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Direito Penal I 
Prof. Marcelo Valdir Monteiro 
marcelo.monteiro@monteiroegodoy.com.br 
marcelovaldir@hotmail.com 
Noções introdutórias 
•  Conceito: “Direito Penal é o conjunto de normas 
jurídicas que regulam o poder punitivo do Estado, 
tendo em vista os fatos de natureza criminal e as 
medidas aplicáveis a quem os pratica” (Magalhães 
Noronha) 
•  Nomenclatura (Direito Penal x Direito Criminal) 
Finalidade do Direito Penal 
- Proteção dos bens jurídicos 
 x 
- Garantir a vigência da norma (Jakobs) 
Fontes do DP 
•  Material 
 
 - direta (= lei) 
•  formal 
 - indireta - costumes 
 - princípios gerais do direito 
- Relação do DP com outras áreas 
- Direito constitucional; 
- direito processual penal; 
- direito administrativo; 
-direito internacional; 
-direito civil e comercial 
-direito do trabalho 
-direito tributário; 
-ciências auxiliares (medicina legal, psiquiatria forense, 
criminologia, psicologia forense, política criminal etc) 
- Princípios constitucionais do DP 
- princípio da legalidade ou reserva legal; 
- princípio da anterioridade ou da irretroatividade da lei 
penal; 
- princ. da individualização da pena; 
-princ. da taxatividade ou da determinação; 
-princ. do respeito ao preso; 
- princ. da presunção de inocência ou da não 
culpabilidade. 
Outros princípios do Direito Penal 
- fragmentariedade; 
- intervenção mínima; 
- ofensividade; 
- insignificância; 
- humanidade; 
- proporcionalidade da pena; 
-igualdade 
Breve história do DP 
- Fases da Vingança Penal 
- Período Medieval 
- Idade moderna (séc. XVI) 
- Período humanitário – séc XVIII; 
- Período científico – séc. XIX 
- Escola clássica 
-Escola positivista 
- Direito Penal no Brasil 
 
Códigos brasileiros: 
 
- Ordenações Afonsinas (1446) – D. Afonso V; 
- Ordenações Manuelinas (1521) – D. Manuel I; 
- Compilações de Duarte Nunes de Leão (1569) – D. 
Sebastião; 
- Ordenações Filipinas (1603) – Filipe II; 
- Código Criminal do Império (1830) – D. Pedro I; 
- Código Penal da República (1890) – Batista Pereira; 
- Código Penal (1940) – Alcântara Machado em 1937 no 
Estado Novo, sancionada em 1940 e entrou em vigor 
apenas em 1942. 
- Anteprojeto de Código Penal (1969) – Nélson Hungria 
- Reforma da parte geral (1984) 
A lei penal 
Características: 
 - imperativa; 
 - geral; 
 - impessoal; 
 - exclusiva 
Formas de interpretação da lei penal 
Quanto a fonte 
- Autêntica; 
- Jurisprudencial; 
- Doutrinária 
Quanto ao meio 
empregado 
- gramatical; 
- histórica; 
- lógico-sistemática; 
- teleológica 
Quanto aos resultados 
- Declarativa; 
- extensiva; 
- restritiva 
Formas de interpretação da lei penal 
Vigência e Revogação da Lei penal 
- Vacatio legis 
- revogação expressa e revogação tácita 
- revogação total e revogação parcial 
- Princípio da legalidade ou da reserva legal 
(art. 5º, XXXIX, CF/88 e art. 1º, CP) 
•  Norma Penal em Branco 
- em sentido estrito 
- em sentido amplo 
Aplicação da Lei Penal 
- Princípio da anterioridade e da 
irretroatividade da lei penal 
(art. 5º, XL, CF/88 e art. 2º, par. único, CP) 
- novatio legis incriminadora; 
- novatio legis in pejus; 
- novatio legis in mellius; 
- abolitio criminis 
Lei Penal no Tempo 
- Novatio legis incriminadora: lei nova que 
torna típico fato anteriormente não 
incriminado. É irretroativa por ser mais 
severa. 
- Novatio legis in pejus: lei nova é mais 
severa que a anterior. É irretroativa por ser 
mais severa. 
Lei Penal no Tempo 
- Novatio legis in mellius: lei nova mais 
favorável que a anterior. É retroativa, pois 
beneficia o réu. 
- Abolitio criminis: não incrimina mais o fato 
que anteriormente era ilícito penal. É 
retroativa por ser mais benéfica. 
 
