanentes e circuitos virtuais. 
 
PPPAAA CCCOOOTTTEEE 
 
Para que uma mensagem seja transmitida via rede de pacotes, é necessário dividi-la, 
independentemente do seu tamanho original, em blocos de tamanho máximo limitado. Estes 
segmentos contendo informações que permitem o seu encaminhamento, recebem a denominação 
de PACOTES. Um PACOTE é, então, a unidade de informação tratada pela rede, contendo, além do 
campo de dados, um cabeçalho onde estão registradas todas as informações necessárias ao seu 
correto encaminhamento através da rede. 
 
OOO PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO XXX...222555 SSSEEEGGGUUUNNNDDDOOO OOO MMMOOODDDEEELLLOOO OOOSSSIII /// IIISSSOOO 
 
 
 
22 
 
 
PPPRRROOOTTTOOOCCCOOOLLLOOO FFFRRRAAA MMMEEE RRREEELLLAAA YYY 
 
Uma das formas mais fáceis de descrever FRAME RELAY é compará-lo com a tecnologia 
X.25, pois FRAME RELAY é uma técnica que visa à transferência de dados entre dois pontos, 
embora empregue uma rede de comunicação inteligente. 
 
O X.25 emprega as três primeiras camadas do modelo de referência OSI. A primeira 
camada é a camada FÍSICA e provê a conectividade física e elétrica dos dispositivos dos usuários 
da rede ou entre os nós da rede. A Segunda camada é a DATA LINK (ENLACE), responsável por 
assegurar a integridade dos dados que fluem através da camada física. Por último, a camada de 
REDE, algumas vezes referenciada como PACOTE, encarregada de fazer com que os dados dos 
usuários a cheguem em seu destino de forma correta e ordenada. 
 
No esquema X.25, os dados que chegam na rede são examinados, na ordem, para que seja 
reconhecido o seu destino e, assim, possam ser roteados de acordo com este endereço. Com a 
técnica de PACOTE, isto é normalmente feito pacote a pacote, ou frame a frame. Já para 
tecnologias em modo de circuito, isto é feito com base em chamadas. Em ambientes X.25 os dados 
recebidos de um dispositivo, como um terminal, são armazenados para processamento ou uma 
possível retransmissão. Um envelope é adicionado em torno dos dados do usuário, constituindo o 
PACOTE. As informações são usadas pelo nó de destino para checar se os dados chegaram sem 
erros, ou pedir retransmissão quando houver erros no pacote. Baseada nas informações do 
envelope, a rede determina para onde se destinam os dados que estão sendo transmitidos. Neste 
ponto um frame envelope é colocado em tono do envelope-pacote, sendo que este novo envelope é 
responsável por assegurar a integridade dos dados que serão transportados sobre uma linha física. 
O dado é enviado via camada FÍSICA, sobre um meio apropriado de transmissão como uma linha 
telefônica comum, uma linha de fibra ótica ou um canal de satélite. Quando o dado chega no 
próximo nó, mais uma vez será armazenado, e então será verificado se existe algum erro. Se algum 
erro for encontrado, é solicitada a retransmissão para o nó que o transmitiu a partir da parte com 
erro. Se nenhum erro for encontrado, a rede analisa o frame para determinar se os dados foram 
destinados para o nó que recebeu este frame ou se o frame terá de ser novamente roteado para 
outro nó. Este processo continua até que o nó de destino receba o envelope com o conteúdo dos 
dados enviados pelo nó de origem de forma totalmente íntegra. 
 
Em oposição ao X.25, o FRAME RELAY emprega somente dois dos três níveis que 
compõem o X.25. Com a tecnologia FRAME RELAY, UM NÓ FINAL INTELIGENTE, COMO UMA 
Rede Local, envia dados através do canal X.25 adicionando um envelope Q.992A no frame. 
Alternadamente, o nó inteligente pode enviar dados para a rede já encapsulado no frame. Para 
ambos os casos, o frame contém informações de roteamento não especificado no segundo nível do 
X.25, eliminando, também, a necessidade da rede examinar o terceiro nível. Comparado com X.25, 
FRAME RELAY executa algumas funções adicionais na Segunda camada do modelo de rede, 
embora não englobe serviços da terceira camada, como a correção de erros. Como as extremidades 
são inteligentes, e nestas correm um protocolo ponto-a-ponto, além de geralmente empregar 
circuitos de melhor qualidade, a ocorrência de erros é bem menor. Mas com FRAME RELAY o que 
 
 
23 
realmente ocorre é que a rede pode detectar frames com erros, e o procedimento é descartá-los. 
Como os nós empregam um protocolo ponto-a-ponto, este é responsável por detectar e recuperar 
frames perdidos. Por possuir um processo de recuperação de falhas na rede, os nós finais ganham 
enorme eficiência. 
 
