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SISTEMA GLACIAL

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*
SISTEMA GLACIAL
Geleiras do Himalaia
*
SISTEMA GLACIAL
Geleira de Upsala nos Andes
*
SISTEMA GLACIAL
Geleira Alpes suiços
*
GENERALIDADES
Locais onde gelo e águas de degelo  principais agentes de transporte e deposição  latu sensu
Englobam:
ambientes em contato direto  glaciogênicos 
 ambientes adjacentes e influenciados por geleiras  proglaciais 
*
*
GENERALIDADES
 Não englobam aqueles ambientes que apesar de caracterizados por climas frios + solos frequentemente congelados não estão necessariamente próximos de geleiras  periglaciais
*
GENERALIDADES
 Ambientes glaciogênicos (glaciais stricto sensu)  sedimentos em contato com a geleira e depositados pelo gelo ou por águas de degelo 
 Posição dos sedimentos em relação à geleira:
 subglacial  na base da geleira
 supraglacial  sobre a geleira
 englacial  dentro
*
*
GENERALIDADES
 Ambientes proglaciais  abrangem zona de contato com margem da geleira + arredores sob influência do gelo e água de degelo (ex: flúvio-glacial) 
*
GENERALIDADES
atualmente são limitados  restritos aos pólos norte e sul e às altas montanhas (Himalaia, Andes, Alpes, etc.)  ocupam 10% da superfície emersa da Terra
Registro estratigráfico  expressão geográfica muito maior em diversas épocas do passado geológico (glaciações )
Depósitos glaciais pleistocênicos abundantes  grandes áreas da América do Norte, Europa, Ásia e Antártica
*
GENERALIDADES
No Brasil  registradas em unidades estratigráficas de diversas idades, em diferentes partes do país  Neoproterozóico e do Paleozóico
*
Principais registros de glaciações pré-cambrianas no Brasil: 1 e 2 - For. Puga e unidades correlatas; 3 - For. Jequitaí; 4- For. Bebedouro; 5 – For. Ibiá; 6 – Grupo Macaúbas; 7-For. Salobro; 8 – For. Carandaí; 9 – Cinturão Dobrado Sergipano; 10 – Cinturão Dobrado Rio Preto; 11- Cinturão Piancó/Alto-Brígida
*
Principais unidades estratigráficas com registros glaciais no Paleozóico do Brasil
*
GENERALIDADES
Evolução geológica do planeta caracterizada por períodos de aquecimento e resfriamento  de estufa (greenhouse) e geladeira (icehouse)
Períodos de resfriamento  geleiras avançaram diversas vezes cobrindo extensas áreas continentais  glaciações 
*
Correlação entre a curva de variação do nível do mar (Vail et al., 1977) e os períodos de estufa e geladeira (Fisher, 1984), com indicações das principais glaciações nos últimos 700 milhões de anos.
E = estufa
G = galadeira
GL = glaciação
*
GENERALIDADES
Ocorre relação direta entre condições climáticas globais e as variações eustáticas do nível dos oceanos 
períodos de geladeira  parte da água disponível na superfície da Terra  retida nos continentes  forma de gelo ou neve  causando queda global NM 
 temperatura se eleva  geleiras derretem e recuam  aumento volume de água  subida NM
*
GELEIRAS
geleiras consistem  grande e espessa massa natural de gelo formada em camadas sucessivas de neve compactada e recristalizada  fluido de alta viscosidade
neve recristalizada e compactada  contem alguma água de degelo e fragmentos de rocha; 
sob influência da gravidade fluem gradiente abaixo 
Formação requer  temperaturas baixas + alta precipitação atmosférica
*
GELEIRAS
Forma de ocorrência:
de vale (valley glaciers) = geleiras alpinas = de altitude  massas de gelo típicas de áreas montanhosas  padrão dendrítico similar ao de um sistema de drenagem; formam-se a partir do fluxo de gelo proveniente de montanhas adjacentes 
continentais (ice-sheets) = manto de gelo  cobrem extensas áreas e independem do relevo; hoje restritas às regiões de alta latitude  Goenlândia e Antártica
*
Geleiras de vale na Ilha Ellemere no Ártico canadense, alimentadas a partir de capas de gelo no alto das montanhas. Na parte inferior da imagem observa-s uma língua de gelo flutuante adentrando na Baía de Dobbin, com desagregação na margem e formação de icebergs.
