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metodologia cientifica licao02

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Lição 02 / 1
Índice
1.Introdução
2. Consideração Sobre o Método Científico
3. Tipos de Métodos Científicos
3.1. Método Indutivo
3.2. Método Dedutivo
3.3. Método Hipotético-dedutivo
3.4. Método Dialético
3.5. Método Fenomenológico
4. Métodos Auxiliares
4.1. Método Experimental
4.2. Método Estatístico
4.3. Método Histórico
4.4. Método Comparativo
4.5. Método Clínico
4.6. Método Observacional
5. Diferença entre Método e Técnica
6. Texto Complementar
7. Conclusão
8. Notas complementares
Metodologia Científica
Lição 02
Técnicas e Métodos
Científicos
Lição 02 / 2
9.Referências
Lição 02 / 3
1. Introdução
O método se constitui no caminho de construção do discurso científico. Ele é a
trajetória que o pesquisador percorre para conhecer o objeto (fenômeno/fato
investigado) em busca de construir um conhecimento racional e sistemático, conforme
visto na aula anterior. O método enquanto construção, resultante de um processo por
meio do qual o homem procura conhecer a natureza e a sociedade, deve ser
compreendido e explicado como resultado de relações entre homens em contextos
históricos particulares e singulares. Diante disso, ele se altera refletindo o
desenvolvimento e as rupturas nos diferentes momentos da história.
Nesta lição, você vai conhecer os tipos de métodos criados no processo de
desenvolvimento do homem em busca do conhecimento, partindo-se da relação que se
estabelece entre sujeito e objeto do conhecimento. E a diferença entre o método e a
técnica, onde você entenderá melhor essa relação com a ciência.
Percebendo o mundo, o homem constrói trajetórias para conhecer e explicar os
fenômenos...
Pense nisto!!!
O homem cria diversos caminhos para apreender, compreender e
explicar o que o cerca. Esses caminhos podem ser percorridos por
pontos diferentes, ora pela razão, ora pela percepção, ou então, pela
convergência entre esses pontos.
No nosso dia a dia associamos método com ordem e organização. Pois bem, na esfera
do conhecimento, da investigação (pesquisa) ou de qualquer atividade intelectual, o
vocábulo método está associado ao termo metodologia, que é o estudo dos
métodos utilizados no processo de conhecimento.
Mas, afinal, qual a importância do método para uma investigação científica?
Será que o método é determinante para um trabalho científico?
Quais são as características do método?
Quais são os tipos de métodos de que dispomos para realizar uma
investigação científica?
Veremos isso tudo a seguir...
Lição 02 / 4
2. Consideração Sobre o
Método Científico
Você já viu que, como conhecimento metódico, sistemático, programado, a Ciência tem
como principal objetivo a busca da verdade sobre as coisas, os fatos, as ideias. Este,
no entanto, também é o objetivo das demais formas de conhecimento.
Pergunta: O que distingue, então, o conhecimento científico dos outros
conhecimentos?
Resposta: A possibilidade da verificação de seus resultados.
O conhecimento científico tem uma característica especial: os raciocínios e as técnicas
que utiliza podem ser claramente identificados. Quando sabemos exatamente qual foi o
caminho seguido, poderemos proceder com exatidão à verificação dos passos
percorridos até o resultado final. Esse caminho seguido, o roteiro seguro que guia o
cientista em suas investigações, é o método por ele utilizado.
Vamos então definir de forma provisória e geral o método como o caminho que
adotamos para alcançar determinado fim. Então, fica fácil para você deduzir que o
método científico é o caminho seguido pelo cientista na persecução de seus
resultados investigativos almejados.
Veja bem, é necessário que você compreenda com clareza que
...sem método científico, 
não se faz ciência!!!
Mario Bunge (1987), com muita precisão, destaca que o método científico é a teoria da
investigação. Assim, para que a investigação alcance os seus objetivos de forma
científica, é necessário que ela cumpra ou se proponha a cumprir algumas etapas
básicas, tais como:
ETAPA 1: Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de
Lição 02 / 5
conhecimentos. A partir de então, caso o problema não esteja
enunciado com clareza e precisão, passa-se à etapa 2; se estiver, passa-
se à etapa 3;
ETAPA 2: Colocação precisa do problema. Nesta etapa o problema
deve ser recolocado à luz dos novos conhecimentos já articulados ou em
processo de articulação;
ETAPA 3: Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao
problema. Neste momento o pesquisador deverá levar em consideração
às teorias, os dados empíricos, as tecnologias existentes, para, a partir
do conhecimento, tentar resolver o problema;
ETAPA 4: Tentativa de solução do problema com o auxílio dos
meios identificados. Se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa
5; do contrário passa-se à etapa 6.