- Princípio da individualização da pena 
 (art. 5º, XLV e XLVI, CF/88) 
- Princípio da taxatividade ou da determinação 
(limitação das penas) 
(art. 5º, XLVI e XLVII, CF/88) 
 
 
- Princípio do respeito ao preso 
(art. 5, XLIX, CF/88) 
- Princípio da Presunção de inocência 
(art. 5º, LVII, CF/88) 
 
 
Formas de interpretação das 
normas jurídicas 
- Gramatical; 
- Histórica; 
- Lógico-sistemática; 
- Teleológica 
Tempo do crime 
- Teoria da atividade: considera como 
crime o momento da conduta (art. 4º, CP); 
- Teoria do Resultado: considera o 
momento da consumação; 
- Teoria mista: considera tanto o momento 
da conduta quanto do resultado. 
Conflito aparente de normas 
- Princípio da especialidade 
-  Princípio da subsidiariedade 
-  Princípio da consunção ou absorção 
-  Princípio da alternatividade 
Lei Penal no Espaço 
Quanto ao lugar do crime: 
-  Teoria da atividade: é o local da conduta 
criminosa 
-  Teoria do resultado: é o local da consumação 
-  Teoria mista ou da ubiqüidade: é tanto o local 
da conduta como o do resultado (art. 6º, CP). 
Princípios de aplicação da lei 
penal no espaço 
•  Princípio da territorialidade: aplica-se 
a lei nacional ao fato praticado no 
território do próprio país (art. 5º, caput, 
CP); 
•  Princípio da nacionalidade: aplica-se 
a lei do país de origem do agente (art. 
7º, II, b, CP); 
•  Princípio de proteção: é usada a 
lei do país que teve o seu bem jurídico 
atingido (art. 7º, I, CP); 
•  Princípio da competência 
universal: é usada a lei do país onde o 
criminoso foi detido (art. 7º, II, a, CP); 
•  Princípio da representação: em 
delitos cometidos em aeronaves ou 
embarcações usa-se a lei do país (da 
bandeira) quando outros que deveriam 
reprimir não o fazem (art. 7º, II, c, CP). 
Quanto ao espaço aéreo: 
•  Teoria da absoluta liberdade do ar 
•  Teoria da soberania 
•  Teoria da soberania sobre a coluna 
atmosférica (art. 11 do Código Brasileiro 
da Aeronáutica - Lei nº 7.565/86) 
Extraterritorialidade 
•  Extraterritorialidade incondicionada (art. 7º, 
§, 1º, CP) 
•  Extraterritorialidade condicionada (art. 7º, § 
2º e 3º, CP) 
Lei Penal em Relação às 
pessoas 
•  Imunidades diplomáticas 
•  Imunidades parlamentares 
- Absoluta ou material 
- relativa ou formal 
»  em relação a prisão 
»  em relação ao processo 
•  Imunidade de deputados estaduais e vereadores 
•  Imunidade do Presidente da República 
- Cláusula de imunidade penal relativa 
»  em relação à prisão 
»  em relação ao processo 
•  Imunidade dos advogados 
•  Frações não computáveis da pena (art. 11, CP) 
•  Legislação Especial (art. 12, CP) 
Conceito de Crime 
•  Conceito formal 
•  Conceito material 
•  Conceito analítico 
 conduta 
 fato típico resultado 
 Crime nexo de causalidade 
•  Fato tipicidade 
 Punível ilícito (ou antijurídico) 
 Culpável 
Fato típico 
•  Elementos: 
–  Conduta 
–  Resultado 
–  Nexo de causalidade 
–  Tipicidade 
Teorias sobre a conduta 
•  Teoria causalista ou naturalista (Franz von 
Liszt - início do séc. XIX até meados do séc. XX) 
•  Teoria finalista (Hans Welzel - elaborada no final da 
década de 1920 e início da década de 1930) 
•  Teoria social (Hans-Heinrich Jescheck) 
Elementos da conduta 
•  Vontade 
•  finalidade 
•  exteriorização 
•  consciência 
Formas de conduta 
•  Comissiva 
•  omissiva própriaimprópria (dever de agir) - art. 13, § 2º 
Crimes omissivos impróprios (art. 13, § 2º) 
•  Tenha por lei obrigação de cuidado, 
proteção ou vigilância 
•  de outra forma assumir a responsabilidade 
de impedir o resultado 
•  com seu comportamento anterior, criou o 
risco da ocorrência do resultado. 
Omissão por culpa 
•  Erro de apreciação 
•  erro na execução 
•  erro sobre a possibilidade de agir 
Ausência de fato típico 
•  Caso fortuito 
•  Força maior 
Sujeitos da conduta típica 
•  Crime comum 
•  Crime próprio 
Pessoa Jurídica como sujeito ativo do 
crime 
•  Teoria da ficção: Savigny 
- societas delinquere no potest (a pessoa 
jurídica não pode cometer delito) 
