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MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 1 Concreto Armado O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências mecânicas), com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão. Concreto armado é atualmente o material mais usado na construção de estruturas de edificações e obras viárias como pontes, viadutos, passarelas, etc. O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão). Assim sendo, é imperiosa a necessidade de juntar ao concreto um material com alta resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material composto (concreto e armadura – barras de aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado também por barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo). No entanto, o conceito de concreto armado envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura, pois não basta apenas juntar os dois materiais para se ter o concreto armado. Para a existência do concreto armado é imprescindível que haja real solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o trabalho seja realizado de forma conjunta. Em resumo, pode-se definir o concreto armado como “a união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma esquemática pode-se indicar que concreto armado é: Quadro 1 Esquematicamente pode-se indicar que a pasta é o cimento misturado com a água, a argamassa é a pasta misturada com a areia, e o concreto é a argamassa misturada com a pedra ou brita, também chamado concreto simples (concreto sem armaduras). Concreto armado = concreto simples (pasta + agregados) + armadura + aderência. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 2 Figura 2 Com a aderência, a deformação εs num ponto da barra de aço e a deformação εc no concreto que a circunda, devem ser iguais, isto é: εc = εs. O trabalho conjunto do concreto e das armaduras se faz por transmissão de esforços internos de um material a outro através de tensões de aderência. A aderência serve para ancorar as barras nas extremidades ou nas emendas por traspasse, e para impedir o escorregamento das barras nos segmentos entre MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 3 fissuras, limitando a abertura das mesmas. As causas que mobilizam a aderência são as ações sobre a estrutura de concreto armado, a retração do concreto, a deformação lenta e a variação da temperatura. Pode-se citar três tipos de aderência no concreto armado: adesão: é a “colagem” natural entre o concreto e o aço; atrito: é a resistência ao escorregamento após a ruptura da adesão, sendo provocado pela rugosidade superficial natural das barras; mecânica: é provocada pelas modificações feitas na superfície das barras de aços de elevada resistência (saliências). Cimento Agregado miúdo (Areia) Agregado graúdo (Pedra/Brita) Pasta de cimento e água Argamassa (cimento e areia) Concreto simples MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 4 Os aditivos são produtos que adicionados em pequena quantidade aos concretos de cimento Portland, modificam algumas de suas propriedades, no sentido de melhor adequá-las a determinadas condições (NBR11768/EB1763). Controladores de pega: • retardador • acelerador Tensoativos: • incorporador de ar • redutores de água O trabalho conjunto, solidário entre o concreto e a armadura fica bem caracterizado na análise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que rompe bruscamente tão logo surge a primeira fissura, após a tensão de tração atuante alcançar e superar a resistência do concreto à tração (Figura 3). Figura 3 Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente posicionada na região das tensões de tração, eleva-se significativamente a capacidade resistente da viga (Figura 4). Figura 4 O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes de dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto positivo é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 5 corrosão só é garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a superfície externa da peça (denominado cobrimento), entre outros fatores também importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto, por exemplo. A fissuração em elementos estruturais de concreto armado é inevitável, devido à grande variabilidade e à baixa resistência do concreto à tração; mesmo sob as ações de serviço (utilização), valores críticos de tensões de tração são atingidos. Visando obter bom desempenho relacionado à proteção das armaduras quanto à corrosão e à aceitabilidade sensorial dos usuários, busca-se controlar a abertura dessas fissuras. A abertura das fissuras é o principal fator que influi na maior ou menor possibilidade da armadura ficar sujeita à oxidação. Verifica-se que o perigo só aparece depois das