Buscar

A alta idade média Império árabe e o Islamismo

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

A alta idade média: Império árabe e o Islamismo
1
Durante a Alta Idade Média, a Europa foi invadida, ao norte, pelos bárbaros (todos que estavam fora da cultura greco-romana), e, ao sul, pelos árabes, que fecharam a mais importante via comercial da época – o mar Mediterrâneo. Esse fechamento veio intensificar um processo já em curso: a formação do feudalismo.
Localização Geográfica do Império Árabe 
Localizou-se na Península Arábica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico. 5/6 do território corresponde a áreas desérticas pontilhadas de oásis.
A economia
Trocas comerciais 
graças as navegações, apoderaram-se das principais rotas marítimas e terrestres que ligavam o ocidente ao oriente, permitindo com que diversas mercadorias pudessem circular pelo império (Especiarias da Ásia Oriental, pedras preciosas da Índia, seda da China e ouro, escravos e marfim da África).
Artesanato
Os produtos árabes era muito apreciados em todo mundo medieval por sua variedade e qualidade.
A Sociedade e o trabalho nos campos
Grandes mercadores (população mais rica)
Artesãos
Lojistas e vendedores ambulantes.
Cultivo de azeitona, trigo e tâmara em regiões costeiras e nos oásis onde estava as terras mais férteis e úmidas.
No deserto predominava o pastoreio: camelos, cabras e carneiros.
Arábia Pré-Islâmica
Descentralizados, possuindo cada tribo autonomia e diversidade cultural e lingüística. Eram politeístas e idólatras.
Tribos do interior (beduínos): nômades, viviam do
pastoreio e saque (botim).
Tribos do litoral ou urbanas: faixa costeira do Mar Vermelho e do sul na península, cujas condições climáticas e fertilidade do solo favoreciam a sobrevivência e a sedentarização. Destacam-se Meca e Iatreb, grandes centros comerciais. Em Meca, a tribo dos coraixitas possuíam maior prestígio e poder graças a Caaba, santuário da Pedra Negra, abrigando os mais de 360 ídolos de todos os deuses cultuados pelas diversas tribos.
Meca, Caaba
Pedra Negra
Segundo os árabes, a Caaba foi um presente enviado pelos céus. Segundo eles, a pedra antes era branca, mas por causa do pecado ficou preta!
Arábia Islâmica
Centralização, 
monoteísmo 
Iconoclastia (Movimento político-religioso contra a veneração de ícones e imagens religiosas)
Maomé (570-632): processo de unificação
Percorreu diversas terras através de caravanas, e de religiões monoteístas (judaísmo e cristianismo) cria as bases de sua profetização.
MAOMÉ (Muhammad)
Nasceu em 579 d.C. na cidade de Meca.
Trabalhando como caravaneiro de Khadidja, conheceu e estudou o Cristianismo e o Judaísmo.
Fundiu elementos judaico-cristãos e tradições árabes.
Segundo a tradição islâmica, ele recebeu revelações do anjo Gabriel, que só existia um deus, e seu nome era Alá.
As revelações e profecias feitas a Maomé pelo anjo Gabriel são a base do Alcorão.
Em 622 Foi expulso de Meca, pois suas pregações incomodava os antigos sacerdotes.
Hégira (A Fuga) = ano 1 do calendário muçulmano. (622 d.c)
Em Yatrib (futura Medina, a cidade do profeta) Maomé consegue apoio dos comerciantes locais e dos beduínos para conquistar Meca.
Com o tempo converteu os povos da península Arábica.
MAOMÉ E O ISLAMISMO
Fundador do islamismo(570)
Monoteísta: existência de um só deus-alá
Pedra negra (caaba): símbolo religioso
O islamismo
O islamismo tem por base o Corão (ou Alcorão), livro sagrado dos muçulmanos ou maometanos (“crentes”). 
Obrigações religiosas dos muçulmanos:
 Profissão de Fé - crer em Alá
 Prece ritual - Rezar 5 vezes por dia em direção à Meca (lado do nascer do sol).
 Esmola legal - dar esmolas
 Jejuar no mês de Ramadã
 Ir a Meca pelo menos uma vez na vida. 
15
Ramadã
O ramadã é o nono mês do calendário islâmico, no qual se acredita que o profeta Maomé recebeu a revelação da parte de Alá (como os muçulmanos denominam o Deus Todo-Poderoso), dos primeiros versos do Alcorão
Seitas maometanas
Pouco depois da sua formação, o islamismo se dividiu em algumas vertentes. As duas mais importantes são a dos sunitas e a dos xiitas.
Sunitas
Os sunitas defendem um chefe de Estado, sucessor de um profeta, eleito pelos crentes (não importa se é sucessor de Maomé). Sustentam que a Sunna (diário de Maomé), segunda fonte de ensinamento sobre os ditos, as ações e o comportamento do profeta, é válida para a pregação do islamismo.