*
Fatores físicos que influenciam dinâmica de expansão e retração das geleiras:
 Balanço de massa 
 Regime térmico
Balanço de massa 
 ganho ou perda de volume de gelo  geleiras de vales e continentais; limitados por uma zona de equilíbrio  acúmulo e ablação  equivalentes
 ganho de massa  zona de acúmulo  posição na qual o gelo está sendo alimentado com neve
 perda de volume  zona de ablação  por derretimento, sublimação, ação mecânica de água de degelo ou desagregação
*
Balanço de massa 
 pode ser  positivo ou negativo  depende saldo da subtração =
volume acumulado – volume de ablação
 balanço positivo  geleira sofre acréscimo no volume  expande-se em área  avanço glacial
 balanço negativo  perda de massa  retração da geleira 
 Mudanças na posição, volume e forma  resposta alterações climáticas mais expressivas  período vários anos com verões mais quentes
 Pequenas variações anuais T + circulação atmosférica  sem interferência significativa no comportamento da geleira
*
Balanço de massa em geleira de vale
*
Regime térmico
 Depende: 
 quantidade de energia solar recebida  influenciada por diversos fenômenos  cíclicos (dias, noites, estações do ano, ciclos solares, etc.)
 troca de calor com a atmosfera 
 perda de calor  temperatura ar < da neve ou gelo
*
 Regimes térmicos:
 temperada ou de base úmida (wet-based glacier) está acima do ponto de degelo sob pressão (pressure melting point)  condições de T e P basais favoráveis ao degelo  presença delgado nível de água de degelo na base
 polar ou de base seca (dry-based glacier)  encontra-se abaixo ponto de degelo sob pressão  água degelo inexistente ou desprezível  gelo aderido ao substrato congelado
 maioria possui regime térmico complexo  podem ser de base seca em algumas porções e úmidas em outras  utilização termo subpolar  regime misto  maior parte abaixo ponto de degelo sob pressão apresentando certa quantidade água de degelo
*
FLUXO GLACIAL
 Deslizamento basal  efetivo geleiras de base úmida  ação lubrificante água degelo 
 Deformação interna (fluxo plástico) geleiras base seca  adesão com o substrato
 geleiras c/margens estagnadas  intenso acúmulo detritos soterra parte frontal  esforços compressivos gerados entre parte ativa e margem estagnada  produz componente ascendente do fluxo
*
Regime de fluxo em geleiras de base seca e de base úmida
*
FLUXO GLACIAL
 velocidade na superfície  somatório movimento por deslizamento basal e deformação interna  dependem: espessura gelo, gradiente topográfico, regime térmico
 > que nas porções laterais e basais 
 grandes geleiras continentais (Antártica)  apresentam canais internos c/fluxo diferenciado que se movem mais rapidamente que o gelo adjacente
 geleiras de vale  velocidade < 300m/ano  movimento não constante sujeito a aumentos repentinos de velocidade em determinados períodos (glacial surge)
 algumas geleiras Groenlândia  mais 20m/dia no verão
*
EROSÃO GLACIAL
 alto poder erosivo  papel importante escultura relevo
Processos:
 por abrasão
 por remoção de blocos (pluncking)
 ação também fluxos de água de degelo
*
EROSÃO GLACIAL
ABRASÃO
 partículas incorporadas na base da geleira  transportadas sob intensa pressão contra a superfície do substrato  detritos agem como ferramentas abrasivas  superfícies com diferentes formas indicativas de fluxo 
 estrias glaciais  estruturas lineares subparalelas, seção transversal em U ou semi-círculo  formam-se pelo arraste de clastos contra uma superfície
 estrias tipo “cabeça de prego” (nailhead striation) , lunadas, fraturas em crescente  permitem determinar sentido do fluxo
*
Formas indicativas dedireção de fluxo em superfícies de abrasão galcial 
*
EROSÃO GLACIAL
ABRASÃO
 sulcos (grooves) feições lineares de grandes dimensões, relevo negativo  podem atingir 1-2m profundidade; 5 -100m comprimento
 cristas (flutes) estruturas lineares positivas, associadas a pares de sulcos paralelos
 estrias, sulco e cristas  podem se formar sobre sedimentos ainda não litificados; evidência  presença de feições de escorregamento nas bordas dos sulcos
*
Formas indicativas de direção de fluxo em superfícies de abrasão galcial 
*
Tipos de estrias: a) sulco em crescente; b) fratura lunada; c) fratura em crescente; d) estria grampo de cabelo. Seta indica sentido de movimento do gelo. Dimensão das feições varia de cm a dm.