ETAPA 5: Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas)
ou produção de novos dados empíricos que possibilitem uma solução
razoável ao problema;
ETAPA 6: Obtenção de uma solução próxima ou exata para o
problema a partir dos instrumentos conceituais ou empíricos disponíveis;
ETAPA 7: Investigação das consequências da solução obtida. No
caso de uma teoria devem-se procurar os prognósticos que possam ser
feitos com o seu auxílio. No caso de novos dados, devem-se examinar as
consequências que possam ter para as teorias existentes e relevantes;
ETAPA 8: Prova (comprovação) da solução. A solução encontrada
deve ser confrontada com a totalidade das teorias e das informações
empíricas pertinentes. Caso o resultado seja satisfatório, a pesquisa
pode ser dada por concluída até que novos problemas surjam. Caso
contrário, deve-se passar para a etapa 9.
ETAPA 9: Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na obtenção da solução incorreta. Caso isto venha a
ocorrer, estaremos diante do começo de um novo ciclo de investigação,
caminho natural de qualquer indivíduo que queira buscar novos
conhecimentos.
Lição 02 / 6
As etapas assim se apresentam, de forma esquemática:
Das etapas mencionadas acima podemos verificar que nenhuma é suficientemente
específica e precisa para nos permitir, por si só, executar o passo correspondente na
pesquisa, por exemplo: para que posamos levar adiante qualquer investigação, é
necessário que entremos no assunto. É preciso adquirir determinados conhecimentos,
Lição 02 / 7
atentar para tudo aquilo que ignoramos, escolher o tema que se quer averiguar, planejar
a melhor maneira de fazê-lo, além de outros aspectos que devem ser observados.
Você já pode entender que a ciência é constituída de um conhecimento racional [1] ,
metódico [2] e sistemático [3] , capaz de ser submetido à verificação [4] , buscado
através de métodos e técnicas diversas, ou seja, por passos nos quais se descobrem
novas relações entre fenômenos que interessam a um determinado ramo científico ou
aspectos ainda não revelados de um determinado fenômeno (GALLIANO, 1986, p. 28).
Agora que você leu as considerações sobre o método científico, apresentaremos uma
situação interessante, descrita por Galliano (1986, p.4-5).
O autor afirma que qualquer pessoa vive diariamente cercada por métodos, ainda que
não os perceba. Ao limpar a casa, você não passa, primeiro, o pano molhado, para,
depois, varrer o chão; ao fazer um churrasco, você não assa a carne antes de colocar o
sal e os temperos; ao comer uma laranja, você não a corta em pedaços para depois
tirar a casca; tem de usar o método adequado para atingir um objetivo tão simples.
Galliano cita um exemplo, o de estar calçado com meia e sapato, que deixa ainda mais
clara a explicação. Se não seguir a ordem correta das ações, primeiro você calçará o
sapato, depois verificará que não é possível pôr a meia, já calçado com o sapato,
assim, terá de descalçá-lo, para então colocar a meia e novamente calçá-lo.
O que o autor quis demonstrar com o exemplo?
Que, aodeixar de seguir a ordem correta das ações no emprego do método, o
resultado não é alcançado na primeira tentativa. Para chegar ao resultado esperado,
você deve voltar ao início da sequência e fazê-la de forma correta, ou seja, observar o
método, já que quando o método não é observado, você gasta tempo e energia
inutilmente.
O autor complementa: o método nada mais é do que o caminho para
chegarmos a um fim.
Reflita um pouco!!!
Lição 02 / 8
Você consegue lembrar de outros métodos que estão presentes na sua vida
cotidiana? Analise o que existe de comum entre eles, assim, poderá fazer sua
própria definição sobre método.
Lição 02 / 9
3. Tipos de Métodos Científicos
Afirmamos que a observação dos métodos científicos é estritamente necessária para
que sua pesquisa seja considerada científica. Agora, veja bem, ainda que esses
métodos sejam chamados científicos, isso não significa que sejam utilizados apenas
para fazer Ciência. Muito pelo contrário, se você é um pensador da área da Filosofia,
deverá aplicar em suas investigações um método de sua escolha ou desenvolvimento
que lhe possibilite o tratamento rigoroso e o resultado eficiente de seu trabalho.