–  ausência de consciência, vontade e finalidade; 
–  ausência de culpabilidade 
–  ausência de capacidade de pena 
–  ausência de justificativa para imposição da 
pena 
•  Teoria da realidade ou da personalidade 
real 
–  a pessoa jurídica tem vontade própria; 
–  pode ser responsável pelos seus atos; 
–  a pena não ultrapassa a pessoa da empresa 
Tipicidade 
•  Tipo básico ou fundamental 
•  tipo derivado 
•  Tipicidade direta 
•  tipicidade indireta 
Tipicidade 
•  Tipos fechados 
•  tipos abertos 
•  Tipos incriminadores 
•  Tipos permissivos ou justificativos 
Tipicidade 
•  Tipos objetivos 
•  tipos normativos 
•  tipos subjetivos 
•  Tipos simples 
•  tipos mistos 
Tipicidade 
•  Tipo conglobante 
•  Atipicidade absoluta 
•  atipicidade específica 
Crime doloso 
•  Teorias sobre o dolo: 
–  teoria da vontade; 
–  teoria da representação; 
–  teoria do assentimento, consentimento ou 
assunção 
Crime doloso 
•  Elementos do dolo: 
–  momento intelectivo 
–  momento volitivo 
Espécies de dolo 
•  Dolo direto 
 indireto alternativo 
 eventual 
•  Dolo de dano 
 de perigo 
Espécies de dolo 
•  Dolo genérico 
 específico 
•  Dolo geral ou erro sucessivo 
Crime culposo 
•  Art. 18, II, CP 
•  Conduta; 
•  Inobservância do dever de cuidado objetivo; 
•  Resultado lesivo involuntário; 
•  Nexo de causalidade; 
•  Previsibilidade; 
•  tipicidade 
Modalidades de culpa 
•  Negligência; 
•  Imprudência; 
•  Imperícia 
Espécies de culpa 
•  Inconsciente 
•  Consciente 
•  Própria 
•  Imprópria 
•  presumida 
Crime culposo 
•  Compensação e concorrência de culpas 
•  Co-autoria e participação 
•  Tentativa 
•  Crime omissivo impróprio 
Crime preterdoloso 
•  (dolo + culpa) 
Erro de tipo (art. 20, CP) 
•  Erro de tipo essencial 
–  Erro sobre elementos do tipo 
–  Erro sobre circunstâncias 
–  Erro de tipo essencial 
•  Invencível, inevitável ou escusável (art. 20, caput, 1ª 
parte e § 1º, 1ª parte) 
•  Vencível, evitável ou inescusável (art. 20, caput, 2ª 
parte e § 1º, 2ª parte) 
Erro de tipo 
•  Erro de tipo acidental 
–  Erro sobre o objeto 
–  Erro sobre a pessoa (art. 20, § 3º, CP) 
–  Erro na execução (aberratio ictus) – art. 73, CP 
–  Resultado diverso do pretendido (aberratio 
delicti ou aberratio criminis) – art. 74, CP 
–  Erro sobre o nexo causal ou aberratio causae 
•  Discriminantes putativas 
•  Erro provocado por terceiro (art. 20, § 2º, CP) 
•  Erro de tipo e delito putativo por erro de 
tipo 
Tentativa ( art. 14, II, CP) 
 cogitação 
•  Iter criminis atos preparatórios 
 atos de execução 
•  Tentativa perfeita ou crime falho 
•  Tentativa imperfeita ou inacabada 
•  Desistência voluntária (art. 15, 1ª parte, CP) 
•  Arrependimento eficaz (art. 15, 2ª parte, CP) 
•  Desistência voluntária (art. 15, 1ª parte, CP) 
•  Arrependimento eficaz (art. 15, 2ª parte, CP) 
•  Arrependimento posterior (art. 16, CP) 
•  Crime impossível (art. 17, CP) 
–  Ineficácia absoluta do meio; 
–  Absoluta impropriedade do objeto 
 conduta 
 fato típico resultado 
 Crime nexo de causalidade 
•  Fato tipicidade 
 Punível ilícito (ou antijurídico) 
 Culpável 
Causas de exclusão da ilicitude 
•  Art. 23, CP: 
•  - Estado de necessidade; 
•  - Legitima defesa; 
•  - Estrito cumprimento do dever legal; 
•  - Exercício regular do direito 
•  - Causas supralegais 
Estado de necessidade (art. 24, CP) 
•  Requisitos: 
–  Existência de um perigo atual e inevitável 
–  Situação não provocada voluntariamente pelo 
agente 
–  Inexigibilidade de sacrifício do bem ameaçado 
–  Ameaça à direito próprio ou alheio 
–  Ausência do dever legal de enfrentar o perigo 
–  Conhecimento da situação de fato justificante 
Estado de necessidade 
•  Teorias: 
–  Unitária 
–  Diferenciadora estado de necessidade justificante 
 estado de necessidade exculpante 
Formas de estado de necessidade 
•  - Defensivo 
•  - Ofensivo ou agressivo 
•  - Recíproco 
•  - Putativo 
Legítima defesa (art. 25, CP) 
•  Teorias: 
–  Subjetiva 
–  Objetiva 
 
