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PROMESSA DE DOAÇÃO

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PROMESSA DE DOAÇÃO NO DIREITO CIVI
ALUNOS: ALAN 
 JULIAN
INTRODUÇÃO
Ao adentrar em uma analise doutrinária bem como jurisprudencial, ora, manifesto, no âmbito social, como, no âmbito jurídico, põe-se a indagar um dos negócios jurídicos patrimoniais, elencado no rol dos artigos de n 462 a 466 do Código Civil, no que tange ao Contrato Preliminar, sendo este, versado no presente trabalho, sob a ótima do Contrato de Doação, tendo por preceito a interdisciplinaridade das disciplinas de Direito Civil, Direito Processual Civil e Direito Constitucional.
Á principio, o estudo em tela, far-se-á por meio de um esboço analítico, acerca da viabilidade jurídica do contrato preliminar, ora, uma promessa contratual, tratando-se no âmbito da “Doação”, em razão dos fundamentos que orientam seus elementos jurídicos estruturais, indagando acerca, da incursão do principio da exigibilidade contratual como fonte de obrigação principal, bem como, do elemento subjetivo do “animus donandi”, ou seja, caráter de liberalidade do doador, sendo essa, elemento essencial para a configuração da doação.
DA DOAÇÃO 
Pela Doação, o doador transfere de seu patrimônio bens ou vantagens para o donatário, ainda em vida, haja vista, implicando nessa transferência a forma gratuita, ou seja, sem a presença de qualquer remuneração por excelência. Ademais, o aludido contrato, constitui um dos modos de aquisição da propriedade, bem como, versa de ato de mera liberalidade, sendo benévolo, gratuito e unilateral, posto a criar obrigações para uma só parte, sendo essa o doador.
Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. (Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002)
 	Contudo, dado o exposto, acerca da concepção e natureza jurídica do Contrato de Doação, venhamos, a abranger a figura da promessa contratual, ora, o contrato preliminar. Tal instituto vem tratado no Título V do Livro I da Parte Especial do Código Civil, no que tange “Dos Contratos em Geral”, e não especificamente com relação a cada tipo contratual. Contudo, por meio deste, confirmou-se a principio, a construção doutrinária que admite a possibilidade de se pactuar preliminarmente a feitura de qualquer futuro contrato, tendo por ocasião, a concepção do princípio da legalidade, expresso este, no art. 5º, inciso II da CF e da liberdade contratual, tutelada no art. 421 do Código Civil. Deste modo, conforme supracitado, o contrato preliminar seria perfeitamente possível no âmbito da doação, todavia, quando se põe a indagar acerca da exigibilidade, posto que, em meio à liberalidade pertinente a este contrato, há grandes controvérsias.
	Sobremaneira importante salientar, para iniciar o desenvolvimento do presente artigo, é conceituar a promessa de doação. Conforme o Doutor e Mestre em Direito Civil, Flávio Tartuce, em seu Manual de Direito Civil, Vol. Único, Ed. 2014, Pág., 715, essa, seria: “A possibilidade de haver contrato preliminar unilateral que vise a uma liberalidade futura. Sintetizando, pela promessa de doação, uma das partes compromete-se a celebrar um contrato de doação futura, beneficiando o outro contratante”. 
A principal função do contrato preliminar é vincular as partes á celebração de um contrato principal futuro. Todavia, traçando tal entendimento ao contrato de doação, sendo este, titulado pelo seu caráter de mero e ânimo de liberalidade, seria possível traçar um liame obrigacional em seu cumprimento? E tal cumprimento obrigacional de promessa não seria desnaturar a figura do contrato de doação, visto que, este adota o caráter de liberalidade e diante disso forçaria sua extinção?
No ordenamento nacional, há algumas correntes doutrinárias, as quais discutem sobre a possibilidade de tornar exigível ou não o emprego do liame obrigacional, tendo em vista a promessa, no âmbito do contrato de doação. Para uma posição majoritária, consideram moral e juridicamente inaceitável a configuração de uma espécie de obrigação de doar, ou seja, a doação coativa é incompatível com o instituto do “animus donandi”. Tal corrente é liderada por autores como, Maria Helena Diniz (DINIZ, Maria Helena. Tratado teórico e prático dos contratos. 4. Ed. São Paulo: Saraiva, 2002. Vol. II). Todavia, numa posição intermediária, com ressalvas, evidenciados especialmente em hipóteses de divórcios consensuais, nos quais os cônjuges se comprometem a doar determinado bem à prole, no entanto, admita-se apenas na doação com encargo, ou em casos de acordo de separação, o qual em seu descumprimento ensejaria a uma indenização. Tal entendimento verifica-se com base em uma jurisprudência da Décima Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, posto que, numa Apelação Cível de Contrato de Promessa de Doação Pura de Bem Imóvel (GRS N° 70062249586 (N° CNJ: 0417521-92.2014.8.21.7000)) 2014/CÍVEL, sobre a promessa de doação, ponderou que a única hipótese de promessa de doação seria nos casos de separação de cônjuges em que, um destes, perante o juízo assume o compromisso, de doar a totalidade ou parte dos bens do casal ao filho, ou seja, à prole, todavia, em caso de inadimplemento, ou seja, recusa de cumprimento far-se-á a discussão por via judicial para a possibilidade de sua execução.