Esses métodos científicos de que vamos tratar agora pressupõem ao menos um
das formas de organização do raciocínio que poderá ser empregado na pesquisa. A
partir delas o pesquisador poderá optar pelo alcance de sua investigação, pelas
premissas que explicarão os fatos, as coisas, os objetos, e pela validade de suas
generalizações. Portanto, quando falamos em raciocínio, estamos nos referindo a um
modo de pensar ordenado, coerente e lógico.
Considerando as formas de organizaçãodo raciocínio, podemos classificar os métodos
científicos em: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.
Além desses métodos científicos considerados como primordiais e reciprocamente
excludentes na atividade investigativa, temos outros métodos que podem ser igualmente
empregados de forma concomitante com os primeiros, de acordo com as condições e
os objetivos finais a serem alcançados. Esses métodos auxiliares cumprem, por
conseguinte, uma função técnica estratégica.
3.1. Método Indutivo
O método indutivo permite que possamos analisar nosso objeto para tirarmos
conclusões gerais ou universais. Assim, a partir, por exemplo, da observação de um ou
de alguns fenômenos particulares, uma proposição mais geral é estabelecida para, por
sua vez, ser aplicada a outros fenômenos. É, portanto, um procedimento
generalizador.
EXEMPLOS:
Lição 02 / 10
O método indutivo realiza-se em três etapas:
a) Observação dos fenômenos: nessa etapa observamos os fatos ou fenômenos e os
analisamos, com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação;
b) Descoberta da relação entre eles: na segunda etapa procuramos, por intermédio
da comparação, aproximar os fatos ou fenômenos, com a finalidade de descobrir a
relação constante existente entre eles;
c)Generalização da relação: nesta última etapa generalizamos a relação encontrada
na precedente, entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos quais ainda não
observamos (e muitos inclusive inobserváveis).
Exemplo: Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a
relação entre ser homem e ser mortal; generalizo dizendo que todos os
homens são mortais.
EXEMPLOS:
A utilização de indução leva à formulação de duas perguntas:
Lição 02 / 11
Qual a justificativa para as inferências indutivas?
A resposta é: temos expectativas e acreditamos que exista certa regularidade
nas coisas, e, por este motivo, o futuro será como o passado.
Qual a justificativa para a crença de que o futuro será como o passado?
São, principalmente, as observações feitas no passado.
Exemplo: se o sol vem “nascendo” há milhões de anos, pressupõe-se que “nascerá”
amanhã. Portanto, as observações repetidas, feitas no passado, geram em nós a
expectativa de certa regularidade no mundo, no que se refere a fatos e fenômenos. Por
este motivo, analisando-se vários casos singulares do mesmo gênero, entendem-se a
todos (do mesmo gênero) as conclusões baseadas nas observações do primeiro,
através da “constância das leis da natureza” ou do “princípio do determinismo”.
Principal crítica ao Método Indutivo:
A indução não pode transmitir a certeza e a evidência.
O salto de um para todos exigiria uma observação infinita.
Podemos concluir que o método indutivo é uma forma de organizar o
raciocínio da pesquisa, que é o pressuposto básico para a existência de
qualquer tipo de Ciência experimental, pois sem a existência do método
indutivo a concepção de Ciência estaria limitada a um conhecimento
sem possibilidade de comprovação ou de verificação.
Lição 02 / 12
3.2. Método Dedutivo
O método dedutivo parte de argumentos gerais para argumentos particulares.
Primeiramente, são apresentados os argumentos que se consideram verdadeiros e
inquestionáveis para, em seguida, chegar a conclusões formais, já que essas
conclusões ficam restritas única e exclusivamente à lógica das premissas
estabelecidas.
A questão fundamental da dedução está na relação lógica que deve ser estabelecida
entre as proposições apresentadas, a fim de não comprometer a validade da
conclusão.
Se, por um lado, o método dedutivo possibilita levar o investigador do conhecido
para o desconhecido com uma margem pequena de erro, por outro, esse mesmo
método tem seu alcance bastante limitado, já que sua conclusão não pode em hipótese
alguma ultrapassar o conteúdo enunciado nas premissas.
O raciocínio dedutivo fundamenta-se em um silogismo, uma operação típica da Lógica
em que, a partir de uma premissa maior e mais genérica e uma menor e mais
específica pode-se chegar a um resultado necessário que é a conclusão.
Exemplo de raciocínio dedutivo:
Premissa maior: o ser humano é mortal.
Premissa menor: “X” é um ser humano.
Conclusão: Logo, “X” é mortal.