II.15 MEIOS DE TRANSMISSÃO 
 
 
 
O meio de transmissão é o meio empregado para oferecer suporte ao fluxo de dados entre 
dois pontos. O termo linha é freqüentemente usado no jargão do teleprocessamento, e pode 
designar um par de fios, um cabo coaxial, um cabo de fibra ótica, canal de satélite. Os meios de 
transmissão permitem que os computadores enviem e recebam mensagens, mas não garantem que 
as mensagens sejam entendidas. Essa função é deixada para os protocolos de camada superior. 
 
 
CCCAAA RRRAAA CCCTTTEEERRRÍÍÍSSSTTTIIICCCAAA SSS DDDOOOSSS MMMEEEIIIOOOSSS DDDEEE TTTRRRAAA NNNSSSMMMIIISSSSSSÃÃÃ OOO 
 
Cada meio de transmissão possui características próprias que o tornam adequado para tipos 
específicos de serviço: 
· Custo 
· Requisitos de instalação 
· Largura de banda : Refere-se à medida da capacidade de um meio para transmitir 
dados. As taxas de transmissão freqüentemente são estabelecidas em termos da 
quantidade de bits que podem ser transmitidos por segundo. Uma rede local Ethernet 
teoricamente pode transmitir 10 milhões de bits por segundo (bps) e tem uma largura 
de banda de 10 megabits por segundo (Mbps). A largura de banda que um cabo 
pode acomodar é determinada em parte pelo comprimento do cabo. Um cabo curto 
geralmente pode acomodar uma largura de banda maior do que um cabo mais longo 
e essa é a razão pela qual todos os projetos de cabos especificam comprimentos 
máximos. Além desses limites, os sinais de mais alta freqüência podem deteriorar-se 
e os erros começam a ocorrer nos sinais de dados. 
· Uso da banda (BANDA -BASE ou BANDA -LARGA) : Existem duas maneiras de 
alocar a capacidade de transmissão do meio. 
ü BANDA BASE : toda a capacidade do meio é dedicada a um canal de 
comunicação. A maioria das redes locais funciona no modo de BANDA-BASE. O 
método de transmissão de BANDA BASE define que somente um sinal digital 
pode viajar pela mídia e que sua velocidade não pode ser superior a 100 Mbps.A informação é posta na mídia sem nenhum tipo de modulação e cada sinal 
transmitido utiliza a largura da banda total da mídia. O cabo UTP, de par 
trançado, a fibra ótica e o cabo coaxial para BANDA BASE são os mais comuns 
para esse tipo de transmissão. 
ü BANDA LARGA : Dois ou mais canais de comunicações compartilham a largura 
de banda do meio de comunicação. O método de transmissão de BANDA 
LARGA permite que vários sinais possam viajar ao mesmo tempo pela mídia. 
Como exemplo, um cabo coaxial CATV com uma largura de banda de 500 MHz 
pode levar 80 canais de televisão de 6 MHz de largura de banda cada. Essas 
transmissões requerem uma largura de banda maior, ou uma faixa de 
freqüências, para poder permitir várias freqüências no mesmo cabo. A 
informação é modulada antes de ser transmitida. O sistema de televisão a cabo é 
o melhor exemplo de que vários canais podem ser vistos, mesmo viajando 
 
