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DCDiurno PenalEspecial MArgachoff Aula17e18 111215 RKardous

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Especial 
 Professor: Mauro Argachoff 
Aulas: 17 e 18| Data: 11/12/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
ESTELIONATO 
1) ART. 171, §1º 
2) ART. 171, §2º 
 
RECEPTAÇÃO 
1) RECEPTAÇÃO QUALIFICADA 
2) RECEPTAÇÃO CULPOSA 
 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
1) IMUNIDADE ABSOLUTA 
2) IMUNIDADE RELATIVA 
3) EXCEÇÕES 
 
 
ESTELIONATO: 
Art. 171, CP 
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo 
alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, 
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a 
dez contos de réis. 
Artifícios: artefato ou objeto para auxiliar o agente no engodo. Ex: bilhete de loteria, disfarce, maquina de fabricar 
dinheiro, etc. 
Ardil: conversa enganosa 
Qualquer outro meio fraudulento: é a formula genérica inserida. 
Consumação: com a obtenção de vantagem ilícita. Crime material 
Tentativa: possível (fraude sem condições de enganar (impossível alguém cair) – crime impossível, mas deve ser 
analisado o caso concreto) 
Se houver prejuízo para a vitima e não houver vantagem para o agente: ocorre o crime na forma tentada (ex: 
quando a vitima erra na digitação da conta corrente do estelionatário em venda fraudulenta, neste caso, por erro 
da vitima o dinheiro vai para outra pessoa) 
 
 
 
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Distinção entre estelionato e crime contra a economia popular: No estelionato a vítima é identificada. No crime 
contra a economia popular as vitimas são indeterminadas, não conseguindo identifica-las. 
Distinção entre estelionato e falsificação de documentos: Quando a falsificação tenha por fim enganar a vitima 
(quatro correntes) 
a) Agente punido pelos dois crimes, em concurso material 
b) Agente punido pelos dois crimes em concurso formal 
c) Falsificação absorve o estelionato 
d) Estelionato absorve a falsificação (súmula 17, STJ) desde que não tenha mais potencialidade lesiva. Ex: falsificar 
folha de cheque e fazer compra. Se for também o RG falso, responde pelos dois crimes (estelionato + falsificação 
em concurso material), pois, com o RG falso, ainda o sujeito pode usar o RG falso. 
Súmula 17: quando o falso se exaure no estelionato, sem mais 
potencialidade lesiva, e por este absorvido. 
 
Torpeza bilateral (vitima também age de má-fé): entende-se que existe crime. Três argumentos: 
a) fato é típico (houve a fraude, vitima enganada e obtenção de vantagem) 
b) tipo penal não exige boa-fé por parte da vitima 
c) punição do golpista visa proteger a coletividade 
1) ART. 171, §1º: 
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o 
juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
Não leva-se em conta o valor do bem mas o prejuízo causada à vitima 
Jurisprudência também tem fixado em um salário mínimo vigente a época dos fatos. 
2) ART. 171, §2º: 
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
Disposição de coisa alheia como própria 
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia 
coisa alheia como própria; 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
 
 
 
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II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria 
inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu 
vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando 
sobre qualquer dessas circunstâncias; 
Defraudação de penhor 
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por 
outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto 
empenhado; 
Fraude na entrega de coisa 
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve 
entregar a alguém; 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o 
próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou 
doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do 
sacado, ou lhe frustra o pagamento. 
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria: 
Sujeito ativo: qualquer pessoa que se passa por dono do bem móvel ou imóvel e o negocia com terceiro 
Sujeito passivo: o verdadeiro dono da coisa e quem o adquiriu de boa-fé 
Mero compromisso de compra e venda: não caracteriza o delito do §2º que é de ação vinculada (haverá 
estelionato comum) 
Consumação: com o recebimento do valor. 
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém: 
Defraudar: alterar a natureza corpórea da coisa. Ex: entregar couro sintético no lugar no couro natural. 
Qualidade: Ex: entregar revestimento de pisa de qualidade inferior ao comprado 
Quantidade: Ex: entregar metragem ou peso menores ao contratado 
Pode ser coisa móvel ou imóvel 
Consumação: somente no momento em que a coisa é entregue. A defraudação em si é ato preparatório 
 
 
 