*
EROSÃO GLACIAL
ABRASÃO
 rochas moutonnée  formam-se, nas partes elevadas, quando geleira se desloca sobre substrato rochoso irregular  forma assimétrica pela abrasão à montante (menor inclinação) e remoção blocos à jusante (maior inclinação)
 feições associadas aos fluxos de água de degelo confinados na base da geleira  formas lineares:
 marca erosiva em grampo (hairpin erosional mark)  originada pela bifurcação de estrias e sulcos quando da presença de objetos resistentes agindo como obstáculos ao fluxo  seixos, concreções 
*
Tipos de estrias: a) sulco em crescente; b) fratura lunada; c) fratura em crescente; d) estria grampo de cabelo. Seta indica sentido de movimento do gelo. Dimensão das feições varia de cm a dm.
*
A) Estrias, sulcos e cristas produzidos por geleira neopaleozóica sobre arenito devoniano, Wittmarsum, PR, recobertos por tilito de alojamento (ao fundo) (Fotos: A. C. Rocha-Campos).
B) Estrias, sulcos e cristas de abrasão glacial sobre tilito de alojamento, Cachoeira do Sul, RS; (Fotos: A. C. Rocha-Campos).
A
B
*
Estrias e sulcos em vale glacial quaternário, Andes Bolivianos
*
Estrias e sulcos em sedimentos penecontemporâneos do Grupo Itararé, PR.
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Pavimentos glaciais: E) evidência de escorregamento penecontemporâneo nas bordas de sulcos glaciais em arenitos da For. Dwyka, Permocarbonífero da África do Sul. F) marca erosiva em grampo sobre calcários (fluxo da parte inferior para a superior da foto), Canadá.
*
C) Rocha moutonnée recente, geleira Atabasca, Montanhas Rochosas, Canadá; (Fotos: A. C. Rocha-Campos).
D) estrias, sulcos e cristas de abrasão
glacial sobre rocha moutonnée de Salto, SP (Permo-Carbonífero) (Fotos: A. C. Rocha-Campos).
C
D
*
EROSÃO GLACIAL
Processos de erosão glacial
Feições morfológicas de grande escala  circos, vales em U, etc. 
*
Feições erosionais e geomórficas de contato com o gelo. a) dorso de baleia, Prince William Sound, Alasca, E. U. A.; b) vale glacial em “U” do rio Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá; c) esker pleistocênico, Minnesota, E. U. A.; d) lago de kettle, geleira Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá. Fotos a e d: Paulo R. dos Santos; b e c: A. C. Rocha-Campos.