 
24 
através de um único cabo. Os cabos de fibra ótica e o coaxial para BANDA 
LARGA são os mais comuns para esse tipo de transmissão. 
· Atenuação : é uma medida de quanto um meio de transmissão enfraquece um sinal, 
sempre especificam a freqüência usada para fazer a medida porque a atenuação 
varia com a freqüência. Como uma regra, quanto maior a freqüência, maior a 
atenuação. Constitui-se em um dos principais fatores que limitam os comprimentos 
dos cabos que podem ser usados nas redes. 
· Interferência eletromagnética (EMI) : é um ruído elétrico de fundo que distorce um 
sinal carregado por um meio de transmissão. É uma grandeza que dificulta a escuta 
da estação em um meio para detectar sinais de dados válidos. Alguns meios de redes 
são mais sensíveis à essa INTERFERÊNCIA que outros. O cabo de fibra ótica é 
imune a todas as formas de EMI. A LINHA CRUZADA ("CROSSTALK") é um tipo 
especial de EMI causado por fios próximos entre si que carregam dados e "vazam" 
alguns de seus sinais de dados como EMI. A LINHA CRUZADA é de particular 
preocupação em redes de alta velocidade que usam cabos de cobre porque existem, 
tipicamente, muitos cabos individuais muito próximos entre si. 
 
IIIMMMPPPEEEDDDÂÂÂ NNNCCCIIIAAA EEE RRREEETTTAAA RRRDDDOOO DDDEEE PPPRRROOOPPPAAA GGGAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO 
 
Cabos diferentes possuem características diferentes. As duas características importantes 
para a Ethernet são a impedância e retardo de p ropagação. 
 
O retardo de propagação está associado à quantidade de tempo que um sinal leva para 
viajar através de um meio. O retardo de propagação do cabo RG58 é tipicamente de 0,66 vezes a 
velocidade da luz, ou seja, aproximadamente 299.792.458 metros por segundo. O tempo que um 
REPETIDOR leva para regenerar o sinal também deve ser considerado. As características de 
propagação e repetição de diferentes esquemas de cabeamento Ethernet trazem alterações nas 
regras baseadas no tipo de cabeamento usado. 
 
PPPAAA RRR TTTRRRAAA NNNÇÇÇAAA DDDOOO (((“““TTTWWW IIISSSTTTEEEDDD---PPPAAA IIIRRR”””))) 
 
 
Utilizado em redes com configuração híbrida 
ESTRELA/BARRAMENTO, com topologia semelhante ao 
cabeamento telefônico. Este tipo de rede utiliza cabos de 
par trançado, tipo telefônico, padrão 24AWG e conectores 
modulares tipo RJ-45. 
 
Dois fios são arranjados em forma espiral de maneira que possam reduzir a indução de 
ruídos e manter as propriedades elétricas constantes, em toda a sua extensão. O trançado reduz a 
sensibilidade do cabo em relação à interferência eletromagnética e também reduz a tendência do 
cabo de irradiar o ruído de freqüência de rádio que interfere com cabos próximos e componentes 
eletrônicos. Isso acontece porque os sinais irradiados dos fios trançados tendem a se cancelar uns 
aos outros. A qualidade da rede baseada em par trançado depende da qualidade dos condutores 
empregados, das influências externas e da distância. Foi adotado como um dos padrões para redes 
locais, conhecido como 10 BASE T (UTP - Unshilded Twisted Pair), possuindo as seguintes 
características: 
· topologia ESTRELA (fisicamente) 
· tipo de cabo : PAR TRANÇADO 24 AWG 
· permite ligações entre estações ou entre HUB e ESTAÇÕES até distâncias de 100 
metros 
· velocidade teórica de 10 Mbps ("ETHERNET") e aproximadamente 3 Mbps na prática 
· conector padrão RJ-45 
· uso de "HUB" (ETHERNET), como QUADRO CENTRAL DE FIAÇÃO (8, 12, 16, 
24, 32 portas) 
 
“““CCCAAA BBBLLLIIINNNGGG””” 
 
É a infra-estrutura de colocação dos cabos, a escolha adequada para cada ambiente e a 
metodologia de instalação e identificação ou o sistema pelo qual se gera uma estrutura física que 
suportará a rede. Representa o ponto do sistema de comunicação responsável pelo maior 
 
 
25 
percentual de falhas (40%). Em vista disso, deve ser executado de modo a facilitar a localização e a 
solução de defeitos. Além da qualidade dos cabos escolhidos, devem ser criteriosamente definidos 
os armários ou bastidores de distribuição, as tomadas de comunicação para as estações, canaletas, 
conectores, identificação de cabos, painéis, e tudo o mais. 
 
