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ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA TERCEIRO SEMESTRE DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

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http://prazerjuridico.wix.com/prazerjuridico
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UNIVERSIDADE PAULISTA
(Curso de Direito)
Atividades práticas supervisionadas
Dignidade da Pessoa Humana
São Paulo
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – 2016
ATIVIDADE DO 3º SEMESTRE
 
A Constituição Federal brasileira de 1988 tem início com um preâmbulo e, em seguida, no artigo 1º, inciso III, define a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito.
 Em função dessas duas afirmações o grupo deverá responder às seguintes perguntas:
O preâmbulo da Constituição Federal brasileira tem alguma utilidade prática ou teórica? Ele pode ser utilizado, por exemplo, para ajudar na interpretação de algum artigo da própria Constituição e na sua aplicação a um caso concreto?
A Constituição Federal do Brasil de 1988, foi publicada no Diário oficial sob nº 191 A em 05/10/1988, este documento é a base do Estado brasileiro, ou seja, regra fundamental do Estado que estrutura o poder e assegura direitos, tem força vinculante e obrigatória e tem em seu preâmbulo um conjunto de enunciados que veicula a promulgação, origem, justificativa, objetivos, valores e ideais como princípios, ou seja, um conjunto de proposições que alicerçam ou embasam um sistema e lhe garante validade. Diz o preâmbulo:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de DEUS, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Para Peter Háberle (El Estado constitucional, cidade, México, UNAM, pp 274 – 275), O preâmbulo é uma profissão de fé da comunidade política que revela posturas valorativas, os altos ideais, convicções, motivos. Para ele é uma “ponte do tempo” recordando ou negando o passado demonstrando o presente e perspectivando o futuro. Revela a necessidade dos elementos de identidade que integram a comunidade política, expressa desejos e esperança, um esboço do futuro, é a manifestação do querer, normativo constitucional, uma expectativa.
Luís Pinto Ferreira, (Curso Direito Constitucional, São Paulo, Saraiva 1999, pg 71), informa que a raiz latina da expressão preâmbulo é moldada na conexão de dois elementos, o prefixo “pre” (antes, sobre) e o verbo “ambulare” (passar, andar, caminhar, marchar), acolhe a tese de que o preâmbulo é parte integrante do texto constitucional e tem o mesmo valor do texto constitucional, é norma de utilidade prática.
Alexandre de Moraes (Direito Constitucional, Atlas 2005 pg 15), define o preâmbulo como documento de intenções do diploma, que consiste em uma “certidão de origem e legitimidade” do novo texto, é uma proclamação de princípios demonstrando a ruptura com o ordenamento constitucional anterior de um novo estado constitucional. Informa o referido autor de que o preâmbulo é de tradição em nosso direito constitucional e nele deve constar os antecedentes e enquadramento histórico da constituição bem como suas justificativas e seus grandes objetivos e finalidades.
Segundo esse aludido autor, apesar de não fazer parte do texto constitucional propriamente dito e consequentemente não conter normas constitucionais de valor jurídico autônomo, o preâmbulo não é juridicamente irrelevante uma vez que deve ser observado como “elemento de interpretação e integração dos diversos artigos que lhe seguem”.
Nessa senda, continua Alexandre de Morais, o preâmbulo, portanto, por não ser norma constitucional não poderá prevalecer contra texto expresso da constituição e tampouco poderá ser paradigma comparativo para declaração de inconstitucionalidade. Porém por traçar as diretrizes políticas, filosóficas e ideológicas da constituição será uma de suas linhas mestras interpretativas.
Pacificando a questão com o Superior Tribunal Federal, STF, que diz no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de nº 2076/AC, decidiu que o preâmbulo não tem valor jurídico-normativo, pois não se situa no âmbito do direito mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte, daí que segundo o STF, o preâmbulo tem natureza política mas não normativa, ou seja, para o STF não é norma jurídica, não é norma constitucional mas um enunciado de princípios políticos, sem força jurídica para obrigar, proibir ou permitir com uma eventual sanção por seu descumprimento, segundo o STF o descumprimento não enseja aplicação de uma sanção jurídica. 
Fizemos questão de citar dois doutrinadores com concepções e perspectivas diferentes e após, a jurisprudência do STF, na qual verificamos que a tese de Alexandre de Morais se encaixa com a decisão do STF.
Os magistérios são antagônicos, enquanto Luís Pinto Ferreira ensina que o preâmbulo faz parte das normas constitucionais e tem valor normativo superior as normas infraconstitucionais, por outro lado Alexandre de Moraes explica que o preâmbulo não faz parte e não tem função normativa, sendo apenas princípios políticos.
E assim o STF que é o guardião da Constituição Federal do Brasil, porque protege o texto constitucional e além disso o interpreta, artigo 102 da Constituição Federal de 1988, pacifica que neste caso o preâmbulo não tem valor normativo e não possui aplicação pratica e nem é possível aplica-lo em um caso concreto, mas que tem utilidade na interpretação das várias normas constitucionais.
No entendimento do grupo a respeito após pesquisas e análises, é de concordar com a pacificação do Supremos Tribunal Federal, os estudos nos levaram a esse entendimento.
O que se entende por dignidade da pessoa humana e em que situações esse fundamento do Estado Democrático de Direito pode ser utilizado para proteger as pessoas? Dê exemplos a partir de consulta aos julgados dos Tribunais de Justiça. 