*
EROSÃO GLACIAL
ABRASÃO
 marcas de arrasto de icebergs  sedimento marinhos e lacustres  quilhas de blocos de gelo flutuante tocam o fundo  escavações com forma de sulcos
*
EROSÃO GLACIAL
REMOÇÃO DE BLOCOS (PLUNCKING)
 quantitativamente mais importante
 responsável pela produção de objetos que causam abrasão 
*
TRANSPORTE GLACIAL
FONTES DE SEDIMENTOS
 substrato da geleira  incorporados por erosão glacial
 encostas adjacentes  geleiras de vale
 zonas sotopostas  carreados para cima través de planos de cisalhamanto formados por esforços compressivos nas margens estagnadas
 quando englobadas pelo gelo as partículas podem ser transportadas  na zona sub, supra ou englacial
 zona subglacial  transporta maior quantidade 
*
TRANSPORTE GLACIAL
 baixo poder de seleção  sedimentos c/ alta imaturidade textural e mineralógica 
 intensa abrasão entre as partículas e substrato  clastos facetados, c/faces polidas e estriadas
 deslocamento do gelo carregado de sedimentos sobre seixos e matacões alojados no substrato  clastos em forma de “ferro de passar” ou “bala”
*
*
Matacão facetado e estriado em depósitos glaciais pleistocênicos da For. Yakataga, Ilha Middleton, Alaska.
*
Clastos facetados e estriados provenientes de rochas glaciais do Grupo Itararé, Permocarbonífero da Bacia do Paraná.
*
TRANSPORTE GLACIAL
Ação mecânica  produz partículas tamanho silte  pulverização de detritos transportados pelo gelo  alta porcentagem de matriz
*
SEDIMENTAÇÃO GLACIAL
 diretamente a partir da geleira ou a frente  agentes  corrente de água de degelo, fluxos de gravidade 
 sedimentos supra e englaciais  muito instáveis  derretimento + recuo da geleira  retrabalhamento por água + redeposição por outros processos  baixo potencial de preservação
 ambiente subglacial  ambiente glaciogênico mais importante  termos de deposição
 deposição  relacionada avanço e recuo  depósitos de ampla distribuição em área  tende a ficar alojados em irregularidades do substrato  protegidos da remobilização por outros processos
*
Margem retrátil da geleira Matanuska, Alasca. A) correntes de água de degelo (cabeceiras do Rio Matanuska); B) zona basal do gelo, com coloração escura, rica em detritos transportados; C) corrente de água de degelo fluindo da geleira e transportando areia e cascalho.
*
SEDIMENTAÇÃO GLACIAL
 Morenas  depósitos formados por ação direta de geleiras
 em função da posição ocupada;
 terminais  formadas pelo acúmulo de detritos nas margens estagnadas à medida que ocorre degelo  com recuo formam-se cristas  registram limite máximo atingido pelas últimas fases de avanço glacial
 laterais e medianas  formas alongadas  típicas de geleira de vale
 laterais  acúmulo de detritos junto às paredes dos vales
 medianas  desenvolvem-se ao longo da confluência entre duas ou mais geleiras de vale  através da junção de suas morenas laterais
*
Modo de formação de morena terminal.
*
SEDIMENTAÇÃO GLACIAL
 Morenas 
 sedimentos clásticos (till), comumente grossos
 em geral de baixa seleção
 aspecto maciço
 abundância de clastos facetados e/ou estriados
 aspecto mais comum  clastos de diferentes formas e tamanhos  grânulos a matacões  dispersos em matriz fina 
 partículas provenientes da abrasão + fragmentação  bimodalidade textural
*
Morenas recentes no sul dos Andes: A) morena terminal em vale glacial, vendo-se ao fundo a geleira em recuo; B) morena no contato com geleira de base úmida, com destaque para estalactites de gelo e corrente de água de degelo.
*
SEDIMENTAÇÃO GLACIAL
 Morenas 
 rocha  tilito
 petrograficamente  diamictitos 
Diferentes processos atuam à frente da geleira  responsáveis pela redistribuição dos detritos glaciais em ambientes  flúvio-glacial, glácio-lacustre ou glácio-marinho
*
Diamictito maciço da For. Dwyka, Permocarbonífero, África do Sul;
 
B) Diamictito estratificado da For. Bebedouro, Neoproterozóico, Bahia.
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 DEPÓSITOS
 Tilito de alojamento (lodgement lillites)
 Tilito de ablação (ablation ou melt-out tillite)
 distribuição geográfica  ampla  mas corpos individuais são descontínuos e alongados paralelamente ao fluxo local das geleiras
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 DEPÓSITOS
 Tilitos de alojamento (lodgement lillites)  detritos alojados em irregulares do substrato  pouco deslocamento apesar do contínuo movimento da geleira 
 corpos individuais pouco espessos (< 3m)
 muito compactados 
 em geral maciços
 podendo apresentar fraturas e foliações  inclinação indica sentido do fluxo  originadas da pressões cisalhantes exercidas pelo gelo 
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 DEPÓSITOS
 Tilitos de ablação  fase de degelo grande parte do material transportado na base da geleira  lentamente liberado com fusão gelo intersticial
 poucos compactados 
 s/nenhuma orientação preferencial dos clastos 
 mais espessos que os de alojamento ; espessura < 10m
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 Tilitos subglaciais
 distribuição geográfica  ampla  mas corpos individuais são descontínuos e alongados paralelamente ao fluxo local das geleiras  drumlins
 sobre eles podem se desenvolver  cristas e sulcos lineares  direção paralela ao fluxo; 
 quando a geleira está sobre o continente  durante recuo  feições podem ser destruídas pela água de degelo  formando leques de outwash; 
 preservação favorecida  geleira flui aterrada dentro de corpo d’água e sulcos + cristas recobertos p/sedimentos finos decantados
*
*
Mapa dos depósitos subglaciais quaternários na região noroeste da Inglaterra e sul da Escócia, mostrando que tilitos constituem corpos descontínuos e alongados (drumlins), orientados conforme o fluxo das geleiras. 
*
Superfície glacial exposta com o recuo da Geleira Woodworth, Alasca, evidenciando diferentes feições morfológicas subglaciais e proglaciais: 1= geleira; 2= leque de outwash; 3= lago glacial; 4= drumlim; 5= esker; 6= tills com sulcos e cristas (ultrapassam 0,5m de altura).
*
A) Sulcos e cristas lineares sobre tilitos pertencentes à base da For. Pakhuis, Ordoviciano, África do Sul; B) detalhe da foto maior anterior, mostrando que os tilitos repousam sobre uma superfície planar estriada e são recobertos por diamictitos estratificados.
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 Tilitos subglaciais
 tilitos de deformação  tilitos que apresentam modificações estruturais provocadas por esforços cisalhantes causados pela geleira em movimento
*
AMBIENTE SUBGLACIAL
 Tilitos subglaciais
 eskers  cristas alongadas de areia e cascalho  na base de geleiras temperadas correntes de água de degelo de alta energia fluem confinadas em condutos escavados no gelo
 dimensões variáveis  podem atingir  centenas de km de comprimento /centenas de m de largura 
 presença de estratificação cruzada e plano-paralela
 internamente  ciclos de granodecrescência ascendente
*
AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL
 Sistemas aluviais formados por água de degelo transportam + depositam sedimentos na frente das geleiras (ambiente proglacial )  formando planícies de areia e cascalho planícies de outwash ou sandur 
 sistemas flúvio-glaciais proximais à geleira  ocorrem na forma de leque aluviais  desconfinamento de fluxos subglaciais
 Processos:
 fluxos gravitacionais  depósitos de boca de túnel
 fluxos em lençol (sheet flows)  fácies conglomeráticas + de arenitos grossos
*
Superfície glacial exposta com o recuo da Geleira Woodworth, Alasca, evidenciando diferentes feições morfológicas subglaciais e proglaciais: 1= geleira; 2= leque de outwash; 3= lago glacial; 4= drumlim; 5= esker; 6= tills com sulcos e cristas (ultrapassam 0,5m de altura).