OOO QQQUUUEEE SSSEEE DDDEEEVVV EEE CCCOOONNNSSSIIIDDDEEERRRAAA RRR NNNAAA EEESSSCCCOOOLLLHHHAAA DDDOOO CCCAAA BBBOOO ??? 
 
BLINDADO X NÃO BLINDADO 
 
 
Cabo blindado com revestimento PVC, 
malha de lâminas, blindagem de 
alumínio e condutores blindados 
individualmente 
 
Cabo não blindado com 
revestimento PVC 
 
O ambiente normalmente determina se o cabo deve ou não ser blindado. Ambientes 
tranqüilos de escritórios, lojas comerciais movimentadas e instalações industriais requerem níveis 
diferentes de blindagem. A blindagem é a malha protetora que envolve e protege os condutores do 
cabo contra radiação e interferência eletromagnética. Essa atividade eletromagnética (EMI) é 
normalmente conhecida como ruído. Entre as fontes de ruídos em locais de trabalho incluem-se os 
elevadores, lâmpadas fluorescentes, geradores, compressores, ar condicionado e copiadoras. Para 
proteger seus dados em um ambiente ruidoso, deve-se dar preferência para cabos blindados. A 
blindagem folheada é a mais básica, mas a malha de cobre proporciona melhor proteção. Deve-se 
usar um cabo com blindagem de lâmina em ambientes de escritórios movimentados e comércio. 
Para ambientes industriais, deve-se optar por blindagem de cobre trançado. Para ambientes de 
escritórios, deve-se optar por cabos não blindados. 
 
PPPVVV CCC XXX AAA NNNTTTIIICCCHHHAAA MMMAAA 
 
A escolha do revestimento PVC ou ANTICHAMA vai depender de onde vai se passar o 
cabo. O cabo PVC apresenta um revestimento externo de PVC (Cloreto de Polivinila). Esse tipo de 
revestimento desprende gases tóxicos quando queima. É mais comumente usado entre a estação 
de trabalho e a tomada de parede. Também pode ser usado em lances horizontais a partir do 
quadro de distribuição. Pode-se usá-lo em lances entre os andares --- proém só se o edifício 
apresentar um sistema fechado de ventilação. Para se certificar do uso correto do cabo, deve-se 
contactar a autoridade fiscalizadora local. O cabo antichama (“plenum”) é usado entre andares de 
prédios. Ele possui uma capa especial, tal como TEFLON, que não desprende fumaça tóxica 
quando queimado. O “plenum” é um espaço criado pelos componentes da estrutura do edifício 
para o movimento de ar ambiental. O teto falso não é um “plenum”. Cabos de comunicações 
usados em um plenum são normalmente designados CMP (“Plenum communications, Ref. 1987 
NEC). 
 
BITOLA DOS FIOS 
 
Quanto maior o número da bitola 
menor será o diâmetro do fio. Por exemplo, 
um fio 24 AWG é mais fino que um fio 19 
AWG. Baixo AWG significa melhor 
integridade e maiores distâncias de 
transmissão. 
 
CONDUTOR RETORCIDO 
 
X CONDUTOR SÓLIDO 
 
 
O CABO RETORCIDO deve ser usado em instalaçõesmais curtas, entre placas de rede e 
tomadas de parede, ou entre concentradores e “patch panels”, hubs e outros equipamentos 
 
 
26 
montados em rack. O cabo de fios retorcidos é muito mais flexível que o cabo de núcleo sólido. A 
atenuação é mais alta no cabo de fios retorcidos e, portanto, o comprimento total de cabo retorcido 
no seu sistema deve ser o mínimo possível para reduzir a degradação do sinal no seu sistema. O 
CABO SÓLIDO deve ser usado para instalações entre dois gabinetes de cabeamento, ou do 
gabinete de cabeamento para uma tomada de parede. Um cabo de condutor sólido não deve ser 
dobrado, curvado ou torcido repetidamente. Ele é projetado para instalações de cabos horizontais e 
de backbone. A atenuação é mais baixa que nos cabos de condutores retorcidos. 
 