Promessa de doação nos processos de separação: A única hipótese de promessa de doação que merece tolerância são aquelas situações comuns nos processos de separação em que os cônjuges separandos celebram acordo perante o juízo da Vara de Família, assumindo o compromisso de doar a totalidade ou parte dos bens do casal para os filhos. Posteriormente, havendo a recusa de cumprir o compromisso por parte de um dos separandos, normalmente pelo varão, passa-se a discutir a validade do acordo judicial e a possibilidade de sua execução. (TJ-RS - Apelação Cível: AC 70062249586 RS).
Diante do narrado, admita-se promessa de doação entre cônjuges, celebrada em separação judicial consensual, e em favor de filhos do casal, cujo cumprimento, em caso de inadimplemento, poderá posteriormente ser executado via judicial, o qual tal analise pode ser compreendida com base no artigo de n° 466 –B do Código de Processo Civil introduzida pela lei de n° 11.232/2005 que revogou o artigo n° 639 do mesmo. (colocar o artigo do novo CPC), contudo, portanto, a jurisprudência tem atribuído eficácia, no entanto, à promessa de doação efetivada por cônjuges no acordo de separação judicial ou divórcio em favor dos filhos. No entanto, quando se trata de promessa de doação, feita em acordo de separação judicial em favor dos filhos do casal, há várias decisões que reconhecem sua validade. 
Por fim, numa posição minoritária, estes, sustentam não apenas a validade da promessa, mas também, a sua viabilidade, através de ação cominatória, ou seja, ação cabível nas obrigações de fazer ou de não fazer, tratando-se da espontaneidade. 
Contudo, via de consequência, tais disposições, no tangente à promessa de doação pura a tendência jurisprudencial não tem revelado grandes discordâncias, visto que, o entendimento predominante trata-se da ideia de não admitir a validade jurídica deste tipo de ajuste. 
No entanto, adotando em parte tais premissas narradas, a IV Jornada de Direito Civil n no ano de 2013, por meio de seu enunciado aprovado de n ° 549, a promessa de doação constitui: Enunciado 549 – A promessa de doação no âmbito da transação constitui obrigação positiva e perde o caráter de liberalidade previsto no art. 538 do Código Civil”. Diante disso, por meio dos princípios gerais que regem o contrato preliminar, o donatário, ou seja o futuro beneficiário é investido no direito de exigir o cumprimento da obrigação, ou seja, exigir o cumprimento da promessa de doação da coisa, pois a intenção de praticar o ato de liberalidade, manifestou-se no momento de sua celebração. 
CONCLUSÃO
FALTA FAZER
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Manual de Direito Civil, Vol. Único, Contratos em Espécie (Contratos Típicos do CC/2002) –Flávio Tartuce, Ed. 2014 – 4ª Ed.
VADE MECUM Saraiva 2016, Ed. 21ª – Lei n° 10.406, de 10-01-2002, Código Civil – Artigos 562 – 564.
VADE MECUM Saraiva 2016, Ed. 21ª – Lei n° 5.869, de 11-01-1973, Código de Processo Civil – Artigo 466.
HTTP://tj-rs.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/170589328/apelacao-civel-ac 70062249586-rs/inteiro-teor-170589341 - Acesso em: 19/03/2016 as 14hs00min
HTTP: http://civilistica.com/wp-content/uploads/2015/02/Bodin-de-Moraes-civilistica.com-a.2.n.3.2013.pdf - - Acesso em: 19/03/2016 as 15hs00min
http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=676 - Acesso em: 19/03/2016 as 16hs00min
https://jus.com.br/artigos/10726/a-promessa-de-doacao-no-direito-brasileiro - Acesso em: 19/03/2016 as 16hs40min
GRS N° 70062249586 (N° CNJ: 0417521-92.2014.8.21.7000) 2014/CÍVEL - (TJ-RS - Apelação Cível: AC 70062249586 R).

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