CONST13

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Constitucional
Aula 13
Vamos falar agora sobre o art. 14 da CRFB. Nele, no parágrafo primeiro, ele vai dizer que o alistamento eleitoral e voto obri
gatório são obrigatórios para os maiores de 18 anos e facultativo para os analfabetos, maiores de sessenta anos e os maiores
de 16, menores de 18 anos.
Logo, se existe alguma faculdade, mesmo que para alguns cidadãos, consideramos o voto no Brasil como facultativo. O alistamen
to se dá quando você se registra na justiça eleitoral e tira seu título de eleitor. A razão dos militares não votarem é que
como os militares têm um nível de submissão hierárquica grande, podem ser submetidos a convencimento ou pressão para votarem
de algum modo, o que é proibido.
No artigo 15 elencam-se as condições de suspensão ou perda de direitos políticos, estabelecendo que não têm direitos políti
cos os naturalizados por escolha em outros países, pessoas sem incapacidade civil absoluta, condenação criminal com sentença
transitado em julgado, recusa de cumprir obrigação a todos imposta e improbidade administrativa.
Falaremos agora dos sistemas eleitorais, que entram nas maneiras que nós buscamos para definir quem serão nossos representan
tes. Como temos uma democracia representativa, o sistema eleitoral é essencial para a composição do poder legislativo.
O sistema majoritário é o mais óbvio, quem tiver mais votos, é eleito. È como é composto nosso poder executivo e dos senador
es, mas existe uma diferença entre eles, mas antes, precisamos pensar no majoritário como que quem tem mais votos, ganha. Po
rém, quem vence no sistema majoritário não necessariamente tem a maioria dos votos, mas sim a maior parte deles, pois pode
ocorrer de um candidato vencer com menos de 50% já que podem ter mais de um candidato. Para minimizar isso, é feito o "segun
do turno", apenas com os dois candidatos mais votados.
O professor faz uma observação que a legislação estabelece que será eleito aquele que obtiver mais de 50% dos votos válidos,
onde não são considerados os brancos e nulos. Por isso que nas pesquisas de opinião, a Dilma está com 28%, mas contando apen
as os votos válidos, ela passa a 51%.
Outro problema do sistema majoritário é que não respeita as minorias, visto que se alguém for eleito com pouco mais de 50%
dos votos, a outra quase metade não será representada no governo/mandato.
Na bélgica, ocorreu que dois candidatos com ideais completamente opostos estavam concorrendo e um ganhou por uma margem peque
na. Logo, foi criado o sistema proporcional, que os cargos dentro do executivo eram distribuidos proporcionalmente, embora
não exista mais hoje em dia.
O proporcional é adotado pelo Brasil no poder Legislativo. Primeiro o seu voto aponta o partido que você quer na cadeira. Se
o partido tiver 20% dos votos, ele terá 20% das cadeiras. A partir disso, temos a ideia de coeficiente eleitoral, que é a
porcentagem que um partido tem na votação convertida no número de cadeiras. Ou seja, no caso dos deputados federais, que são
513, a cada 0,2% dos votos, um partido tem direito a um candidato eleito.
Existe uma lei federal que estabelece o número de parlamentares federais por cada estado, baseado no número de eleitores de
cada estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, esse número é 46.
Os partidos que conseguiram cadeiras, então, disputam as cadeiras excedentes por um mecanismo onde os votos conseguidos são
divididos pelo número de cadeiras já ocupadas + 1, e o resultado dessa divisão é comparado entre os partidos. Com isso, o par
tido com mais votos ganha a cadeira e o processo é repetido, mantendo o novo número de cadeiras dos partidos e dividindo de
novo, até que as cadeiras se esgotem. Só participam da divisão os paritdos que conseguiram ao menos uma cadeira.
No Senado, por mais que seja majoritário, não representa o interesse dos cidadãos, mas sim, o interesse dos Estados. São des
tinadas 3 cadeiras para cada estado e os mais votados são eleitos, despresando divisões partidárias.