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* * Utilidade (Capítulo 4 Varian) Definição Utilidade Cardinal Elaboração de uma função de utilidade Alguns Exemplos de função utilidade Utilidade Marginal Utilidade Marginal e TMS * * A idéia de utilidade na teoria microeconômica: associada ao bem estar geral de um indivíduo. Inicialmente, na teoria econômica, os autores pensavam na utilidade como fundamento principal para descrever o comportamento dos consumidores. Mas a quantidade de utilidade que cada escolha proporciona? Utilidade de uma pessoa é igual ao de outra? O que significa dizer que uma barra de chocolate me fornece 2x mais utilidade que uma cenoura? * * O fundamental para descrever o processo de escolha do consumidor, é o conceito de preferências. A função utilidade é um instrumental para se descrever as preferências dos consumidores. Todos os princípios que fundamentam as preferências dos consumidores são utilizados para construir as funções utilidade dos consumidores. * * A função utilidade: forma de atribuir um número a cada cesta de consumo possível tal que sejam atribuídos às cestas preferidas números maiores que às cestas menos preferidas. A função utilidade é um arcabouço teórico que nos permite ordenar as preferências dos consumidores. * * Função utilidade: ordena as cestas de bens da mesma forma que as preferências. obs: nem todos os tipos de preferências podem ser representados por uma função utilidade. Exemplo: preferências intransitivas. Nesse caso teríamos de ter: U(X) > U(Y) > U(Z) > U(X) IMPOSSÍVEL Com o instrumental das preferências, somos apenas capazes de comparar cestas que proporcionam ao consumidor um mesmo nível de satisfação. Com a função utilidade é possível se ordenar as curvas de indiferença de um consumidor de acordo com os princípios definidos para o comportamento das preferências. * * Exemplo x’ x” U(x’) > U(x”) x’ ~ x” U(x’) = U(x”). p * * A única propriedade que interessa em uma atribuição de utilidade é a ordem das cestas de bens. A magnitude da função utilidade só é importante como critério de classificação das diferentes cestas de consumo A extensão da diferença de utilidade entre quaisquer duas cestas não importa * * Portanto, utilidade é um conceito ordinal Exemplo: se U(x) = 6 e U(y) = 2 então a cesta x é estritamente preferida à cesta y. Mas não podemos dizer que x é 3 vezes mais preferida que a cesta y * * Considere as cestas (4,1), (2,3) e (2,2). Suponha (2,3) (4,1) ~ (2,2). Designe a essas cestas números quaisquer que preserve a ordenação de preferências: exemplo: U(2,3) = 6 > U(4,1) = U(2,2) = 4. Chame esse números de níveis de utilidade. p * * Essas têm a seguinte representação gráfica (2,3) (2,2) ~ (4,1) p p U º 4 U º 6 * * Mapa das curvas de indiferença com o valor das Utilidades associado A coleção de todas as curvas de indiferenças nos fornece o mapa de indiferenças * * Mapa das curvas de indiferença com o valor das Utilidades associado A coleção de todas as curvas de indiferenças nos fornece o mapa de indiferenças Um mapa de indiferença é equivalente à função utilidade * * Como o que interessa é apenas a ordenação das cestas, pode haver mais de uma única forma de atribuir utilidades às cestas de bens Nesse sentido o conceito de transformação monotônica é importante. Transformação monotônica é uma forma de transformar um conjunto de números em outro conjunto de números, porém preservando a ordem dos números originais. Como na teoria ordinal, o que importa é a ordenação das cestas escolhidas pelo consumidor, uma transformação monotônica de uma função utilidade não irá alterar a ordenação das cestas. * * EXEMPLO Suponha que U(x1,x2) = x1x2 é uma função de utilidade que representa uma relação de