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A África de identidades complexas e historic amente contraditórias


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A África de identidades complexas e historicamente contraditórias
Itamar Teodoro de Faria
INFORMAÇÕES GERAIS
LIMITES:
Norte: mar Mediterrâneo
Oeste: Oceano Atlântico
Leste: oceano índico
Zonas: Centro-Norte (Saara)
Centro-sul: floresta tropical africana
 
TROPICALIDADE
GRANDES DESERTOS
ASPECTOS FÍSICOS
ANTIGÜIDADE GEOLÓGICA
PLANALTOS
CADEIA DO ATLAS
RIFT VALLEY
SAVANAS
RIO NILO
FLORESTA DO CONGO
RIQUEZA MINERAL
POPULAÇÃO
PÉSSIMOS INDICADORES SOCIAIS
POPULAÇÃO RURAL
ALTO CRESCIMENTO VEGETATIVO
AIDS
POPULAÇÃO JOVEM
FORTE URBANIZAÇÃO
GUERRAS TRIBAIS – FRONTEIRAS ARTIFICIAIS
MAIOR POPULAÇÃO - NIGÉRIA
REGIÕES
ÁFRICA BRANCA – petróleo, fosfato
influência árabe
vale do Nilo
MAGREB -
Marrocos, Tunísia, Argélia
ÁFRICA SUBSAARIANA - 
Nigéria, Angola, África do Sul
Fome extrema – guerras tribais
SAHEL -
desertificação
Agricultura – extração mineral
Continente Africano
Com uma área de 30.227.467 km², o continente africano é o terceiro do mundo em extensão territorial. Está banhado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, ao sul pela junção dos oceanos Índico e Atlântico, a leste pelo Mar Vermelho e o oceano Índico e a oeste pelo oceano Atlântico. Dessa maneira, a África encontra-se protegida por dois oceanos, um imenso deserto e um litoral não muito hospitaleiro, fatos geográficos que possibilitaram a sua permanência, durante séculos, fora das rotas comerciais.
Nunca houve isolamento total na África
O isolamento nunca foi completo, o oceano Índico favoreceu o contato entre a África central e o sul da Ásia, assim como o extremo norte da África sentiu as influências do mundo mediterrâneo. A desertificação do Saara não impediu, de modo absoluto, a comunicação entre o Mediterrâneo e a África tropical. Esse deserto atuou como uma espécie de filtro natural, limitando a penetração de influências do mundo europeu.
África. Áfricas...
Quando se fala do continente africano, uma pergunta fundamental precisa ser formulada: existe uma África única, uma identidade comum a todo o continente? 
Por exemplo, a África ao sul do Saara, até hoje conhecida como África negra, é identificada por um conjunto de imagens que resulta em um todo indiferenciado, exótico, primitivo, minado, regido pelo caos e geograficamente impenetrável.
É importante lembrar que a África não é uma unidade geográfica, cultural e histórica homogênea e coesa (decerto um mito eurocêntrico); muito pelo contrário, a África é talvez o continente no mundo com a maior diversidade ecológica e cultural, pois constatamos que existem diversas "Áfricas" muito distintas umas da outras e em que cada uma se negocia uma identidade muito própria.
Assim as grandes regiões africanas como o Magrebe, o Sudão, a África Ocidental (Sahel), a África Equatorial, a África Oriental, a África Central, a África do Sul e Madagáscar são regiões tão diferentes entre si, como a Índia o é da China, ou como Portugal o é da Suécia.
A SEPARAÇÃO ÉTNICA NA ÁFRICA
NORTE : ÁRABES, EGÍPCIOS, BERBERES E OS TUAREGUES
CENTRO SUL – 800 ETNIAS NEGRAS AFRICANAS
Miscigenação na África
Árabes, indianos, chineses e outros povos orientais há muito mantinham relações comerciais e miscigenavam-se com os povos africanos. No entanto, as estruturas sociais mesclaram-se sem provocar rupturas violentas nas sociedades africanas. Já os povos europeus hostilizaram a imagem dos trópicos, até o ponto de firmarem teorias de que as realizações humanas são limitadas pelo clima tropical.
Recursos naturais
A riqueza do seu subsolo, com grandes reservas de fosfato, gás natural, ferro e petróleo, é o fio condutor nas explorações industriais (instalação de refinarias, oleodutos e plataformas de exploração). É importante lembrar as denominações regionalizadas do grande deserto, como: a Líbia, a Núbia (entre o Egito e o Sudão), o Tenerê (no Níger), entre outras.
No espaço africano meridional, a aridez subtropical se revela em duas extensões desérticas. 
A primeira delas é o deserto do Kalahari, caracterizado por solos pedregosos de aproveitamento agrícola restrito, mas que possuem um subsolo rico em minerais, como chumbo, cobre, urânio, e sobretudo, diamantes. 
Riqueza mineral
