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DCDiurno PPenal GMadeira Aula23e24 201115 RKardous

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Processo Penal 
 Professor: Guilherme Madeira 
Aulas: 23 e 24| Data: 20/11/2015 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
PROVA TESTEMUNHAL 
1) NOÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA PROVA TESTEMUNHAL 
1.1) Características 
1.2) Classificação de testemunha 
1.3) Quem pode ser testemunha 
1.4) Momento para arrolar testemunhas 
1.5) Deveres da testemunha 
2) PRODUÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL EM JUÍZO 
 
MEIO DE OBTENÇÃO DE PROVA (MEIOS DE PESQUISA) 
1) BUSCA E APREENSÃO (ARTS. 240 A 250, CPP) 
1.1) Modalidades 
1.1.1) Pessoal 
1.1.2) Domiciliar 
1.1.2.1 Conceito de Domicílio (art. 150, §§ 4º e 5º, CP) 
1.1.2.2. Conceito de Dia 
 
PROVA TESTEMUNHAL – Arts. 202 a 225,CPP 
1) NOÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA PROVA TESTEMUNHAL 
Trata-se da pessoa que irá depor sobre aquilo que seus sentidos captaram. 
*As cartas psicografadas não são consideradas ciência para fins de prova. 
1.1) Características 
a) Judicialidade: A prova oral é colhida perante o Juiz 
b) Oralidade: A testemunha depõe oralmente, SALVO: 
b.1. Impossibilidade física (testemunha muda, por ex.) 
b.2. Prerrogativas das autoridades do artigo 221, §1º,CPP. 
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores 
e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de 
Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do 
Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembleias 
Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e 
juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em 
 
 
 
 Página 2 de 12 
 
local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. (Redação 
dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959) 
§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes 
do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal 
Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, 
caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo 
juiz, Ihes serão transmitidas por ofício. 
Objetividade: A testemunha não depõe sobre suas impressões pessoais, SALVO quando inseparáveis da narrativa. 
Retrospectividade: A testemunha depõe sobre fatos que ocorreram no passado. 
1.2) Classificação de testemunha 
a) Testemunha direta: É a que tem conhecimento direto dos fatos. 
b) Testemunha indireta (testemunha de “ouvir dizer”): É a que depõe sobre fatos dos quais ouviu dizer. 
c) Testemunha numerária: É a testemunha que conta no número máximo de testemunhas. 
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO – 1ª FASE DO 
JURI 
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO – 2ª FASE DO JÚRI 
 
8 5 
d) Testemunha extranumerária: É a que não consta no numero máximo de testemunhas. São elas: 
d.1) As testemunhas referidas (mencionada por outra testemunha), além disso as testemunhas que não 
prestarem compromisso e por fim as testemunhas que nada souberem que interesse a causa (art. 209, §2º e 401, 
§1º, CPP) 
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras 
testemunhas, além das indicadas pelas partes. 
(...) 
§ 2º: Não será computada como testemunha a pessoa que nada 
souber que interesse à decisão da causa 
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) 
testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação 
dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 1º: Nesse número não se compreendem as que não prestem 
compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
 
 
 
 
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1.3) Quem pode ser testemunha 
Como regra, qualquer pessoa pode ser testemunha. (Art. 202, CPP) 
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha. 
Exceções: 
a) Testemunhas dispensadas (art. 206,CPP) 
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. 
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou 
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, 
o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando 
não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do 
fato e de suas circunstâncias 
São testemunhas que em razão do parentesco estão dispensadas de depor, mas se for a única fonte de prova esta 
obrigado a depor, porém sem compromisso. 
b) Testemunha proibida (art. 207, CPP) 
Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo 
se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu 
testemunho. 
São aquelas testemunhas que estão proibidas em razão de função, ministério, ofício ou profissão de depor, em 
razão do segredo, mas se houver pedido do beneficiário do sigilo e aceitação do destinatário, haverá depoimento. 
1.4) Momento para arrolar testemunhas 
Como regra, o momento para arrolar a testemunha é na denúncia/ queixa, para a acusação e na resposta para a 
defesa. 
Exceções: 
a) 2ª fase do Júri tem um novo momento para arrolar a testemunha (art. 422,CPP) 
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri 
determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do 
querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5 
(cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em 
plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão 
juntar documentos e requerer diligência 
b) ao final da audiência do procedimento comum ordinário (art. 400,CPP) 
 
 
 
 Página 4 de 12 
 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no 
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de 
declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas 
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às 
acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-
se, em seguida, o acusado. 
c) nas hipóteses da mutatio libelli (art. 384,CPP) 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova 
definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos 
autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na 
acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, 
no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido 
instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a 
termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redação dada pela Lei 
nº 11.719, de 2008). 
§ 1o Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, 
aplica-se o art. 28 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 2o Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias e 
admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de qualquer das 
partes, designará dia e hora para continuação da audiência, com 
inquirição de testemunhas, novo interrogatório do acusado, 
realização de debates e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 3o Aplicam-se as disposições dos §§ 1o e 2o do art. 383 ao caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
§ 4o Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) 
testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, 
adstrito aos termos do aditamento. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 5o Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. (Incluído 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
Atenção: em regra, a parte não precisa indicar porque quer ouvir a testemunha. 
Exceções: 
a) art. 222-A, CPP: carta rogatória. 
 
