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Facebook Prof Mauro Argachoff Twitter @MauroArgachoff 2 Furto § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. - TV a cabo: Julgado STF considerando não ser energia. - Sinal telefônico: aplica-se. - Sêmen (energia genética). 3 Furto Seres Humanos: não são coisa. Órgãos para transplante: Lei 9.434/97. Cadáver ou parte: pode ser o art. 211 do CP. Se pertencer a museu ou faculdade: art. 155 do CP. Se for de partes do cadáver para fins de transplante sem autorização: aplica-se a Lei 9.434/97. Violar sepultura para subtrair ouro de arcada dentária ou próteses: 1ª Corrente: furto qualifcado; 2ª Corrente: Violação de sepultura. 4 Furto Furto de uso: o agente não tem a intenção de manter a coisa em seu poder ou passá-la adiante. Deve ser demonstrado, desde o momento do apossamento, o uso momentâneo da coisa. Furto famélico: cometido para saciar a fome ou satisfazer necessidade vital (tem que ser o único recurso que resta) – haverá estado de necessidade. 5 Furto Furto qualificado § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; - Destruição (danificação completa); Rompimento (danificação parcial). - arrombamento; explosão de caixa eletrônico. - Dano: absorvido - Obstáculo como parte integrante da coisa: não qualifica. Existência de posicionamento em contrário do STJ. 6 Furto II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; - Grande confiança. Caso contrário agravante genérica do art. 61, II, f do CP “prevalecendo-se das relações domésticas”. - Fraude: artifício, engodo. (No estelionato o agente entrega) - Escalada: via anormal. Esforço incomum. Subida?? - Destreza: habilidade. Tem que ser da coisa que o agente traz consigo 7 Furto III - com emprego de chave falsa; - Imitação da verdadeira feita clandestinamente - Qualquer instrumento capaz de abrir fechadura, sem arrombar. - Ligação direta não é chave falsa IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. - Maior facilidade na prática delituosa. Pode haver menor. - Necessidade ou não da presença no local: Divergência. - Associação criminosa: Tendência em admissão.8 Furto Furto qualificado privilegiado Doutrina tende a ser contra. STF já entendeu possível. "Súmula 511 do STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva." 9 Furto Concurso de pessoas no furto e roubo - Alegação de ofensa ao princípio da proporcionalidade. - Furto a pena dobra e roubo aumenta-se de um terço até metade. - Entendimento por não ofensa: Súmula 442 do STJ. “É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo”. 10 Furto § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. - Não se refere ao meio de execução do crime, mas sim ao resultado porterior. - Intenção de transportar: deve existir no momento da subtração. - Consumação: com a entrada do veículo em outro Estado ou País. 11 Furto - Tentativa: somente se transpor a fronteira, em perseguição, sendo preso imediatamente depois. - Ex. sujeito subtrai moto. É parado em blitz na estrada. Não há tentativa furto qualificado pq o furto já se consumou e a qualificadora pressupõe que a divisa seja transposta. Haverá furto consumado, simples ou qualificado pelo parágrafo 4º. - Haveria a tentativa se o individuo estivesse sendo perseguido após subtração, vindo a cruzar a divisa e sendo preso imediatamente após. . 12 Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa - Violência (vis absoluta): força física ou ato agressivo empregado contra a pessoa. - Grave ameaça (vis relativa): promessa de mal injusto e grave, contra a vítima ou terceiros. - Qualquer outro meio (violência imprópria): sonífero, hipnose, etc. 13 Roubo - Crime complexo: dupla objetividade jurídica (patrimônio e integridade corporal ou psíquica). - Sujeito ativo: crime comum - Sujeito passivo: o proprietário ou possuidor, bem como todos que sofram a violência, ainda que não sofram dano patrimonial. - Pessoa Jurídica: pode ser vítima pelo valor subtraído. - Consumação : Momento em que o agente se apossa do bem, ainda que preso no local. Entendimento dos tribunais superiores. STF/STJ. - Tentativa: quando não consegue se apoderar do bem, após a violência ou grave ameaça. 14 Roubo Concurso de crimes: a) Duas ou mais vitimas (violência ou grave ameaça) e lesão a apenas um patrimônio: crime único; b) Duas ou mais vítimas (violência ou grave ameaça) e mais de um patrimônio lesado: concurso formal, cometendo tantos crimes quantos forem os patrimônios lesados; c) Única vítima (violência ou grave ameaça) e mais de um patrimônio lesado: responde por vários roubos se tinha conhecimento da diversidade de proprietários. Há posicionamento do STJ de crime único. 