Cabe esclarecer, por fim, que muitas vezes o método dedutivo e o indutivo não se
apresentam de forma muito clara, isto porque ambos estão fundamentados no processo
observacional. Ressalta-se, no entanto, que, se por um lado, o método dedutivo pode
nos levar à construção de novas teorias e novas leis, por outro, o método indutivo só
nos possibilita chegar a generalizações empíricas de observações.
Lição 02 / 13
Para que você possa compreender melhor, veja os seguintes exemplos:
Dedutivo:
Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.
Indutivo:
Todos os cães que foram observados tinham um coração.
Logo, todos os cães têm um coração.
Segundo Salmon (1978), as duas características básicas que distinguem os argumentos
dedutivos dos indutivos são:
Lição 02 / 14
DEDUTIVOS INDUTIVOS
I.Se todas as premissas são verdadeiras,
a conclusão deve ser verdadeira.
I.Se todas as premissas são verdadeiras, a
conclusão é provavelmente verdadeira, mas
não necessariamente verdadeira.
II.Toda a informação ou conteúdo fatual
da conclusão já estava, pelo menos
implicitamente, nas premissas.
II. A conclusão encerra informação que não
estava, nem implicitamente, nas premissas.
Característica I. No argumento dedutivo, para que a conclusão
“todos os cães têm um coração” fosse falsa, uma das ou as duas
premissas teriam de ser falsas: ou nem todos os cães são
mamíferos ou nem todos os mamíferos têm um coração. Por outro
lado, no argumento indutivo é possível que a premissa seja
verdadeira e a conclusão falsa: o fato de não se ter, até o presente,
encontrado um cão sem coração, não é garantia de que todos os
cães têm um coração.
Característica II. Quando a conclusão do argumento dedutivo
afirma que todos os cães têm um coração, está dizendo alguma
coisa que, na verdade, já tinha sido dita nas premissas; portanto,
como todo argumento dedutivo, reformula ou enuncia de modo
explícito a informaçãojá contida nas premissas. Dessa forma, se a
conclusão, a rigor, não diz mais que as premissas, ela tem de ser
verdadeira se as premissas o forem. Por sua vez, no argumento
indutivo, a premissa refere-se apenas aos cães já observados, ao
passo que a conclusão diz respeito a cães ainda não observados;
portanto, a conclusão enuncia algo não contigo na premissa. É por
este motivo que a conclusão pode ser falsa – pois pode ser falso o
conteúdo adicional que encerra -, mesmo que a premissa seja
verdadeira.
Conclui Fachin (2003, p. 31) que os métodos indutivo e dedutivo não se opõem e
constituem uma única cadeia de raciocínio. Cita, ainda, como exemplo: a varíola
é curável com a vacina X; ora, um paciente tal é portador de varíola, logo, é
Lição 02 / 15
curado com a vacina X. Houve uma intuição para estabelecer a ordem geral do
conhecimento quanto ao medicamento, por meio do raciocínio dedutivo, com o
aproveitamento de uma experiência conhecida e induzida anteriormente. O
método indutivo é uma fase meramente científica, é o espírito experimental da
ciência, que oferece probabilidades, enquanto o dedutivo é a fase da realização
da atividade, oferecendo certezas.
Oliveira (2002, p. 63) complementa, sobre os métodos indutivo e dedutivo,
quando observa que:
A dedução e a indução, tal como a síntese e análise,
generalizações e abstrações, não são métodos isolados de
raciocínio de pesquisa. Eles se completam [...]; a conclusão
estabelecida pela indução pode servir de princípio – premissa
maior - para a dedução, mas a conclusão da dedução pode
também servir de princípio da indução seguinte – premissa
menor –, e assim sucessivamente.
3.3. Método Hipotético-dedutivo
Vamos nos ocupar agora de um método científico que possui características
comuns aos dois anteriores: o método hipotético-dedutivo. Ele tem em comum
com o método dedutivo o procedimento racional que transita do geral para o
particular, e com o método indutivo, o procedimento experimental como sua
condição fundante.
Vamos ver como isso funciona?
Tal método, proposto pelo filósofo austríaco Karl Popper, tem uma abordagem
que busca a eliminação dos erros de uma hipótese. Faz isso a partir da ideia de
testar a falsidade de uma proposição, ou seja, a partir de uma hipótese,
estabelece-se que situação ou resultado experimental nega essa hipótese e
tenta-se realizar experimentos para negá-la.
Assim, a abordagem do método hipotético-dedutivo é a de buscar a verdade
eliminando tudo o que é falso.