CAPAS METÁLICAS 
 
X CAPAS PLÁSTICAS 
 
 
 As capas (que protegem os conectores e cobrem os pinos) podem ser metálicas ou 
plásticas. Capas de metal oferecem proteção contra insterferência eletromagnética (EMI) e 
interferência de radiofreqüência (RFI) na terminação do conector. Geralmente, deve-se escolher 
capas de metal quando se estiver usando cabo blindado e capas plásticas com cabo não 
blindado. 
 
CAPAS MOLDADAS 
 
X CAPAS REMOVÍVEIS 
 
 
Capas moldadas fornecem uma terminação lacrada e evitam quebras devidas à flexão do 
cabo. Cabos com proteções moldadas não podem ser passados por conduítes e outros locais 
estreitos. Capas removíveis (em que a parte de cima da capa pode ser removida) podem ter a a 
pinagem reconfigurada. Pode-se precisar reconfigurar a pinagem dos cabos por conduítes ou outros 
espaços estreitos por onde uma capa moldada não passaria. 
 
CCCAAA TTTEEEGGGOOORRRIIIAAA 333 
 
Este cabo cumpre as recomendações elétricas e de distância do EIA/TIA 568 e TSB36 
Comercial Building Wiring Standards para cabeamentos UTP. Deve ser usado em aplicações com 
taxas de transmissão menores ou iguais a 10Mbps. Entre as utilizações possíveis estão voz e dados 
em baixa taxa, sendo o alcance igual a 100m quando operando a 10Mbs. 
 
CCCAAA TTTEEEGGGOOORRRIIIAAA 555 
 
Atualmente o tipo de cabeamento UTP preferido é o CATEGORIA 5. Indicado para 
aplicações com taxas de transmissão até 100 Mbps. Este cabo é recomendado para redes a 
grandes distâncias e redes com altas taxas de transmissão. O alcance a 10Mbs é de 150m. 
 
O padrão Categoria 5 estabelece requisitos mínimos para cabos de comunicação dentro de 
um edifício comercial, inclusive até a tomada de comunicação entre edifícios de uma área. Ele 
suporta ambiente para múltiplos produtos e fornecedores. Categoria 5 (ou CAT5 como é muitas 
vezes conhecido) é o cabo mais usado atualmente para comunicação de dados dentro da categoria 
UTP. O CAT5 deve ser capaz de suportar voz e dados a 100 MHz em fios 22 ou 24 AWG. CAT 5 é 
tipicamente usado para redes de par trançado de alta velocidade tais como 100BaseTX, Fast 
Ethernet e ANSI X3T9.5 TP-PMD a 100 MHz (FDDI em UTP). 
 
 
 
27 
O mercado de telecomunicações está se estruturando para acomodar fabricantes de 
equipamentos e provedores de conteúdo que estão projetando novas aplicações e equipamentos 
que demandam aumentos de velocidade e níveis de ruído mais baixo no cabo. Atualmente, existem 
aperfeiçoamentos do padrão Categoria 5 sendo votados nos fóruns de padronização EIA/TIA. Os 
novos padrões de teste serão maiores que os para CAT5 e provavelmente serão chamados de 
CAT5E (CAT5 Enhanced). O CAT5E acrescenta testes de NEXT (Near End Cross Talk), FEXT 
(Far End Cross Talk) e Perda de Retorno. 
 
NNNOOOVVV OOOSSS PPPAAA DDDRRRÕÕÕEEESSS /// AAA LLLÉÉÉMMM DDDAAA CCCAAA TTTEEEGGGOOORRRIIIAAA 555 
 
Fundamental para interligação de equipamentos e redes, a tecnologia de cabeamento está, 
atualmente despertando a atenção de fabricantes e órgãos de normatização visando desenvolver 
novos padrões que possam atender à necessidade das corporações por maiores taxas de 
transmissão, tudo isso provocada pela popularização do Fast Ethernet, ATM e Gigabit Ethernet, a 
implantação de Internet/Intranet, o crescimento das LANs e acesso remoto, o avanço da tecnologia 
de compactação de dados em modems de alta velocidade e também com o PABX digital, além do 
crescimento de aplicações de videoconferência e multimídia, 
 
A experiência tem mostrado que 2% dos custos de investimento se referem aos cabos e 
conectores. Os 98% restantes se destinam aos servidores, estações, placas, hubs, switches, 
roteadores, centrais de PABX e softwares de rede e aplicativos. No que diz respeito a falhas nas 
redes, 50% dos problemas se relacionam a falhas de cabos e conectores (“downtime”), 
normalmente conseqüência de má instalação, compra de produtos de qualidade inferior, 
precariedade ou manuseio incorreto por parte do usuário. O “downtime” pode acarretar prejuízos 
elevados com o tempo inativo da rede. 
 
