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Direito Civil FICHA EXTRA 09

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DIREITO CIVIL – 
 
Professor: Mario Godoy 
 
Tema: Responsabilidade civil (1ª parte) 
 
1. Conceito de responsabilidade aquiliana. 
 
Entende-se por responsabilidade aquiliana a obrigação de indenizar os prejuízos 
decorrentes de um ilícito extracontratual. Logo, para que o agente se invista na 
responsabilidade, é necessária sua incursão na prática de um ato ilícito. 
 
2. Pressupostos da ilicitude. 
 
CC, art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
 
A configuração do ato ilícito requer, portanto, a demonstração de quatro 
elementos: 
 
a) Ação ou omissão. Reflete o comportamento voluntário do agente; 
 
b) Resultado. Corresponde à ocorrência efetiva de um dano, que pode ser material, 
moral e/ou estético; 
 
c) Nexo causal. Traduz a relação de causa e efeito entre o comportamento do 
ofensor e o resultado danoso. A propósito, entende a doutrina que o nexo causal poderá 
ser afastado em razão da culpa exclusiva da vítima, do motivo de caso fortuito ou força 
maior, ou do fato de terceiro. Configurada uma dessas situações, o agente ficará isento 
de responsabilidade; 
 
d) Culpa. Que engloba tanto a culpa em sentido estrito (negligência, imperícia e 
imprudência), como o dolo. 
 
Observe-se que a presença do fator culpa na caracterização da ilicitude decorre da 
opção do legislador pelo sistema da responsabilidade subjetiva. Entretanto, cumpre 
ressaltar que, em caráter excepcional, a lei também contempla hipóteses de 
responsabilidade objetiva, cuja apuração independe do elemento culpa. 
 
Principais casos de responsabilidade objetiva: 
 
a) CC, art. 927, parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, 
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
 
b) CC, art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários 
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos causados 
pelos produtos postos em circulação. 
 
c) CC, arts. 932 c/c 933. São também responsáveis pela reparação civil: I - os pais, 
pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; II - o tutor 
e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições; III - o 
empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalho que lhes competir, ou em razão dele; IV - os donos de hotéis, hospedarias, 
casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, 
pelos seus hóspedes, moradores e educandos; V - os que gratuitamente houverem 
participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. 
As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja 
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. 
d) CC, art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, 
se não provar culpa da vítima ou força maior. 
e) CC, art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano 
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.

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