*
AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL
 sistemas de outwash  dinâmica relacionada com avanços e recuos da margem da geleira + variações periódicas na descarga de água de degelo
 principal época de deposição  recuo
*
AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL
 Depósitos:
 diminuição granulométricas fluxo abaixo
 aumento na seleção e arredondamento dos grãos
 variações granulométricas verticais  oscilações na margem da geleira (avanço e recuo)
 sequências c/engrossamento textural para o tôpo  avanços da margem da geleira  aproximação da área fonte 
 feições de corte e preenchimento de várias dimensões 
*
AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL
 Leques aluviais de outwash  transicionam p/rios entrelaçados  água captada e canalizada para jusante
 canais são rasos, dinâmica ativa  mudando constantemente de posição  conglomerados e arenitos c/ estratificação cruzada de canais e barras
 vales barrados por geleiras  lagos a montante
*
Sistema fluvial entrelaçado cuja cabeceira situa-se próximo à zona de descarga de água de degelo da geleira Matanuska, Alasca.
*
AMBIENTE FLÚVIO - GLACIAL
 Leques aluviais de outwash  alcançando corpos de água  leques costeiros (fan deltas) ou deltas tipo Gilbert
 ex: costa do Golfo do Alasca, margem da geleira Malaspina
*
Mapa: leques de outwash proglaciais (indicado por números) na costa do Alasca;
Imagem: destaque para leques derivados da geleira Malaspina, que progradam nas águas do Golfo do Alasca
*
AMBIENTE GLÁCIO – LACUSTRE
Lagos em contato com a geleira
Fontes de sedimentos:
 desagregação de blocos da margem da geleira (calving)
 queda de clastos de gelo flutuante (ice-rafted debris)
 correntes de fundo provenientes de túneis englaciais e/ou subglaciais
 fluxos de gravidade
*
*
*
*
AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE
 Correntes de fundo provenientes de túneis englaciais e/ou subglaciais
 se entrada de fluxos se dá por túneis subglaciais próximo ao fundo do lago de degelo  formação de leques ou lobos subaquosos 
 fração grossa transportada pelo fundo como sistemas outwash subaquosos 
 fração fina suspensa decantando lentamente
*
AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE
 fluxos de gravidade 
 se densidade da água de degelo que entra no lago > a da água do lago  fluxos hiperpicnais de fundo (underflows)  correntes de turbidez
 desagregação de blocos da margem da geleira
 icebergs  deslocam-se em função das correntes  liberam detritos com derretimento  clastos de grande diâmetro (seixos a matacões)  desprendem do gelo (dropstones)  caem no fundo perturbando estratificação dos depósitos finos
*
AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE
 Lagos distais
 entrada de sedimentos  através sistemas flúvio-glaciais  plumas de sedimento em suspensão (interflows ou overflows)  deltas glácio–lacustres  granulometria grossa + volume elevado da carga sedimentar  taludes deposicionais íngremes (tipo Gilbert)  deslizamentos, fluxos de detritos e correntes de turbidez
 Varvitos  depósitos mais característicos
*
AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE
 Varvitos
 origem  variações sazonais  estações do ano
 Verão  sistemas aluviais abastecem  sedimentos em suspensão 
 areia muito fina + silte  depositam-se rápido
 argila  decanta
*
AMBIENTE GLÁCIO - LACUSTRE
 Varvitos
 Inverno  água da superfície pode congelar  impede entrada de sedimentos  depositando argila 
 repetição do processo  alternância regular  lâminas sílticas e argilosas  varvitos
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
 mais importantes sítios de sedimentação glacial em sucessões estratigráficas antigas
 interação entre processos glaciais e marinhos
 geleira  fonte de sedimentos 
 deposição  influenciada por processos marinhos  variam de acordo com a distância em relação à margem da geleira
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
 geleira pode avançar mar adentro por vales glaciais submersos  fiordes  formam-se linhas de gelo flutuante à medida que aumenta a lâmina d’água
 em golfos, plataformas continentais e oceanos rasos  geleiras podem avançar completamente aterradas sobre o fundo do mar por centenas de km  se flutuam  plataformas de gelo
*