fissuras terem atingido determinada abertura, não oferecendo inconveniente grave as fissuras capilares que se formam junto às armaduras, desde que o concreto seja convenientemente executado. CONCRETO Concreto é uma argamassa resultante da mistura em proporções ideais de cimento (aglomerante), água e agregados. Concreto = Aglomerante (cimento portland) + água + agregado miúdo (areia) + agregado graúdo (brita) Quadro 1 Quadro 2 CIMENTO PORTLAND As matérias-primas básicas para a produção do cimento portland são o calcário, a argila ou o xisto. O calcário pode ser ocasionalmente substituído por conchas ou outros carbonatos de cálcio. As argilas, ricas em sílica, resultam das transformações de rochas graníticas por ações naturais. O calcário e a argila são triturados e moídos na proporção de cerca de quatro partes de calcário para uma de argila, adicionando-se uma pequena quantidade de óxido de ferro como fundente, visando baixar a temperatura de clinqueirização, ou seja, a formação dos compostos do cimento. O clínquer é o produto resultante da calcinação até a fusão incipiente da mistura calcário e argila. Na fase final da produção do cimento, o clínquer é moído com uma portcentagem de cerca de 3% de gipsita, que tem a função de regular a pega do cimento. Aglomerante – é um material ativo, em geral pulverulenteo (pó), que promove a ligação entre os grãos do material inerte (agregado). Os aglomerantes são utilizados para a fabricação de pastas (aglomerante + água), argamassas (aglomerante + água + agregado miúdo) e concretos (aglomerante + água + agregado miúdo + agregado graúdo). MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 6 TABELA DE TIPOS DE CIMENTO FABRICADOS NO BRASIL (ABCP-2002) MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 7 ADIÇÕES As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem, permitem a fabricaçãodos diversos tipos de cimento portland hoje disponíveis no mercado. Essas outras matérias-primas são a gipsita (gesso) como já dito, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e os materiais carbonáticos. O gesso tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é, oinício do endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. Caso não se adicionasse o gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato com a água, endureceria quase que instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso nas obras. Por isso, o gesso é uma adição presente em todos os tipos de cimento portland. A quantidade adicionada é pequena: em geral, 3% de gesso para 97% de clínquer, em massa. As escórias de alto-forno são obtidas durante a produção de ferro-gusa nas indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. Antigamente, as escórias de alto-forno eram consideradas como um material sem maior utilidade, até ser descoberto que elas também tinham a propriedade de ligante hidráulico muito resistente, ou seja, que reagem em presença de água,desenvolvendo características aglomerantes de forma muito semelhante à do clínquer. Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à moagem do clínquer com gesso, guardadas certas proporções, e obter como resultado um tipo de cimento que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e maior resistência final. Os materiais pozolânicos são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas em elevadas temperaturas (550oC a 900oC) e derivados da queima de carvão mineral nas usinas termelétricas, entre outros. Da mesma forma que no caso da escória de alto-forno, pesquisas levaram à escoberta de que os materiais pozolânicos, quando pulverizados em partículas muito finas, também passam a apresentar a propriedade de ligante hidráulico, se bem que de forma distinta. Isto porque não basta colocar os materiais pozolânicos, sob forma de pó muito fino, em presença de água, para que passem a desenvolver as reações químicas que os tornam primeiramente pastosos e depois endurecidos. A reação só vai acontecer se, além da água, os materiais pozolânicos moídos em grãos finíssimos também forem colocados em presença de mais um outro material. O clínquer é justamente um desses materiais, pois no processo de hidratação libera hidróxido de cálcio (cal) que reage com a pozolana. Oferecendo a vantagem de conferir maior impermeabilidade, por exemplo, aos concretos e às argamassas. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 8 Os materiais carbonáticos são rochas moídas, que apresentam carbonato de cálcio em sua constituição tais como o próprio calcário. Tal adição serve também para tornar os concretos e as argamassas mais trabalháveis, porque os grãos ou partículas desses materiais moídos têm dimensões adequadas para se alojar entre os grãos ou partículas dos demais componentes do cimento, funcionando como um verdadeiro lubrificante. Quando presentes no cimento são conhecidos como fíler calcário. Conclui-se, pois que, de todas as adições, o gesso não pode, em hipótese alguma, deixar de ser misturado ao cimento, e que as demais matérias-primas adicionadas (escória de alto-forno, materiais pozolânicos e materiais carbonáticos) são totalmente compatíveis com o principal componente do cimento portland – o clínquer. TABELA DE INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE CIMENTO NAS ARGAMASSAS E CONCRETOS Hidratação dos compostos do cimento A presença de água junto aos compostos do cimento dá origem às reações de hidratação, transformando a pasta num corpo sólido. A hidratação dos compostos do cimento é levemente modificada na presença da gipsita. Quadro 3 Hidraulicidade – é a propriedade que caracteriza os aglomerantes hidráulicos, isto é, de endurecer quando misturados com água e resistir satisfatoriamente, após o endurecimento, quando submetidos à ação dissolvente da água. Pega – é a fase inicial do processo de endurecimento, isto é, à transformação da pasta plástica em pasta endurecida. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 9 Cimento Portland: uso • Início de pega: ~ até 3h após mistura da água ao cimento. • Fim de pega: ~ 10h. • Cura (garantir que a água de hidratação do cimento não seja perdida para o ambiente). • Após a cura: endurecimento e ganho de resistência progressivos. TABELA DE APLICAÇÕES DOS DIFERENTES TIPOS DE CIMENTO PORTLAND MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 10 PROPRIEDADES FÍSICAS As propriedades físicas do cimento Portland são consideradas sob três aspectos distintos: propriedades do produto em sua condição natural (em pó), da mistura de cimento e água (pasta) em proporções convenientes e da mistura da pasta com agregado padronizado (argamassa/concreto). As propriedades da pasta e argamassa são relacionadas com o comportamento desse produto quando utilizado, ou seja, as suas propriedades potenciais para a elaboração de concretos e argamassas. Tais propriedades se enquadram em processos artificialmente definidos nos métodos e especificações padronizados. PROPRIEDADES MECÂNICAS As principais propriedades mecânicas do concreto são: resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Essas propriedades são determinadas a partir de ensaios, executados em condições específicas. Geralmente, os ensaios são realizados para controle da qualidade e atendimento às especificações. Resistência à compressão A resistência à compressão simples, denominada fc, é a característica mecânica mais importante. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 11 Para estimá-la em um lote de concreto, são moldados e preparados corpos de prova segundo a NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos ou prismáticos de concreto, os quais são ensaiados de acordo com a NBR 5739 – Concreto – Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. O corpo de prova padrão brasileiro é o cilíndrico, com 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, e a idade de referência é 28 dias. Após ensaio de um número muito grande de corpos de prova, pode ser feito um gráfico com os valores obtidos de fc versus a quantidade de corpos de prova relativos a determinado valor de fc, também denominada densidade de freqüência. A curva encontrada denomina-se Curva Estatística de Gauss ou Curva de Distribuição Normal para a resistência do concreto à compressão. Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressão Na curva de Gauss encontram-se dois valores de fundamental importância: resistência média do concreto à compressão, fcm, e resistência característica do concreto à compressão, fck. O valor fcm é a média aritmética dos valores de fc para o conjunto de corpos de prova ensaiados, e é utilizado na determinação da resistência característica, fck. O desvio padrão s corresponde à distância entre a abscissa de fcm e a do ponto de inflexão da curva (ponto em que ela muda de concavidade). Portanto, pode-se definir fck como sendo o valor da resistência que tem 5 % de probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de corpos de prova de um determinado lote de concreto. Resistência à tração Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta, fct, são análogos aos expostos no item anterior, para a resistência à compressão. Portanto, tem-se a resistência média do concreto à tração, fctm, valor obtido da média aritmética dos resultados, e a resistência característica do concreto à tração, fctk ou simplesmente ftk, valor da resistênciaque tem 5% de probabilidade de não ser alcançado pelos resultados de um lote de concreto. A diferença no estudo da tração encontra-se nos tipos de ensaio. Há três normalizados: tração direta, compressão diametral e tração na flexão. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 12 a) Ensaio de tração direta Neste ensaio, considerado o de referência, a resistência à tração direta, fct, é determinada aplicando-se tração axial, até a ruptura, em corpos de prova de concreto simples (Figura 5). A seção central é retangular, com 9 cm por 15 cm, e as extremidades são quadradas, com 15 cm de lado. Figura 5 – Ensaio de tração direta b) Ensaio de tração na compressão diametral (spliting test) É o ensaio mais utilizado, por ser mais simples de ser executado e utilizar o mesmo corpo de prova cilíndrico do ensaio de compressão (15 cm por 30 cm). Também é conhecido internacionalmente como Ensaio Brasileiro, pois foi desenvolvido por Lobo Carneiro, em 1943. Para a sua realização, o corpo de prova cilíndrico é colocado com o eixo horizontal entre os pratos da máquina de ensaio, e o contato entre o corpo de prova e os pratos deve ocorrer somente ao longo de duas geratrizes, onde são colocadas tiras padronizadas de madeira, diametralmente opostas (Figura 6), sendo aplicada uma força até a ruptura do concreto por fendilhamento, devido à tração indireta. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 13 Figura 6 – Ensaio de tração por compressão diametral adaptado de Mehta e Monteiro O valor da resistência à tração por compressão diametral, fct,sp, encontrado neste ensaio, é um pouco maior que o obtido no ensaio de tração direta. c) Ensaio de tração na flexão Para a realização deste ensaio, um corpo de prova de seção prismática é submetido à flexão, com carregamentos em duas seções simétricas, até a ruptura. O ensaio também é conhecido por “carregamento nos terços”, pelo fato das seções carregadas se encontrarem nos terços do vão. Analisando os diagramas de esforços solicitantes, pode-se notar que na região de momento máximo tem-se cortante nula. Portanto, nesse trecho central ocorre flexão pura. Os valores encontrados para a resistência à tração na flexão, fct,f, são maiores que os encontrados nos ensaios descritos anteriormente (tração direta e compressão diametral). Figura 7 – Ensaio de tração na flexão (MEHTA e MONTEIRO, 2008) MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 14 Figura 8 – Diagramas de esforços solicitantes (ensaio de tração na flexão) Módulo de elasticidade Outro aspecto fundamental no projeto de estruturas de concreto consiste na relação entre as tensões e as deformações. Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão e deformação, para determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei de Hooke). Figura 9 – Módulo de elasticidade ou de deformação longitudinal Para o concreto, a expressão do Módulo de Elasticidade é aplicada somente à parte retilínea da curva tensão versus deformação ou, quando não existir uma parte retilínea, a expressão é aplicada à tangente da curva na origem. Desta forma, é obtido o Módulo de Deformação Tangente Inicial, Eci . MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 15 Figura 10 – Módulo de deformação tangente inicial (Eci) ESTRUTURA INTERNA DO CONCRETO O concreto tem uma estrutura interna altamente complexa e heterogênea, sendo esta a dificuldade de sua compreensão. Entretanto, o conhecimento da estrutura e das propriedades individuais dos materiais constituintes e da relação entre eles auxilia a compreensão das propriedades dos vários tipos de concreto. Por isso o concreto é dividido em três constituintes: pasta de cimento hidratada, agregado e zona de transição na interface entre a pasta de cimento e o agregado. A fase agregado é a principal responsável pela massa unitária, pelo módulo de elasticidade e pela estabilidade dimensional. Essas propriedades do concreto dependem, principalmente, da densidade e da resistência do agregado, que por sua vez são determinadas mais por suas características físicas do que pelas químicas. A pasta de cimento hidratada é resultado das complexas reações química do cimento com a água. A hidratação do cimento evolui com o tempo, o que resulta em diferentes fases sólidas, vários tipos de vazios e água em diferentes formas. As quatro principais fases sólidas são: silicato de cálcio hidratado (C-S-H), parte resistente da pasta; hidróxido de cálcio (CH), parte frágil da pasta; sulfoaluminato de cálcio e grão de clinquer não hidratado. Os vazios presentes na pasta de cimento hidratada são classificados de acordo com o tamanho: espaço interlamelar no C-S-H, que são os menores vazios; vazios capilares, espaço entre os componentes sólidos da pasta; MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 16 ar incorporado, que são os maiores vazios, só superados pelos relativos ao ar aprisionado, que ocupam os maiores vazios. A classificação