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Apostila de contabilidade de custos

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AULAS E EXERCÍCIOS – CONSISTENTES COM O PLANO DE AULA 
1ª AULA 
TERMINOLOGIA CONTÁBIL – CUSTO, DESPESA E INVESTIMENTO. 
INTRODUÇÃO: 
A contabilidade de custos remonta aos primórdios da Revolução Industrial iniciada na 
Inglaterra, na segunda metade do século XVIII. Em conseqüência do surgimento das 
primeiras indústrias, da descoberta de novas tecnologias e do aparecimento de 
sistemas produtivos complexos, houve a necessidade de se obter um controle das 
aplicações de capital e informações adequadas acerca dos custos de produção a fim 
de que as empresas industriais emergentes pudessem apresentar resultados positivos. 
Como técnica independente e sistemática, a contabilidade de custos apareceu pela 
primeira vez nos Estados Unidos no inicio do século XX com a escola clássica da 
Administração Científica, sobretudo estudando o problema da Mao de Obra e sua 
repercussão no custo industrial. Mais tarde passou a preocupar-se com os custos e 
controle da Matéria-Prima consumida nas operações produtivas e com os demais 
custos indiretos de fabricação. 
Fundamentalmente, a Contabilidade de Custos refere-se às atividades de coleta e 
fornecimento de informações para as tomadas de decisões, desde as relacionadas 
com as operações rotineiras, até as de natureza estratégica. 
CONCEITO: 
A Contabilidade de Custos é a parte da Contabilidade que identifica, mensura, 
controla e informa o custo de um produto ou serviço. 
OBJETIVOS 
Apurar o custo de um produto ou serviço; 
Controlar os custos de produção de bens e serviços; 
Contribuir para a melhoria dos processos e eliminação de desperdícios; 
Otimizar resultados; e 
Auxiliar a administração na tomada de decisões gerenciais. 
FINALIDADE: 
Fornecer à administração informações acerca dos custos de um produto ou serviço, 
dos gastos nos diversos centros de custos, do controle de operações, etc... a fim de 
avaliar a eficiência do processo operacional e subsidiá-la no planejamento, controle e 
tomada de decisões da atividade empresarial. 
TERMINOLOGIA EMPREGADA NA ÁREA DE GESTÃO DE CUSTOS 
 GASTO – é o sacrifício econômico-financeiro assumido pela empresa visando a 
obtenção de um bem ou serviço. (Aquisição de matérias-primas, de máquinas 
e equipamentos, contratação de mão-de-obra). Dependendo da destinação o 
gasto pode ser classificado como: 
 INVESTIMENTO – é o gasto com bens ou serviços ativados em função de sua 
vida útil ou de sua utilidade futura. (móveis e utensílios, máquinas, etc...). 
 CUSTO – é o gasto com bens ou serviços consumidos no processo fabril visando 
a produção de outros bens e serviços. (matéria-prima consumida na produção, 
salários e encargos do pessoal da fábrica, etc...). 
 DESPESA – é o gasto com bens e serviços incorridos nas áreas administrativas e 
comerciais, visando a obtenção de receitas. (salários e encargos do pessoal da 
administração e vendas, comissão sobre vendas, depreciação das máquinas da 
administração, etc...). 
 PERDA – é consumo não intencional (involuntário ou decorrente de fatores 
fortuitos) de um bem ou serviço. Por exemplo: perdas normais de matérias 
primas no processo produtivo, problemas com equipamentos, inundações e 
sinistros, deterioração de estoques, gastos com mão-de-obra no período de 
greve. As perdas decorrentes da atividade produtiva são consideradas custos e 
as decorrentes de fatores fortuitos despesas. 
 DESEMBOLSO – é o efetivo pagamento de um gasto. Pode ocorrer antes, 
durante ou depois da aquisição. 
 FÁBRICA – é o setor produtivo da empresa industrial. Engloba todos os 
departamentos de produção e os de apoio à produção. 
 DEPARTAMENTO – é a unidade operacional constituída por homens e 
máquinas de características semelhantes, que desenvolvem atividades 
homogêneas e que possui um responsável. 
 CENTRO DE CUSTOS – é a denominação dada aos departamentos da fábrica, 
onde se acumulam custos. 
 CENTRO DE DESPESAS – é a denominação dada as departamentos 
administrativos que acumulam despesas. 
 PREÇO DE VENDA – é o valor estabelecido pelo vendedor para efetuar a 
transferência da propriedade de um bem ou serviço. 
 RECEITA DE VENDA – é o produto da quantidade vendida de um bem ou 
serviço pelo respectivo preço de venda. 
 CUSTO DE PRODUÇÃO – é o custo envolvido na aquisição de materiais que 
serão utilizados na fabricação de um produto, acrescido dos demais gastos 
incorridos na produção do mesmo. 
 DESPESA DO PERÍODO – é todo gasto não incluído no custo de produção, ou 
seja os gastos realizados com vendas e administração. 
 
2ª AULA 
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS E OS DIFERENTES TIPOS DE CUSTEIO 
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
 EM RELAÇÃO À APROPRIAÇÃO AOS PRODUTOS FABRICADOS 
1. Custos Diretos – são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos 
produtos fabricados porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta 
fabricação. Exemplos: Matéria-Prima, Mão-de-Obra, Material de Embalagem, 
Depreciação de equipamento, etc... 
2. Custos Indiretos – são os custos que dependem de cálculos, rateios ou 
estimativas para serem apropriados aos diferentes produtos, portanto, são os 
custos apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as 
estimativas é o chamado de base ou critério de rateio. Exemplos: depreciação 
de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto, 
salários dos chefes de supervisão, aluguel da fábrica, gastos com limpeza da 
fábrica, etc... 
 
 EM RELAÇÃO AOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO 
CONCEITOS: 
1. Custos Variáveis são aqueles que se alteram em função do volume de 
produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida, materiais indiretos 
consumidos, depreciação dos equipamentos quando se adotar a metodologia 
de horas máquinas trabalhadas, etc... 
2. Custos Fixos são aqueles cujos os valores (no sentido de ocorrência) são os 
mesmos qualquer que seja o volume de produção da empresa. Os custos fixos 
são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de valor no 
decorrer do tempo. Exemplos: aluguel da fábrica, Imposto Predial, depreciação 
do equipamento (método linear), Prêmios de Seguro, etc... 
3. Custos Semi-variáveis são custos que variam com o nível de produção, que, 
entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido. Exemplo: 
conta de energia elétrica que tem uma taxa cobrada mesmo que nada tenha 
sido consumido. 
4. Custos Semi-fixos custos que são fixos em uma determinada faixa de produção, 
mas que variam se há uma mudança desta faixa. 
 