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Tentativa: sujeito tenta entregar e é impedido ou a vitima recusa-se a receber 
Alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais: art. 273, CP 
Art. 273 - Falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais: (Redação dada pela Lei 
nº 9.677, de 2.7.1998) 
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 15 (quinze) anos, e multa. (Redação 
dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à 
venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui 
ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado 
ou alterado. (Redação dada pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º-A - Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os 
medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os 
cosméticos, os saneantes e os de uso em diagnóstico. (Incluído pela 
Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
§ 1º-B - Está sujeito às penas deste artigo quem pratica as ações 
previstas no § 1º em relação a produtos em qualquer das seguintes 
condições: (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
I - sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária 
competente; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
II - em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no 
inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
III - sem as características de identidade e qualidade admitidas para a 
sua comercialização; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
IV - com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade; 
((Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
V - de procedência ignorada; (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
VI - adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade 
sanitária competente. (Incluído pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
Modalidade culposa 
§ 2º - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Redação dada 
pela Lei nº 9.677, de 2.7.1998) 
 
 
 
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Fornecer substancia medicinal em desacordo com receita médica: art. 280 do CP. 
Art. 280 - Fornecer substância medicinal em desacordo com receita 
médica: 
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa. 
Parágrafo único - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as 
conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; 
Condutas: 
a) Destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria: Ex: joga carro de precipício para receber valor de seguro 
b) lesa opróprio corpo ou a saudade ou agrava as consequências da lesão ou doença: pune-se pela finalidade da 
conduta. 
Se pedir para terceiro lesionar haverá estelionato comum 
Deve haver por obvio um contrato de seguro 
Sujeito ativo: o assegurado 
Sujeito passivo: a seguradora 
Coisa móvel ou imóvel 
Consumação: com o pedido de indenização. O recebimento é mero exaurimento. Divergência doutrinaria 
entendendo que basta a destruição, ocultação ou lesão 
Tentativa: possível. 
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento: 
Duas correntes: 
a) emitir cheque sem fundos 
b) frustrar o pagamento do cheque 
Necessidade de má-fé: súmula 246, STF: “Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de 
emissão de cheque sem fundos” 
Cheque especial: valor garantido pelo banco não ha crime 
Cheque emitido para pagamento de divida ja vencida: não ha crime. 
 
 
 
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Consumação: momento em que o banco sacado recusa o pagamento. 
Competência: comarca da recusa do pagamento independentemente de onde foi emitido o cheque. 
Súmula 244, STJ: “Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque 
sem provisão de fundos.” 
Súmula 521, STF: “O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade 
de emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo 
sacado” 
Cheque pré-datado: perde característica de ordem de pagamento a vista. Duas possibilidades: 
a) provado que foi emitido de má-fé: estelionato comum 
b) não provada a má-fé: fato atípico 
Falsificação de cheque: competência será do local da obtenção da vantagem. Visto tratar-se de estelionato 
comum (súmula 48, STJ) 
Súmula 48, STJ: Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem 
ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante 
falsificação de cheque 
Pagamento do valor do cheque antes do recebimento da denúncia: retira a justa causa da ação penal (sumula 
554, STF) 
Súmula 554 do STF: “O pagamento de cheque emitido sem provisão 
de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao 
prosseguimento da ação penal”. 
Outras modalidades de estelionatos: art. 16, CP – arrependimento posterior 
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à 
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da 
denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será 
reduzida de um a dois terços 
Pagamento após o início da ação, mas antes da sentença: atenuante genérica do art. 65, III, “b”, CP. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena 
(...) 
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
(...) 
 
 
 
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b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo 
após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, 
antes do julgamento, reparado o dano 
RECEPTAÇÃO: 
ART. 180, CP 
Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em 
proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou 
influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em 
depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou 
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no 
exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber 
ser produto de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.(Redação dada pela Lei 
nº 9.426, de 1996) 
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito do parágrafo 
anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, 
inclusive o exercício em residência. (Redação dada pela Lei nº 9.426, 
de 1996) 
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela 
desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem a 
oferece, deve presumir-se obtida por meio criminoso: (Redação dada 
pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou ambas as penas. 
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) 
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido ou isento de 
pena o autor do crime de que proveio a coisa. (Redação dada pela Lei 
nº 9.426, de 1996) 
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, pode o juiz, 
tendo em consideração as circunstâncias, deixar de aplicar a pena. Na 
receptação dolosa aplica-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído 
pela Lei nº 9.426, de 1996) 
§ 6º - Tratando-se de bens e instalações do patrimônio da União, 
Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou 
 
 
 