da água presente na pasta de cimento hidratada é baseada no grau de dificuldade ou de facilidade com que pode ser removida. São elas, na ordem crescente de dificuldade de remoção: água capilar ou água livre; água adsorvida; água interlamelar e água quimicamente combinada. A zona de transição, na interface das partículas grandes de agregado e da pasta de cimento, embora composta pelos mesmos elementos que a pasta de cimento hidratada, apresenta propriedades diferentes da matriz. Esse fato se deve principalmente ao filme de água formado em torno das partículas de agregado, que alteram a relação água/cimento nessa região, formando uma estrutura mais porosa e menos resistente. DEFORMAÇÕES O concreto apresenta deformações elásticas e inelásticas, no carregamento, e deformações de retração por secagem ou por resfriamento. Quando restringidas, as deformações por retração ou térmicas resultam em padrões de tensão complexos, que costumam causar fissuração. As deformações do concreto dependem essencialmente de sua estrutura interna. A contração térmica é de maior importância nos elementos de grande volume de concreto. Sua magnitude pode ser controlada por meio do coeficiente de expansão térmica do agregado, consumo e tipo de cimento e da temperatura dos materiais constitutivos do traço do concreto. Retração por Secagem e Fluência Denomina-se retração a redução de volume que ocorre no concreto, mesmo na ausência de tensões mecânicas e de variações de temperatura. A retração por secagem é a deformação associada à perda de umidade. A fluência é o fenômeno do aumento gradual da deformação ao longo do tempo, sob um dado nível de tensão constante. No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração ocorrem ao mesmo tempo. Expansão Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas e em peças tracionadas, devido à fluência. Nas peças submersas, no início tem-se retração química. Porém, o fluxo de água é de fora para dentro. Por conta disso, as decorrentes tensões MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 17 capilares anulam a retração química e, em seguida, provocam a expansão da peça. Deformações térmicas Em geral, sólidos se expandem com o aquecimento e se retraem com o resfriamento. A não ser sob condições extremas de temperatura, as estruturas comuns de concreto sofrem pouco ou nenhum dano com as alterações da temperatura ambiente. No entanto, em estruturas massivas (por exemplo: barragens), a combinação do calor produzido pela hidratação do cimento econdições desfavoráveis de dissipação de calor resultam em grande elevação da temperatura do concreto, poucos dias após o lançamento. A deformação associada à mudança de temperatura depende do coeficiente de expansão térmica do material e da magnitude de queda ou de elevação de temperatura. Deformação imediata A deformação imediata acontece por ocasião do carregamento e ocorre de acordo com a Teoria da Elasticidade. Corresponde ao comportamento do concreto como sólido verdadeiro, e é causada por uma acomodação dos cristais que formam o material. FATORES QUE INFLUEM NAS PROPRIEDADES DO CONCRETO Os principais fatores que influem nas propriedades do concreto são: Tipo e quantidade de cimento; Qualidade da água e relação água-cimento; Tipos de agregados, granulometria e relação agregado-cimento; Presença de aditivos e adições; Procedimento e duração do processo de mistura; Condições e duração do transporte e do lançamento; Condições de adensamento e de cura; Forma e dimensões dos corpos de prova; Tipo e duração do carregamento; Idade do concreto, umidade, temperatura etc. Ensaios do Concreto A amostragem do concreto para ensaios de resistência à compressão deve ser feita dividindo-se a estrutura em lotes que atendam a todos os limites da tabela abaixo: MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 18 Tabela: Valores para formação de lotes de concreto (NBR12655 - Tabela 2) Solicitação principal dos elementos da estrutura Limites superiores Compressão ou compressão e flexão Flexão simples Volume de concreto 50 m3 100 m3 Número de andares 1 1 Tempo de concretagem 3 dias de concretagem (*) (*) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias, que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas. Definido o lote, o controle da resistência pode ser feito de duas maneiras distintas: Controle estatístico por amostragem parcial Para este tipo de controle são retirados exemplares de algumas betonadas, sendo que as amostras devem ter no mínimo seis exemplares para os concretos do Grupo I e doze exemplares para os concretos do grupo II. Controle estatístico por amostragem total Para este tipo de controle são retirados exemplares de cada betonada, e aplica-se a casos especiais, não havendo