preferências Novamente considere as cestas: (4,1), (2,3) e (2,2) Se definimos U(x1,x2) = x1x2, temos U(2,3) = 6 > U(4,1) = U(2,2) = 4; isto é (2,3) (4,1) ~ (2,2) p * * EXEMPLO Mas se definirmos U(x1,x2) = x1x2 , e sua transformaçao monotônica V = U2 Teremos a mesma ordenação de preferências? V(x1,x2) = x12x22 e V(2,3) = 36 > V(4,1) = V(2,2) = 16 Isto é (2,3) (4,1) ~ (2,2) p * * Se U é uma função utilidade que representa uma relação de preferência e f é uma função estritamente crescente então V=f(U) é também uma função utilidade representando as mesmas preferências * * FUNDAMENTAÇÃO LÓGICA: 1) u(x1,x2) > u(y1,y2) se e somente se (x1,x2) (y1,y2) A utilidade auferida com uma cesta de bens X é superior à utilidade auferida com a cesta de bens Y, se e somente se, a cesta X é estritamente preferida à cesta de bens Y. 2) Se f(u) é uma transformação monotônica, u(x1,x2)>u(y1,y2) se e somente se f[u(x1,x2)] > f[u(y1,y2)]. 3) Logo, f[u(x1,x2)] > f[u(y1,y2)] se e somente se (x1,x2) (y1,y2), de forma que f(u) representa preferências da mesma forma que a função utilidade original U(x1,x2) * * UTILIDADE CARDINAL X UTILIDADE ORDINAL O que significa dizer que um individuo prefere 2 vezes mais um bem do que outro bem? Utilidade Cardinal Muito embora Utilidade Cardinal possa ter um significado plausivel, o que isso nos ajudaria a descrever o comportamento de escolha? Como utilidade cardinal não é necessária para descrever o comportamento da escolha e não há formas convincentes de atribuir utilidades cardinais levaremos em conta para análise microeconômica apenas Utilidade Ordinal Tudo o que importa é como os indivíduos ordenam suas preferências * * A CURVA DE INDIFERENÇA TÍPICA Uma curva de indiferença típica ou bem comportada, mostra diferentes combinações de bens que são indiferentes para o consumidor. Em termos de utlidade, essas cestas de bens garantem para o consumidor um mesmo nível de satisfação. O nível de utilidade auferido é constante. Nesse caso, cada nível de utilidade se traduz em uma curva de indeferença específica. * * Qual é o formato dessa curva de indiferença? u(x1,x2) = x1x2 * * Qual é o formato dessa curva de indiferença? u(x1,x2) = x1x2 = k k= x1x2 Existe um nível de utilidade associado a esta cesta de bens * * Qual é o formato dessa curva de indiferença? u(x1,x2) = x1x2 = k k= x1x2 x2=k/x1 Existe um nível de utilidade associado a esta cesta de bens Fórmula da curva de indiferença típica * * U º 6 U º 4 (2,3) (2,2) ~ (4,1) x1 x2 p p * * U(2,3) = 6 U(2,2) = 4 U(4,1) = 4 x1 x2 Utility * * U º 4 U º 6 Higher indifference curves contain more preferred bundles. Utility x2 x1 * * U º 6 U º 4 U º 2 x1 x2 * * U º 6 U º 5 U º 4 U º 3 U º 2 U º 1 x1 x2 Utility * * x1 x2 * * x1 x2 * * x1 x2 * * x1 x2 * * x1 x2 * * x1 x2 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * x1 * * Outros Exemplos de Funções de Utilidade 1. Substitutos Perfeitos Ex: canetas azuis e canetas pretas O importante para o consumidor é o número total de canetas consumidas u(x1,x2) =x1+x2 * * 5 5 9 9 13 13 x1 x2 x1 + x2 = 5 x1 + x2 = 9 x1 + x2 = 13 U(x1,x2) = x1 + x2. * * 5 5 9 9 13 13 x1 x2 x1 + x2 = 5 x1 + x2 = 9 x1 + x2 = 13 U(x1,x2) = x1 + x2. Um número maior de canetas está relacionado a uma uitlidade maior, e portanto a uma curva de indiferença superior * * u(x1,x2) = (x1+x2)2 u(x1,x2) = x12+2x1x2+x22 Poderia utilizar uma transformação monotônica: * * Se a taxa de substituição for de um para um, consumidor troca umacaneta azul por uma caneta preta. U(x1,x2) = x1+x2 Suponha que o consumidor queira substituir duas unidades do bem 2 para compensar a perda de uma unidade do bem 1. U(x1,x2) = 2x1+x2 Neste caso a Taxa marginal de substituição seria igual a -2. Mede quanto ele esta disposto