As despesas também podem receber a classificação de Despesas Fixas e Variáveis, 
porém definidas em função do volume de vendas e não do volume de produção. 
Exemplo: comissões pagas aos vendedores (despesas variáveis), aluguel da 
dependência da administração (despesa fixa). 
FORMAS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS: 
CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO: 
Material Direto (MD) + Mão-de-Obra Direta (MOD) + Custos Indiretos de Fabricação 
(CIF) = CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO 
MD – São aqueles que integram fisicamente o produto ou se destinam ao seu 
acondicionamento e cujo consumo é facilmente quantificado no mesmo. Exemplo: 
Matéria-Prima, Material secundário, Material de embalagem, etc... 
MOD – Corresponde ao pessoal que age efetivamente na elaboração dos produtos ou 
na prestação de serviços, sendo facilmente identificado às unidades produzidas ou ao 
serviço prestado. Exemplo: marceneiro, montador, pintor, soldador, operador de 
máquinas, etc... 
CIF – Compreende os demais custos necessários à obtenção do produto. Exemplos: 
materiais indiretos – materiais consumidos no processo produtivo que não integram 
fisicamente o produto, mas são necessários à sua fabricação, como graxa, cola, 
parafusos, etc...; mão-de-obra indireta – pessoal da fábrica que não age diretamente 
na elaboração dos produtos, como gerentes, supervisores, manutenção, almoxarifado,vigias, etc... 
CUSTO PRIMÁRIO 
CUSTO PRIMÁRIO = MD + MOD 
CUSTO DE CONVERSÃO OU TRANSFORMAÇÃO 
CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO = MOD + CIF 
Desenvolvimento de caso prático. 
3ª AULA 
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS E OS DIFERENTES TIPOS DE CUSTEIO 
DIFERENTES TIPOS DE CUSTEIO 
 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
Consisti em atribuir aos produtos ou serviços todos os custos de produção, sejam eles 
diretos e indiretos, com comportamento fixo ou variável. Os gastos não fabris 
(despesas) são excluídos. 
A distinção principal no custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é 
importante porque as despesas são contabilizadas imediatamente no resultado do 
período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos têm 
tratamento idêntico. Já os produtos em elaboração e acabados estarão ativados em 
conta de estoques. 
O custeio por Absorção é o único aceito pela Auditoria Externa, porque atende aos 
princípios Contábeis da Realização da Receita, da Competência e da Confrontação das 
Receitas e Despesas. Além disso, é o único aceito pela Receita Federal do Brasil. 
Principio da Realização da Receita – determina que as receitas sejam reconhecidas 
somente por ocasião da transferência de um bem ou serviço para terceiros (no 
momento da venda, para empresas industriais e comerciais). 
Principio da Competência – a realização indica o momento do reconhecimento da 
receita. A competência ou a confrontação nos indicam o momento do 
reconhecimento das despesas e custos. 
Principio da Confrontação – as despesas devem ser reconhecidas à medida que são 
realizadas as receitas que ajudam a gerar. 
 CUSTEIO VARIÁVEL 
Consisti em atribuir aos produtos e serviços somente os custos variáveis de produção, 
quer sejam diretos ou indiretos. Os custos fixos são atribuídos ao resultado, 
juntamente com as despesas. 
Não está em consonância com os princípios contábeis da Realização, Competência e 
Confrontação, não aceito pelas empresas de auditoria e a Receita Federal do Brasil, 
visto que, os custos fixos dos produtos ainda não vendidos são reconhecidos como 
despesa no resultado, diminuindo dessa forma o lucro tributável das empresas. 
Utilizado pelas sociedades empresárias apenas para efeito gerencial, isto é, com a 
finalidade de tomada de decisões. 
 
 CUSTEIO PADRÃO 
Consisti em predeterminar os custos antes da produção, como sendo o custo normal 
de um produto ou serviço. 
As diferenças entre o custo padrão e o custo real são objeto de análise da 
Contabilidade de Custos, com o objetivo de controle dos gastos e medida de 
eficiência. 
 CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES – ABC 
Consisti inicialmente na identificação dos custos às atividades desenvolvidas pela 
Empresa, para, em seguida, alocar aos produtos com base em medida de consumo 
apropriada a cada atividade. 
Desenvolvimento de caso prático. 
4ª AULA 
APLICAÇÃO DE EXERCÍCIOS: 
1 . Exemplos de classificação de gastos em investimentos (I), Custos ®, Despesas (D), 
Perdas (P) e Desembolso (Db) 
a) Compra a Vista de um televisor 
b) Pagamento de juros relativo a uma duplicata em atraso 
c) Depreciação o Prédio da Administração 
d) Perdas no processo de produção relativo a aparas de alumínio 
e) Pagamento de salários a empregados da fábrica 
f) Depreciação dos equipamentos da fábrica 
2 . O gasto do Departamento de Faturamento, a depreciação das máquinas de 
produção, a compra de matéria prima e o tempo do pessoal em greve são 
respectivamente: 
a) Despesa, perda, ativo, custo; 
b) Despesa, ativo, perda, custo; 
c) Despesa, custo, ativo, perda; 
d) Despesa, custo, perda, ativo; 
e) Despesa, ativo, custo, perda. 
3 . Representa gasto: 
a) O pagamento de dividendos; 
b) A contratação de um financiamento de longo prazo; 
c) O pagamento de compra efetuada a prazo; 
d) O aumento de capital da empresa; 
e) A aquisição de máquinas. 
4 . Desembolso representa: 
a) Pagamento pela aquisição de um bem ou pela obtenção de um serviço; 
b) Aquisição a prazo de móveis e utensílios; 
c) Depreciação de equipamentos da fábrica; 
d) A apropriação dos gastos de mão-de-obra; 
e) Constituição de provisão. 
5 . Investimento representa: 
a) Qualquer desembolso para a aquisição de um serviço; 
b) Um gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de 
benefícios atribuíveis a períodos futuros; 
c) Gasto com bens e serviços consumidos com a finalidade de obter receitas; 
d) Gasto de salários e encargos sociais do pessoal de vendas; 
e) Gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade 
produtiva normal da empresa. 
6 . Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa 
industrial, relativas a um determinado período de produção: 
Materiais requisitados do almoxarifado: 
Diretos R$ 300.000 
Indiretos R$ 50.000 
Mão-de-Obra apontada: 
Direta R$ 200.000 
Indireta R$ 30.000 
Aluguel da Fábrica R$ 40.000 
Seguro da Fábrica R$ 20.000 
Depreciação das Máquinas R$ 60.000 
Pede-se: o Custo de Fabricação, o Custo Primário e o Custo de Transformação. 
7. Observe os dados abaixo, representativos dos custos de uma empresa industrial: 
CONTAS R$ 
Matéria-Prima 2.100.000 
Encargos de depreciação (método linear) 27.000 
Material de embalagem 30.000 
Aluguéis de fábrica 80.000 
Administração da fábrica 100.000 
Mão-de-Obra Direta 1.500.000 
Energia elétrica (fábrica) 50.000 
 
Qual o valor dos custos fixos? 
8 . A fábrica Delta Ltda. tem os seguintes elementos de custo de fabricação: 
Força Motriz 6.000 
Madeira 110.000 
Lixa 2.000 
Cola 8.000 
Depreciação do Equipamento 11.000 
Verniz 5.000 
MOD 100.000 
Contribuição do INSS – MOD 23.000 
Salário do Supervisor 4.000 
Seguro das Instalações fabris 7.000 
Pede-se: o valor do Material Direto, da MOD e do CIF. 
9 . Considere os gastos abaixo, efetuados pela empresa Industrial Gama em 
denominado período: 
Comissões sobre vendas 600.000 
MOD 7.200.000 
Encargos de depreciação – Máquinas de Produção 1.600.000 
Matéria-Prima consumida 12.400.000 
Salários dos supervisores 3.200.000 
Publicidade 2.400.000 
Energia elétrica consumida na fábrica 2.900.000 
 
Quais foram os custos de transformação e os custos primários no período. 
10 . 
Encargos com Depreciação de Móveis e Utensílios 80.000 
Mão-de-Obra Indireta 160.000 
Matéria-Prima consumida 540.000 
Outros gastos gerais de fabricação 120.000 
Comissões sobre vendas 300.000 
Encargos com depreciação de máquinas de produção 140.000 
Aluguel do escritório de vendas 60.000 
Salários dos vendedores 20.000 
ICMS sobre vendas 600.000 
MOD 220.000 
Material de embalagem utilizado na Produção 40.000 
 Baseado nos dados acima responda: 
a) Qual o total dos custos diretos? 
b) Qual o total dos custos indiretos? 
c) Quais foram os totais das despesas fixas e variáveis? 
 