No Brasil, o processo de abertura do setor de telecomunicações aliado ao avanço das 
tecnologias e a preocupação com o cabeamento estruturado tem motivado o interesse de empresas 
estrangeiras em se instalarem no país. Empresas tradicionais tem enfrentado concorrência em sua 
área de atuação. Algumas tem produzido cabos de alumínio e cobre para energia e telefonia além 
dos cabos UTP categoria 5 para informática, que atendem ao método de teste e medição “POWER 
SUM” - previsto na norma EIA/TIA 568-A. 
 
Categoria 6 Classe E : está atualmente em revisão pelo EIA/TIA. O Categoria 6 tem por 
objetivo dar larguras de banda duas vezes maiores que as do limite do CAT5. 
 
Categoria 7 Classe F é baseado em especificações européias e nas especificações 
Categoria 6, projetado para chegar a larguras de banda de 750 MHz. Muito pouco trabalho tem 
sido despendido nas especificações Categoria 7 no momento. Os níveis 6 e 7, que não devem ser 
confundidos com Categorias 6 e 7, foram criações proprietárias para definir desempenhos além das 
exigências do Categoria 5 existente. Através do largo uso e exposição, Nível 6 e Nível 7 têm se 
tornado termos comuns porém nenhuma entidade padronização (tais como EIA/TIA) criou ou aceitou 
nenhum padrão conhecido como 6 ou Nível 7. 
 
PPPOOORRR QQQUUUEEE UUUSSSAAA RRR “““UUUTTTPPP””” ??? 
 
 
 
28 
 
 
PAR TRANÇADO NÃO BLINDADO é o cabo mais comumente utilizado devido a seu baixo 
custo, instalação fácil, flexibilidade para mudanças e trocas e capacidade de suportar toda a largura 
de banda das LANs. Embora originariamente projetado para voz, o cabo par trançado passou por 
vários avanços que o tornaram adequado para telefones, “workstations”, terminais e sistemas 
computacionais. De fato, a Categoria 5, o par trançado de grau mais alto, pode suportar dados a até 
100 Mbps. Uma vantagem importante do cabo de par trançado sobre o cabo de par não trançado O 
a resistência ao “crosstalk”. Os trançamentos evitam a interferência dos outros pares no cabo. Por 
isso, o UTP O recomendado ao invés do cabo não trançado de quatro fios em instalações com 
muitas linhas. 
 
EEESSSQQQUUUEEEMMMAAA DDDEEE LLLIIIGGGAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO PPPAAA RRRAAA FFFAAA CCCIIILLLIIITTTAAA RRR AAA IIINNNSSSTTTAAA LLLAAA ÇÇÇÃÃÃ OOO 
 
Cuidados necessários que devem ser tomadas na conexão: 
 
· desencapar o cabo; 
· identificar e separar os pares conforme o quadro “Código de Cores”; 
· posicionar os pares identificados no conector RJ-45 seguindo a seqüência marcada 
no diagrama; 
· para obter uma boa conectividade, utilizar ferramentas adequadas, obtendo desta 
forma uma boa fixação do condutor com o conector. 
 
 
 
 
As principais vantagens são : 
· simplicidade, 
· baixo custo, 
· flexibilidade, 
· facilidade de conexão dos nós à rede e facilidade de gerenciamento da rede 
 
 
29 
· ofereceproteção a outros computadores da rede no caso de um usuário desconectar 
um único computador 
 
As principais desvantagens são : 
· menor alcance 
· necessidade de uso de Hub como centro de fiação acarretando aumento de custo. 
 