Legítima defesa 
•  Requisitos: 
–  Reação a uma agressão atual ou iminente e 
injusta 
–  Defesa de um direito próprio ou alheio 
–  Moderação no emprego dos meios necessários 
à repulsa 
–  Conhecimento da situação de fato justificante 
Legítima defesa 
•  Excesso extensivo 
•  Excesso intensivo 
Modalidades de Legítima defesa 
•  Leg. Def. defensiva 
•  Leg. Def. agressiva 
•  Leg. Def. sucessiva 
•  Leg. Def. subjetiva ou putativa 
•  Leg. Def. com aberratio ictus 
•  Est. de Necessidade 
•  Ação 
•  Bem jurídico exposto à 
perigo 
•  Legitima Defesa 
•  Reação 
•  Bem jurídico exposto 
à agressão 
Título e classificação das 
infrações penais 
•  Título genérico; 
•  Título específico 
•  - Classificação das infrações: 
–  Crimes 
–  Delitos 
–  Contravenções 
•  Crimes instantâneos; 
•  Crimes Permanentes; 
•  Instantâneos de efeitos permanentes; 
Classificação das infrações 
•  Crimes comissivos 
•  Crimes omissivos puros 
•  Crimes de conduta mista 
•  Crimes omissivos impróprios 
•  Crimes unissubjetivos 
•  Crimes plurissubjetivos 
•  Crimes simples 
•  Crime qualificado 
•  Crime privilegiado 
•  Crime progressivo 
•  Progressão criminosa 
•  Crime habitual 
•  Crime profissional 
•  Crime exaurido 
•  Crime de ação única 
•  Crime de ação múltipla 
•  Crime unissubsistente 
•  Crime plurissubsistente 
•  Crimes materiais 
•  Crimes formais 
•  crimes de mera conduta 
•  Crimes de dano 
•  Crimes de perigo 
•  Crimes complexos 
•  crimes comuns 
•  crimes próprios 
•  crimes de mão própria 
•  Crimes principais 
•  crimes acessórios 
•  crimes vagos 
•  crimes políticos puros 
 relativos 
•  - crimes militares próprios 
 impróprios 
•  crimes hediondos 
•  crime de forma vinculada 
•  crime pluriofensivo 
Classificação das infrações 
•  crime a prazo 
•  crime gratuito 
•  crime transeunte 
•  crime não transeunte 
•  crime de atentado ou de empreendimento 
Culpabilidade 
•  Culpa x culpabilidade 
•  Pena = prevenção geral do crime 
 
Princípio da culpabilidade 
•  subjetividade da responsabilidade penal 
•  Personalidade da responsabilidade penal 
–  Intranscendência da pena–  Individualização da pena 
•  Art. 5º, I, do Código Penal da República 
Democrática da Alemanha de 1968: 
•  “uma ação é cometida de forma reprovável 
quando seu autor, não obstante as 
possibilidades de uma conduta socialmente 
adaptada que lhe tenham sido oferecidas, 
realiza, por atos irresponsáveis, os 
elementos legalmente constitutivos de um 
delito ou de um crime” 
A posição da culpabilidade na TGC 
•  Teoria bipartida 
–  Crime = fato típico + ilícito (ou antijurídico) 
•  Teoria Tripartida 
–  Crime = fato típico + ilícito + culpável 
 conduta 
 fato típico resultado 
 Crime nexo de causalidade 
•  Fato tipicidade 
 Punível ilícito (ou antijurídico) 
 Culpável 
•  Culpabilidade do autor 
•  Culpabilidade do fato 
•  Grau de culpabilidade 
•  TRF 4ª REGIÃO - APELAÇÃO CRIMINAL Nº 2001.04.01.064387-8/SC (DJU 
03.09.03, SEÇÃO 2, P. 653, J. 20.08.03) 
•  EMENTA 
•  PENAL. FALSIFICAÇÃO DE SINAL PÚBLICO. FALSIDADE 
IDEOLÓGICA. ARTIGOS NºS 296 E 299 DO CP. AUTORIA. 
INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. ABSOLVIÇÃO MANTIDA. 
1. O fato de um dos acusados ser proprietário da empresa que realizou 
o negócio objeto das notas fiscais onde foram apostos sinal público e 
assinaturas falsas não induz, por si só, sua participação nos crimes, 
porquanto nosso sistema penal veda a responsabilização objetiva. 
Depoimentos contraditórios do co-réu que não encontram amparo no 
conjunto probatório. 
2. Da mesma forma, com relação ao preposto, não se pode inculpá-lo 
simplesmente por ter sido encontrado o indigitado carimbo falso em 
uma das gavetas de sua mesa de trabalho. 
3. Necessária a demonstração da prática dolosa, o que inocorreu in 
casu. 
4. Absolvição mantida. 
•  STJ - HABEAS CORPUS Nº 25.637 - PR (2002/0160523-1) (DJU 03.11.03, SEÇÃO 1, 
P. 352, J. 23.09.03) RELATOR : MINISTRO HAMILTON CARVALHIDO 
EMENTA 
•  HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO COM EMPREGO DE ARMA E CONCURSO 
DE PESSOAS. INDIVIDUALIZAÇÃO DAS PENAS. BIS IN IDEM. OCORRÊNCIA. 
RECORRÊNCIA À RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CARACTERIZAÇÃO. 
 
