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* Bioestatística Básica Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FPECS) Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) Paulo Roberto Margotto Prof. Do Curso de Medicina da ESCS www.paulomargotto.com.br * Bioestatística Básica Programa: Importância da Bioestatística Variáveis População e Amostras Apresentação dos dados em tabelas Medidas de Tendência Central Distribuição Normal Correlação e Regressão Risco Relativo / Odds Ratio Teste de Hipóteses Exercício de Medicina Baseado em Evidências Teste de Fisher Teste t 13 Análise de Variância (ANOVA) 14 -Escolha de Teste Estatístico 15-Testes Estatísticos não Paramétricos 16- Sensibilidades/Especificidade/Curva ROC Margotto, PR (ESCS) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) A condução e avaliação de uma pesquisa Comparação entre dois ou mais grupos ou amostras (grupo tratado / grupo controle) Depende, em boa parte, do conhecimento sobre Bioestatística Estar alerta a: variáveis interferentes nos resultados ¤ Variações mostrais ¤ Diferenças entre grupos Avaliação da eficácia do tratamento (significação) www.paulomargotto.com.br * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Os testes estatísticos são utilizados para: ¤ Comparar amostras (houve modificação dos grupos inicialmente semelhantes após o início da intervenção) ¤ Detectar variáveis interferentes ¤ Analisar se o tratamento depende de outras variáveis (peso, idade, sexo) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br A ciência não é um conhecimento definitivo sobre a realidade, mas é um conhecimento hipotético que pode ser questionado e corrigido. Ensinar ciências não significa apenas descrever fatos, anunciar leis e apresentar novas descobertas, mas Maneira crítica e racional de buscar conhecimento Vieira S., 1991. Ensinar o método científico * Variáveis (dados): Qualitativas :(diferentes categorias sem valores numéricos): -Nominal:: sexo, cor, grupo sanguíneo, causa da morte -Ordinais: (ordenação natural): Grau de instrução, aparência, estágio da doença, status social Quantitativos ou Contínuos: (dados expressos por nº): idade, altura, peso, renda familiar -Discretas( associação entre valores e números inteiros): idade em anos completos -Contínua (pode assumir qualquer valor no subconjunto de números reais): peso População e Amostra: População: Conj. de elementos com determinada característica Amostra: Subconjunto com menor nº de elementos Independentes: grupo selecionados com tratamento distinto Dependentes: para cada elemento do grupo tratado existe um grupo controle semelhante (sexo, idade, etc) Comparação intra-individuo (o grupo submetido ao tratamento é o seu próprio controle) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Apresentação dos Dados em Tabelas: Componentes das tabelas: Título: Explica o conteúdo Corpo: Formado pelas linhas e colunas dos dados Cabeçalho: específica o conteúdo das colunas Coluna indicadora: específica o conteúdo das linhas Opcional: fonte, notas, chamadas * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Nascidos vivos no Maternidade do HRAS segundo o ano de registro Título Cabeçalho (separado do corpo por um traço horizontal) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Tabela de Contingência ou de Dupla Entrada (cada entrada é relativa a um dos fatores) Gestantes sem pré-natal/gestantes com pré-natal e mortalidade perinatal * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Tabelas de distribuição de freqüências: Peso ao nascer de nascidos vivos, em Kg Como transformar está tabela em uma Tabela de Distribuição de Freqüência ? Menor peso: 1570g Maior peso: 4600g * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Tabelas de distribuição de freqüências: 3 colunas Definir as faixas de peso (Classes): Intervalo de classe (0,5Kg): intervalo coberto pela classe Extremo de classe:limites dos intervalos de classe 1,5 Ι— 2,0: fechado a esquerda (não pertencem a classe os Valores 2; pertencem a classe os valores 1,5) - Ponto médio: soma dos extremos da classe ÷ 2 N º de classes: K = 1+ 3,222 log n (em geral: 5-20) no exemplo: K = 1 + 3,222 log 100 = 7,444 (7 ou 8 classes) * Apresentação dos dados em gráficos -título (pode ser colocado tanto acima como abaixo) -escala (crescem da esquerda para a direita e de baixo para cima). - legendas devem ser colocadas à direita do gráfico. Bioestatística Básica * Gráfico de barras: é usado para apresentar variáveis qualitativas ou variáveis ordinais. Veja no gráfico de barras os dado da tabela 1. Bioestatística Básica * Gráfico de setores: é usado para apresentar variáveis qualitativas ou variáveis ordinais. Calcular os ângulos centrais das diversas categorias, marcando-os na circunferência e separando-os com o traçado de raios. Bioestatística Básica Como calcular o ângulo central de cada categoria: 100 360 Freqüência relativa (f) valerá X e o ângulo central X = 360 x f 100 * Histograma: Os dados apresentados em tabelas de distribuição de freqüência são apresentados graficamente em histogramas. Bioestatística Básica Peso ao nascer Freqência * Polígono de freqüência : Os dados apresentados em tabela de distribuição de freqüências também podem ser apresentados em gráficos denominados polígonos de frequência. Após serem marcados os pontos na abscissa (pontos médios das classes) e na ordenada (freqüência relativas), fechar o polígono unindo os extremos nos pontos de abscissas iguais aos pontos médios de uma classe imediatamente inferior a primeira e de uma classe imediatamente superior à última. Bioestatística Básica * Bioestatística Básica BOX PLOT: a caixa é formada por -mediana (linha central): estimativa da tendência central a sua posição indica a presença de simetria (central) e próxima a dos percentis (assimetria) -percentis 25 e 75 (obtidos pelo método Tukey´s Hinges): amplitude interquartil-estima a Variabilidade dos dados -whiskers (bigodes de gatos): -valores máximos e mínimos (distribuição normal) -distribuição assimétrica: os dados máximo e mínimos se desviam do P25-P75 ->1,5 AIQ: valores discrepantes(outliers) ->2,5 AIQ: valores extremos (extremes-assinalados com asterisco) * Bioestatística Básica Dias de internação na coleta da hemocultura por faixas de peso ao nascer Denise Nogueira da Gama Cordeiro * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medidas de Tendência Central (Valor de ponto em torno do qual os dados se distribuem) Variância e Desvio Padrão: avalia o grau de dispersão quanto cada dado se desvia em relação a média) Média aritmética:soma dos dados nº deles (dá a abscissa do centro de gravidade do conjunto de dados) A média aritmética (representa-se por X é: 2,5+3,0+3,5+ ... 