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Justiça Eleitoral

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Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral brasileira é um ramo especializado do Poder Judiciário, com atuação em três esferas: jurisdicional, em que se destaca a competência para julgar questões eleitorais; administrativa, na qual é responsável pela organização e realização de eleições, referendos e plebiscitos; e regulamentar, em que elabora normas referentes ao processo eleitoral. 
Justiça Eleitoral
Criada pelo Código Eleitoral de 1932, é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral, por 27 tribunais regionais eleitorais, sediados nas capitais dos Estados e no Distrito Federal; pelas juntas eleitorais e pelos juízes eleitorais. 
Esses órgãos têm sua composição e competência estabelecidas na Constituição Federal e no Código Eleitoral. 
A Justiça Eleitoral apresenta natureza federal, sendo mantida pela União;
Seus servidores são federais;
Seu orçamento é aprovado pelo Congresso Nacional;
Ao contrario dos demais órgãos que compõem o Poder Judiciário, a Justiça Eleitoral não apresenta corpo próprio e independente de juízes; 
Quem atua na Justiça Eleitoral?
Nela atuam magistrados oriundos de diversos tribunais;
Supremo Tribunal Federal;
Supremo Tribunal de Justiça;
Justiça Comum Estadual;
Justiça Comum Federal;
OAB
Funções da Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral desempenha varias funções:
Administrativa;
Jurisdicional;
Normativa;
Consultiva;
Função Administrativa
No âmbito administrativo, a Justiça Eleitoral desempenha papel fundamental, porquanto prepara, organiza e administra todo o processo Eleitoral;
Função Administrativa
O administrador deve agir sempre que as circunstancias reclamarem, não podendo manter-se inerte diante dos acontecimentos;
Onde que ocorre a função Administrativa?
Na expedição de titulo eleitoral;
Na inscrição de eleitores;
Na transferência de domicilio eleitoral;
Na fixação de locais de funcionamento de zonas eleitorais;
Na designação de locais de votação; 
Onde que ocorre a função Administrativa?
Na nomeação de pessoas para compor a Junta Eleitoral e a Mesa Receptora;
Na adoção de medidas para fazer impedir ou cessar imediatamente propaganda eleitoral realizada irregularmente;
Na autorização de transmissão de propagandas partidárias em cadeia ou inserções religiosas;
Função Jurisdicional
A Função Jurisdicional caracteriza-se pela solução imperativa, em caráter definitivo, dos conflitos intersubjetivos submetidos ao Estado-Juiz, afirmando-se a vontade estatal em substituição á dos contendores.
Função Jurisdicional
A finalidade da jurisdição é fazer o Direito em casos concretos, no que contribui para a pacificação do meio social. Assim, sempre que a Justiça Eleitoral for submetida uma contenda, exercitará sua função jurisdicional, aplicando o Direito á espécie tratada.
Função Jurisdicional
No âmbito jurisdicional, é necessário que se apresentem as condições da ação bem como os requisitos reclamados para a constituição e o desenvolvimento valido do processo.
Função Jurisdicional
Assim, é preciso que existam:
Interesse;
Legitimidade;
Possibilidade jurídica do pedido;
Função Jurisdicional
No tocante aos pressupostos processuais, impõe que haja:
Jurisdição;
Citação valida;
Capacidade postulatória;
Capacidade processual;
Competência do juiz;
Função Normativa
Um dos aspectos que distingue a Justiça Eleitoral de suas semelhanças é a função normativa que lhe foi atribuída pelo legislador. Apesar de a Constituição não prever essa função, ela consta do artigo 1°, parágrafo único, e do artigo 23, IX, ambos do Código Eleitoral.
Função Normativa
“Art. 1° Este Código contem normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos, precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O tribunal Superior Eleitoral expedirá instruções para sua fiel execução.
[...]
Função Normativa
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior:
[...]
IX- expedir as instruções que julgar convenientes á execução deste Código;”
Função Normativa
As instruções e demais deliberações de caráter normativo do TSE são veiculadas em Resolução. Esta e compreendida como o ato normativo emanado de órgão colegiado para regulamentar matérias de sua competência.
Função Normativa
A Resolução apresenta natureza de ato-regra, pois, abstratas e impessoais, modificáveis pela vontade do órgão que a produziu.
Função Consultiva
Outra função peculiar a Justiça Eleitoral é a consultiva. O Poder Judiciário, por definição, não é órgão de consulta, somente se pronunciando sobre situações concretas levantadas pela parte interessada.