Para Karl R. Popper, o método científico parte de um problema (P1), ao qual se
oferecesse uma espécie de solução provisória, uma teoria-tentativa (TT),
passando-se depois a criticar a solução, com vista à eliminação do erro (EE) e,
tal como no caso da dialética, esse processo se renovaria a si mesmo, dando
Lição 02 / 16
surgimento a novos problemas (P2).
Posteriormente, diz o autor, “condensei o
exposto no seguinte esquema:
P1__________TT__________EE__________P2
(…) Eu gostaria de resumir este esquema,
dizendo que a ciência começa e termina com
problemas” (1977:140-1). Já tinha escrito em
outro lugar: “eu tenho tentado desenvolver a
tese de que o método científico consiste na
escolha de problemas interessantes e na crítica
de nossas permanentes tentativas experimentais
e provisórias de solucioná-los” (1975: 14).
O esquema apresentado por Popper
anteriormente poderá ser expresso da seguinte
maneira:
Portanto, Popper defende estes momentos no processo investigatório:
1. Problema: formulação de uma ou mais hipóteses a partir das teorias
existentes;
2. Solução: dedução de conseqüências na forma de proposições;
3. Testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela
observação e experimentação.
É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à
certeza, pois o conhecimento absolutamente certo e demonstrável
não é alcançado.
3.4. Método Dialético
O método dialético é uma possibilidade de caminho na construção do saber
Lição 02 / 17
científico no campo das ciências humanas. Ele torna-se a trajetória percorrida
pelo sujeito (pesquisador) na busca de conhecer e perceber-se na construção
desse conhecimento do objeto (fenômeno/fato investigado) que se constrói e
(des) constrói nas interações entre o sujeito e o objeto.
Nesse modo de conhecer o homem se constrói enquanto homem na produção
de sua vida material. Ao estabelecer uma relação com a natureza na qual ele a
humaniza, transformando-a em natureza morta pela negação de sua condição, o
homem a torna um fenômeno social pela significação que ele dá a essa
interação; no entanto, ao modificá-la ele também se transforma, mudando a sua
percepção sobre a natureza e ao retornar sobre si se percebe como sujeito
criado nessa interação.
O exercício dialético nos permite compreender que o homem enquanto ser
histórico na produção de uma vida material estabelece relações de negação com
o mundo e com ele próprio, criando contradições e gerando conflitos nas
relações que se tornam a base da organização de sua vida social.
Pense nisto!!!
Os conflitos sociais criam possibilidades reflexivas sobre a forma
como o homem se organiza para viver em sociedade. Esses
conflitos podem ser pensados pela dialética das contradições de
uma vida organizada, a partir dos conflitos de classe.
Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as contradições se
transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer
solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade.
Considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social,
político, econômico, etc. Empregado em pesquisa qualitativa (GIL, 1999;
LAKATOS; MARCONI, 1993).
Lição 02 / 18
Na Dialética, o pensamento passa necessariamente por uma
afirmação ou tese inicial, a construção de sua contradição, ou
antítese dela, para se chegar a uma síntese.
3.5. Método Fenomenológico
Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem
indutivo.
Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é
construída socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o
comunicado.
Então, a realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas
interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no
processo de construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992).
Lição 02 / 19
Fases do Método Fenomenológico
Fonte: Disponível em: //www.filosofiaonline.com/filosofia/?p=427
Lição 02 / 20
4. Métodos Auxiliares
Deter-nos-emos agora em alguns métodos que podem ser considerados
auxiliares daqueles métodos científicos que acabamos de estudar. Ainda que
tenha caráter instrumental secundário, a utilização desses métodos pode vir a
operacionalizar, de forma muito eficiente, aquilo que você gostaria de externar
com seu trabalho.
Elegemos aqui apenas alguns, dentre aqueles mais frequentemente aplicados
nas investigações em Ciências Humanas e Sociais.
Vamos lá!
4.1. Método Experimental
O método experimental ou empírico é
aquele fundado na experiência, que é
um tipo de ensaio científico em que o
objeto de pesquisa é submetido a um
quadro totalmente controlado destinado
à verificação de seus atributos.
Pela aplicação desse método é possível
pôr à prova determinado fenômeno,
testando-o sob condições ideais, que
são reproduzidas, por exemplo, em
laboratório (mas não necessariamente).
O emprego do método experimental pressupõe a eleição de certas hipóteses a
serem verificadas durante a experiência. Assim, tais hipóteses poderão ser
confirmadas ou prejudicadas pelos efeitos alcançados.