5ª AULA 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO – DETERMINAÇÃO 
CONCEITO – Custeio por absorção é o método de apropriação de custos que consiste 
em atribuir aos produtos fabricados todos os custos de produção, sejam eles diretos 
ou indiretos, com comportamento fixo ou variável. 
Único método de custeio aceito no Brasil pelas legislações societária e fiscal para fins 
de avaliação dos estoques, cujos saldos constam do Balanço Patrimonial e para apurar 
o Custo dos Produtos Vendidos, constante da Demonstração do Resultado do 
Exercício. 
ESQUEMA BÁSICO DO CUSTEIO POR ABSORÇAO: 
a) Separar os gastos entre custos e despesas; 
b) Separar os custos diretos e indiretos; 
c) Apropriar os custos diretos diretamente aos produtos; e 
d) Apropriar, mediante critério de rateio, os custos indiretos aos produtos. 
REGISTROS CONTÁBEIS (ROTINA CONTÁBIL) 
Material Direto – MD – esta conta apresenta um saldo devedor no inicio do períodorepresentativo do estoque inicial (materiais não utilizados no período), recebendo a 
débito as compras durante o período, sendo que a contrapartida deste débito, se as 
compras foram efetuadas a vista é efetivado um crédito na conta de 
Banco/conta/Movimento se a prazo em Contas a Pagar. 
As saídas de materiais requisitados para utilização na produção representam créditos 
nesta conta e débitos na conta de Produtos em Elaboração. No fim do período apura-
se o Estoque Final de MD pela fórmula Estoque Inicial (EI) + Compras ® – Requisições 
para a produção ®. 
Mão-de-Obra Direta – MOD – esta conta é debitada pelos gastos dos salários e 
encargos dos empregados ligados diretamente a produção e encerrada no final do 
período contra a conta de Produtos em Elaboração. 
Os demais gastos da Folha de Pagamento da Instituição ficam por conta dos 
empregados ligados a atividade de apoio a produção, denominada Mão-de-Obra 
Indireta, classificada como Custos Indiretos de Fabricação – CIF, bem como do Pessoal 
ligados a Administração cujos gastos são contabilizados como despesas. 
Custos Indiretos de Fabricação – CIF – esta conta recebe todos os gastos não ligados a 
MD e MOD, sendo encerrada no fim do período contra a conta de Produtos em 
Elaboração. 
Produtos em Elaboração – esta conta recebe débitos dos três elementos de custos 
citados acima, MD, MOD e CIF; representa a área de produção, normalmente tem 
saldo inicial representativo dos MD não utilizados, visto que MOD e CIF são zerados no 
fim do período. Os créditos efetuados nesta conta representam a produção terminada 
no período. 
Produtos Acabados – esta conta recebe débitos oriundos da conta Produtos em 
Elaboração, representativos da produção acabada. No balanço das empresas 
evidencia os estoques (custos) dos produtos disponíveis para venda, é creditada pelos 
produtos vendidos. 
Custo dos Produtos Vendidos – esta conta recebe os débitos oriundos da conta 
Produtos Acabados sendo confrontados com a Receita de vendas dos mesmos. 
ESQUEMA – APURAÇÃO DO CUSTO DO PRODUTO VENDIDO – CPV 
1. ESTOQUE INICIAL DE MATERIAL DIRETO – EIMD 
2. (+) COMPRAS DE MATERIAL DIRETO 
3. (-) ESTOQUE FINAL DE MATERIAL DIRETO – EFMD 
4. (=) MATERIAL DIRETO CONSUMIDO – MD 
5. (+) MÃO-DE-OBRA DIRETA – MOD 
6. (+) CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – CIF 
7. (=) CUSTOS DE PRODUÇÃO DO PERÍODO – CPP 
8. (+) ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO – EIPE 
9. (-) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO – EFPE 
10. (=) CUSTO DE PRODUÇÃO ACABADA DO PERÍODO – CPA 
11. (+) ESTOQUE INICIAL DE PRODUTOS ACABADOS – EIPA 
12. (-) ESTOQUE FINAL DE PRODUTOS ACABADOS – EFPA 
13. (=) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS – CPV 
 
ESQUEMA – APURAÇÃO DO RESULTADO 
1. VENDAS LÍQUIDAS – VL 
2. (-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS – CPV 
3. (=) LUCRO OPERACIONAL BRUTO – LB = RESULTADO INDUSTRIAL – RI 
4. (-) DESPESAS OPERACIONAIS 
5. (+/-) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS 
6. (=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 
7. (+/-) RESULTADO NÃO OPERACIONAL 
8. (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DOS IMPOSTOS E DAS PARTICIPAÇÕES 
9. (-) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
10. (-) IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS 
11. (-) PARTICIPAÇÕES 
12. (=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Desenvolvimento de caso prático. 
 
6ª AULA 
 
DECOMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO NO CUSTEIO POR ABSORÇÃO 
OBJETIVO – análise dos elementos de custos que fazem parte do custo de produção 
do período, ou seja material direto, a mão-de-obra direta e custos indiretos de 
fabricação e sua forma de apropriação aos estoques e ao custo dos produtos 
vendidos. 
I – MATERIAIS DIRETOS 
Problemas: 
a) Forma de contabilizar o custo de aquisição; e 
b) Avaliação das saídas de material para a produção. 
CUSTO DE AQUISIÇÃO 
O custo abrange todos os gastos incorridos para colocação dos materiais em condição 
de uso na empresa: 
a) O valor de aquisição dos materiais deve estar incluído todos os impostos 
incidentes sobre a compra e excluídos os recuperáveis (compras brutas). 
b) As despesas com fretes e seguros, se cobradas em separado do valor dos 
materiais e de responsabilidade do comprador. 
c) Devem ser deduzidos do custo de aquisição os descontos incondicionais 
obtidos e abatimentos sobre compras concedidos pelo fornecedor, bem como 
as devoluções de compras ao fornecedor. 
Observação: 
a) as despesas financeiras com aquisição de materiais e os descontos financeiros 
obtidos não são considerados como custos ou deduções do custo e sim 
contabilizados como despesa e receitas financeiras. 
b) Gastos com armazenagem e com a área organizacional de compras, tais como 
recepção, manuseio, etc. deveriam estar compondo o custo do material, mas 
na prática são apropriados como custos indiretos de fabricação. 
ESQUEMA – CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS 
1. COMPRAS BRUTAS 
2. (+) FRETES E SEGUROS SOBRE COMPRAS 
3. (-) ABATIMENTOS E DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE COMPRAS 
4. (-) DEVOLUÇÕES SOBRE COMPRAS 
5. (=) CUSTO DE AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS 
ESQUEMA – COMPRAS BRUTAS 
1. VALOR DE AQUISIÇÃO 
2. (+) TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRAS 
3. (-) TRIBUTOS RECUPERÁVEIS (ICMS e IPI) 
4. (=) COMPRAS BRUTAS. 
ROTINA CONTÁBIL DE AQUISIÇÃO DE MATERIAIS 
DÉBITO: MATERIAIS DIRETOS 
DÉBITO: ICMS A RECUPERAR 
DÉBITO: IPI A RECUPERAR 
CRÉDITO: BANCOS C/MOVIMENTO 
AVALIAÇÃO DAS SAÍDAS 
Material Direto adquirido para aplicação em uma ordem de produção – OP ou ordem 
por encomenda – OE, não haverá dúvidas na avaliação de saída pois será atribuído seu 
preço específico de aquisição. 
Porém quando diversos itens de materiais iguais forem adquiridos por preços 
diferentes e forem intercambiáveis entre si, qual será a avaliação das saídas destes 
materiais? 
Internacionalmente, temos três métodos que são aplicados: 
PEPS – primeiro que entra é o primeiro que sai (por este método as saídas de 
materiais serão avaliadas pelas aquisições mais antigas); 
UEPS – último que entra é o primeiro que sai (acontece o inverso) 
CUSTO MÉDIO PONDERADO – avalia-se tanto as saídas como os estoques 
remanescentes pelo custo médio ponderado de aquisição. 
No Brasil, a Receita Federal do Brasil aceita o método PEPS e o Custo Médio 
Ponderado de aquisição, não é aceito o UEPS, evidentemente as empresas em sua 
totalidade adotam o Método do Custo Médio Ponderado de aquisição. 
 