 
 
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Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada 
previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente 
com os custos de envio. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
Parágrafo único.Aplica-se às cartas rogatórias o disposto nos §§ 1o e 
2o do art. 222 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009) 
b) o STJ entendeu que o Juiz pode excepcionalmente e de maneira motivada indeferir testemunha arrolada 
quando for reconhecida a sua irrelevância (RHC 42890/MA, Min. Rogério Schietti Cruz, julg. 14.04.2015)1 
1.5) Deveres da testemunha 
a) Depor 
Exceções: 
a.1. Testemunha dispensada. 
a.2. Testemunha proibida. 
a.3. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos que a incriminem. (Que ela deixe de ser testemunha e vire 
investigada em processo criminal) 
b) Comparecimento: A testemunha tem o dever de comparecer, SALVO: 
b.1. Pessoas impossibilitadas de comparecer (art. 220,CPP), vai até o local que ela esteja. 
Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por 
velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem. 
b.2. As autoridades com prerrogativas (art. 221, CPP). Para o STF, se esta prerrogativa não for usada em 30 dias, 
perderá a autoridade a prerrogativa do artigo 221, CPP. (AP 421/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, julg. 22/10/2009)2 
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores 
e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de 
Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do 
Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias 
Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e 
juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito 
 
1 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1397632&num_registro=2013
03855024&data=20150422&formato=PDF 
2 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=618677 
 
 
 
 
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Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em 
local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz. 
b.3. Carta precatória/ carta rogatória. É considerada exceção porque ela não será ouvida onde esta o processo, 
mas onde a testemunha se encontre. 
c) Dizer a verdade: Não há este dever para as testemunhas dispensadas do artigo 206, CPP. 
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. 
Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou 
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, 
o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando 
não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do 
fato e de suas circunstâncias. 
d) Dever de comunicar qualquer alteração no endereço no prazo de 1 ano (art. 224,CPP) 
Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um ano, 
qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples 
omissão, às penas do não-comparecimento. 
2) PRODUÇÃO DA PROVA TESTEMUNHAL EM JUÍZO 
Qualificação 
Compromisso/Contradita (mecanismo para rejeitar testemunha) 
Acusação -> “cross examination” (perguntas diretas): a violação do cross examination é causa de nulidade relativa 
(AgRg no Resp 1501167/SP, Min. Rogério Schietti Cruz, julg. 08/08/2015)3 
Defesa: Juiz. 
OBS: No plenário do Júri o Juiz é o primeiro a perguntar (art. 473,CPP) 
Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a 
instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o 
assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva 
e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão 
as testemunhas arroladas pela acusação. (Redação dada pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
 
3 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1425346&num_registro=2014
03243467&data=20150818&formato=PDF 
 
 
 
 
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§ 1o Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o 
defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério 
Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios 
estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
§ 2o Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às 
testemunhas, por intermédio do juiz presidente. (Incluído pela Lei nº 
11.689, de 2008) 
§ 3o As partes e os jurados poderão requerer acareações, 
reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimento dos peritos, 
bem como a leitura de peças que se refiram, exclusivamente, às 
provas colhidas por carta precatória e às provas cautelares, 
antecipadas ou não repetíveis. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 
MEIO DE OBTENÇÃO DE PROVA (MEIOS DE PESQUISA) 
São mecanismos probatórios que restringem direitos fundamentais, notadamente, a privacidade. 
1) BUSCA E APREENSÃO (ARTS. 240 A 250, CPP) 
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. 
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a 
autorizarem, para: 
a) prender criminosos; 
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; 
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e 
objetos falsificados ou contrafeitos; 
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática 
de crime ou destinados a fim delituoso; 
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do 
réu; 
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em 
seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu 
conteúdo possa ser útil à elucidação do fato; 
g) apreender pessoas vítimas de crimes; 
 
 
 
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h) colher qualquer elemento de convicção. 
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita 
de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados 
nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior. 
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a 
realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da 
expedição de mandado. 
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a 
requerimento de qualquer das partes. 
Art. 243. O mandado de busca deverá: 
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada 
a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no 
caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os 
sinais que a identifiquem; 
II - mencionar o motivo e os fins da diligência; 
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer 
expedir. 
§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do 
mandado de busca. 
§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do 
defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de 
delito. 
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de 
prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na 
posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam 
corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de 
busca domiciliar. 
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o 
morador consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem 
na casa, os executores mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou 
a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. 
§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua 
qualidade e o objeto da diligência. 
 