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sociedade de economia mista, a pena prevista no caput deste artigo 
aplica-se em dobro. 
Adquiri: obter a propriedade 
Receber: obter a posse mesmo que transitória (ex: receber objeto furtado para guardar) 
Transportar: levar de um lugar para outro (Ex. transporte de carga roubada) 
Conduzir: dirigir automóvel ou motocicleta de origem ilícita 
Ocultar: esconder 
Trata-se de crime acessório, pressuposto a ocorrência de crime anterior 
elemento subjetivo: dolo direto (que sabe), não cabendo o eventual. Origem ilícita do bem deve ser conhecida no 
momento da realização da conduta típica 
Produto de contrabando ou descaminho: quem adquire pratica receptação. Se for no exercício de atividade 
comercial (art. 334, §1º, “d”. CP) 
CD pirata: 
a) camelo: violação de direito autoral – art. 184, §2º, CP 
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação 
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação 
dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) 
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro 
direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no 
País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra 
intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de 
autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do 
produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra 
intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares 
dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 
10.695, de 1º.7.2003) 
b) quem compra: receptação 
Instrumento do crime: arma, chave falsa, etc. Não se confunde com o produto do crime 
Bem imóvel: não pode ser objeto de receptação (STF). Ha posicionamento doutrinário em contrario, mas 
minoritário 
Sujeito passivo: o mesmo do crime antecedente 
 
 
 
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Consumação: quando realizado um dos verbos do tipo (permanente em conduzir, transportar e esconder) 
Receptação imprópria: 
É a parte final do artigo 180, CP 
O terceiro está de boa fé 
É cometida pelo intermediário, aquele que não cometeu o crie antecedente, mas sabe da origem ilícita do bem 
Crime formal: consuma-se com a oferta do bem, independentemente do aceite 
Não admite tentativa: ou faz a proposta e consuma ou não faz e é fato atípico. 
1) RECEPTAÇÃO QUALIFICADA: 
Art. 180, §1º: 
Crime próprio: comerciante e industriais 
Crime misto alternativo: realização de mais de uma conduta constitui crime único 
Coisa que deve saber ser produto de crime: dolo eventual (receptação simples só dolo direito). E se efetivamente 
souber? Duas correntes: 
a) deve responder pela figura qualificada (se responde: “devendo saber” tem que responder “sabendo”) 
Majoritária. 
b) “deve saber” trata só do dolo eventual. Devendo então responder pelo “caput” se “souber” 
2) RECEPTAÇÃO CULPOSA: 
Art.180, §3: 
Natureza do objeto: arma, veículo, etc. 
Desproporção entre o valor de mercado e o preço 
Condição do ofertante 
Juiz deve concluir que o homem médio desconfiaria da procedência. 
§5º: 
Perdão judicial só é aplicado na receptação culposo. É causa extintiva da punibilidade (Súmula 18 do STJ) 
Súmula 18: a sentença concessiva do perdão judicial e declaratória da 
extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito 
condenatório 
 
 
 
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Segunda parte fala da receptação privilegiada (primariedade e pequeno valor do produto do crime). 
DISPOSIÇÕES GERAIS: 
1) IMUNIDADE ABSOLUTA: 
Chamadas de escusas absolutórias 
isentam de pena 
Tendo autoridade policial conhecimento, sequer deve instaurar I.P 
Art. 181, CP: 
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes 
previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou 
ilegítimo, seja civil ou natural. 
I: 
Leva-se em conta a data do fato e não da descoberta 
Pouco importa o regime de bens 
Separação de fato não exclui a imunidade 
Alcança os companheiros. 
II: 
Não se aplica a parentesco por afinidade (sogro, genro, etc.) 
2) IMUNIDADE RELATIVA: 
Art. 182, CP 
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime 
previsto neste título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 
2003) 
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
 
 
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I: 
Entre divorciados não ha imunidade 
II: 
Se for menor de idade a representação é oferecida pelos pais 
III: 
Não precisa ser praticado no local em que as portes moram. 
3) EXCEÇÕES: 
Art. 183, CP 
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja 
emprego de grave ameaça ou violência à pessoa; 
II - ao estranho que participa do crime. 
III - se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior 
a 60 (sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
II: 
Furto cometido por filho e amigo. Amigo responde pelo furto qualificado em concurso de agentes. O Filho 
continua com a imunidade. 
III: 
 - Ainda que cometido por cônjuge, filho, etc.

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