•  3. Afora casos excepcionais de caracterizadas ilegalidades ou abuso de poder, fazem-se 
estranhos ao âmbito estreito e, pois, ao cabimento do habeas corpus, os pedidos de 
modificação ou de reexame do juízo de individualização da sanção penal, na sua 
quantidade e no estabelecimento do regime inicial do cumprimento da pena de prisão, 
enquanto requisitam a análise aprofundada dos elementos dos autos, referentes ao fato 
criminoso, às suas circunstâncias, às suas conseqüências, aos antecedentes, à conduta 
social, à personalidade e aos motivos do agente, bem como ao comportamento da vítima. 
 
•  4. Constitui rematada violação do princípio non bis in idem, que também informa o 
vigente direito penal e por cuja observância têm, mui acertadamente, zelado as nossas 
Cortes de Justiça, a dupla consideração dos antecedentes penais do réu na 
individualização da pena, como acontece quando se o invoca na etapa da consideração 
das circunstâncias judiciais, para, a seguir, exasperar a pena-base, por força da 
reincidência. 
5. A consideração só numérica das causas de aumento, insertas nos incisos I e II do 
parágrafo 2º do artigo 157 do Código Penal, é pura recorrência à proscrita 
responsabilidade objetiva. 
6. Ordem concedida. 
•  STJ - HABEAS CORPUS Nº 14.298 - SP (2000/0092276-5) (DJU 18.02.02, SEÇÃO 
1, P. 502, J. 03.12.01) 
•  EMENTA 
•  PENAL. HABEAS-CORPUS. INÉPCIA DA DENÚNCIA. INOCORRÊNCIA DE TAL 
VÍCIO. OBSERVÂNCIA DO ART. 41 DO CPP. PROVA PERICIAL. ALEGAÇÃO 
DE CONTRADITORIEDADE E SUSPEIÇÃO. EXAME DE PROVAS. 
IMPROPRIEDADE DO WRIT. FUNCIONÁRIOS DE EMPRESA DE TRANSPORTE 
DE VALORES. ACIDENTE EM SERVIÇO. MORTE. ATIPICIDADE PENAL. 
AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. 
•  
- Não contém o vício da inépcia a denúncia que observa o disposto art. 41, do 
CPP, e oferece condições para o pleno exercício do direito de defesa. 
- O habeas-corpus, ação constitucional destinada a assegurar o direito de 
locomoção em face de ilegalidade ou abuso de poder, não se presta para 
desconstituir decisão condenatória fundada em judicioso exame de provas, 
pois o estudo do fato não se compadece com o rito especial do remédio 
heróico. 
- A ocorrência de acidente em serviço, causador de morte de 
funcionários que faziam travessia de balsa em carro-forte que caiu 
ao mar em decorrência da ausência de frenagem e de 
engrenamento do veículo, não tem repercussão na lei penal, pois 
inexiste em nosso sistema responsabilidade penal objetiva. 
- Habeas-Corpus denegado. Concessão da ordem de ofício. 
•  Jur. ementada 1951/2001: Penal. Prefeito (Dec.-Lei 201/67, art. 1º). Ato 
cometido por outra pessoa. Inexistência de responsabilidade objetiva. 
•  
 
STJ - HABEAS CORPUS Nº 13.720 - PR (2000/0062897-2) (DJU 
13.08.01, SEÇÃO 1, p. 182, J. 22.05.01) 
 