4,0 = 2,45 10 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medidas de Tendência Central Média Aritmética Cálculo da média de dados em Tabela de Distribuição de Frequência n=100 Média (X): ponto médio de cada classe x respectiva freqüência divido pelo n X = 1,75x3 + 2,25x16 + ... 4,25x4 + 4,75x1 = 300 3 Kg 100 100 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medida de Tendência Central Medida de dispersão:indicadores do grau de variabilidade dos individuos em torno das medidas de tendência central Variância: Medir os desvios em relação a média (diferença de cada dado e a média) Não há média dos desvios pois sua soma é igual a zero Ex.: 0,4,6,8,7 X (média) : 0+4+6+8+7 = 25 = 5 5 5 X – X (desvio em relação a média) 0 - 5 = - 5 4 – 5 = -1 A soma dos desvios é igual a zero 6 – 5 = 1 8 – 5 = 3 (-5 + -1)+1+3+2= - 6 + 6 = 0 7 – 5 = 2 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medidas de Tendência Central Variância Soma dos quadrados dos desvios A soma do quadrado dos desvios não é usada como medida de dispersão, porque o seu valor cresce com o nº de dados Grupo I: 60, 70 e 80 Kg - Grupo II: 60, 60, 70, 70, 80, 80 Kg * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medidas de Tendência Central Variância Cálculo da soma dos quadrados dos desvios Então, para medir a dispersão dos dados em relação à média, usa-se a variância (S2) que leva em consideração o n S2 = soma dos quadrados dos desvios n – 1 Para os dados: 0, 4, 6, 8 e 7 a S2 = 40 = 40 = 10 5 –1 4 * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Medidas de Tendência Central Desvio Padrão Raiz quadrada da variância, sendo representava por S; tem a mesma unidade de medida dos dados Ex.: 0,4,6,8,7. S2 (variância) = 10 s (desvio padrão): √10 = 3,16 Coeficiente de variância (CV) Razão entre o desvio padrão a a média x 100 CV = sx 100 X Ex.: Grupo I: 3,1,5 anos (x = 3 anos; s2 = 4; s=2) : CV = 66,7% Grupo II: 55,57,53 anos (x = 55 anos; s2 = 4; s = 2) : CV = 3,64% Vejam à dispersão dos dados em ambos os grupos é a mesma, mas os CV são diferentes (no grupo I a dispersão relativa é ALTA) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Variáveis aleatórias: variam ao acaso (peso ao nascer) Gráficos com 2 extremos um máximo e um mínimo e entre eles, uma distribuição gradativa (maioria dos valores ao redor da média) : Curva de Gauss: As medidas que originam a estes gráficos são variáveis com distribuição normal * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Características: A variável (peso ao nascer) pode assumir qualquer valor real O Gráfico da distribuição normal é uma curva em forma de sino, simétrico em torno da média () (se lê “mi”). A área total da curva vale 1, significando que a probabilidade de ocorrer qualquer valor real é 1. Pelo fato da curva ser simétrica em torno da média, os valores maiores do que a média e os valores menores do que a média ocorrem com igual probabilidade. * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Predicção de uma valor entre dois nº quaisquer: Ex.: A probabilidade de ocorrência de um valor > 0 é 0,5, mas qual é a probabilidade de ocorrer um valor entre 0 e z = 1,25? * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Predicção de uma valor Usar tabela de Distribuição Normal Como usar esta tabela? Localizar na 1a coluna o valor 1,2 Na 1a linha, está o valor 5. n0 1,2 compõe com o algarismo 5, o n0 z = 1,25. No cruzamento da linha 1,2 com a coluna 5 está o número 0,3944. Está é a probabilidade (39,44%) do ocorrer valor entre zero e z= 1,25. * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Probabilidade de ocorrer valor entre zero e 1,25 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Predicção de uma valor: qual é a probabilidade de um individuo apresentar um colesterol entre 200 e 225 mg% (média); 200 mg% / = desvio padrão = 20 mg% Cálculo da probabilidade associado à Distribuição normal: Z = X - = média ; = desvio padrão X = valor pesquisado A estatística Z mede quanto um determinado valor afasta-se da média em unidades de Desvio padrão (quando coincide c/ a média, o escore é Z = 0) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Predicção de uma valor: Z = X – 200 = 1,25 20 Consultando a Tabela de Distribuição normal, vemos que a probabilidade de Z assumir valor entre 0 e Z = 1,25 é 0,3944 ou 39,44 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Probabilidade de ocorrer valor entre zero e 1,25 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Distribuição Normal Predicção de uma valor Outro exemplo: Qual é a probabilidade uma pessoa apresentar menos do que 190mg% de colesterol. Para resolver este problema, é preciso "reduzir" o valor X = 190. Obtém-se então: Z = 190 - 200 = - 0,50 . 20 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Na Tabela de Distribuição Normal, a probabilidade de ocorrer valor maior que a média 0 é 0,5;então, a probabilidade pedida é : 0,5 – 0,1915 = 0,3085 ou 30,85% * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Correlação Associaçao entre duas variaveis peso e altura; em quanto aumenta o peso à medida que aumenta a altura? Diagrama de dispersão: X = Horizontal (eixo das abscissas): variável independente ou explanatória Y = Vertical (eixo das ordenadas) : variável dependente A correlação quantifica quão bem o X e Y variam em conjunto * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação + Correlação - Sem correlação * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Observem que à medida que o comprimento dos cães aumenta (variável explanatória) o peso aumenta (variável dependente) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Coeficiente de correlação: (r de Pearson) : Expressa quantitativamente as relações entre duas variáveis r = 0,8 – 1 – forte r = 0,5 – 0,8 – moderada R = 0,2 – 0,5 – fraca r = 0 – 0,2 – insignificante Cálculo do r: r = ∑xy - ∑x∑y n 000000000 ∑x2 – (∑x)2 n ∑y2 – (∑y)2 n Débito cardíaco e Pressão arterial r=0,38 (correlação fraca) Kluckow et al * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Correlação: grau de associação / Regressão: capacidade entre 2 variáveis de predicção de um valor baseado no conhecimento do outro (prever Y conhecendo-se o X) Equação da Reta de Regressão: Y = a + bx (a= Y – bx) a : coeficiente angular (inclinação da reta) b: coeficiente linear (intersecção da reta com o eixo X) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Exemplo: a correlação entre o peso pré-gravídico e o peso do RN foi de 0,22. Aequação da reta: Y = 2547, 79 + 12,8 x Assim, uma gestante com peso pré-gravídico de 60 Kg espera-se um RN c/ peso de 3,315g R2 ( r squared): coeficiente de determinação: proporção da variação total que é explicada. Peso pré –gravídico e peso ao nascer : r2 = 0,22 2 = 4,84 ≈ 5% ( o peso ao nascer é explicado pelo peso da mãe em apenas 5%) (Tese de Doutorado – Curvas de Crescimento Intra-uterinas Margotto, PR) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Correlação / Regressão Base excess e PaCO2 Equação de regressão: Y = 1,07 BE + 40 ,98 r = 0,94 / r = 0.88 = 88% * * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Definição: O Risco relativo se baseia na observação de que nem todos têm a mesma probabilidade (risco) de padecer um dano, mas que para alguns este risco (probabilidade) é maior do que para outros. www.paulomargotto.com.br * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br I - Conceito de Risco É a probabilidade que tem um indivíduo ou grupo de indivíduos de apresentar no futuro um dano em sua saúde. Risco é probabilístico e não determinista. Exemplo: RN com peso entre 500 -1500g tem maior probabilidade de morrer (na UTINeo do HRAS: 19,58- ano 2000), mas muito deles não morrem. Risco é uma medida que reflete a probabilidade de que ocorra um dano a saúde. * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br II - Grau de Risco Mede a probabilidade de que o dano ocorra no futuro. Refere-se a um resultado não desejando. Não deve ser confundido com o risco !!! O dano em um RN seria a sua morte no período neonatal ou seqüelas neurológicas consecutivas à asfixia, o risco é a probabilidade de que o dano venha ocorrer neste RN, medindo-o como um gradiente que vai de risco alto a baixo risco de morte neonatal ou de seqüelas neurológicas, neste exemplo. 0 1 Baixo Risco Alto Risco * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Graduar o risco É IMPORTANTE para programar atenção segundo o enfoque de risco, priorizando o grupo, dentro da população de maior necessidade. Exemplo: * * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES III - Risco Relativo/Qui-quadrado Risco Relativo (RR): Mede o excesso de risco para um dado dano nos indivíduos expostos ao fator de risco, comparado com os que não estão expostos. RR = a/a+b c/c+d RR = Incidência do Risco nos que tem fator p1 = a/a+b RR= Incidência do Risco nos que não tem fator .p2 = c/c+d * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES III – Tecnica da Prova de Hípótese: RR = a/a+b c/c+d RR = Incidência do Risco nos que tem fator p1 = a/a+b RR= Incidência do Risco nos que não tem fator .p2 = c/c+d Uma vez feito o cálculo de RR, torna-se necessário demonstrar: Não há erros de registro, cálculo ou transcrição RR é prático e estatisticamente significativo Um RR menor que 1,5 geralmente não é de valor prático Margotto, www.medico.org.br * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Teste do X 2 (qui-quadrado): (a x d – b x c) ½ )2 (a+b) x (d+c) x (b+d) x (a+c) Qui-quadrado mede a probabilidade de as diferenças encontradas em dois grupos de uma amostra serem devidas ao acaso, partindo do pressuposto que, na verdade, não há diferenças entre os dois grupos na população donde provêm. Se a probabilidade for alta poderemos concluir que não há diferenças estatisticamente significativas. Se a probabilidade for baixa (particularmente menor que 5%) poderemos concluir que um grupo (A )é diferente do grupo B quanto ao fator estudado. Margotto, www.medico.org.br * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo: Cálculo do Risco em estudo: Baixo Peso População total estudada: 6373 Morte perinatais observadas: 211 População com fator Baixo Peso: 724 Morte Perinatais com o fator baixo peso: 150 * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo: Cálculo do Risco em estudo: Baixo Peso RR = a/a+b c/c+d Ou seja o RR = 19,2 150/724 61/5649 O Risco de Morte Perinatal de um RN de baixo peso excede 19,2 vezes a de um RN de peso > 2500g * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo 2 : Fator de Risco em estudo: ausência de pré - natal RR = 1,6 117/2742 94/3631 O Risco de Morte Perinatal de um RN sem pré-natal excede 1,6 vezes a de um RN com pré-natal * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo 2 : Fator de Risco em estudo: ausência de pré - natal (a x d – b x c) ½ )2 X 2 = 13,71 (a+b) x (d+c) x (b+d) x (a+c) Podemos dizer que há uma associação significativa (p < 0,01) entre ausência de pré-natal e morte perinatal, sendo que grau de associação é: o risco de morte perinatal é 60% maior nos produtos sem pré-natal (1,6 x 100 = 160: aumento de 60%: 100 + 60). * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo 3 : Risco de Morte neonatal (nos 1º 7 dias de vida) Risco Relativo (RR): 2,0 X2 – 11,8 (p<0,01) O RR é o risco de adoecer em um grupo (grupo exposto) em relação ao risco de adoecer em outro grupo (pessoas não expostas). Se não houver associação entre a exposição e a doença, o risco de adoecer não depende da exposição e o RR é igual a 1. * 272 310 280 302 Taxa de eventos no grupo estudo: (a/(a+b) Taxa de eventos no grupo controle: (c/(c=d) Risco relativo: a/(a+b) / c(c+d) Redução do risco relativo (RRR) Redução do risco absoluto Número Necessário p/tratamento www.braile.com.br www.paulomargotto.com.br INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES 582 (Objeto Planilia-Editar) Plan1 Cálculos estatísticos básicos relacionados ao Risco Relativo Área de cálculos. Não digitar neste local ( Braile, DM & Godoy, MF) ** versão 1999 ** EVE NTO RR= 1.3150 sim não e= 2.7183 Atenção: Gr.Estudo 150 122 272 a/(a+b) 0.5515 Gr.Controle 130 180 310 0.4485 Todos os cálculos são feitos automaticamente 280 302 582 0.0030 IC 95% Taxa de eventos no G. Estudo (EER) = a/(a+b) 55.1 % 49.2 61.1 c/(c+d) 0.4194 SE EER= 3.02 5.91 Taxa de eventos no Gr.Controle (CER) = c/(c+d) 41.9 % 36.4 47.4 