a substituir o bem 1 pelo bem 2. * * FORMA GERAL PARA REPRESENTAR A FUNÇÃO UTILIDADE DE BENS SUBSTITUTOS PERFEITOS u(x1,x2) = ax1+bx2 Parâmetros " a " e "b" medem o valor dos bens para o consumidor. A inclinação é medida por –a/b (isto se for substituir o bem 1 pelo bem 2) * * Bens Complementares Perfeitos Exemplo: sapatos direitos e sapatos esquerdos O importante para o consumidor é o número de pares de sapato completos que ele possui. O número de sapatos que o consumidor pode possuir é o número mínimo entre os sapatos direitos e os sapatos esquerdos A função utilidade fica definida por: U(x1,x2) = min[x1,x2] * * x1 45o min{x1,x2} = 8 3 5 8 3 5 8 min{x1,x2} = 5 min{x1,x2} = 3 U(x1,x2) = min{x1,x2} x2 * * 1 xícara de chá e 2 colheres de açucar U(x1,x2) = min {x1, (1/2)x2} ou U(x1,x2)= min{2x1,x2} O que importa para o consumidor é o número de xícaras de chá devidamente adoçadas. * * Uma pessoa costuma consumir, como bens complementares perfeitos açucar e café na proporção de 2 colheres de açucar para 1 xicara de café. Em um determinado mês, essa pessoa possuia uma quantidade de açucar correspondente a 180 colheres, enquanto que a quantidade de café correspondia a 100 xicaras. Função utilidade do consumidor correspondente ao seu consumo de xicaras de café no mês? : Min (100, 90) = 90 Se ele tem 180 colheres de açucar, quantas xicaras de café ele pode adoçar? Apenas 90. Portanto, ainda que ele tenha 100 xicaras de café, a quantidade de açucar e café que ele tem permite a ele consumir apenas 90 cafés gerando a ele uma utilidade de 90. * * Forma geral = min(ax1,bx2), onde a e b representam as proporções entre os bens consumidos * * x2 x1 Preferências quase Lineares Suponha um consumidor para o qual cada curva de indiferença seja um deslocamento vertical das outras. * * Isso significa que todas as curvas de indiferença são simplesmente versões "deslocadas“ de uma curva de indiferença. U(x1,x2)= k = V(x1)+x2 Forma geral = x2= K-V(x1) Exemplos: . U(x1,x2) = 2x11/2 + x2. . U(x1,x2) = lnx1 + x2. São chamadas quase-lineares porque são linerares apenas no bem 2 e não no bem 1. * * Preferências Cobb-Douglas São curvas de indiferença bem comportadas. U(x1,x2)=x1axb Com a > 0 and b > 0 Exemplos: U(x1,x2)=x11/2x21/2(a=b=1/2) U(x1,x2) = x1 x23(a = 1, b = 3) * * x2 x1 U(x1,x2)=x1axb * * UTILIDADE MARGINAL O que nós estamos analisando é exatamente como o consumidor aloca a sua renda entre a cesta de consumo de x1 e x2. Para analisarmos, portanto, as variações do consumo dos bens x1 e x2, é necessário se analisar o conceito de utilidade marginal. A Pergunta que queremos responder é a seguinte: Supondo um consumidor que está consumindo uma cesta de bens X, como irá variar o nível de utilidade deste consumidor se ele variar as quantidades consumidas dos bens? A variação na utilidade do consumidor é conhecida como utilidade marginal. * * UTILIDADE MARGINAL PARA O BEM 1 * * UTILIDADE MARGINAL PARA O BEM 2 * * A relação entre Utilidade Marginal e Taxa marginal de substituição Taxa marginal de substituição: inclinação da curva de indiferença. Mede a taxa à qual o consumidor está disposto a trocar um bem pelo outro sem perda de satisfação: mantendo constante o nível de utilidade. Uma função de utilidade pode ser usada para medir a taxa marginal de substituição. COMO? * * Considere uma variação em X1 e X2 de modo que a utilidade total auferida com a cesta de bens se mantenha constante mesmo depois de efetuada a variação: * * Considere uma variação em X1 e X2 de modo que a utilidade total auferida com a cesta de bens se mantenha constante mesmo depois de efetuada a variação: * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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