•  EMENTA 
 
PENAL. FUNCIONÁRIO QUE ELABORAVA FOLHA DE 
PAGAMENTO INDEVIDA. PREFEITO E EX-PREFEITO. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. IMPOSSIBILIDADE. 
TRANCAMENTO DA AÇÃO. 
•  1. No Direito Penal, não há espaço para a responsabilidade 
objetiva. Por conseguinte, não pode o Prefeito de um Município 
ser responsabilizado com base exclusivamente em ato de terceiro 
Chefe do Departamento Pessoal que, mediante a inclusão irregular 
de valores na folha de pagamento, obtinha vantagem ilícita. 
•  2. Pedido de Habeas Corpus deferido para trancar a ação penal. 
Teorias da culpabilidade 
•  Teoria psicológica: Von Liszt e Beling em 
1900 na Alemanha. 
•  Teoria psicológico-normativa: Reinhard 
Frank, em 1907. 
•  Teoria normativa pura: Welzel, em 1930 
Teoria Psicológica 
•  Tem como fundamento a teoria causal ou 
naturalística da ação. 
•  Elementos: 
–  Imputabilidade 
–  Dolo e culpa 
Teoria psicológico-normativa 
•  Elementos: 
–  Imputabilidade; 
–  Dolo ou culpa; 
–  Exigibilidade de conduta diversa 
Teoria normativa pura 
•  Tem como fundamento a teoria finalista da 
ação 
•  Elementos: 
–  Imputabilidade; 
–  Potencial consciência da ilicitude; 
–  Exigibilidade de conduta diversa. 
Teorias da Culpabilidade 
Psicológica Psicológica-
normativa 
Normativa 
pura 
Imputabilidade Imputabilidade Imputabilidade 
Dolo e culpa Dolo e culpa Potencial 
consciência da 
ilicitude 
Exigibilidade de 
conduta diversa 
Exigibilidade de 
conduta diversa 
Imputabilidade 
•  Causas de exclusão (inimputabilidade): 
–  Doença Mental; 
–  Desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado; 
–  Menoridade; 
–  Embriaguez completa, decorrente de caso 
fortuito ou força maior 
Sistemas para aferir a 
inimputabilidade 
•  Sistema biológico; 
•  Sistema psicológico; 
•  Sistema biopsicológico 
Exemplos de doença mental 
•  Esquizofrenia; 
•  Psicose maníaco-depressiva; 
•  Paranóia; 
•  Epilepsia; 
•  Demência senil; 
•  Psicose alcoólica (embriaguez patológica ou alcoolismo 
crônico); 
•  Paralisia progressiva; 
•  Sífilis progressiva; 
•  Arteriosclerose cerebral; 
•  Histeria etc. 
 fator biológico 
 + 
 incapacidade de entender o caráter ilícito ou 
determinar-se de acordo com este 
entendimento 
 = 
 inimputabilidade 
Laudo pericial 
•  1- O agente, ao tempo do fato, era doente mental, 
tinha desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado ? 
•  2- Ao tempo do fato, o agente era inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ? 
•  3- o agente, ao tempo do fato, era inteiramente 
incapaz de determinar-sede acordo com aquele 
entendimento do caráter ilícito do fato ? 
Se o laudo for inconclusivo ? 
•  A) aplica-se Medida de Segurança ? 
•  B) presume-se a culpabilidade ? 
•  C) pergunta ao defensor o que é melhor 
fazer, tendo em vista o princípio do in dubio 
pro reo ? 
•  D) pergunta ao perito o que é melhor fazer ? 
Desenvolvimento mental incompleto 
•  RECURSO CRIMINAL Nº 00.021590-2, DE ABELARDO LUZ 
(ACÓRDÃO ENVIADO PARA PUBLICAÇÃO EM 05.12.2000) 
•  EMENTA 
•  RECURSO CRIMINAL - JÚRI – HOMICÍDIO TENTADO – 
PRONÚNCIA – RECURSO DEFENSIVO. PRELIMINARES - 
INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO E INIMPUTABILIDADE 
DOS RÉUS – FIRMADA COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA ESTADUAL COMUM – INTELIGÊNCIA DO 
ART. 109, XI DA CF/88 – PRELIMINAR DE 
INIMPUTABILIDADE AFASTADA – ESTATUTO 
DO ÍNDIO – APLICAÇÃO - SILVÍCOLA 
PERFEITAMENTE INTEGRADO. PRETENDIDA 
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – AUTORIA E MATERIALIDADE 
CONFIGURADAS - APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO 
PRO SOCIETATE – DECISÃO CONFIRMADA - RECURSO 
DESPROVIDO. 
Menoridade Penal 
•  Critério biológico (art. 27, CP) 
•  Tempo da maioridade 
•  Legislação Especial 
Menoridade Penal 
•  TACrim-SP - CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE - 
Menoridade relativa - Comprovação pela exibição de 
certidão de batismo - Possibilidade de reconhecimento - 
Jurisprudência citada: 
- Para o reconhecimento da menoridade relativa requer-se 
prova através de documento hábil, nos termos da Súmula 
nº 74 do STJ, bastando para demonstrar a real idade do réu 
a certidão de batismo, mormente se comprovado pelo 
conjunto probatório. 
Apelação nº 1.330.821/0 - Santos - 9ª Câmara - Relator: 
Pedro de Alcântara - 29.1.2003 - V.U. (Voto nº 2.741) 
Embriaguez 
•  Fases: 
–  Excitação; 
–  Depressão; 
–  Estado letárgico (sono) 
–  Formas: Completa (pode ou não excluir a imputabilidade) 
 Incompleta (pode ou não reduzir a pena) 
Espécies de embriaguez 
•  Não acidental (actio libera in causa) 
•  Voluntária 
•  culposa 
•  Acidental 
•  Caso fortuito 
•  Força maior 
•  Patológica 
•  preordenada 
•  Formas de constatação da embriaguez: 
–  Exame clínico; 
–  Exame de laboratório; 
–  Prova testemunhal. 
•  TACrim-SP - CÓDIGO DE TRÂNSITO 
BRASILEIRO - Prova do art. 306 da Lei nº 9.503/97 - 
Acusado, com sintomas de alcoolemia, que não é 
submetido a qualquer exame para se comprovar a 
embriaguez - Absolvição: 
- Deve ser absolvido da imputação de embriaguez ao 
volante, com fulcro no art. 386, VI, do CPP, o acusado 
que, com sintomas de alcoolemia, inobstante não tenha se 
furtado, não é submetido a qualquer exame para se 
comprovar a embriaguez. A aferição do delito do art. 306 
da Lei nº 9.503/97 exige, por deixar vestígios, o exame de 
corpo de delito, cuja substituição por prova testemunhal, a 
teor do art. 167 do CPP, só pode ser feita quando tiverem 
desaparecido os referidos resíduos do crime. 
Apelação nº 1.330.455/1 - Itapeva - 4ª Câmara - Relator: 
João Morenghi - 7.1.2003 - V.U. (Voto nº 6.031) 
•  TACRIM 1ª CÂMARA - APELAÇÃO CRIMINAL 
1200855-2 
•  RELATOR: PIRES VOTAÇÃO: UNÂNIME 
•  ROLO/FLASH: 1349/264 
•  DATA DO JULGAMENTO: 03.08.2000 
•  
•  EMENTA 
•  - EMBRIAGUEZ DO AGENTE, ISENÇÃO DE PENA. 
IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE. 
•  - A EMBRIAGUEZ NÃO ISENTA DE PENA O 
AGENTE QUANDO INEXISTIREM NOS AUTOS 
PROVA DE QUE ELE NÃO FICARA NESSE ESTADO 
VOLUNTARIAMENTE E DE QUE TAL EMBRIAGUEZ 
FOSSE COMPLETA. 
 