0.5806 SE CER= 2.80 5.49 Risco relativo (RR)=EER / CER 1.32 1.11 1.56 0.0045 Redução do risco relativo (RRR) = (CER-EER)/CER -0.32 -0.56 -0.11 0.0075 Redução do risco absoluto (ARR) =CER-EER -13.2 % -21.3 -5.1 0.0864 SE ARR= 4.12 8.07 Número Necessário p/tratamento(NNT)=(100/ARR) -8 -19 -5 0.1693 -0.1693 Observação: Valores em Vermelho são valores negativos 1.1844 e portanto representam AUMENTO e não redução do risco 0.8443 Nesses casos o NNT passa a ser número necessário p/prejudicar IC95%inf 1.1103 IC95%sup 1.5576 Plan2 Plan3 * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo 3 : Risco de Morte neonatal (nos 1º 7 dias de vida) Risco Relativo (RR): 2,0 X2 – 11,8 (p<0,01) Um risco menor que 1 implica em uma redução da doença com exposição, enquanto que um RR maior que 1, sugere um aumento da doença com exposição. Quanto maior for o RR, maior será a associação entre a exposição e o dano. * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Junto com a obtenção do RR se deve estimar o seu intervalo de confiança de 95%, uma vez que é possível obter um valor do RR alto, mas se o tamanho da amostra for pequeno, o seu valor será duvidoso. Os limites de confiança estão muito relacionados com os valores de p e se não inclui o valor de 1, é equivalente a significação estatística a um nível de 5%. Vamos ao exemplo: * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br O intervalo de confiança a 95% é: … 1 … 1,2 2,05 Como o extremo inferior deste intervalo de confiança excede o valor 1, se pode dizer, neste caso, que há uma associação estatisticamente significativa em um nível de 5% entre a ausência de pré-natal e mortalidade perinatal, sendo que o risco de morte perinatal nos produtos sem pré-natal excede, significativamente 1,6 vezes a dos produtos com pré-natal. * O Intervalo de Confiança 95% significa que há 95% de probabilidade de que o intervalo calculado contenha o verdadeiro valor do parâmetro estudado. Por exemplo RISCO RELATIVO de 1,6 com IC95% de 1,2 a 2,05. Isto quer dizer que no experimento realizado o valor encontrado foi de 1,6 e que há 95% de probabilidade que o verdadeiro valor seja um número qualquer entre 1,2 e2,05. Quando o intervalo de confiança contém o valor 1,00 significa que não há diferença estatística entre o grupo estudado e o grupo controle. Quando o valor máximo do IC 95% é menor que 1,00 o grupo de estudo se comportou de modo significativamente melhor que o grupo de controle e quando o valor mínimo do IC 95% for maior que 1,00 significa que o grupo de estudo foi significativamente pior que o grupo controle. INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES www.braile.com.br www.paulomargotto.com.br * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br V-Odds Ratio (OR) ou Razão das chances Os estudos de casos-controles comparam a freqüência de expostos a um determinado fator entre um grupo de indivíduos que apresenta a doença – casos – e outro que não a tem – controle. OR = axd bxc A razão das chances (OR) é definida como a probabilidade de que um evento ocorra dividido pela probabilidade de que ele não ocorra. * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES www.braile.com.br www.paulomargotto.com.br * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br IV-Seleção dos fatores de risco com fins de intervenção (Risco Atribuível) Risco Atribuível (RA): este mede a percentagem da incidência do dano que se reduz no grupo exposto ao fator, se este fosse neutralizado (impacto do controle no grupo exposto). Quando se refere à população, temos o risco Atribuível à População (RAP): RA Taxa de Incidência no Taxa de incidência no Grupo Menos grupo sem o fator de risco (P2) Com fator de risco (P1) * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br IV-Seleção dos fatores de risco com fins de intervenção (Risco Atribuível) O RA é outra medida de associação entre fatores e danos e pode ser definido com a diferença entre a probabilidade ter o dano nos que estão expostos ao fator e a probabilidade de ter o dano nos que não estão expostos. Assim, é a diferença de probabilidade atribuível à exposição ao fator e se expressa como: RA = P1 – P2 * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Exemplo: Ausência de pré-natal e o dano mortalidade perinatal, o risco atribuível é: RA = P1 – P2 P1 = 117/2742 = 0,043 P2 = 94/3631 = 0,26 RA = 0,043 – 0,26 = 0,017 Como interpretar este valor de RA: Significa que 17 mortes perinatais de cada 1.000 (mil) gestantes são atribuíveis à ausência de pré-natal. * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br Para saber o que isto significa em uma comunidade específica, é necessário relacionar esta probabilidade (0,017) com a freqüência do fator na população. A forma de estimar o impacto é calculando o Risco Atribuível ao fator da população (RAP). Para calcular o RAP emprega-se a seguinte fórmula: RAP% F% (P1 – P2) P1 – P2 = a probabilidade encontrada P (geral) F% = a freqüência do fator na população P (geral) = a probabilidade do dano entre todas as gestantes * www.paulomargotto.com.br * * * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES Margotto, www.medico.org.br No caso : Ausência de pré-natal e o dano mortalidade perinatal, o risco atribuível ao fator da população (RAP) é: RAP% = 43 X 0,017 = 22 % 211 / 6.373 Significa que 22% da probabilidade de mortalidade perinatal da área em estudo, está associada à freqüência do fator ausência de pré-natal em 43% das gestantes. * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Teste de Hipótese Hipótese nula (H0): não há diferença Hipótese alternativa (H1): há diferença Hipótese: resposta presumida e provisória que de acordo com critério será ou não rejeitada Processo para testar hipótese: 1. Estabelecer Ho 2. Estabelecer H1 3. Determinar tamanho da amostra 4. Colher dados 5. Estudo estabelecido para verificar se o H0 é verdadeiro 6. Rejeitar ou não a H0 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Teste de Hipótese Segundo R.A. Fisher: todo experimento existe somente com o propósito de dar os fatos uma oportinidade de afastar a H0 Erro tipo I: rejeitar a H0 sendo verdadeira (fato obtido pelo azar) : rara ocorrência estatística; amostras pequenas Erro tipo II: aceita a H0 sendo falsa (erro mais frequente); significação estatística: máxima probabilidade de tolerar um erro tipo I. α= 5% (p 0,05): ≤ 