Lição 02 / 21
Regras da experimentação
Estender a experiência, intensificando a suposta causa para
ver se proporcionalmente intensifica-se o suposto efeito.
Variar a experiência, tentando relacionar a suposta causa com
outros elementospara ver se o resultado varia ou não;
Inverter a experiência – depois de feita a análise do fato, pela
decomposição de seus elementos, recompô-lo para buscar a
verificação da suposição.
(BASTOS; KELLER, 1999, p. 86).
4.2. Método Estatístico
Este método, desenvolvido por Quetelet, permite a transformação dos dados
qualitativos em resultados quantitativos, através de representações que
demonstram a constatação de relações entre os fenômenos, objetivando
generalizações sobre sua natureza, ocorrência e significado.
Fundamenta-se na aplicação da teoria
estatística da probabilidade e constitui
um importante auxílio para as
investigações sociais.
Suas conclusões, embora admitam certa
margem de erro, apresentam grandes
possibilidades de serem verdadeiras. A
manipulação estatística permite
comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre
sua natureza, ocorrência ou significado.
EXEMPLOS
Verificar a correlação entre nível de escolaridade e número de
filhos;
Pesquisar as classes sociais dos estudantes universitários e
o tipo de lazer preferido pelos estudantes de 1o e 2o graus.
Lição 02 / 22
4.3. Método Histórico
Elaborado por Franz Boas, preocupa-se em estudar o passado das atuais
formas de vida social, as instituições e os costumes para compreender o
passado, entender o presente e predizer o futuro, verificando, não apenas a
influência do fato e do fenômeno, como também sua formação, modificação e
Lição 02 / 23
transformação durante determinado espaço
de tempo.
Consiste em investigar os acontecimentos,
processos e instituições do passado para
verificar sua influência na sociedade de hoje.
EXEMPLOS
Para compreender a noção atual de família e parentesco,
pesquisam-se no passado os diferentes elementos
constitutivos dos vários tipos de família e as fases de sua
evolução social;
Para descobrir as causas da decadência da aristocracia
cafeeira, investigam-se os fatores socioeconômicos do
passado.
4.4. Método Comparativo
Este método procura identificar semelhanças e explicar diferenças entre grupos,
pessoas, sociedades, culturas, sistemas e organizações políticas, padrões de
comportamento familiar ou religioso etc.
Seu objetivo é entender o comportamento humano, não só no presente, como
também no passado. Ele se propõe a explicar o fenômeno por meio da análise
completa de seus elementos.
Lição 02 / 24
EXEMPLOS
Modo de vida rural e urbano no Estado de São Paulo;
Características sociais da colonização portuguesa e
espanhola na América Latina;
Classes sociais no Brasil, na época colonial e atualmente;
Organização de empresas norte-americanas e japonesas;
A educação entre os povos ágrafos e os tecnologicamente
desenvolvidos.
Lição 02 / 25
Sequencia de fotos tiradas com câmera digital para o acompanhamento do escurecimento dos tecidos de maçã,
banana e pera em diferentes condições: maçã, em tempos de 0, 2 e 4 h a 50 oC, banana, em tempos de 0, 4 e 8 h,
a 50 oC e pera em tempos de o, 4 e 8 h 50 oC.
Fonte: (LUPETTI, CARVALHO, MOURA & FATIBELLO, 2005).
4.5. Método Clínico
Este método, aplicado em estudos de caso, é
útil no contexto da intervenção
psicopedagogia.
Pode ser utilizado tanto sob o aspecto
qualitativo quanto o quantitativo, uma vez
que pode incluir intenção, significados,
valores etc.
O pesquisador pode valer-se das técnicas de
entrevista, história de vida, observação, psicanálise e outras de relação pessoa,
dentro desse método.
O importante no método clínico é deixar o pesquisado falar
livremente e descobrir as tendências espontâneas do mesmo.
Segundo Triviños (1987), a “flexibilidade do método clínico depende
precisamente da capacidade do pesquisador nessas duas condições
fundamentais: apoio teórico e domínio do contexto”.
Lição 02 / 26
O pesquisador deve saber o que procura, fazendo perguntas adequadas, certas,
evitando ambiguidade e não deixando nada sem esclarecimentos.
EXEMPLOS
Análise de pacientes; estudantes etc.
4.6. Método Observacional
Trata-se de um dos métodos mais utilizados nas ciências sociais.