GRADUAÇÃO ALCOÓLICA (dg de álcool/litro de sangue ) 
X 
SINTOMATOLOGIA (DETRAN) Curitiba 2000-2002 
•  Até 2dg/l não produz efeitos aparentes na maioria das pessoas. 
•  De 2 a 5 dg/l sensação de tranqüilidade, sedação, reação mais lenta a 
•  estímulos sonoros e visuais; dificuldade de julgamento de distâncias e 
•  velocidades. = 9,99 % 
•  De 5 a 9 dg/l aumento do tempo necessário à reação a estímulos. 
•  De 9 a 15 dg/l redução da coordenação e da concentração, alteração do 
•  comportamento.= 37,29 % 
•  De 15 a 30 dg/l intoxicação, confusãomental, descoordenação geral, 
visão dupla e desorientação. = 37,56% 
•  De 30 a 40 inconsciência e coma. = 1,66 % 
Art. 323a, CP Alemão 
•  Quem se coloque em um estado de embriaguez 
premeditada ou negligentemente por meio de 
bebidas alcoólicas ou de outras substâncias 
estimulantes, será punido com pena privativa de 
liberdade de até cinco anos ou com multa quando 
cometa neste estado um fato ilícito e por esta 
causa não possa ser punido, porque como 
conseqüência da embriaguez seja inimputável. A 
pena não pode ser superior àquela que seria 
imposta pelo fato cometido no estado de 
embriaguez. 
Art. 295, CP Português 
•  Quem pela ingestão voluntária ou por 
negligência, de bebidas alcoólicas ou outras 
substâncias tóxicas, se colocar em estado de 
completa inimputabilidade e, nesse estado, 
praticar um acto criminalmente ilícito, será 
punido com prisão até 5 anos e multa de 
600 dias. 
Emoção e paixão 
•  Não excluem, como regra, a imputabilidade 
2º elemento da culpabilidade: 
•  Potencial consciência da ilicitude 
–  Art. 21, CP; 
–  Art. 3º, LICC; 
–  Art. 8º, LCP 
–  Art. 65, II, CP 
Erro de proibição 
•  Espécies: 
–  inevitável ou escusável (art. 21, 1ª parte, CP) 
–  Evitável ou inescusável (art. 21, 2ª parte e 
parágrafo único, CP). 
•  Ver art. 249, CP 
•  “Tratando-se a mãe do menor de pessoa de 
pouca idade e simplesmente alfabetizada, a 
quem pareceu não estar cometendo ilícito 
penal ao levar o filho consigo, é de se 
reconhecer o erro sobre a ilicitude do fato 
em termos inevitáveis, justificando a 
absolvição com fundamento no art. 386, V, 
do CPP” (RT 630/315). 
•  Ver art. 242, CP 
•  “Se o registro de menor abandonado como 
filho próprio foi praticado por motivo de 
reconhecida nobreza e não ocultado pelo 
agente que tinha a plena convicção de estar 
atuando licitamente, pode-se aplicar o 
denominado erro sobre a ilicitude do fato, 
afastando-se a culpabilidade, nos termos do 
art. 21, caput, do CP” (RT 680/339) 
Obediência hierárquica (art. 22, CP) 
•  Requisitos para exclusão da culpabilidade: 
–  Seja emanada da autoridade competente; 
–  Tenha o agente atribuição para prática do ato; 
–  Não seja a ordem manifestamente ilegal. 
Exigibilidade de conduta diversa 
•  Coação física (vis absoluta) 
•  Coação moral (vis relativa ou compulsiva) 
•  Irresistível 
•  Resistível 
 