Maior parte do Iraque é sunita, eles acreditam que é sagrado o Alcorão e Sunna.
O chefe de Estado é eleito pelos crentes e não precisa ter descendência de Maomé.
Xiitas
Para os Xiitas, o chefe religioso e político tem de ser parente do profeta, e não admitem outra fonte de ensinamento que não seja o Corão.
No Irã predomina os Xiitas (11 de setembro provavelmente teve relação com eles).
Califas – sucessores de Maomé
mais radicais e minoria.
Arábia após Maomé
Após a implantação do islamismo houve a unificação do território (política), pois antes era dividido em várias tribos, e tornaram-se monoteístas (Alá).
Jihad
De acordo com o historiador Peter Demant, Jihad é o esforço em favor de Deus, é o compromisso pessoal que orienta a vida do fiel muçulmano de acordo com as leis prescritas por Deus.
Apesar de desenvolver a noção de uma guerra de autodefesa para proteger os valores que considera nobres, não santifica a guerra, já que condena a agressão e o assassinato.
Entretanto, este termo árabe foi inúmeras vezes apropriado no sentido de Guerra Santa para justificar as batalhas travadas pelos mulçumanos, para legitimar o uso da violência (como em outras religiões).
Expansão Árabe
1ª fase: expansão interna (unificação) – até 632.
2ª fase: após a morte do Profeta, a expansão foi comandada por califas.
Fatores internos: crescimento demográfico árabe,
terras para a agricultura e o Djihad.
Fatores externos: o enfraquecimento dos impérios bizantino e persa, devido as freqüentes lutas entre eles, facilitando a penetração árabe no oriente. Já no ocidente, os muçulmanos souberam aproveitar as fraquezas dos Estados bárbaros descentralizados.
632 a 661: primeiras conquistas no oriente (Egito, Síria, Pérsia e Palestina).
Islã Negro
Denominação que compreende o conjunto de práticas da religião mulçumana, na ambientação que sofreu em contato com as crenças tradicionais da África Negra. 
Segundo os historiadores, existiram duas expressões desse fenômeno: 
uma que chegou ao continente africano pelo mar e se espalhou pela costa oriental até Moçambique 
outra que entrou por terra, pelo norte, no século VII, e se espalhou por quase toda a África subsaariana, numa caminhada de mais de novecentos anos, em fases sucessivas. 
A Expansão islâmica na África subsaariana: 
As relações entre africanos e árabes datam de muitos séculos. Mas é com o advento do islamismo que os árabes efetivamente começam a se estabelecer na África com ânimo de colonizador e de dominação religiosa, iniciando, já a partir de 639 d.C., desde o Egito, o processo de islamização do continente. 
A expansão árabe ao Norte de África iniciou-se por terra, através da Palestina, cruzando o Sinai, chegando ao vale do Nilo e seguindo para o sul até a Núbia
661 a 750: expansão para o ocidente (dinastia Omíada). Gibral Tarik (711) atravessou o estreito que leva seu nome e derrotou os Visigotos (cristãos) na Batalha de Guadalete.
750 a 1258: dinastia Abássida. A grande extensão do Império Árabe e as disputas políticas e religiosas internas conduziram ao seu desmembramento em califados independentes (de Bagdá, do Cairo, de Córdova).
Guerra da Reconquista
A Guerra da Reconquista foi uma batalha travada entre cristãos e muçulmanos pelo controle da Península Ibérica. Esse foi o início da formação de Portugal.
A reconquista de todo o território da Península Ibérica durou aproximadamente sete séculos. Em Portugal, a reconquista culminou com a tomada da cidade de Faro pelas forças de D. Afonso III, em 1249.
Cultura muçulmana:
Assimilação de valores de outros povos (hindus, persas, chineses e bizantinos).
Tradução e conservação de obras clássicas (Aristóteles e Platão).
Medicina: AVICENA (980 – 1037) – referência mundial até o século XVII com seu compêndio sobre o corpo humano.
Matemática: números arábicos, zero, avanços em trigonometria e álgebra.
Física: fundamentos da óptica.
Química: descrição dos processos de destilação, filtração e sublimação; desenvolvimento do carbonato de sódio, nitrato de prata, ácidos nítrico e sulfúrico e álcool. Todas estas descobertas para tentar criar a “pedra filosofal” e o elixir da longa vida.
Arquitetura: cúpulas, minaretes, arcos em ferradura, decoração com motivos geométricos e vegetais.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando