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Sociolinguistica - variação linguistica

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Sociolinguística
Desde os primórdios o homem utiliza como instrumento de comunicação a língua, ela é o elemento de interação entre os indivíduos, sofre influências e está sempre em constantes modificações. Pode-se afirmar que a língua é um instrumento vivo, passível de variações considerando aspectos sociais e físicos do indivíduo.
A sociolinguística é o estudo da língua e da sociedade no seu uso real. A sociolinguística faz uma análise cuidadosa da linguagem, levando em consideração a complexibilidade da língua, como a fonética – fonologia e morfologia. 
Estudos e pesquisas foram feitos acerca da linguagem criando e transformando o contexto sócio – histórico. Nas décadas de 50 e 60, linguistas concluíram que a dimensão desses estudos estava condicionada à vários fatores nos quais a diversidade linguística se encontrava, criando identidades sociais.
O princípio da homogeneidade linguística foi adotado pelos estudiosos linguistas Saussure e Chomsky, sendo a linguística seria a ciência em busca do entendimento do ponto de vista de sua estrutura interna, daí a denominação de estruturalismo. É a partir do estruturalismo (1916) a linguística adquiriu caráter científico.
Para Saussure, a língua era considerada objeto social, enquanto Chomsky considerava a língua objeto mental, era a diferença fundamental entre esses linguistas. Foi criado um padrão formal, diretamente ligado a linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais.
William Labov discorda de Saussure e Chomsky, segundo ele a língua não é propriedade do indivíduo, mas da comunidade. Labov propõe estudar a estrutura e evolução da língua no contexto social da comunidade. Quando Labov fala em “heterogeneidade”, ele se refere à variação correlacionadas aos padrões linguísticos variáveis às diferenças na estrutura social em que os falantes são inseridos.
Variações Linguísticas
Os tipos de variações linguísticas dependem de fatores específicos como, condição social, faixa etária, diferenças regionais, são elas:
Variações históricas: refere-se aos estágios de desenvolvimento de uma língua ao longo da história.
Variações diafásicas: são as variações que se dão em função do contexto comunicativo, podendo ser formal e informal.
Variações diatópicas: ocorrem pelas diferenças regionais denominadas dialetos de acordo com a cultura local.
Variações diastrásticas: são ocorridas em razão da convivência entre grupos sociais. As gírias, os jargões e o linguajar caipira são exemplos dessa modalidade de variação linguística.
Teoria dos Contínuos 
O ensino da escrita tem relação com a variedade de registros escritos, também as semelhanças e diferenças entre oralidade e escrita. A compreensão da variação no português brasileiro está relacionada a três tipos de contínuos: Contínuo de oralidade – letramento, Contínuo de monitoração estilística e Contínuo de Urbanização.
Na concepção de Bortoni – Ricardo, o Contínuo de oralidade – letramento é responsável pelos eventos de letramento (mediados pela escrita) e eventos de oralidade (sem mediação direta de escrita).
Bortoni Ricardo representou de forma concreta, por meio de três contínuos as mais diversas manifestações da língua.
O contínuo de urbanização demonstra as alterações presentes na fala desde o ambiente rural, passando pelo meio urbano que mescla características e chega ao extremo oposto, o meio urbano.
O contínuo de oralidade e letramento demonstra os eventos de letramento (fala rebuscada, influência da língua escrita) e os eventos de oralidade (fala coloquial, “livre” de regras).
O contínuo de monitoração estilística identifica na fala o cuidado com a expressão formal da língua, alinhamento da fala com a norma culta bem como a despreocupação com a forma e adaptação ao ambiente da fala (variação linguística). Conforme o falante se expressa nota-se se há monitoramento na sua fala.
Traços graduais : São elementos da linguagem presentes na fala de todos os brasileiros, distribuídos por toda extensão do contínuo de urbanização. Caracterizam um modo de falar comum aos falantes, aceito como “correto”.
Traços descontínuos: São elementos presentes na fala de pessoas que vivem no meio rural e vão desaparecendo à medida que se aproximam do meio urbano. Estes traços geram preconceito linguístico, os falantes são hostilizados por apresentarem diferenças na forma de falar.

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