limitação para o número de exemplares do lote. ACEITAÇÃO DA ESTRUTURA (NBR 6118:2003) (NBR 6118 - item 25.3) Existência de não-conformidades em obras executadas Ações corretivas No caso da existência de não-conformidades, devem ser adotadas as seguintes ações corretivas: a) Revisão do projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, considerando os valores obtidos nos ensaios; b) no caso negativo, devem ser extraídos e ensaiados testemunhos conforme disposto na NBR 7680, se houver também deficiência de resistência do concreto cujos resultados devem ser avaliados de acordo com a NBR 12655, procedendo-se a seguir nova verificação da estrutura visando sua aceitação; c) não sendo eliminada a não-conformidade, aplica-se o disposto em 25.3.3. Há casos em que pode também ser recomendada a prova de carga, desde que não haja risco de ruptura frágil. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 19 Não conformidade final Constatada a não-conformidade final de parte ou do todo da estrutura, deve ser escolhida uma das seguintes alternativas: a) determinar as restrições de uso da estrutura; b) providenciar o projeto de reforço; c) decidir pela demolição parcial ou total. RESISTÊNCIA DE CÁLCULO A resistência do concreto para fins de cálculo é minorada através de coeficientes de ponderação, os quais tem por finalidade cobrir as incertezas que ainda não possam ser tratadas pela estatística, tais como: incerteza quanto aos valores considerados para a resistência dos materiais utilizados; erros cometidos quanto a geometria da estrutura e de suas seções; avaliação inexata das ações; hipóteses de cálculo consideradas que possam acarretar divergências entre os valores calculados e as reais solicitações; avaliação da simultaneidade das ações. Os valores de cálculo da resistência do concreto à compressão e tração são os respectivos valores característicos adotados para projeto, divididos pelo coeficiente de ponderação no estado limite último (ELU) c, levando em conta: - possíveis diferenças entre a resistência dos materiais na estrutura e aquelas obtidas em ensaios padronizados; - dispersão na qualidade dos materiais; - imprecisões nas correlações de resistência utilizadas nos projetos. (NBR6118 - item 12.4.1, tabela 12.1) O coeficiente de ponderação c varia de acordo com a qualidade do concreto, sendo: c = 1,4 (para combinações de ações normais); Para execução de elementos estruturais com más condições de transporte, adensamento manual ou concretagem deficiente pela concentração de armadura deve ser adotado c multiplicado por 1,1 (majorar a necessidade de armadura). Para elementos estruturais pré-moldados e pré-fabricados, deve ser consultada a NBR 9062. Admite-se, no caso de testemunhos extraídos da estrutura, dividir c por 1,1 (minorar os resultados). MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 20 FATORES QUE INFLUEM NA RESISTÊNCIA DO CONCRETO QUALIDADE DOS MATERIAIS Agregados Os agregados podem ser definidos como os “materiais granulosos e inertes que entram na composição das argamassas e concretos” (BAUER, 1979). São muito importantes no concreto porque cerca de 70% da sua composição é constituída pelos agregados, e são os materiais de menor custo dos concretos. Podem ser considerados como “enchimento”. Sendo material inerte, é responsável por promover mais resistência ao concreto. Eles são muito importante para a trabalhabilidade do concreto. Os agregados são classificados quanto à origem em naturais e artificiais. Os agregados naturais são aqueles encontrados na natureza, como areias de rios e pedregulhos, também chamados cascalho ou seixo rolado Figura 9. Os agregados artificiais são aqueles que passaram por algum processo para obter as características finais, como as britas originárias da trituração de rochas. Areia natural Seixo rolado Agregados naturais miúdo (areia) e graúdo (seixo rolado). Na classificação quanto às dimensões (granulometria), os agregados são chamados de miúdo, como as areias, e graúdo, como as pedras ou britas. O agregado miúdo tem diâmetro máximo igual ou inferior a 4,8 mm, e o agregado graúdo tem diâmetro máximo superior a 4,8 mm. Os agregados graúdos (britas) têm a seguinte numeração e dimensões máximas. - brita 0 – 4,8 a 9,5 mm; - brita 1 – 9,5 a 19 mm; - brita 2 – 19 a 38 mm; - brita 3 – 38 a 76 mm; - pedra-de-mão - > 76 mm. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 21 Agregados gráudos artificiais (Fonte: www.mbv-mineracao.com.br/ Brita%203.htm). Podem ainda serem classificados quanto à massa. Assim os agregados podem ser leves, normais ou pesados. Sendo os leves aqueles que têm baixa densidade (pedra-pomes, argila expandida e as escórias), normais (britas, areias e seixos) e pesados, aqueles que têm alta densidade (britas de hematita e barita). Concretos executados com seixos ou com britas de maior diâmetro produzem concretos com menor exigência de água e, conseqüentemente, mais resistentes. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 22 A forma das partículas dos agregados tem importância fundamental nas propriedades do concreto, permitindo composições mais trabalháveiscom menor teor de água. Os grãos esféricos são de melhor trabalhabilidade. Agregados graúdos de forma achatada exigem muita argamassa para melhor trabalhabilidade, o que implica um maior consumo de cimento. Os agregados devem estar isentos de impurezas para não prejudicar a aderência com a pasta, apresentar resistência mecânica superior a pasta (para concretos convencionais) e uma granulometria contínua, diminuindo o volume de pasta de cimento. As britas são os agregados graúdos mais usados no Brasil, com uso superior a 50 % do consumo total de agregado graúdo nos concretos. No passado era comum a mistura de britas 1 e 2 para a confecção de concretos, porém, hoje no Brasil, a grande maioria dos concretos feitos para as obras correntes utiliza apenas a brita 1 na sua confecção. O diâmetro máximo dos agregados tem grande importância nas composições das misturas para concretos e argamassas. Quadro 4 Água A água é necessária no concreto para possibilitar as reações químicas do cimento, chamadas reações de hidratação, que irão garantir as propriedades de resistência e durabilidade do concreto. Tem também a função de lubrificar as demais partículas para proporcionar o manuseio do concreto. Normalmente a água potável é a indicada para a confecção dos concretos. Deve se apresentar isenta de resíduos industriais, detritos e impurezas que prejudiquem as reações químicas do cimento. A água que vai entrar em contato com o concreto tem ação constante, enquanto a água de amassamento só tem ação durante a hidratação do cimento. Um dos mecanismos de deterioração do concreto é devido à penetração da água em concreto que não são suficientemente compactados. Esta, ao penetrar no interior do concreto destrói a sua estrutura. O excesso de água, por efeito de gravidade, na superfície do concreto, após o adensamento, deixa uma rede de canalículos na massa o que facilita a penetração da água no concreto. Segundo a NB-1, o diâmetro máximo para misturas de concreto deve atender às seguintes condições: - Nas vigas o espaçamento entre armaduras deve ser 1,2 vezes superior ao diâmetro máximo; - O diâmetro máximo deve ser inferior a ¼ da distância entre as faces laterais das forma e 1/3 da espessura das lajes. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 23 Cimento A composição química do cimento influencia na evolução da resistência dos concretos. A finura também influencia na evolução da resistência (cimentos mais finos fornecem maiores resistências iniciais). Aditivos São adicionados aos constituintes convencionais do concreto, durante a mistura, quando se busca alguma propriedade especial, como aumento da plasticidade, controle do tempo de pega e do aumento da resistência e redução do calor de hidratação. Os tipos mais comuns são: d) Plastificantes e superplastificantes: reduzem a quantidade de água necessária para conferir a trabalhabilidade desejada, aumentando a resistência. e) Retardadores: Reduzem o início da pega por algumas horas permitindo a concretagem de grandes volumes sem juntas. f) Aceleradores: Aceleram a pega e o endurecimento do concreto, devendo ser aplicados na quantidade correta, caso contrário provocam endurecimento muito rápido, diminuição da resistência e corrosão da armadura. g) Incorporadores de ar: produzem bolhas de ar melhorando a trabalhabilidade e impermeabilidade, além de melhorar a resistência a meios agressivos. IDADE DO CONCRETO A resistência do concreto aumenta com a idade, devido ao mecanismo de hidratação do cimento. Para fins de projeto utiliza-se a resistência do concreto aos 28 dias (fc28). A partir desta idade o incremento da resistência é variável de acordo com o tipo de cimento e geralmente pequeno, ficando como adicional à segurança. A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida através de ensaios especialmente executados para tal. Na ausência de dados experimentais, em caráter orientativo, pode-se adotar os valores indicados na NBR 6118 item 12.3.3. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 24 Comparação da evolução da resistência do concreto em função do tempo para dois tipos de cimentos nacionais (valores experimentais) Idade do concreto (dias) 3 7 28 90 360 Cimento Portland Comum 0,40 0,65 1,00 1,20 1,35 Cimento Portland de Alta Resistência 0,55 0,75 1,00 1,15 1,20 Evolução da resistência do concreto em função da idade. RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO É o principal fator que influencia na resistência do concreto, pois o excesso de água na mistura deixa após o endurecimento vazios na pasta de cimento. Diz-se que a resistência do concreto é inversamente proporcional à relação água/cimento, segundo a Lei de Abrams. Curva de Abrams que indica a variação da resistência em função da relação água/cimento. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 25 PROPRIEDADES DO CONCRETO TRABALHABILIDADE A trabalhabilidade do concreto deve ser compatível com as dimensões da peça a ser moldada, com a distribuição e densidade das armaduras e com os processos de lançamento e adensamento a serem usados. DURABILIDADE Para garantir uma adequada durabilidade a uma estrutura de concreto armado, o projetista deve considerar o nível de agressividade do meio ambiente onde a obra vai ser executada, adotar um cobrimento mínimo de concreto e especificar parâmetros para a dosagem do concreto tais como, relação a/c, módulo de elasticidade do concreto, dimensão máxima do agregado graúdo e tipo de cimento. Os capítulos seguintes tratarão destes assuntos com mais detalhes. RESISTÊNCIA MECÂNICA O concreto a ser especificado nos projetos, de acordo com a nova NBR 6118, deverá apresentar uma resistência característica fck não inferior a 20 MPa. O concreto pré-misturado deverá ser fornecido com base na resistência característica. DIAGRAMA TENSÃO DEFORMAÇÃO O diagrama tensão x deformação acima mostra as curvas para dois concretos: “A” de baixa resistência (c rup = 0,30 a 0,45%) e “B” de alta resistência (c rup = 0,20 a 0,25%). Percebe-se que o concreto A apresenta uma deformação superior ao concreto B na ruptura. (NBR 6118) O diagrama tensão-deformação à compressão, a ser usado no cálculo, será suposto como sendo o simplificado da figura abaixo. MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 26 Diagrama tensão (c) x deformação (c) simplificado para concreto Obs: O diagrama tensão x deformação experimental de um concreto qualquer, é obtido em laboratório ensaiando-se corpos-de-prova padronizados do material. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CONCRETO ARMADO O concreto armado é um material que vem sendo largamente usado em todos os países do mundo, em todos tipos de construção, em função de várias características positivas, como por exemplo: a) Economia: especialmente no Brasil, os seus componentes são facilmente encontrados e relativamente a baixo custo; b) Conservação: em geral, o concreto apresenta boa durabilidade, desde que seja utilizado com a dosagem correta. É muito importante a execução de cobrimentos mínimos para as armaduras; c) Adaptabilidade: favorece à arquitetura pela sua fácil modelagem; d) Rapidez de construção: a execução e o recobrimento são relativamente rápidos; e) Segurança contra o fogo: desde que a armadura seja protegida por um cobrimento mínimo adequado de concreto; f) Impermeabilidade: desde que dosado e executado de forma correta; g) Resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga são menores. Por outro lado, o concreto armado também apresenta desvantagens, sendo as principais asseguintes: a) Peso próprio elevado, relativamente à resistência; b) Reformas e adaptações são de difícil execução; c) Fissuração (existe, ocorre e deve ser controlada); d) Transmite calor e som. c(‰)3,52,0 c 0,85fck MNA – PROFA CÍNTIA MONTEIRO UNIP ALPHAVILLE 27 Bibliografia: IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto. Materiais de construção civil e princípios de ciência e engenharia de materiais. Vol 1 e 2. São Paulo: Editor Geraldo C. Isaia, 2007. BAUER, L. A. Materiais de construção Vol 1 e 2. 4 ed. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos editora, 1987. ABCP- Associação Brasileira de Cimento Portland. REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e arquitetura. São Paulo: Zigurate Editores, 2000 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. REGO, NADIA V.A. Tecnologia das Construções – Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2005 ALVES, José D. Materiais de Construção – 8 ed. Goiania: Ed. da UFG/Ed. da UCG, 2006. ABCI - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA CONSTRUÇÃO INDUSTRIALIZADA - "Manual Técnico de Alvenaria" - Editora Projeto - São Paulo - 1990. BASTOS, P.S.S., Fundamentos do Concreto Armado – Notas de aula - FACULDADE DE ENGENHARIA - Departamento de Engenharia Civil – UNESP - Campus de Bauru/SP, 2006.- Disponível em http://www.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/FUNDAMENTOS.pdf YAZIGI, W. ; A Técnica de Edificar – Sinduscon SP – Editora PINI. CHING, F. Técnicas de construções ilustradas. 2ed. Porto Alegre. Editora Bookman, 2001.
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