15 Roubo Roubo Impróprio § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. - Roubo comum: violência/grave ameaça como meio de subtração. - Roubo impróprio: conduta inicial de furto. Violência/grave ameaça para garantir impunidade ou detenção da coisa. - Não admite a chamada violência imprópria (“qualquer outro modo que reduza a capacidade de resistência da vítima) 16 Roubo - Consumação Roubo Impróprio: momento da violência ou grave ameaça. - Requisitos do roubo impróprio: a) Que o agente já tenha se apoderado do bem; b) Que a violência ou grave ameaça ocorram logo após a subtração; c) Que a finalidade do agente, com a violência ou grave ameaça seja a de garantir sua impunidade ou detenção da coisa para si ou para outrem. 17 Roubo Tentativa Roubo Impróprio: Duas correntes: a) não é possível (tribunais superiores); b) possível: quando o agente é preso ao tentar empregar a violência ou grave ameaça. Se o agente não se apoderou ainda do bem e emprega violência para fugir: tentativa de furto em concurso material com lesão corporal. 18 Roubo § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: - aplicam-se tanto ao roubo próprio como ao impróprio. I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; - Arma própria ou imprópria - Arma de brinquedo não qualifica (súmula 174 STJ foi revogada) - Armas desmuniciadas e quebradas não qualificam. - Vitima afirma que agente estava armado (arma não encontrada). STF reconheceu qualificadora. - Roubo com arma e associação criminosa armada: concurso material de crimes (STF). 19 Roubo II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; - Podendo haver menor de idade para compor. III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. - Transportando os valores a trabalho. IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; ... 20 Roubo V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. - Nãose trata de privação da liberdade: sequestro - Restrição: vítima mantida em poder do agente por breve espaço de tempo - Manter a vítima por tempo considerável para depois libertar: roubo em concurso material com sequestro. Ex. motorista de caminhão. - Manter em seu poder: trancar no banheiro e ir embora após o roubo não caracteriza. 21 Roubo § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa. - Lesão leve: absorvida pelo roubo. - Impede a aplicação das causas de aumento do §2º. - Resultado morte: Latrocínio. - Latrocínio tentado ou consumado é crime hediondo. - O resultado morte pode decorrer de dolo ou culpa. Admite a forma preterdolosa, mas não é exclusivamente preterdoloso. - ... 22 Roubo Latrocínio Situações: a) Subtração e morte consumados b) Subtração tentada e morte consumada (súmula 610 do STF) c) Subtração e morte tentadas d) Subtração consumada e morte tentada Requisitos: a) Morte decorrente da violência. b) Violência empregada no contexto do roubo. c) Nexo causal entre a violência e roubo em andamento (Ex. reconhece desafeto entre as vitimas) - 23 Roubo - Latrocínio Várias vítimas mortas e uma única subtração: crime único (doutrina e jurisprudência dominantes). Matar pessoa intencionalmente em razão de briga e depois subtrair algum pertence: homicídio em concurso material com furto. Incentivar a cometer suicídio para subtrair pertences: art. 122 em concurso material com furto. 24 Roubo - Latrocínio Sujeito passivo: qualquer pessoa presente na cena do crime. Se for um dos roubadores, por desavença, homicídio em concurso com roubo. Se por erro de pontaria haverá latrocínio em aberratio ictus. 25 Extorsão Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. - Fazer algo - Tolerar que se faça algo - Deixar de fazer algo - Mesma pena do roubo 26 Extorsão - Consumação: quando a vitima constrangida faz ou deixa de fazer algo. Independe do agente auferir a vantagem (Súmula 96 do STJ). Crime Formal. - Tentativa: é possível. - ... 27 Extorsão • Extorsão x Roubo - Na extorsão: colaboração da vítima é imprescindível. - Extorsão x Constrangimento Ilegal - Na Extorsão: a intensão é a vantagem econômica - Extorsão x Estelionato - Extorsão: entrega mediante violência ou grave ameaça. - Estelionato: entrega mediante fraude. - Se houver fraude e grave ameaça em conjunto, ocorrerá extorsão. Ex. falso policial exigindo vantagem; falso sequestro. 28 Extorsão Causas de aumento de pena: § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. - Cometido: presença exigida ao menos no local. § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. - Lesão grave ou morte tem que decorrer da violência. - É crime hediondo. 29 Extorsão § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. ... 30 Extorsão Trata do sequestro relâmpago (Parágrafo introduzido pela Lei 11.923/09). - Difere da extorsão mediante sequestro onde o resgate é exigido de outras pessoas. - Não aplica-se as causas de aumento do § 1º (arma e concurso): posição geográfica do parágrafo. - Se após sacar dinheiro com a senha da vítima, agente se apodera de seus pertences: Extorsão em concurso com roubo. - Quando ocorre evento morte entende-se ser hediondo, embora divergência em tal sentido: a lei 8072/90, não menciona o parágrafo 3º. 31
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