 
 
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§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a 
entrada. 
§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força 
contra coisas existentes no interior da casa, para o descobrimento do 
que se procura. 
§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os 
moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência 
qualquer vizinho, se houver e estiver presente. 
§ 5o Se é determinadaa pessoa ou coisa que se vai procurar, o 
morador será intimado a mostrá-la. 
§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será 
imediatamente apreendida e posta sob custódia da autoridade ou de 
seus agentes. 
§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, 
assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do 
disposto no § 4o. 
Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando 
se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou em 
aposento ocupado de habitação coletiva ou em compartimento não 
aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade. 
Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os 
motivos da diligência serão comunicados a quem tiver sofrido a 
busca, se o requerer. 
Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não 
moleste os moradores mais do que o indispensável para o êxito da 
diligência. 
Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não 
importar retardamento ou prejuízo da diligência. 
Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão penetrar no 
território de jurisdição alheia, ainda que de outro Estado, quando, 
para o fim de apreensão, forem no seguimento de pessoa ou coisa, 
devendo apresentar-se à competente autoridade local, antes da 
diligência ou após, conforme a urgência desta. 
§ 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes vão em 
seguimento da pessoa ou coisa, quando: 
 
 
 
 Página 10 de 12 
 
a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou transporte, a 
seguirem sem interrupção, embora depois a percam de vista; 
b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo, por informações 
fidedignas ou circunstâncias indiciárias, que está sendo removida ou 
transportada em determinada direção, forem ao seu encalço. 
§ 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da 
legitimidade das pessoas que, nas referidas diligências, entrarem 
pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que 
apresentarem, poderão exigir as provas dessa legitimidade, mas de 
modo que não se frustre a diligência. 
 
1.1) Modalidades: 
1.1.1) Pessoal: 
Não precisa de mandado, bastando que haja fundada suspeita (art. 240, §2º,CPP), e, no caso de mulher será feita, 
preferencialmente, por outra mulher, SALVO, se importar retardamento ou prejuízo para a diligência. 
Fundada suspeita são indícios da prática criminosa. 
1.1.2) Domiciliar: 
a) Proteção Constitucional (art. 5º, XI, CF): a casa é o asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem o consentimento do morador, SALVO: 
Art. 5, XI, CF - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial; 
a.1) flagrante: No caso de flagrante de crime permanente, mesmo no período noturno, só é possível quando 
fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, autorizarem (RE 603616/RO, Min. Gilmar Mendes, julg. 04 
e 05/11/2015). 
Decisão: O Tribunal, apreciando o tema 280 da repercussão geral, por 
maioria e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao 
recurso e fixou tese nos seguintes termos: ¿A entrada forçada em 
domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período 
noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente 
justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre 
situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, 
civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos 
praticados¿, vencido o Ministro Marco Aurélio quanto ao mérito e à 
tese. Ausentes, justificadamente, a Ministra Cármen Lúcia e o 
 
 
 
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Ministro Roberto Barroso. Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo 
Lewandowski. Plenário, 05.11.2015.4 
b) desastre 
c) para prestar socorro 
d) durante o dia por ordem judicial. 
Atenção: o consentimento do morador poderá ser retirado. 
1.1.2.1 Conceito de Domicílio (art. 150, §§ 4º e 5º, CP) 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou 
contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa 
alheia ou em suas dependências: 
(...) 
§ 4º - A expressão "casa" compreende: 
I - qualquer compartimento habitado; 
II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade. 
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa": 
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, 
enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior; 
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
 
a) Qualquer compartimento habitado. 
b) Aposento ocupado de habitação coletiva, 
c) Compartimento não aberto ao público onde alguém exerce profissão ou atividade. 
OBS: Carro, como regra, não é domicílio, SALVO, trailer e motor home. 
 
4 http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=3774503 
 
 
 
 
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1.1.2.2. Conceito de Dia: 
Dia é o período que vai das 06 às 18h. 
OBS: É possível apreender coisas fora do mandado, desde que estejam à vista da autoridade (Teoria Plain View 
Doctrine). Contudo, o STJ já considerou válida a apreensão de droga em escritório de advocacia, quando o 
mandado de busca tinha por objeto arma de fogo (RHC 39412/SP, Min. Felix Fischer, julg. 03/03/2015)5 
 
5 
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1385919&num_registro=2013
02306256&data=20150317&formato=PDF

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