HHHUUUBBB 
 
 
 
O HUB é um dispositivo eletrônico que estimula 
os sinais num cabo Ethernet. Funciona como um 
concentrador para o qual convergem as conexões dos 
computadores possuindo cada uma comprimento de até 
100 metros. 
 
Um HUB necessita de energia elétrica e de pessoal qualificado para fazer o monitoramento 
e o controle de sua operação na rede. 
 
 
São formas de conexão: 
 
 EMPILHAMENTO 
 
Quando existir a necessidade de 
distribuição centralizada, ou seja, os hub's devem 
criar um só nó, multiplicando-se assim a 
capacidade de conexão. Os hub's da 3Com 
permitem o empilhamento de até 4. No caso de 
hub's de 12 portas cada, os 4 hub's empilhados 
funcionam como um só de 48 portas. Normalmente 
a conexão entre os 4 hub's é feita no painel de trás 
do equipamento. 
 
 BACKBONE - INSTALAÇÕES QUE SE ESTENDEM NA VERTICAL 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
Normalmente 
utilizado em instalações 
que envolvem prédios nos 
quais a rede se estende na 
vertical. 
 
 
 ESTRUTURA HIERÁRQUICA OU EM ÁRVORE 
 
 
 
 
 
 
Normalmente 
utilizado em instalações se 
estendem na horizontal. 
 
 
CCCAAA BBBEEEAAA MMMEEENNNTTTOOO EEESSSTTTRRRUUUTTTUUURRRAAA DDDOOO 
 
O cabeamento estruturado deve seguir três conceitos básicos para o bom funcionamento de 
uma rede: 
· deve ser universal, para trafegar qualquer sistema de telefonia e de informática, 
· deve ter flexibilidade para modificações simples e rápidas, e 
· deve ter uma vida útil de pelo menos 10 anos, de acordo com a norma. 
 
Um aspecto que deve ser observado diz respeito à qualidade do projeto desenvolvido para o 
usuário. A finalidade do cabeamento estruturado é que ele seja executado uma vez, sem a 
necessidade de ampliações futuras. Assim, quanto mais áreas de trabalho for possível contemplar e 
maior for o número de pontos definidos no projeto, os problemas com mudanças de tecnologia e de 
layout serão evitados. 
 
CCCAAA BBBOOO CCCOOOAAA XXXIIIAAA LLL 
 
 
 
31 
 Apresenta 
características elétricas bastante 
favoráveis à transmissão de sinais 
de alta freqüência, uma vez que é 
muito boa a imunidade à 
interferências externas. 
 
 O cabo coaxial para 
BANDA BASE e o cabo coaxial 
para BANDA LARGA são muito 
parecidos em sua construção, mas 
suas principais diferenças são: 
capa do cabo, diâmetro e 
impedância. 
 
O cabo coaxial para BANDA BASE é de 3/8 pol e utiliza uma capa de plástico. Já o cabo 
coaxial para BANDA LARGA é de 1/2 pol e é coberto por uma malha ou tela de alumínio e uma 
camada protetora de plástico. 
 
Uma rede Ethernet pode trabalhar muito bem com os dois tipos de cabos, mas o mais 
comum atualmente é o BANDA LARGA, para formar "backbone". 
 
A tabela mostra as diferenças fundamentais entre os dois tipos de cabo coaxial. 
 
 BANDA BASE BANDA LARGA 
Tipo de cabo RG-58 RG-59 ou RG-6 
Velocidade máxima 
de transmissão 
10 Mbps 6 MHz 
Impe dância 50 ohms 75 ohms 
Distância máxima de 
cada segmento 
185-500 metros 3.600 metros 
Custo Baixo Alto 
Indução de ruído baixa Alta 
 
 CABO COAXIAL FINO ("Cheapernet") - (0,2 pol) 
 
Surgiu para reduzir custos em ambientes como escritórios, que não possuem muita 
interferência elétrica, possuindo as seguintes características: 
 
· Topologia : BARRAMENTO 
· comprimento máximo do cabo : segmentos de 185 metros (10 Base 2), referidos como 
"Thinnet," embora existam redes funcionando com 300m, sem problemas. 
· Número máximo de nós por segmento : 30 
· Distância mínima entre dois nós : 0,50m 
· Taxa de trasferência : 10 Mbps ("ETHERNET") 
· Utiliza cabo (RG58), de impedância 50 ohms, com espessura em torno de 1/4 da 
polegada --- frágeis com blindagem deficiente 
· tipo de conectores : BNC (“Bayonet-Neill-Concelman”) / BNC DUPLO em forma de T 
· Terminador : BNC --- um terminador BNC é um conector especial que inclui um 
resistor, que deve, cuidadosamente, corresponder às características do sistema de 
cabeamento. Isso é necessário para afastar reflexões de sinais. 
 