5% de rejeitar a H0 (sendo verdadeira) e aceitar a H1 α= 1% (p 0,01): ≤ 1% de rejeitar a H0 (sendo verdadeira) e aceitar a H1 α erro tipo I e erro tipo II α erro tipo I e erro tipo II ‘ * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) Exercício da Medicina Baseado em Evidências (MBE) Novo paradigma na prática clínica: decisões com evidência da pesquisa clínica MBE – uso consciencioso da melhor evidência na tomada de decisões integrado com a experiência Sem experiência clínica – as práticas correm o risco de ser tiranizadas pela evidência Estratégia poderosa: busca eletrônica -www.pubmed.com -www.cochrane.org: compêncio de reevisões sistemáticas dos estudos randomizados de todos os campos da medicina (Na medicina neonatal: www.nichd.nih.gov/cohrane) -www.bireme.br -www.paulomargotto.com.br -www.neonatology.org * Consultem: * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE Conhecimento da Estrutura de um estudo da Avaliação de um tratamento: Exposição Medidas do efeito de tratamento: RR (Risco Relativo): a/n1 c/n2 RRR (redução do Risco Relativo): 1 – RR DR (Diferença de Risco): a/n1 – c/n2 Número necessário para tratamento (NNT): 1 Diferença de risco * 272 310 280 302 Taxa de eventos no grupo estudo: (a/(a+b) Taxa de eventos no grupo controle: (c/(c=d) Risco relativo: a/(a+b) / c(c+d) Redução do risco relativo (RRR) Redução do risco absoluto Número Necessário p/tratamento www.braile.com.br www.paulomargotto.com.br INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES 582 Objeto Planília-Editar Plan1 Cálculos estatísticos básicos relacionados ao Risco Relativo Área de cálculos. Não digitar neste local ( Braile, DM & Godoy, MF) ** versão 1999 ** EVE NTO RR= 1.3150 sim não e= 2.7183 Atenção: Gr.Estudo 150 122 272 a/(a+b) 0.5515 Gr.Controle 130 180 310 0.4485 Todos os cálculos são feitos automaticamente 280 302 582 0.0030 IC 95% Taxa de eventos no G. Estudo (EER) = a/(a+b) 55.1 % 49.2 61.1 c/(c+d) 0.4194 SE EER= 3.02 5.91 Taxa de eventos no Gr.Controle (CER) = c/(c+d) 41.9 % 36.4 47.4 0.5806 SE CER= 2.80 5.49 Risco relativo (RR)=EER / CER 1.32 1.11 1.56 0.0045 Redução do risco relativo (RRR) = (CER-EER)/CER -0.32 -0.56 -0.11 0.0075 Redução do risco absoluto (ARR) =CER-EER -13.2 % -21.3 -5.1 0.0864 SE ARR= 4.12 8.07 Número Necessário p/tratamento(NNT)=(100/ARR) -8 -19 -5 0.1693 -0.1693 Observação: Valores em Vermelho são valores negativos 1.1844 e portanto representam AUMENTO e não redução do risco 0.8443 Nesses casos o NNT passa a ser número necessário p/prejudicar IC95%inf 1.1103 IC95%sup 1.5576 Plan2 Plan3 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE RR = 1 (sem efeito no tratamento) RR < 1 ( o risco de evento é menor no grupo tratado) Ex.: Redução do DAP (ductus arteriosus patente) no grupo exposto a menor ou maior oferta hídrica RR = 0,40 (IC 95% : 0,26 – 0,63): não contém 1 (é significativo) RRR = 1 – RR = 1 – 0,40 = 0,60 x 100 = 60 % (redução de 60% do DAP no grupo com menor oferta hídrica) DR: - 0,19 NNT = 5,3 ( o nº necessário para tratar com restrição hídrica para prevenir um caso de DAP é 5,3 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE Hemorragia peri/intraventricular (HP/HIV): grupo com menor x maior oferta hídrica: RR = 0,94 (IC a 95% : 0,52 – 1,72) RRR = 1 – 0,94 = 0,06 x100 = 6% DR = - 0,011 NNT = 90,9 Interpretação: A ingesta hídrica não afetou a incidência de HP/HIV (no intervalo de confiança do RR contém o 1, que quando presente significa nulidade da associação) A restrição hídrica diminui a HP/HIV (não significativo) É necessário restringir líquido em 90,9 RN para evitar a ocorrência de 1 caso de HP/HIV Quanto melhor o tratamento, menor o NNT * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE Uso da dexametasona no tratamento da Displasia broncopulmonar (DBP) e efeito colateral Hiperglicemia : RR = 1,27 (IC a 95%: 0,99 – 1,63). Há um aumento da glicemia em 27% dos pacientes (1,25 x 100 = 127: 100 + 27). Não significativo, pois o IC contem a unidade Hipertrofia do miocárdio: RR = 9,0 (IC a 95%: 1,2 – 67,69). Aumento significativo de 9 vezes (o intervalo não contém a unidade) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE A apresentação dos Dados: Vejam a apresentação dos resultados: RR (95% IC) Ingesta hídrica menor x maior Ductus arteriosus patente Hemorragia peri/intraventricular Efeitos colaterais do uso da dexametasona na DBP Hiperglicemia Hipertrofia do miocárdio Quando a linha horizontal estiver a esquerda (RR<1) redução do evento; quando à direita (RR> 1): aumento do evento Toda vez que a linha horizontal tocar a linha vertical significa qu o RR não é significativo 1 1 * Exercício da Medicina Baseado em Evidências Margotto PR, ESCS www.paulomargotto.com.br Risco Relativo/Odds Ratio Intervalo de confiança: Estima a magnitude da associação Informa a variabilidade da estimativa (através da amplitude dos limites inf e sup) Exemplo: Redução do ductus arteriosus patente no grupo exposto a menor ou maior oferta hídrica RR = 0,40 (IC a 95% 0,26 – 0,63) não contém o 1 (é significativo na p< 0,05) RRR = 1– 0,40 = 0,60 x 100 = 60 % (redução do DAP no grupo com menor oferta hídrica) reduz entre 37 – 74%) NNT = 5,3 ( o nº necessário para tratar com restrição hídrica para prevenir um caso de DAP é 5,3) * INTERPRETAÇÃO DO RISCO RELATIVO/ODDSRATIO EM PERINATOLOGIA/TESTE DE HIPÓTESES * Forest plot Mostra visualmente os resultados de uma meta-análise; Faz uma estimativa visual da quantidade de variação entre os resultados * Primeiro autor do estudo primário IC Linha do não efeito * USO DE ERITROPOETINA PRECOCE Cochrane (Ohlsson A, Aher SM. Early erythropoietin for preventing red blood cell transfusion in preterm and/or low birth weight infants * VENTILAÇÃO DE ALTA FREQUENCIA X CONVENCIONAL 6º Simpósio Internacional do Rio de Janeiro,28-30 de agosto de 2008 * Esteróide pós-natal x morte neonatal 6º Simpósio Internacional do Rio de Janeiro,28-30 de agosto de 2008 Keith J Barrington* - kbarri@po-box.mcgill.ca * Esteróide pós-natal e deficiente neurodesenvolvimento 6º Simpósio Internacional do Rio de Janeiro,28-30 de agosto de 2008 Keith J Barrington* - kbarri@po-box.mcgill.ca * Esteróide pós-natal x paralisia cerebral 6º Simpósio Internacional do Rio de Janeiro,28-30 de agosto de 2008 Keith J Barrington* - kbarri@po-box.mcgill.ca * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br MRE - Comparação do lucinactante (Surfaxin ®) x Colfosceril (Exosurf ® ) Comparação do lucinactante (Surfaxin ®) x Beractante (Survanta ® ) * Infecção fúngica sistêmica está associada como desenvolvimento de retinopatia do prematuro em recém nascidos de muito baixo peso: uma metanálise Ivan Araújo Motta Natália Bastos Coordenação: Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/ESCS/SES/HRAS/DF www.paulomargotto.com.br Unidade de Neonatologia do HRAS * De 330 bebes com IFS, 118 tiveram ROP severa comparado com 235 de 1951 sem IFS; O risco de desenvolver ROP severa foi significativamente maior no grupo com IFS: (OR : 4,06; IC de 3,05-5,42;NNT:4,54) Metagráfico de Odds Ratio (OR) de severa ROP in IFS versus não IFS em RNMMBP (n:todos os pacientes com severa ROP;N: total de pacientes elegíveis no estudo) * Periodontite x parto prematuro Lopez NJ et al,2005- estudo randomizado: gengivite x tratamento: Odds ratio de 2,76;IC: 1,29 a 5,88) Michalowwicz BS et al, 2006-estudo randomizado Odds ratio de 1,04; IC a 95%:0,68-1,58) Sem resposta a respeito do valor do tratamento da periodontite Vaginose x parto prematuro McDonald HM et al (2007):588 mulheres -uso de antibióticos <20 semanas: OR=0,63, IC a 95%: 0,48-0,84 * Risco Relativo/Odds Ratio: p x IC Intervalo de confiança: Estima magnitude da associação Informa a variabilidade da estimativa (através da amplitude dos limites inf e sup.) Exemplo: Estudo A Estudo B Evento Evento Exercício da Medicina Baseado em Evidências Margotto PR, ESCS Kennedy KA, Frankowski Clin Perinatol 30 (2003) RR = 0,90 IC 95% : 0,80 – 1,02 RR = 0,50 IC 95% : 0,24 – 1,06 P = 0,10 Sem diferença significativa: com IC grande: estudo pequeno para precisar efeito no tratamento com IC pequeno: improvável grande efeito benefico do tratamento * Risco Relativo/Odds Ratio Estudo A: RR = 0,90 (IC 95%.: 0,80 – 1,02) Estudo B: RR = 0,50 ( IC 95%.: 0,24 – 1,06) A: RRR = 1 – 0,90 = 10% (improvável reduzir < 20% 1 – 0,80) B: RRR = 1 – 0,5 = 50% (reduz até 76%, mas podendo aumentar 6%) Efeito pequeno/ não existente O efeito no tratamento não pode se avaliado (amostra pequena) Exercício da Medicina Baseado em Evidências Margotto PR, ESCS Kennedy KA, Frankowski, 2003 * Risco Relativo/Odds Ratio NNT: N º necessário para tratamento (expressa o beneficio do tratamento) Grandes Ensaios randomizados resultados estatísticos significativos (mesmo quando a magnitude da diferença - benefício - é pequena): O clínico deve decidir se a magnitude do benefício justificar os custos e os efeitos adversos. Ex: Tratamento A (n=400) B (n=200) RR = 0,80 0,80 NNT = 20 100 São necessários tratar 100 RN para evitar 1 dano Exercício da Medicina Baseado em Evidências Margotto PR, ESCS Kennedy KA, Frankowski RF, 2003 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Teste de Fisher ou da Probabilidade Exata Usado para amostras pequenas Menos erro tipo I e II em relação ao qui-quadrado n < 20 / n > 20 < 40 Ex.: a) célula da matriz de decisão com o valor 0 Suposição de uma determinada enzima em pessoas submetidas a uma reação sorológica P = (a+b!) x (C=d!) x (a+c!) x (b+d!) n! x 1 / a! b! c! d! P = [ (6! 3! 5! 4! / 9!] x [1/5! 1! 0! 3!) P = 0,046 = 4,76% P <=0,05: as pessoas submetidas a uma reação sorológica apresentam significativamente uma determinada enzima (afastamos a H0) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Teste t Testar o QI médio entre crianças nascidas a termo e prematuras Testar uma droga (grupo tratado/grupo controle) Teste t: analisa grupos simples ou compara 2 grupos (variável com distribuição normal ou aproximadamente normal) Passos: Nível de significância: letra grega Média de cada grupo: X1: média do grupo 1 X2: média do grupo 2 Variância de cada grupo: S21: variância do grupo 1 S22: variância do grupo 2 N1 é o nº de elementos do grupo 1 N2 é o nº de elementos do grupo 2 Variância Ponderada S2 = (n1 – 1)2 + (n2 – 1) S22 n1 + n2 - 2 O valor t é definido pela fórmula t = X 2 – X1 1 1 √ S2 n1 + n2 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Teste t t0 (t calculado) tc (t crítico: obtido na tabela de valores de t) Significa que as médias não são iguais, podendo se afastar a H0 Ex.: 1) Verificar se duas dietas para emagrecer são igualmente eficientes ou se determinada dieta foi melhor (produziu significativamente menor perda de peso) * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Perda de peso em Kg segundo a dieta Inicialmente, vamos estabelecer o nível de Significância: = 5% Cálculos: Média de cada grupo X1 = 12 + 8 + ... + 13 = 120 = 12 10 10 X2 = 15 + 19+ ... 15 = 105 = 15 7 7 Variância de cada grupo: S12 = 4 S22 = 5 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br TESTE t Verificação de duas dietas (continuação) Variância ponderada: S22 = 9x4 + 6x5 = 4,4 9+6 Cálculo do valor de t: t= 15 – 12 = 2,902 √ 4,4 1 + 1 10 7 Graus de liberdade: n1 + n2 – 2 = 10 +7 – 2 = 15 (Correção em função do tamanho da amostra e do nº de combinações possíveis) Na tabela de valores de t : t0 > tc: a dieta 2 produziu maior perda de peso (significativo):rejeitamos a H0 * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br TESTE t Valores de t, segundo os graus de liberdade e o valor de * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Análise de Variância/Estatística F (ANOVA: Analysis of Variance) Usado para comparar médias de mais de duas populações Ex.: testar 4 drogas diferentes (diuréticos) ao mesmo tempo e avaliar o efeito de cada droga sobre o débito urinário em 16 voluntários. teste t: comparar os grupos 2 a 2 (6 testes t separados) - perda de tempo - erro tipo I de 30% (5% de erro em 6 análises) Então, vamos usar o teste ANOVA (comparação de pares): * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Análise de Variância/Estatística F (ANOVA: Analysis of Variance) Se os grupos são semelhantes, a variância em cada um (dentro) dos grupos é semelhante aquela entre os grupos. Determinar a variabilidades das médias dentro de cada amostra e a variabilidade entre as médias das amostras F = estimação da variância ENTRE os grupos estimação da variância DENTRO dos grupos F – distribuição F e R A Fisher F obs F crítico: rechaça a H0 * Bioestatística Básica √ : raiz quadrada * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes não – paramétricos Usados quando a distribuição da população é altamente assimétrica Não são tão eficientes