Função Consultiva
Tanto é assim que, para propor ou contestar ação, é necessário ter interesse e legitimidade, devendo a petição inicial conter as causas de pedir próxima e remota, isto é, o fato e os fundamentos jurídicos do pedido .
Função Consultiva
Todavia, os altos interesses concernentes jurídicos do pedido essa função a Justiça Eleitoral. Previnem-se, com efeito, litígio que poderiam afetar a regularidade e a legitimidade do pleito.
Tribunal Superior Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão de cúpula da Justiça Eleitoral. Sua jurisdição estende-se a todo o território nacional.
Tribunal Superior Eleitoral
Reza o art. 119 da Constituição que ele se compõe, no mínimo de sete membros, assim escolhidos:
 “I - mediante eleição, pelo voto secreto:
 a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
 b) dois juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal de Justiça;
 II - por nomeação do Presidente da Republica, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo STF.”
Tribunal Superior Eleitoral
Não podem fazer parte do TSE cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, ate o 4° grau, excluindo-se nesse caso o que tiver sido escolhido por ultimo. 
(CE, art.16, § 3°).
Tribunal Superior Eleitoral
Os membros do TSE, no exercício de suas funções, gozam de plenas garantias e são inamovíveis.
Um juiz da suprema corte eleitoral só pode permanecer por um período de quatro anos.
Tribunal Regional Eleitoral
O Tribunal Regional Eleitoral representa a segunda instancia da Justiça Eleitoral, detendo, ainda, competência originária para diversa matérias. 
Nos termos do art. 120, § 1°, da Constituição, ele é composto de sete membros:
“Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores. 
Não podem fazer parte do TRE cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, ate o 4° grau, excluindo-se nesse caso o que tiver sido escolhido por ultimo. 
(CE, art.25, §8°).
Juízes Eleitorais
Os juízes eleitorais atuam na primeira instancia da justiça eleitoral.
Os juízes de direito que exercem funções eleitorais são designados pelo TRE.
Se na comarca houver só um juiz, ele acumulara as funções eleitorais.
Havendo mais de um, o Tribunal devera designar aquele que exercera a jurisdição naquela zona eleitoral.
Nesse caso, seguindo-se a lógica implantada nos Tribunais, o juiz eleitoral designado devera servir por dois anos em sistema de rodízio.
O juiz eleitoral goza de plenas garantias, mas não é vitalício no exercício das funções. 
Atg. 35, CE
a) cumprir e fazer cumprir as decisões e determinações
do Tribunal Superior e do Regional;
b) processar e julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a competência originária do Tribunal Superior e dos Tribunais Regionais;
c) decidir habeas corpus e mandado de segurança em matéria eleitoral, desde que essa competência não esteja atribuída privativamente à instância superior;
d) fazer as diligências que julgar necessárias à ordem e presteza do serviço eleitoral;
e) tomar conhecimento das reclamações que lhe forem feitas verbalmente ou por escrito, reduzindo-as a termo, e determinando as providências que cada caso exigir;
f) dirigir os processos eleitorais e determinar a inscrição e a exclusão de eleitores;
g) expedir títulos eleitorais e conceder transferência de eleitor;
h) dividir a zona em seções eleitorais;
i) ordenar o registro e cassação do registro dos candidatos aos cargos eletivos municipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
j) designar, até sessenta dias antes das eleições, os locais das seções;
l) nomear, sessenta dias antes da eleição, em audiência pública anunciada com pelo menos cinco dias de antecedência, os membros das mesas receptoras;
m) instruir os membros das mesas receptoras sobre as suas funções;
n) providenciar para a solução das ocorrências que se verificarem nas mesas receptoras;
o) tomar todas as providências ao seu alcance para evitar os atos viciosos das eleições.
Juntas Eleitorais
Composta de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, nomeados pelo presidente do TER, após aprovação pela Corte Regional, a Junta é presidida por um magistrado, o juiz.
Juntas Eleitorais
Sua existência e provisória, já que constituída apenas nas eleições, sendo extinta após o termino dos trabalhos de apuração de votos, exceto nas eleições municipais, em que permanece ate a diplomação dos eleitos.
Juntas Eleitorais
A competência desse órgão liga-se a apuração das eleições realizadas nas zonas eleitorais sob sua jurisdição, nos termos do art. 40, CE. 
Compete-lhe ainda:
Resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração dos votos;
Expedir boletins de apuração;
Expedir diploma aos eleitos para cargos municipais; 
Bibliografia:
http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-1-ano-4/justica-eleitoral-composicao-competencias-e-funcoes
Direito Eleitoral, José Jairo Gomes, 10° ed.

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