 
32 
 
 
As principais vantagens são : 
· simplicidade, 
· baixo custo, 
· flexibilidade, 
· facilidade de conexão dos nós à rede e facilidade de gerenciamento da rede 
· oferece proteção a outros computadores da rede no caso de um usuário desconectar 
um único computador 
 
As principais desvantagens são : 
· fato de falha em um segmento de rede derrubar toda a rede 
· já que não oferece muita proteção contra interferência elétrica, o cabo não pode ficar 
próximo a equipamentos elétricos muito potentes, como os de uma fábrica 
· opera em distâncias relativamente reduzidas 
· comporta baixa quantidade de conexões 
 
OBS: Uma implementação de Cabo Coaxial refere-se ao 10 Base 5, em desuso, cujos segmentos 
são de até 500 metros e referidos como "Thicknet", utilizando cabos RG6, com espessura em 
trono de 1/2 polegada. 
 
FFFIIIBBBRRRAAA ÓÓÓPPPTTTIIICCCAAA 
 
 
 O uso da 
tecnologia de fibra ótica em 
comunicações de dados tem 
crescido em popularidade como 
resultado do aumento da 
demanda por banda passante e 
a correspondente queda no 
preço da fibra e sua instalação. 
 
 
O cabo de fibra ótica é o cabo ideal para transmissão de dados. A fibra ótica possui 
características que fazem com que esta tecnologia seja superior à comunicação sobre fios de cobre: 
· maior banda passante 
· baixa atenuação 
· imunidade à interferência elétrica 
· segurança dos dados 
· menor tamanho e peso 
· alta velocidade de transmissão 
· dimensões reduzidas 
 
 
33 
 
Distância e banda passante são determinadas por diversos fatores. Os mais importantes 
são o tipo do cabo, tipo de fonte de luz e tamanho do cabo. 
 
TIPO DE CABO : quando referindo-se à construção do cabo, há basicamente dois tipos de 
cabos de fibra ótica : monomodo e multimodo. 
 
A fibra MONOMODO é utilizada principalmente em telefonia e em telecomunicações para 
percorrer grandes distâncias, já que um espectro de luz percorre milhares de metros antes de 
requerer algum tipo de repetidor de sinal. Esse tipo de fibra geralmente é manipulado com raios 
LASER, permitindo a entrada no “core” de um só raio de luz, o que gera um claro e fino sinal até o 
final de cabo. 
 
 
Na fibra monomodo, o tamanho do “core” é tão pequeno que somente um único trajeto de 
transmissão existe. Este tipo de cabo possui grande banda passante e baixa atenuação. Devido 
à utilização do LASER como emissor de luz para enviar a informação, se esse não for manipulado 
com cuidado, pode-se causar efeitos indesejáveis a quem manipula o cabo, já que a luz do LASER 
é altamente danosa ao olho humano quando vista diretamente. Por isso sua manipulação é muito 
delicada. A pureza da luz a LASER torna os LASERs idealmente adequados para as transmissões 
de dados porque eles podem trabalhar em longas distâncias e altas larguras de banda. Os LASERs 
são fontes de luz caras e são usados somente quando as suas características especiais são 
necessárias. 
 
A fibra MULTIMODO normalmente é usada em aplicações onde as distâncias são 
pequenas, como é o caso das redes locais. Esse tipo de fibra é muito mais barato que a 
MONOMODO e utiliza diodos eletroluminescentes LED como fonte de luz. Os LEDs (“Light Emitting 
Diode”) são de baixo custo e produzem uma luz de qualidade relativamente inferior aos LASERs. Os 
LEDs são adequados para aplicações menos rigorosas, tais como conexões de rede local de 100 
Mbps ou mais lentas que

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Materiais recentes

Perguntas Recentes