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
 subdivididos de acordo com posição em relação à geleira:
 subglacial  processos e depósitos diretamente vinculados à dinâmica da geleira
 proglacial proximal  processos sofrem influência das margens da geleira 
 proglacial distal  dominam processos marinhos 
*
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
 sedimentos da zona proglacial  provenientes de material transportado pela geleira  retrabalhadopor correntes de água de degelo + fluxos de gravidade subaquosos ou plumas de suspensão
 fácies  combinação de 3 processos  tração, ressedimentação , chuva de detritos (rain-out)
 deposição por correntes subaquosas de água de degelo fluxos contínuos de alta energia  fração mais grossa depositada sob forma de lobos  características similares (processos e formas de leito)  leques de outwash 
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
Chuva de detritos
 um dos processos mais importantes 
 responsável pela formação  espessos pacotes de diamictitos 
 jatos de água de degelo carregados de sedimentos  expulsos da geleira  penetram no mar  parte da carga sedimentar, a mais fina  ascende em forma de plumas e permanece em suspensão  decantação dos finos + queda de clastos de icebergs ou de plataformas de gelo  diamictitos maciços ou pouco estratificados
*
AMBIENTE GLÁCIO - MARINHO
Ressedimentação 
 gama contínua de processos gravitacionais  deslizamentos, escorregamentos até correntes de turbidez 
*
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Diamictitos:
 maciços 
 ambiente subglacial  tilitos de alojamento e de ablação
 glaciais subaquosos  glácio marinhos e lacustres
 fluxos de detritos coesivos 
 estratificados
*
*
*
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Diamictitos:
 estratificados
 subaquosos  decantação de finos + de queda de clastos de icebergs; correntes de fundo e ressedimentação
*
*
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Folhelhos, lamitos e ritmitos com clastos caídos
 decantação de finos em ambiente marinho ou lacustre + presença de icebergs ou plataformas de gelo flutuante ricos em clastos transportados
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Ritmitos 
 correntes de turbidez de baixa densidade  ambientes glácio marinho ou lacustre (turbiditos)
 sedimentação sazonal  lagos glaciais (varvitos)
*
*
Ritmito de Itú: A) vista geral; B) ondulações de corrente e estratificação cruzada cavalgante; C) clasto caído.
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Diferença entre varvito e turbidito (Smith & Ashley, 1985)
 relação de espessura entre as camadas de cada par
 Turbiditos  ambas frações granulométricas transportadas para o sítio deposicional ao mesmo tempo  espessuras das duas camadas varia proporcionalmente
 Varvitos  camada argilosa com espessura constante  depende só do tempo de decantação e profundidade da bacia; camada silte/areia varia de acordo com duração e energia dos fluxos de fundo
*
FÁCIES SEDIMENTARES
Código descritivo de fácies (Eyles et al. , 1983)
 Dmm  diamictitos matriz sustentados, maciços
 Dms  diamictitos matriz sustentados, estratificados
 Dmm(c) e Dms(c)  diamictitos maciços ou estratificados c/feições de correntes  ondulações, e/ou lentes finas de material arenoso/conglomerático
 Dms(r)  diamictitos estratificados c/evidências de ressedimentação
 Fld  folhelhos, lamitos e ritmitos c/clastos caídos 
*
RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS EM SUCESSÕES GLACIAIS
 hidrocarbonetos, carvão, água subterrânea, argila industrial, diamante e ouro aluvionares
diamante no Brasil  geleiras retrabalhando os kimberlitos africanos 
Au no Alasca (flúvio-glacial)
Petróleo  geometria dos reservatórios e relações com camadas selantes; corpos de arenitos e conglomerados canalizados confinados entre fácies lamíticas 
 Permo-Carbonífero da Bacia do Paraná  Grupo Itararé 
campos gigantes de gás na Bolívia
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RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS EM SUCESSÕES GLACIAIS
Carvão 
formam-se durante períodos interglaciais  aparecimento de vegetação  Ex: atual  Baía de Hudson, acumulação de tufeiras; Grupo Itararé

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