 
7ª AULA 
Visando facilitar os cálculos para controle de estoque nestes três métodos 
apresentamos a ficha de Controle de Estoque: 
FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE – MÉTODO APLICADO 
DATA ENTRADAS SAÍDAS SALDO 
DATA QTD. P.UNIT. P.TOT. QTD. P.UNIT. P.TOT. QTD. P.UNIT. P.TOT. 
 
 
 
 
 
 
 
QTD – Quantidade 
P.UNIT. – Preço Unitário da operação. 
P.TOT. – Preço Total da operação. 
PERDAS NORMAIS E ANORMAIS 
Perdas normais de materiais são aquelas inerentes ao processo produtivo, fazendo parte do 
custo de produção, pois representa um sacrifício necessário para a obtenção da produção. 
Perdas anormais são aquelas aleatórias e involuntárias, ocasionadas por sinistros, 
deterioração de materiais, obsolescência, etc. Neste caso este valor é contabilizado no 
resultado como despesa. 
As perdas normais, isto é, no processo de produção ocasiona muitas vezes a geração de 
sucatas, que são alienadas sendo o valor negociado contabilizado como recuperação do custo 
de produção, diminuindo, dessa forma o custo de produção do período. 
II – MÃO-DE-OBRA 
MÃO-DE-OBRA DIRETA 
Corresponde ao pessoal que age efetivamente na elaboração dos produtos ou na 
prestação de serviços, sendo facilmente identificado às unidades produzidas ou ao 
serviço prestado. Exemplo: marceneiro, montador, pintor, soldador, operador de 
máquinas, etc... 
MÃO-DE-OBRA INDIRETA 
Corresponde aos gastos do pessoal da produçãoque necessitam de algum critério de rateio 
para sua apropriação ao produto são classificados como Mão-de-Obra Indireta e classificados 
como Custos Indiretos de Fabricação – CIF. São os chamados custos de apoio a produção. 
OCIOSIDADE 
Os gastos relativos ao pessoal que trabalha diretamente na produção podem conter uma 
parcela de ociosidade, esta parcela deve ser classificada como MOI. 
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL 
Os gastos de MOD são debitados diretamente nas contas de custos de produção, já os gastos 
com MOI são classificados como CIF e rateados aos diversos produtos. 
 
ORIGEM DAS INFORMAÇÕES DE MÃO-DE-OBRA – FOLHA DE PAGAMENTO 
Gastos constantes das folhas de pagamento das empresas (salários e encargos sociais e 
trabalhistas) – Salários, Férias, Adicional de Férias, 13º salário, Contribuições Sociais como 
INSS, SENAI, SESI, Seguro com Acidente de Trabalho FGTS, etc... 
CONTABILIZAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO. 
OUTROS GASTOS RELACIONADOS A MÃO-DE-OBRA. 
A empresa incorre em outros gastos como aquisição de vestuário adequado (Segurança do 
Trabalho), Vale Refeição ou com gastos com Restaurante próprio, vale transporte, assistência 
médica, etc... 
III – CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 
São aqueles gastos que a empresa suporta na produção que não estejam enquadrados como 
MD e MOD. A grande maioria destes gastos não são diretamente atribuíveis aos produtos e 
precisam de critérios de rateios para sua alocação a cada produto. 
Desenvolvimento de caso prático. 
 
8ª AULA 
EXERCÍCIOS: 
1. Foram os seguintes os gastos feitos por uma empresa, num determinado período: 
Matéria-Prima consumida 100.000 
Mão-de-Obra Direta 60.000 
Energia Elétrica da Fábrica 20.000 
Salário da Administração 30.000 
Depreciação das Máquinas da Fábrica (Método Linear) 10.000 
Despesa de Entrega 40.000 
Pede-se o valor do custo de produção do período. 
2. Num determinado mês a escrituração contábil de uma empresa industrial registrou os 
seguintes dados: 
CONTAS R$ 
Estoque de matérias primas no início do mês 60.000 
Compras efetuadas durante o mês 120.000 
Estoque de matérias-primas no final do mês 120.000 
Despesas com mão-de-obra direta 40.000 
Gastos gerais de fabricação 50.000 
Produção em andamento no início do mês 24.000 
Produção em andamento no final do mês 34.000 
Qual o valor dos custos fabricados. 
3. Os seguintes dados abaixo são relativos a um período de produção da Cia. Industrial 
Rubro e devem ser utilizados para a obtenção do: 
Custo de Produção do Período; 
Custo da Produção Acabada; 
Custo dos produtos Vendidos; 
Resultado Bruto Industrial; e 
Lucro Operacional Líquido da Companhia, considerando apenas as contas de 
resultado evidenciadas 
ELEMENTOS R$ 
Compra de Materiais Diretos 100.000 
Arrendamento mercantil de máquinas Industriais 80.000 
MOD 110.000 
Estoque Inicial de Produtos Acabados 20.000 
Energia elétrica da fábrica 30.000 
Despesas pós-fabricação 150.000 
Vendas Líquidas 726.000 
Estoque final de materiais diretos 15.000 
Estoque inicial de produtos em elaboração 40.000 
MOI 35.000 
Depreciação das máquinas industriais 55.000 
Estoque final de produtos acabados 28.000 
Estoque inicial de materiais diretos 23.000 
Constituição de Provisão de Férias e de 13º salário para MOD e MOI 17.000 
Estoque final de produtos em elaboração 62.000 
Demais custos indiretos de fabricação 19.000 
 
4. A NILUK Industrial Ltda. apresentou os seguintes gastos num determinado período: 
Matéria prima consumida 180.000 
MOD 80.000 
Comissões de vendedores 5.500 
Salários da administração 21.500 
Depreciação – administração 8.600 
MOI 45.000 
Despesas bancárias 1.350 
Materiais diversos fábrica 12.000 
Manutenção fábrica 20.000 
Propaganda 15.000 
Honorários da diretoria 25.000 
Seguro – fábrica 30.000 
Materiais de expediente 5.000 
Energia elétrica – fábrica 35.000 
Depreciação – fábrica 40.000 
Total 523.950 
Utilize o esquema básico do custeio por absorção para calcular o custo total de cada um dos 
produtos A e B que a empresa fabrica. 
9ª AULA 
EXERCÍCIOS: 
1. A Cia. Estatal importou determinada matéria-prima no valor de R$ 20.000. Sobre a 
importação incidiram ainda os seguintes custos, que foram pagos à vista através de 
cheques de emissão da empresa: 
Imposto de Importação 4.000 
IPI 2.400 
ICMS 4.600 
Frete e seguros de transporte das mercadorias 1.000 
Total do desembolso 32.000 
A empresa fabrica produtos sujeitos à incidência de IPI e ICMS, pede-se informar o custo de 
aquisição e a contabilização desta operação. 
2. Com os dados constantes da tabela abaixo calcule na ficha de controle de estoques o 
custo do material direto aplicado na produção e o estoque final de Material Direto, 
com base no método de custo médio ponderado de aquisição móvel e fixo: 
DADOS 
DESCRIÇÃO PREÇOS 
DATA OPERAÇÃO QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL 
04/01/X1 Compra 500 420 210.000 
20/01/X1 Compra 1.000 450 450.000 
21/01/X1 Dev. De compras 200 450 90.000 
23/01/X1 Venda 1.200 600 720.000 
27/01/X1 Compra 2.000 460,8 921.600 
30/01/X1 Venda 2.000 600 1.200.000 
 
3. Utilizando os dados a seguir elabore a Ficha de Controle de Estoques pelos métodos: 
a) PEPS; 
b) UEPS; 
c) PMP móvel; e 
d) PMP fixo. 
DADOS 
DESCRIÇÃO PREÇOS 
DATA OPERAÇÃO QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL 
19x2 
10/01 Compra 100 2,00 200 
12/01 Compra 100 2,20 220 
15/01 Requisição 150 
18/01 Compra 100 2,30 230 
30/01 Requisição 120 
 
4. A empresa industrial ZETA apresentava em 01/03/2008 os seguintes saldos em suas 
contas de estoque: 
Estoque de Material direto 100 
Estoque de Produtos em Elaboração 120 
Estoque de Produtos Acabados 80 
No decorrer do mês, os seguintes fatos ocorreram: 
a) Compra de material direto pelo valor de 200; 
b) Apropriação do consumo de energia elétrica do mês: fábrica 25 e Administração 15; 
c) Requisição de 150 de material direto pela Produção; 
d) Apropriação de serviços de limpeza executados por terceiros: fábrica 5 e 
Administração Comercial 3; 
e) Apropriação de parcela vencida de seguro contra incêndio: fábrica 10 e Administração 
Comercial 2; 
f) Folha de Pagamento do mês (inclui encargos) Pessoal da fábrica: MOD 42 e MOI 30, 
Pessoal da área Administração Comercial 50; 
g) Apropriação dos encargos de depreciação: fábrica 18 e Administração Comercial 5; 
h) Foram transferidos dos seguintes valores: 
 De MOD e CIF para Produtos em Elaboração 42 e 88 respectivamente; 
 De Produtos em Elaboração para Produtos Acabados, correspondente à produção 
acabada no período 350; 
 De Produtos Acabados para Custo de Produtos Vendidos, correspondentes ao custo 
dos produtos que foram vendidos no período: 400. 
Pede-se contabilizar e calcular o Lucro Operacional Líquido correspondente ao mês de 
Março de 19X3, sabendo-se que as vendas líquidas neste mês totalizaram R$ 800 pagas à 
vista. Supondo-se, para fins de simplificação, que todos os gastos tenham sido efetuados 
sem desembolso e em contrapartida à conta sintética Contas a Pagar e que todas as 
despesas sejam lançadas na conta sintética Despesas operacionais. 
 
10ª AULA 
 
Prova P1. 
 
11ª AULA 
 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO – DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
CONCEITO 
Divisão de uma fábrica em segmentos denominados Departamentos, aos quais são 
acumulados todos os custos de produção neles incorridos. Unidade mínima administrativa 
constituída na maioria dos casos, por recursos humanos e materiais, sendo liderados por um 
responsável em termos organizacionais. 
Podem ser divididos em dois grandes grupos: Departamentos de Produção e de Serviços. 
DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO 
Atuam diretamente sobre os produtos e seus custos apropriados diretamente a estesprodutos. Exemplos: Montagem, Acabamento, Usinagem. Perfuração, Refinaria, 
Engarrafamento, etc... 
DEPARTAMENTOS DE SERVIÇOS 
Não atuam diretamente na produção e objetiva prestar serviços aos Departamentos de 
Produção, seus custos são transferidos aos Departamentos de Produção que se beneficiam de 
seus serviços diretamente ou através de rateio. Exemplos: Manutenção, Almoxarifado, 
Limpeza, Expedição, etc. 
CENTROS DE CUSTOS 
A apropriação dos custos em uma fábrica cuja a estrutura organizacional seja 
departamentalizada, é efetivada através de codificar cada departamento por um centro de 
custo e neste são acumulados todos os custos incorridos neste departamento. Pode ter casos 
que a Administração queira analisar um departamento por setores, neste caso deve se atribuir 
um centro de custo para cada setor do departamento. 
OBJETIVO 
 Melhor controle de custos; e 
 Determinação mais precisa do custo dos produtos. 
 
APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS – DEPARTAMENTALIZAÇÃO 
O esquema lógico da apropriação dos custos na departamentalização consiste em: 
 Identificar os custos indiretos que podem ser atribuídos diretamente aos 
Departamentos; 
 Ratear os custos comuns entre todos os Departamentos; 
 Alocar os custos dos Departamentos de Serviços para os Departamentos de Produção, 
segundo uma ordem pré-determinada, de preferência primeiro os que tem mais 
custos a ratear; e 
 Após todos os custos alocados aos Departamentos de Produção, dividi-los entre os 
produtos segundo algum critério de rateio. 
CRITÉRIOS DE RATEIOS 
Conforme a natureza dos gastos adota-se um critério de rateio, como por exemplo, o gasto 
relacionado a imóveis adota-se o critério da área ocupada por cada Departamento, dessa 
forma temos como parâmetros de rateio: número de empregados, material direto aplicado, 
horas-máquina trabalhadas, quilowatt hora consumido, etc... 
Desenvolvimento de caso prático. 
12ª AULA 
CUSTEIO POR ORDEM E POR PROCESSO. 
O custeio por ordem e por processo são formas de custear muito parecidas com pequenas 
diferenças, por isto, vamos discutir uma e outra e após vamos compará-las mostrando 
evidenciando os procedimentos específicos da Produção por Ordem. 
DIFERENÇA ENTRE A PRODUÇÃO POR ORDEM E PRODUÇÃO POR PROCESSO 
Dois fatores determinam o tipo de custeio se por Ordem ou por Processo: a forma da empresa 
trabalhar. Quanto a forma, principal responsável pela distinção, se trabalha produzindo 
produtos iguais de forma continua para estoque, isto é, para venda, já se caracterizou por 
produção por processo. Produz-se atendendo a encomendas de clientes ou, então, produz 
para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais não de forma 
continua, será classificada como produção por ordem. 
Exemplos comuns da Produção por Processo: indústrias de cimento, química e petroquímica, 
de petróleo, de álcool, de açúcar, de produtos alimentícios, etc. Trabalham normalmente por 
Ordem as indústrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, indústrias de móveis, 
empresas de construção civil, confecção de modas, etc. 
Também se encontra empresas que trabalham das duas formas, como a indústria de 
fechaduras, por exemplo, fabrica pelo menos parte dos componentes em série, de forma 
continua (por processo), mas o setor de montagens produz por ordem. 
Encontramos casos em pesquisas de empresas, que por conveniência, mudam sua forma de 
apropriar os gastos de por ordem para processo, como por exemplo uma empresa que tem 
uma encomenda cujo tempo de construção é de 2 anos, neste caso a mesma muda para 
produção por processo. 
DIFERENÇA NO TRATAMENTO CONTÁBIL (APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS) 
PRODUÇÃO POR ORDEM 
Os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem ou encomenda. Essa conta 
só para de receber custos quando a ordem estiver encerrada. Se terminar um período contábil 
e produto estiver ainda em processamento, não há encerramento, permanecendo os custos 
até então incorridos na forma de bens em elaboração, no ativo, quando a ordem for 
encerrada, será transferida para estoque de produtos acabados ou para Custo dos Produtos 
Vendidos, conforme a situação 
PRODUÇÃO POR PROCESSO 
Os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção; são 
encerradas essas contas sempre no fim de cada período. Não há encerramento das contas a 
medida que os produtos são elaborados e estocados, mas apenas quando do fim do período; 
na apuração por processo não se avaliam custos unidade por unidade, e sim à base do custo 
médio do período (com a divisão do custo total pela quantidade produzida). 
Discussão de casos práticos. 
13ª AULA 
CUSTEIO POR ORDEM E POR PROCESSO. 
RESUMO 
Produção Continua ou por Processo reside na elaboração dos mesmos produtos ou na 
prestação do mesmo serviço de forma continuada por um longo período. Produção por 
Ordem consiste na produção de vários produtos de forma não contínua. Em termos de custos, 
a diferença reside em se apropriar para a primeira (por Processo) custos por tempo (mês, por 
exemplo), para divisão pelo número de unidades feitas, chegando-se assim ao custo médio de 
cada unidade, enquanto para a segunda (por Ordem) se alocam os custos até o término da 
produção do bem ou serviço. 
As encomendas de longo prazo de duração podem ser tratadas diferentemente do que é 
normal na contabilidade: pode ter seu resultado apropriado a cada período 
proporcionalmente à parte executada, sem necessidade de se esperar o término e entrega do 
bem ou serviço. Os critérios para essa alocação intermediária podem ser: proporcionalidade 
ao custo total, ao custo de conversão, ao grau de dificuldade de cada fase, aos valores 
contratados para cada fase, etc. 
Em alta inflação, é correto que todos os valores de custos ou receitas estejam a valor presente 
e corrigidos para a mesma moeda. 
Isso não ocorre nas legislações societária e fiscal brasileira de hoje, apenas na Correção 
Integral. 
Discussão de casos práticos. 
 
14ª AULA 
EXERCÍCIOS: 
Assinalar a alternativa correta: 
1. A unidade administrativa mínima, representada por pessoas e máquinas, em que se 
desenvolvem atividades homogêneas, é denominada: 
a) Departamento; 
b) Segmento; 
c) Cadeia de valor; 
d) Setorial; 
e) Centro de custo. 
2. A unidade mínima de acumulação de custos é denominada: 
a) Departamento; 
b) Segmento; 
c) Cadeia de valor; 
d) Setorial; 
e) Centro de custo. 
3. Os departamentos que promovem algum tipo de modificação sobre os bens e os 
serviços são denominados departamentos de: 
a) Receitas; 
b) Serviços; 
c) Produção; 
d) Análises; 
e) Espécies. 
4. Os departamentos que não atuam sobre os bens e serviços, mas executam atividades 
de apoio são denominados departamentos de: 
a) Receitas; 
b) Serviços; 
c) Produção; 
d) Análises; 
e) Espécies; 
5. A empresa X produz dois produtos A e B, cuja produção no último período contábil foi 
de 4.000 e 1.000 unidades, respectivamente. Seus custos departamentais e o número 
de empregados foram: 
Departamentos Custos Nº de Empregados 
Gerência Geral de Produção $ 1.050 2 
Manutenção $ 1.110 4 
Montagem $ 9.300 8 
Acabamento $7.140 8 
Pede-se calcular o valor do custo de cada produto considerando que: 
a) Os custos da Gerência Geral da Produção devem ser os primeiros a serem 
distribuídos aos demais, e a base é o número de empregados. 
b) Em seguida, devem ser rateados os custos do Departamento de Manutenção: 75 
para a Montagem. 
c) Finalmente, distribuir os custos da Montagem e do Acabamento, para os 
produtos, proporcionalmente às quantidades produzidas. 
MAPA DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS 
Custos 
Indiretos 
Gerência 
Geral de 
Produção 
Manutenção Montagem Acabamento Total 
Rateio da 
Administração 
 
Soma 
Rateio da 
ManutençãoTotal 
Produto A 
Produto B 
Total 
 
6. A Cia. Pasteurizadora UVA produz leite tipos C e B, conhecidos no mercado pelas 
marcas UVA com Caroço – UVA CC e UVA sem Caroço – UVA SC, respectivamente, o 
ambiente de produção é composto por quatro departamentos: Pasteurização, 
Embalagem, Manutenção e Administração da Produção. 
O volume de leite processado em determinado período foi o seguinte, em litros: Tipo 
C 489.786 e Tipo B 163.262. 
Sua estrutura de custos, no mesmo período, foi a seguinte (em $): 
a) Custos diretos referentes aos produtos: 
UVA CC 87.800 
UVA SC 50.400 
b) Custos Indiretos 
Aluguel 8.500 
Material 5.200 
Depreciação 4.720 
Energia Elétrica 7.300 
Outros 6.600 
Outros dados coletados no período: 
 Pasteurização Embalagem Manutenção Administração 
da Produção 
Área (m2) 1.100 955 170 275 
Consumo de 
Energia 
(KWh) 
17.000 14.280 1.700 1.020 
Horas de MO 24.000 12.000 2.000 2.000 
As bases de rateio são as seguintes: 
 O aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com suas áreas. 
 O número de horas de mão-de-obra utilizada em cada departamento é usado 
como base de rateio para: material, depreciação e outros custos indiretos. 
 Os custos da Administração da Produção são distribuídos aos demais 
departamentos com base no número de funcionários. 
Nº de Funcionários Departamentos 
Pasteurização 12 
Embalagem 12 
Manutenção 6 
 Conforme observado em períodos anteriores – e espera-se que se mantenha 
nos próximos – cabe ao departamento de Embalagem 1/5 do total dos custos 
de Manutenção. 
 A distribuição dos custos dos departamentos de produção aos produtos é feita 
em função do volume de leite processado. 
Considerando que as quantidades obtidas em litros de produtos acabados foram: UVA CC 
448.160, e UVA SC 146.935,80, pede-se: 
1. Calcular: 
a) O custo total de cada produto; 
b) O custo unitário de cada produto; 
c) O custo que seria apropriado a cada produto se o rateio fosse feito à base dos 
respectivos custos diretos. 
2. Contabilizar: 
a) A apropriação dos custos (apurados em 1.a), utilizando o critério simples. 
b) Idem, pelo complexo. 
MAPA DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS 
Custos 
Indiretos 
Pasteurização Embalagem Manutenção Administração 
da Produção 
Total 
Aluguel 
Material 
Energia 
elétrica 
 
Depreciação 
Outros 
Total 
Rateio da 
Administração 
 
Soma 
Rateio da 
Manutenção 
 
Total 
UVA CC 
UVA SC 
 
15ª AULA 
Exercícios: 
1. Um fator que determina as características de um sistema de custeio (por ordem ou 
por processo) é: 
a) Característica da atividade; 
b) Relevância do patrimônio; 
c) Negociação com o sindicato; 
d) Denominação da empresa; 
e) Pagamento de horas extras. 
2. Em encomenda de longo prazo de execução, a transferência dos custos a débito do 
resultado deve ser efetuada no: 
a) Momento do aumento do caixa; 
b) Reconhecimento da receita; 
c) Relatório de regime de caixa; 
d) Relatório do fluxo de caixa; 
e) Exercício anterior de caixa. 
3. Um sistema de acumulação de custos por ordem de produção pode ser caracterizado 
por: 
a) Custos acumulados e analisados por centros de custos; 
b) Custos acumulados e analisados por períodos contábeis; 
c) Contas de custos que expressam os diferentes modelos; 
d) Produtos padronizados produzidos em grande escala; 
e) Produção de cimento e de produtos petroquímicos. 
4. São exemplos de atividades com sistema de produção continua: 
a) Empresa de telefonia e indústria naval; 
b) Escritórios de auditoria e petroleiras; 
c) Construção civil e indústria química; 
d) Empresas de energia e montadoras; 
e) Indústrias pesadas e de saneamento. 
 
5. Assinalar o falso (F) ou verdadeiro (V): 
a) Produção em série caracteriza-se pela elaboração do mesmo bem ou serviço de forma 
não continuada por um longo período. ( ) 
b) Na produção continua, os custos são apropriados e reportados por período de tempo. 
( ) 
c) Em períodos de alta inflação, o correto é que todos os valores de custos e receitas 
estejam a valor presente e traduzidos para a mesma moeda. ( ) 
d) São exemplos de Produção Contínua as indústrias de cimento, de equipamento 
pesado e de produtos alimentícios. ( ) 
e) Na Produção Contínua as contas de custos devem ser encerradas ao final de cada 
período contábil. ( ) 
6. Assinalar Produção por Ordem (O) ou Produção Contínua (C): 
a) Não há encerramento das contas de custos à medida que os bens ou os serviços são 
elaborados, apenas no fim do período contábil. ( ) 
b) A conta só deixa de receber custos quando o pedido estiver encerrado. ( ) 
c) Os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas e etapas de 
produção. ( ) 
7. A Empresa YYY fechou com o Governo do Estado um contrato de pavimentação de 
uma rodovia, em 01-01-X0, nas seguintes condições: 
Quilometragem a ser pavimentada 2.000 km 
Período previsto para execução da obra 3 anos 
Custo estimado $ 10.000.000 
Receita prevista $ 15.000.000 
Condição de pagamento 40% na assinatura do 
contrato, 20% após um ano, 
20% após dois anos e 20% 
na conclusão do serviço. 
Em 01-01-X1, de acordo com os apontamentos efetuados pelos engenheiros, 
constatou-se que tinham sido completados 500 km de pavimentação. 
A partir do início do segundo ano, os custos aplicados na obra tiveram um aumento 
imprevisto de 10% em relação ao primeiro. O contrato não permite reajuste do preço. 
Em 01-01-X2, aferições técnicas constataram que 70% da obra tinham sido 
executados. 
Ao final do terceiro ano, a empresa concluiu seus trabalhos e o recebimento final foi 
realizado conforme descrito no contrato. 
Considerando-se que a empresa reconhece a receita proporcionalmente à execução 
da obra e que os custos também são incorridos naquela proporção, pede-se calcular: 
a) O custo da etapa completada do primeiro ano; 
b) O valor do lucro bruto do primeiro ano; 
c) O custo da etapa do serviço prestado no segundo ano; 
d) O valor do lucro bruto do segundo ano; 
e) O custo da etapa do serviço executado no terceiro ano; 
f) O valor do resultado bruto da empreitada. 
8. A empresa Antártida produz seu único produto em série, continuamente, em um 
único departamento, em lotes de 10.000 unidades. 
A matéria-prima é totalmente aplicada logo no início do processo produtivo; porem a 
mão-de-obra direta e os custos indiretos de produção incide de maneira uniforme e 
proporcional ao longo de todo o processo. 
Nos dois primeiros meses de determinado ano – em que não havia estoques iniciais – 
a empresa incorreu nos seguintes custos (em $): 
 
 Janeiro Fevereiro 
Matéria-Prima 100.000 110.000 
Mão-de-Obra Direta 46.000 51.700 
Custo Indireto de Produção 73.600 82.720 
O volume de produção e venda foi o seguinte (em unidades): 
 Janeiro Fevereiro 
Acabadas 9.000 9.000 
Vendidas 9.000 6.000 
Em processamento no final do mês 1.000 2.000 
Considerando-se que as unidades em processamento no final do mês encontravam-se 
em graus de acabamento de 20% e 30% respectivamente, em janeiro e fevereiro, 
pede-se calcular, pelo PEPS, para cada mês: 
a) O custo unitário do produto; 
b) O valor de custo da produção acabada; 
c) O custo dos produtos vendidos (CPV); 
d) O valor do custo do estoque final de produtos acabados; 
e) O valor de custo estoque final de produtos em elaboração. 
 
16ª AULA 
CUSTEIO VARIÁVEL – COMPARAÇÕES E VANTAGENS. 
INTRODUÇÃO 
O método adotado para avaliação de Estoques e apuração de Resultado no Brasil, conforme 
estabelece a Lei nº 6.404/76, é o Custeio por Absorção (ou custo Integral). Esse método como 
já vimos, considera que os produtos acabados absorvem todos os custos de produção, que 
sejamdiretos ou indiretos, com comportamento fixo ou variável. 
Para fins gerenciais, no entanto, o Custeio por Absorção é falho, em conseqüência da 
absorção dos custos fixos à produção, isto porque: 
 Os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não de determinado 
produto. Assim, eles têm mais características de encargos necessários para manter a 
estrutura de produção da empresa, do que encargos de um produto específico. 
 Os custos fixos por serem indiretos (não estarem vinculados a nenhum produto 
especifico), são alocados aos produtos por meio de critérios de rateio, cujas bases 
contêm um certo grau de arbitrariedade, ou seja, uma simples mudança de critérios 
pode fazer um produto não rentável passar a sê-lo. 
 O valor dos custos fixos por unidade depende do volume de produção, isto é, 
aumentando o volume, os custos fixos por unidade diminuem, e diminuindo o 
volume, eles aumentam. 
Por essas razões, o Custeio Variável (ou custeio Direto) é o método utilizado com fins 
gerenciais, isto é, para tomada de decisões. 
CUSTEIO VARIÁVEL – CONCEITO 
Tipo de custeamento que consiste em considerar como Custo de Produção do Período apenas 
os Custos Variáveis incorridos. Sendo que os custos fixos são considerados no resultado, como 
despesas. 
OBJETIVO 
O Custeio Variável é utilizado nas empresas como ferramenta auxiliar na tomada de decisão, 
porque é capaz: 
 Informar qual produto contribui mais para a rentabilidade da empresa; 
 Determinar qual produto deve ter sua venda incentivada, reduzida ou excluída de 
produção; 
 Informar que produto proporciona a melhor rentabilidade quando existirem fatores 
que restringem a produção; 
 Determinar o nível mínimo de atividade em que o negócio passa a ser rentável; 
 Fixar preço de venda de um produto ou mix de produtos; 
 Decidir entre comprar ou fabricar; 
 Definir, em uma negociação com clientes, o limite de descontos que pode ser 
concedido; 
 Determinar o comportamento dos lucros em função de oscilações de venda. 
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 
A Margem de Contribuição (MC) é um conceito de extrema importância para o Custeio 
Variável e para tomada de decisões. Ela é potencialidade que cada produto tem de cobrir os 
gastos fixos (Custos fixos e despesas fixas) e ainda gerar lucro, e definida como a diferença 
entre a Receita Total de Vendas (RV) e os Gastos Variáveis (soma dos custos e despesas 
variáveis – CV e DV) , ou seja: 
MC = RT-GV=> RT- (CV + DV). 
Em termos unitários, a Margem de Contribuição é a diferença entre o Preço de Venda unitário 
e os Gastos Variáveis unitários (soma dos custos e despesas variáveis unitários), isto é: 
MCu = PVu – GVu  PVu – (CVu + DVu) 
Despesas variáveis são aquelas que variam proporcionalmente ao volume de vendas, por 
exemplo: comissões de vendedores, fretes, seguros e impostos incidentes sobre as vendas. 
Despesas fixas são aquelas que permanecem constantes qualquer que seja o volume de 
vendas, por exemplo: salários administrativos e de vendas, despesas financeiras, honorários 
da diretoria, etc. 
Evidenciação de casos práticos. 
17ª AULA 
PONTO DE EQUÍLIBRIO – ANÁLISE CUSTO/VOLUME/LUCRO 
INTRODUÇÃO 
A globalização econômica ao acelerar o processo de competitividade tem exigido das 
empresas tomada de decisões rápidas, eficientes e eficazes, sobretudo quanto à maximização 
do lucro. Para tanto, elas necessitam conhecer o comportamento dos custos de produção em 
diferentes níveis operacionais e o comportamento dos níveis de vendas. 
Nesse contexto, a análise Custo/Volume/Lucro é a ferramenta adequada. Ela pode ser 
utilizada como instrumento para projeção do lucro a ser obtido em diversos níveis de 
produção e vendas, assim como para analisar o efeito sobre o lucro decorrente de variações 
no preço de venda, nos custos, etc. 
A análise do Custo/Volume/Lucro se baseia no conceito de Ponto de Equilíbrio e nas 
seguintes premissas: 
 O preço de venda unitário é constante para qualquer volume de produção e vendas. 
Com efeito, a Receita Total (RT = PVu x qtd. Produzida e vendida) tem comportamento 
linear. 
 Os gastos podem ser convenientemente separados em fixos e variáveis. 
 As políticas administrativas em relação às atividades operacionais permanecem 
relativamente constantes. Assim, é razoável admitir a linearidade também dos gastos, 
isto é, os Gastos Fixos (GF) são custos e despesas que permanecem constantes para 
qualquer nível de produção e vendas, enquanto os Gastos Variáveis (GV) são custos e 
despesas que variam no total proporcionalmente às mudanças no volume de 
produção e de vendas, isto é, no total proporcionalmente as mudanças no volume de 
produção e de vendas, isto é, GV = GVu X qtd. Produzida e vendida. 
 O Gasto Total é a soma dos Gastos Fixos (custos e despesas fixos) com os Gastos 
Variáveis (custos e despesas variáveis): GT = GF + GV  GT = GF + GVu x q. 
 Nas empresas com diversos produtos, o mix de vendas e os estoques são constantes. 
PONTO DE EQUILÍBRIO 
O Ponto de Equilíbrio (PE) é uma das técnicas mais úteis e facilmente aplicáveis da qualidade 
do desempenho de uma empresa e do planejamento de suas atividades. Ele é definido como 
o nível de atividade (volume de produção e vendas) em que a empresa não apresenta lucro 
nem prejuízo, ou seja, o resultado operacional é nulo. Nesse ponto então, a Receita Total é 
igual ao Gasto Total. 
PE = RT = GT 
A quantidade de produtos que proporciona essa situação é obtida da seguinte forma: 
RT = GT  RT = GF + GV  PVu x q = GF = GVu x q  PVu x q – Gvu x q = GF  
q (PVu – Gvu) = GF  q = GF / PVu – Gvu 
Como PVu – Gvu = MCu, então q (e) = GF / MCu 
Apresentação de Gráficos em sala de aula. 
CLASSIFICAÇÃO DO PONTO DE EQUILÍBRIO 
O Ponto de Equilíbrio é classificado de três maneiras: 
 Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) – aquele em que a Margem de Contribuição 
unitária é capaz de cobrir todos os gastos fixos de um período e, consequentemente, 
o lucro apurado é nulo. É o conceito apresentado anteriormente. 
PEC (q) = GF / MCu e PEC ($) = q x PVu 
 Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) – aquele em que a Margem de Contribuição 
unitária é capaz de cobrir todos os Gastos Fixos de um período e mais o custo de 
Oportunidade (benefícios renunciados ao se escolher uma alternativa em detrimento 
de outra). 
PEE (q) = GF + CUSTO DE OPORTUNIDADE / MCu e PEE ($) = q x PVu 
O PEE é bastante utilizado quando se quer estimar a quantidade de vendas para 
atingir um lucro desejado (lucro-meta). Nesse caso, o Custo de Oportunidade assume 
o valor desse lucro desejado. 
 Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) aquele em que a Margem de Contribuição 
unitária é capaz de cobrir tão-somente os Gastos Fixos que geraram desembolso 
financeiro para a empresa no período. Dessa forma, a Depreciação contida nos Gastos 
Fixos é excluída por não representar desembolso. 
Gráficos apresentados na aula. 
18ª AULA 
Exercícios: 
1. A empresa GAMA Ltda. produz e vende 5.000 unidades de produto X por mês ao 
preço unitário de $ 150,00 e tem os seguintes custos unitários: $ 30,00 de matéria-
prima e $ 40,00 de MOD. Por ocasião da venda, paga 5% de comissão aos vendedores 
e 17% de impostos sobre o preço de venda. 
Calcule a Margem de Contribuição Unitária e a Margem de Contribuição. 
 
2. A Empresa China S.A. apresentou os dados seguintes no mês de janeiro: 
CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS 
Aluguel da Fábrica 20.000 Materiais Diretos 6.000 
Depreciação das Máquinas 5.000 Mão-de-Obra Direta 40.000 
Outros Custos Fixos 4.000 Outros Custos Variáveis 10.000 
Informações adicionais: 
 Despesas fixas do período 6.000 
 Despesas variáveis do período 4.000 
 Produção do período 1.000 unidades 
 Vendas do período 800 unidades 
 Preço unitário de venda (líquido) 300,00 
Pede-se: 
a) Cálculo docusto de produção unitário; 
b) Cálculo do custo variável das vendas e do estoque final de produtos acabados; 
c) Apuração do resultado operacional pelo custeio variável. 
 
3. Suponhamos que você seja gerente de uma loja e tenha que decidir entre vender o 
produto X com ou sem embalagem. 
Sabe-se que o custo unitário desse produto sem embalagem é de $ 35,00 e a 
embalagem custa $ 4,50 cada; e que o preço de venda unitário do produto embalado 
é de $ 51,50 e sem embalagem é de $ 47,50. 
Qual a decisão a ser tomada de sorte que a empresa tenha o maior resultado 
(vendendo o produto embalado ou sem embalagem)? 
 
4. A Sorte Grande Ltda. tem capacidade produtiva instalada de 13.000 unidades mês. No 
mês de fevereiro apresentou os seguintes dados: 
 Produção efetiva = produção vendida: 10.000 unidades; 
 Custos fixos: $ 130.000; 
 Custos Variáveis: $ 20,00 unidade; 
 Despesas Variáveis: $ 5,00 unidade; 
 Despesas Fixas: $ 100.000; e 
 Preço unitário de venda: $ 90,00. 
Com base nesses dados, elabore a Demonstração de Resultado pelo Custeio Variável. 
5. A empresa Petróleo Podre S.A. apresentou, num determinado mês, gasto variável 
unitário de $ 15,00; gastos fixos de $ 20.000,00 e preço de venda unitário de $ 25,00. 
Calcule o Ponto de Equilíbrio desta empresa. 
 
6. Suponhamos os seguintes dados relativos a empresa industrial Papa Nicolau Ltda. 
num determinado mês: 
Gastos Variáveis unitários $ 60,00 
Gastos Fixos do mês $ 140.000,00 
Preço de Venda Unitário $ 130,00 
Capital empregado pela Empresa $ 250.000,00 
Rendimento esperado para este capital 10% a.m. capital empregado 
Depreciação (inclusa nos Gastos Fixos) $ 20.000,00 
Com base nesses dados calcule o PEC, PEE e PEF. 
 
7. Uma empresa que seu produto vendido a $ 80,00 a unidade, operando com gasto 
variável unitário de $ 30,00 e gasto fixo mensal de $ 100.000, apresenta que ponto de 
equilíbrio (em quantidade e valor)? 
8. Uma indústria que fabrica pincéis atômicos, elabora seus orçamentos com base nos 
gastos e preço abaixo: 
Custo variável unitário $ 1,50; 
Custo Fixo $ 44.000,00 
Despesas Financeiras $1.200,00 
Preço de venda unitário $ 4,00 
a) Quantos pincéis a empresa deverá produzir e vender para alcançar o equilíbrio 
contábil? 
b) Quais as perdas que a empresa vem enfrentando, considerando a magnitude das 
despesas financeiras/ 
c) Quanto a empresa precisa produzir e vender após um aumento de 10% nos custos 
totais, se ela deseja um lucro operacional de $ 41.815,00? 
 
19ª AULA 
 
PROVA – P2 
 
20ª AULA 
 
PROVA P6

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