•  TRF 2ª REGIÃO - APELAÇÃO CRIMINAL Nº 2273 
2000.02.01.004962-5 (DJU 02.05.06, SEÇÃO 2, P. 265, 
J. 24.04.06)RELATOR: A.F. 
ORIGEM: 3ª VARA FEDERAL DE VOLTA 
REDONDA (9805020703)EMENTAPENAL - 
PROCESSO PENAL - APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
PREVIDENCIÁRIA - ARTIGO 5º DA LEI N.º 7.492/86 
C/C ARTIGO 95, \'D\' E §1º DA LEI N.º 8.212/91 - NÃO 
RECOLHIMENTO AOS COFRES DO INSS DAS 
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RECOLHIDAS DOS 
EMPREGADOS - DIFICULDADES FINANCEIRAS DA 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA - VÁRIOS TÍTULOS 
PROTESTADOS - INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA 
DIVERSA - CAUSA DE EXCLUSÃO DE 
CULPABILIDADE - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA - 
RECURSO DO MINISTÉRIO PÚBLICO IMPROVIDO 
•  TRF 4ª REGIÃO - APELAÇÃO CRIMINAL Nº 
2003.04.01.036544-9/RS (DJU 29.03.06, EMENTAPENAL. 
APROPRIAÇÃO INDÉBITA. OMISSÃO DO RECOLHIMENTO DE 
CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. ÂNIMO DE 
APROPRIAÇÃO. DESNECESSIDADE. DIFICULDADES 
FINANCEIRAS. PROVA. INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA 
DIVERSA. 
1. O crime de apropriação indébita previdenciária é omissivo puro, não 
havendo necessidade da ocorrência do \"animus rem sibi habendi\" 
para a sua caracterização. 
2. Nos delitos de não recolhimento de contribuições previdenciárias 
descontadas dos empregados, a tese da inexigibilidade de conduta 
diversa, como causa de exclusão da culpabilidade, vem sendo aceitaapenas em casos verdadeiramente extremos. Somente dificuldades 
\"financeiras muito graves podem justificar a conduta de quem não 
cumpre a obrigação de recolher as contribuições devidas no prazo 
legal, tendo em vista o interesse social, igualmente relevante, de 
manter a empresa em funcionamento\" (ACR nº 2001.04.01.004010-2, 
TRF 4ª Região, DJU 11/09/02), incumbindo à defesa, ainda assim, o 
ônus de trazer prova robusta que justifique a aplicação da excludente. 
Hipótese de comprovação das dificuldades financeiras alegadas. 
•  TRF 2ª REGIÃO - APELAÇÃO CRIMINAL 
Nº 2000.02.01.021931-2/RJ (DJU 06.02.2001, 
SEÇÃO 2, p. 104) 
•  RELATOR : JUIZ FEDERAL CONVOCADO 
ANTONIO IVAN 
•  Inexigibilidade de conduta diversa. Não se poderia 
exigir do acusado, conduta diversa da que o levou 
a adulterar passaporte alheio, vez que privado do 
seu para regressar a seu país, premido pela 
urgência do falecimento de um dos seus filhos 
gêmeos recém-nascido, e pelo perigo, e pelo 
perigo de vida corrido pela genitora dos mesmos.

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