De um lado, pode ser considerado o mais primitivo e, portanto, o mais impreciso
dos métodos, mas, por outro lado, pode ser tido como um dos mais modernos,
uma vez que permite o mais elevado grau de precisão nas ciências sociais.
Difere do método experimental em um aspecto: nos experimentos,
existe a interferência do pesquisador, enquanto o observacional, o
cientista apenas observa algo que acontece ou já aconteceu.
Lição 02 / 27
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5. Diferença entre Método e
Técnica
A técnica da pesquisa trata dos procedimentos práticos que devem ser adotados
para realizar um trabalho científico, qualquer que seja o método aplicado, é o
que escreve Miranda Neto (2005, p. 39). A técnica serve para registrar e
quantificar os dados observados, ordená-los e classificá-los. A técnica especifica
como fazer (OLIVEIRA, 2002, p. 58).
Para a realização de uma pesquisa, é necessário o uso de técnicas adequadas,
capazes de coletar dados suficientes, de modo que deem conta dos objetivos
traçados, quando da sua projeção. Para determinar o tipo de instrumento, é
necessário observar o que será estudado, a que irá reportar.
Na realização de uma pesquisa, segundo Oliveira (2003, p. 66), depois de
definidas as fontes de dados e o tipo de pesquisa, que pode ser de campo ou
de laboratório, devemos levantar as técnicas a serem utilizadas para a coleta de
dados, destacando-se: questionários, entrevistas, observação, formulários e
discussão em grupo.
E então, como podemos diferenciar método e técnica?
Veja o que Fachin (2003, p. 29) escreve:
“Vale a pena salientar que métodos e técnicas se relacionam,
mas são distintos. O método é um conjunto de etapas
ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar
uma atividade na busca de uma realidade; enquanto a
técnica está ligada ao modo de se realizar a atividade de
forma mais hábil, mais perfeita. [...] O método se refere ao
atendimento de um objetivo, enquanto a técnica
operacionaliza o método”.
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6. Texto Complementar
A ciência procura certezas (ACHINSTEIN, 2005)
No que toca a este critério, a ciência parece-se com a matemática e é diferente
da metafísica, da teologia e da astrologia, as quais, alegadamente, nunca
poderão ser senão especulativas. Nas Regulae ad Directionem Ingenii (Regras
para a Direção do Espírito, 1628) a segunda regra de Descartes diz-nos que
“importa lidar apenas com aqueles objetos para cujo conhecimento certo e
indubitável os nossos espíritos parecem ser suficientes”. Os empiristas
encontram-se mais divididos. Newton, que rejeitou a ideia de Descartes de que a
ciência deveria procurar proposições indubitáveis, reconhece na sua quarta
regra do método científico que qualquer proposição, por muito sustentada que
seja, está sujeita a confrontar-se com exceções, à medida que novos fenômenos
vão sendo observados. Ainda assim, os cientistas deveriam sempre se esforçar
por procurar as maiores certezas que as suas investigações empíricas lhes
permitissem. Essas certezas podem ser obtidas “deduzindo proposições a partir
dos fenômenos e generalizando-as através da indução”.
Entre os empiristas, no outro extremo oposto a Newton, estão Popper e Laudan.
Para Popper, a ciência não pode ter um elevado grau de certeza, uma vez que a
utilização de quaisquer generalizações indutivas que poderia gerar essa certeza
carece de justificação. Tampouco é desejável, uma vez que os cientistas fariam
as generalizações mais fortes possíveis, logo, as mais improváveis. Para Laudan
(1977) a ciência procura oferecer soluções “adequadas” para problemas
“interessantes”, para os quais as questões da verdade, da certeza ou mesmo da
probabilidade são irrelevantes.
Uma perspectiva empirista que se situa entre estes dois extremos é a de Carnap
e de outros probabilistas. Os cientistasdevem procurar provas empíricas que
sustentem uma dada teoria, aumentando a sua probabilidade, mas sem que
necessariamente esta probabilidade seja elevada (para uma crítica, veja-se
Achinstein, 1983).
Os cientistas seguem um método científico
Os praticantes das não-ciências não o fazem. Um método científico é um
conjunto de regras que os cientistas deveriam seguir para descobrir e testar leis
e teorias. Se tais regras existem e, assim sendo, qual é a sua formulação, se são
universais para todas as ciências ou dentro de uma dada ciência, se mudam de
uma época para a outra, são questões calorosamente disputadas.