quanto ao paramétricos Variaveis Nominais Teste do Sinal - Sign Test: variáveis qualitativas ou nominais. Este teste recebe este nome porque a diferença em cada par é convertida nos sinais de (+), de (-) ou (zero) - quando não houver diferença. Alternativa nãp paramétrica (menos poderosa) do teste t para amostras emparelhadas. Pode ser aplidado para amostras não emparelhadas - H0: 1/2 dos sinais são (+) e 1/2 dos sinais são (-) - H1: a proporção de vezes (p) em que aparece o sinal (+) ou (-), seja igual a 0,5; valendo-se disto, é possível gerar um escore Z, utilizando a fórmula: Z = 2 (p´ - 0,5) √ n n: nº de pares em que houve a diferença p,: é a freqüência de sinais (+) ou negativos (-). * * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes não – paramétricos Teste do Sinal Considere a população em que se deseja escolher dois equipamentos de laboratório, A e B capazes de realizar 12 análises diferentes e que a rapidez da execução seja um ponto a ser considerado. Foi feita uma aferição dos tempos gastos para executar cada tarefa, com a finalidade de verificar se os equipamentos diferiam entre si. * Bioestatística Básica √ : Raiz quadrada * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes não – paramétricos Aferição dos sinais negativos: p´= 2/12 = 1/6 Z = 2 (1/6 - 0,5) √12 = - 2,28 O valor crítico de Z para um alfa de 5% é 1,96; logo, pode-se dizer que os equipamentos de A e B diferem entre si quanto à velocidade para um nível de significância de 5%. * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Wilcoxon Signed Rank Sum Test (Teste de Wilcoxon): variáveis ordinais Este teste destina-se a comparar dois grupos emparelhados; é usado exatamente da mesma situação do teste t para amostras emparelhadas. Como calcular: 1. Calcular a diferença entre os valores 2. Atribuir postos aos valores absolutos das diferenças (a menor diferença recebe o posto 1) 3. Somar todos os postos das diferenças positivas e das negativas obtendo-se somas chamadas de T Na tabela apropriada (tabela A-8 no final), encontrar os valores de p correspondentes aos valores dos T obtidos, considerando como n o número de pares em que a diferença é 0. Se os dois valores estiverem bastante afastados, o valor de p será pequeno: algumas tabelas usam apenas o menor valor de T. * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Seja o exemplo: Considere o estudo de um fármaco, em que os usuários do mesmo parecem ter o número de certo tipo de célula sangüínea alterada durante o seu uso e que se tenha obtido os seguintes resultados: Contagem de nº de células Vamos calcular as diferenças e classificá-las * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Teste de Wilcoxon A soma dos postos (rank) das diferenças negativas é (-28) (T=28) e das diferenças positivas, fez zero (não houve nenhum) N = 7 (9-2), pois foram excluidos 2 pares em que não houve diferença Na tabela específica, abtem-se um valor de T = 2 (Tcrítico) Tobs > Tc ( T28 > T2): a droga Altera significamente a contagem da célula sanguínea * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Teste de U de Mann – Whitney Alternativa para teste t para amostras independentes Todos os cálculos são feitos com postos (ranks) e não c/ os valores reais * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Teste de U de Mann – Whitney Ex .: Aferiu-se a pressão arterial de 2 grupos de estudantes (A eB). Há diferenças estatisticamente significantes entre as medianas do grupo A e B? Resultados das pressões arteriais para os grupos A e B com os respectivos postos Somativo dos Postos: A: 5,5 + 2 + 4 + 1 + 3 = 15,5 B: 5,5 + 10 + 9 + 8 + 7 = 39,5 Ao atribuir postos aos dados (o valor 1 para o mais baixo, 2 para o imediatamente superior,etc), havendo empate de valores, atribuir um posto igual a média dos postos que seriam ocupados se não houvessem empate * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Testes Estatísticos não – paramétricos Teste de U de Mann – Whitney Para testar a diferença entre as somas dos postos, calcula-se o estatístico U para ambos os grupos, utilizando as seguintes fórmulas: U1 = n1 n2 + n1(n+ 1) - R1 2 U2= n1 n2 + n2(n2+ 1) - R2 2 e n1: tamanho da amostra menor n2: tamanho da amostra maior R1 e R2: soma dos postos de cada grupo Fazendo os cálculos: U1 = (5 x 5) + 5 ( 5+1) - 15,5 = 24,5 2 U2 = (5 x 5) + 5 ( 5+1) - 39,5 = 0,5 2 U obs - aceita-se H1 U observado: o menor dos valores obtidos para U1 e U2 que deve ser comparado com U crítico (Uc) obtido em tabela específica Neste caso, Uo <0,05 e aceita-se a H1 * Bioestatística Básica * * * Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Escolha do Teste Estatístico após estabelecer o nível significância Exige conhecimento de estatística A escolha de um teste de significância depende de características dos dados coletados: Tipos de dados: normais, ordinais ou continuos Amostras isoladas, duas amostras ou mais de dois grupos Emparelhamento ou não Amostras grandes ou pequenas (dados nominais) Distribuição normal ou não (dados contínuos) Total * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Quando realizam provas ou exames, surgem de imediato duas perguntas: 1. se a doença está presente, qual é a probabilidade de que o resultado seja positivo? 2. Se a doença está ausente, qual é a probabilidade de que o resultado seja negativo? A resposta à primeira pergunta determina a sensibilidade e à segunda, especificidade Sensibilidade: capacidade do procedimento de efetuar diagnósticos corretos quando esta está presente (verdadeiros, positivos ou doentes). Especificidade: capacidade do procedimento de efetuar diagnósticos corretos da ausência de doença quando esta está ausente (verdadeiros, negativos ou sem esta patologia). * Bioestatística Básica p Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Usamos Tabelas de Dupla entrada (matriz de decisão) para a apresentação numérica já que os dados qualitativos: Sensibilidade: a (considera os acertos positivos) a + c Esfecificidade: d (considera os acertos negativos) b + d * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo A medida que aumenta a sensibilidade, perde-se em especificidade e vice-versa (estudá-los em conjunto) A sensibilidade e a especificidade NÃO variam com a prevalência: mede a totalidade dos casos da doença na população em estudo S = 84 x 100 = 76% (observem que 245 [ 100 – 