A expressão geográfica da riqueza mineral da África é um dos fios condutores básicos para a compreensão do interesse e da exploração mais intensa que ocorreu em algumas partes do continente e, também, em função da sua importância em determinados momentos históricos. É relevante destacar a concentração dos recursos minerais nos extremos sul e norte da África, assim como na sua área central, que constituem os espaços cuja disputa pela dominação ocorrem de forma bem evidente.
Por possuir esse extraordinário patrimônio mineral, secularmente explorado, a África poderia ser o continente mais rico do planeta.
Dominação européia
Os povos europeus e seu processo de dominação e exploração do continente africano acabaram por fixar uma imagem hostil dos trópicos, cheios de forças naturais adversas ao colonizador e ocupadas por homens ditos indolentes. 
Essa imagem que foi sendo ampliada não considerava os processos históricos como fatores modeladores da organização social, mesmo diante dos elementos da natureza. Nesse contexto, não é de causar espanto o lugar insignificante e secundário que foi dedicado à história africana em todas as interpretações e representações da humanidade 
Quatro temas centrais: 
os preconceitos e as pré-noções sobre a África; 
os colonialismos, os mecanismos e instrumentos de dominação dos diferentes sistemas coloniais;
 o papel das elites culturais diante das questões de política e identidade; 
o desafio de compreender como elas incorporaram ao ideal de independência os projetos de reformulação institucional e de modernização econômica, social e política, além das diferentes estratégias de luta.
para a compreensão da história contemporânea dos países da África, é preciso voltar o olhar para as violências, a discriminação e as arbitrariedades dos regimes colonialistas das nações européias, demonstrando como tais fatos fortaleceram a têmpera das elites africanas e a indignação dos povos do continente, levando os movimentos de independência a clamar por direito, liberdade e igualdade como sinônimo de imparcialidade e justiça.
ALDEIAS - TRIBOS
CONFEDERAÇÕES DE
 ALDEIAS
REINOS
IMPÉRIOS
 a percepção é de que esses temas continuam mal compreendidos pela historiografia e de que esta precisa se despir de colorações emocionais e políticas para que a África seja apresentada de forma correta, principalmente, na sala de aula. 
“O continente africano é sempre ligado à tradição, como se outros povos, nos outros continentes, não tivessem tradições. Os africanos tornam-se facilmente explicáveis, basta invocar razões antropológicas, éticas ou etnográficas, enquanto os europeus ou americanos são entidades complexas”, alerta o escritor moçambicano Mia Couto
FRONTEIRAS:
Identidades e contradições
A configuração atual das fronteiras dos Estados africanos foi moldada praticamente no final do século XIX. A conquista colonial subjugou pela força o conjunto do continente, com exceção da Etiópia e da Libéria, à dominação da Europa. 
A divisão do continente pôs fim, na maior parte dos casos, a um processo interno de reestruturação do espaço por forças sociais e políticas relacionadas com a história do continente no longo prazo. 
As fronteiras são, portanto, resultado de uma longa história, que deve ser levada em consideração para além do acidente da divisão colonial para se compreender as lógicas internas de fragmentação e unificação desse continente. 
1900: cerca de 56,6% da Ásia e 90,4% da África estavam sob controle do colonialismo europeu
As crises atuais mostram que a população vive mal no interior das fronteiras dos Estados-Nações e colocam com agudeza a gestão desse legado colonial que fixou fronteiras tanto artificiais como arbitrárias. 
As crises tanto afetam os Grandes Estados como Congo, Angola, Nigéria, como
os pequenos Estados como Ruanda, Burundi, Serra Leoa, Senegal ou Guiné Bissau. 
Paradoxalmente, essas crises refletem sobretudo os conflitos internos, que têm repercussões no plano externo, e indiretamente recolocam o problema da redefinição das fronteiras ou, pelo menos, de um novo espaço territorial, econômico e cultural suscetível de consolidar a paz e a segurança dos povos. Isso em muito ultrapassa o problema das fronteiras, cuja história deve ser substituída a longo prazo, se se quer apreender os desafios atuais da integração regional e da unidade do Continente.
-
BERBERES (famílias patriarcais)
ETIÓPIA (Rei divino,nepotismo,vassalos)
Hereditariedade
Rainhas- mães
39
Escravos,Morte,Sucessão e Riqueza
 
Comércio/Sociedade
41

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