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De acordo com uma perspectiva, existem regras destinadas a testar as teorias
científicas que se aplicam a toda a ciência em todas as épocas. Esta perspectiva
foi abraçada por Descartes, que propôs 21 dessas regras; foi também defendida
por Newton (1687), que propôs quatro regras de pensamento para a filosofia
(natural), consistindo em duas para inferir causas de coisas, e duas para
produzir generalizações indutivas a partir de fenômenos observados.
As duas mais importantes posições empiristas empenhadas num método
científico universal são o hipotético-dedutivismo e o indutivismo. Perante os
dados e os problemas, o cientista começa por propor uma hipótese, a qual não
é indutiva ou dedutivamente inferida a partir dos dados ou de qualquer outra
coisa, mas simplesmente apresentada como uma conjectura. Partindo dela e,
possivelmente, de outras suposições, são deduzidas conclusões observáveis,
geradas por via dedutiva, utilizando a lógica e, frequentemente, a matemática. Se
as conclusões são confirmadas pela observação, a hipótese é provisoriamente
aceita. Se descobrir-se que são falsas, a hipótese é rejeitada e é proposta outra
nova hipótese. Esta é a perspectiva de Popper.
Contrastando com ela, os indutivistas exigem mais um passo: um argumento
indutivo que dê um apoio independente à hipótese ou à teoria. Este consiste em
aplicar aquilo que se observou num número limitado de casos a todos os casos
abrangidos por uma dada lei, ou em procurar causas semelhantes para efeitos
semelhantes. Indutivistas como Newton ou Mill rejeitaram o método hipotético-
dedutivo com a justificação de que diferentes hipóteses incompatíveis podem
implicar os mesmos dados. Aquilo de que se necessita é que uma delas tenha
um suporte indutivo independente.
A existência de um método científico universal tem sido contestada por vários
autores do século X, especialmente a partir dos anos 1960. Thomas Kuhn (1962),
defendendo uma abordagem histórica e relativista, afirma que numa dada época
os cientistas trabalham dentro de um paradigma, o qual consiste num conjunto
de conceitos, práticas, parâmetros de avaliação, regras de pensamento e
métodos de observação que variam consideravelmente de uma ciência e de uma
época para outra. O paradigma define os problemas que têm que ser resolvidos
e os métodos para o fazer. Não há um método científico comum a todos os
paradigmas.
Para terminar, foi advogada uma abordagem sociológica da ciência (veja- -se,
por exemplo, Pinch, 1986), da qual existe uma versão forte que rejeita que se
recorra às regras metodológicas para explicar os procedimentos dos cientistas.
As teorias, sendo subdeterminadas pelos dados, não podem ser inferidas
desses dados através de regras. Dever-se-ia, em vez disso, observar dentro da
comunidade científica os fatores sociais que explicam a forma como uma teoria
científica se desenvolve e o grupo “negocia” a sua aceitação.
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7. Conclusão
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma
experiência a fim de produzir conhecimento, bem como corrigir e integrar
conhecimentos pré-existentes. É baseado na junção de evidências observáveis,
empíricas, e mensuráveis, com o uso do raciocínio lógico.
Primeiramente propõem-se hipóteses para explicar certos fenômenos. As
hipóteses são usadas para prever novos fenômenos. Então desenvolvem-se
experimentos que testam essas previsões.
Então teorias são formadas juntando-se hipóteses de certa área, em uma
estrutura coerente de conhecimento. Isto ajuda na formulação de novas
hipóteses, bem como coloca as hipóteses em um conjunto de conhecimento
maior.
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8. Notas complementares
1. Racional
constituído por conceitos, tendo como ponto de partida e ponto de chegada apenas
ideias (hipóteses), não os fatos.
2. Metódico
segue etapas, normas e técnicas, cuja aplicação obedece a um método
preestabelecido.
3. Sistemático
constitui-se de um sistema de ideias interligadas logicamente que se apresentam como
um conjunto de princípios fundamentais, adequados a uma classe de fatos, que
compõem uma teoria.
4. Verificação
o conhecimento é válido, quando passa pela prova da experiência ou, da
demonstração.
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9.Referências
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:
Harbra, 1986.
CERVO, A.L.; BREVIAN, P.A; DA SILVA, R. Metodologia científica. São Paulo:
McGraw-Hill, 2007 e edições anteriores.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 7 ed.
São Paulo: Atlas, 2010 e edições anteriores.
MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C. S. Manual de metodologia da pesquisa no
direito. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21 ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
TRUJILLO FERRARI, A. Metodologia da ciência. 2.ed. Rio de Janeiro: Kennedy,
1974.

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