76] dos pacientes com infecção 110 fúngica sistêmica têm hemocultura negativa para fungos). E = 180 x 100 = 99% (se o paciente não tem infecção fúngica sistêmica há uma chance de 99% de que a sua hemocultura para fungos seja negativa) * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Sempre existe uma margem de erro e para afirmar se existe ou não a doença empregando um procedimento diagnóstico, deve-se considerar: - Se o procedimento tem resultado positivo, qual é a probabilidade de que a doença esteja realmente presente? (de que se confirme a doença). É o que chamamos de valor Predictivo Positivo (VPP) - - Se o procedimento tem resultado negativo, qual é a probabilidade de que a doença esteja realmente ausente (de que se descarte a doença)? É o que chamamos de Valor Predictivo Negativo (VPN). * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Para calcularmos o VPP e o VPN, recorremos à matriz de decisão, sendo que agora, a análise é feita por linha (sentido horizontal). Sentido da Análise VPN = d (expressa a confiabilidade de um c + d resultado de exame negativo) * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo No exemplo: VPP = 84 x 100 = 98,8% VPN = 180 x 100 = 87,4% 85 206 * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Exatitude: é um indicador que considera, de maneira conjunta, as predicções corretas do procedimento, positivas e negativas E = verdadeiros positivos + verdadeiros negativos x 100 total de indivíduos com ou sem a doença E = a+d x 100 a+b+c+d Cohen descreveu um índice, chamado Índice Kappa para avaliar o grau de acerto do procedimento, ou seja, para avaliar o quanto o resultado do procedimento escapa do azar: (é um índice de acordo) 0,75 - 1 : muito bom 0,4< 0,74: regular a bom 0,35: ruim (o diagnóstico não é explicado pelo procedimento e sim pelo azar em 95% das vezes). * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Cálculo do Índice Kappa: baseia-se na exatitude Índice Kappa = exatitude observada - exatitude esperada 1 - exatitude esperada Exemplo: Exatitude observada: 30 + 20 = 0,89 56 * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Observem que para calcular o Índice de Kappa (índice de acordo), falta apenas calcular a exatitude esperada que não se espera em (a) e (d) por azar: Exatitude esperada = fila total x total coluna N (total geral) Para o (d): 34 x 32 = 19,42 (fila de exames (-) x coluna de patologia (-)). 56 Para o (a): 22 x 24 = 9,42 (fila de exames (+) x coluna de patologia (+)). 56 * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Assim, a matriz de decisão anterior fica: Exatitude esperada: a + d = 9,42 + 19,42 = 0,52 N 56 * Bioestatística Básica Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Agora, aplicar a fórmula do Índice de Kappa: Índice Kappa = 0,89 – 0,52 = 0,77 1 – 0,52 Interpretação: o procediemento analisado é muito bom Para maior peso ao resultado achado, podemos calcular o intervalo de confiança a 95% do Índice Kappa e para este: - Calcular o erro standard do Índice Kappa - Multiplicar o erro standard por 1,96 - Somar e diminuir, deste resultado, o índice de Kappa previamente calculado - Significância: ausência da unidade no intervalo de confiança * Bioestatística Básica ?: raiz quadrada X Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Cálculo do erro standard do Índicee Kappa: Esk = 1 . (1 – pe) √ n √ pe + pe 2 – p1.p1 (p1 + p1) + p2.p2 (p2 + p2) pe: probabilidade esperada exatitude esperada Veja o exemplo: p11 = a/N; p12 = b/N; p21 = c/N; p22 = d/N; p2 c+d/NP1 = a+b/N pe = 0,52 ESK = 1 x √ 0,52 + (0,61) 2 – 0,39 x 0,39 (0,39 + 0,39) + 0,61 x 0,61 (0,61 + 0,61) (1-0,52) √56 ESk = 1 x √ 1,24 = 0,28 x 0,11 = 0,31 0,31 x 1,96 = 0,60 0,36 Intervalo de confiança = 0,17 1,37 (0,77 – 0,60) (0,77+0,60) * * Bioestatística Básica Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo O valor preditivo e a exatitude modificam –se com a prevalência (é fácil diagnósticar em uma epidemia). Assim não se deve fazer comparação direta dos valores de predicção de procediemtnos desenvolvidos em grupos com diferentes prevalências. Para ajustar o valor da predicção a uma dada prevalência da doença, utiliza-se o Teorema de Bayes: VPP = prevalência da doença x sensibilidade . prevalência x sensibilidade+ (1 – prevalência) x (1 – especificidade) * Bioestatística Básica * Bioestatística Básica I Margotto, PR (ESCS) www.paulomargotto.com.br Sensibilidade/Especificidade/Valor Predictivo Propósito dos Procedimentos Procedimentos de triagem (dosar glicemia para detectar diabetes), Papanicolau para câncer genital). Aceita-se um certo nº de falsos positivos Procedimentos de ALTA sensibilidade (que captem o maior nº de pacientes possível) Os positivos não devem ser considerados doentes, mas com alta possibilidade de ter doença Procedimento confirmatório: devem ter ALTA especificidade e ALTO valor predictivo positivo de maneira a não haver falsos positivos * Bioestatística Básica www.braile.com.br www.paulomargotto.com.br (Objeto Planília-Editar) * Curva “ROC” ROC - Receiver Operator Caracteristic COR - Características de Operação do Receptor Forma de representar a relação normalmente antagônica entre SENSIBILIDADE e ESPECIFICIDADE de um teste diagnóstico quantitativo, ao longo de um contínuo de valores ponto de corte (“cut off point”) O “cut off point” vai influenciar as características do teste A Curva ROC descreve diferentes valores de SENS e ESPECIF para um determinado número de valores “cut off point” Bioestatística Básica * -Permitem evidenciar os valores para os quais existe maior otimização da sensibilidade em função da especificidade ponto em que se encontra mais próximo do canto superior esquerdo do diagrama -Permitem quantificar a exatidão de um teste diagnóstico (proporcional à área sob a curva) -Permitem comparar testes diagnósticos Bioestatística Básica Curvas “ROC” * CURVA ROC Teste A-melhor acurácia que o teste B (teste inválido: os seus resultados não são melhores do que os da chance) Ponto 1: maior valor de sensibilidade e especificidade; ponto 2: maior sensibilidade, porem menor especificidade; ponto 3: maior especificidade, porém, menor sensibilidade A escolha do “cut off” vai depender do interesse em aumentar a sensibilidade ou a especificidade Falso- positivo (1-especificidade) * Bioestatística Básica
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