O princípio da dignidade humana é na visão do nosso grupo, fundamental, para compreende-lo melhor é necessário entender o conceito de princípio, podemos destacar dois entendimentos quanto ao conceito, um seria, aquilo que nasce antes, começo, nascimento de algo, por um outro entendimento conhecido são, valores caros e inarredáveis, inalienáveis de determinada pessoa ou ordenamento jurídico. Quando dizemos que o ordenamento jurídico é feito de princípios, e o é, realmente significa que possuem atributos morais e éticos dos quais se baseiam as produções legislativas, ou seja, na produção das normas, estes princípios são as linhas mestras que conduzem todos os processos normativos.
Então vejamos uma outra definição dada pelo Ministro Luís Roberto Barroso no seu texto a Dignidade da Pessoa Humana no Direito Constitucional Contemporâneo, Natureza Jurídica, Conteúdos Mínimos e Critérios de Aplicação, (página 11).
Princípios não são aplicados de forma tudo ou nada como as regras por exemplo, pois eles possuem uma dimensão de peso ou importância a ser determinada diante dos elementos do caso concreto, para ele princípios são normas jurídicas otimizadas, tomadas de otimização devido a sua realização se dar na maior medida possível, os princípios estão sujeitos à ponderação e a proporcionalidade e a sua pretensão normativa pode ceder conforme as circunstâncias e elementos contrapostos.
Diante disso podemos dizer que princípio é a base que deve ser posta não só na raiz de normas jurídicas, mas também na sociedade e na vida das pessoas da forma que sustente todas as relações de vida privada e pública, assim como no direito público e no direito privado.
Já a dignidade da pessoa humana como princípio, é dotada de um valor moral, ético e espiritual da pessoa, que nasce com ela, é o valor que norteia toda a vida da pessoadando-lhe oportunidade de viver dignamente.
A dignidade da pessoa humana é inerente a todo ser humano, ou seja, todo ser humano já nasce com esse valor fundamental, que está atrelado a esses fundamentos, dignidade, respeito, honra, moral, ética, dentre outros, e deve ser respeitado independente de raça, sexo, cor, religião etc. Possui um valor universal e deve ser protegido.
Segundo Kant, a dignidade é o valor de que se reveste tudo aquilo que não tem preço, ou seja, não é passível de ser substituído por um equivalente. Dessa forma, a dignidade é uma qualidade inerente aos seres humanos enquanto entes morais, na medida em que exercem de forma autônoma a sua razão prática, os seres humanos constroem distintas personalidades humanas, cada uma delas absolutamente individual e insubstituível.
A dignidade da pessoa humana além de tudo é um valor fundamental que está assegurado na Constituição Federal do Brasil de 1988, ou seja, é considerado como o nosso valor constitucional supremo que diz em seu texto: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamento no artigo 1º inciso III da Constituição Federal 1988 a dignidade da pessoa humana.
O Estado Democrático de Direito entra para proteger as pessoas, de todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover sua participação ativa corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão dos demais seres humanos.
Então podemos dizer com toda certeza que é fundamental toda a matéria relativa a Direitos Humanos, tudo o que abarca Direitos Humanos segue o princípio da dignidade da pessoa humana, ou seja, a base, a raiz dos Direitos Humanos é esse princípio fundamental para a sobrevivência humana, não é à toa que tem características próprias que o protegem, como, universalidade, inalienabilidade, irrenunciabilidade, imprescritibilidade, interdependência, indivisibilidade, relatividade, historicidade, transnacionalidade e inerência, são todas características para proteger os direitos individuais das pessoas, assim como os sistemas internacionais e regionais de proteção de proteção aos Direitos Humanos. Isso mostra que ele é fundamental tanto que o discurso transnacional é verdadeiro, as nações cada vez mais criam formas de utilização mais efetivas, incluindo em suas constituições atitudes mais humanas e tratados e convenções internacionais de Direitos Humanos voltados para a criação de um Estado baseado no princípio da dignidade da pessoa humana.
Nesse mesmo sentido, casos que acontecem em um país serve de exemplo para outros, este é o discurso transnacional, pois transcende as fronteiras de países até mesmo daqueles com leis mais rígidas como os Estados Unidos da América. 
Se na organização de um Estado não fosse pautado este princípio com certeza não teríamos os valores individuais e coletivos, o princípio da dignidade humana protege a sociedade através de prestações positivas e negativas contra esse mesmo Estado, garantias fundamentais individuais e coletivas, como, vida, liberdade, igualdade, segurança, propriedade e valores sociais como, trabalho, educação, saúde, previdência privada, lazer dentre outros.
Vemos efetivamente a atuação deste princípio nessas ações do estado, boas ou ruins, mas as temos sem dúvida alguma. Podemos traçar uma linha imaginaria para entender um pouco melhor:
Nasce com a pessoa a dignidade, é inerente e é reconhecido o princípio como fundamental para a humanidade através dos Direitos Humanos nos seus diversos documentos, tratados e convenções, materializa-se, e são incorporados às constituições para a organização do estado democrático de direito, que geram proteções às pessoas pelos direitos individuais e coletivos, direitos fundamentais. Isso responde a segunda parte da questão de forma pratica, claro que tudo isso é muito complexo, sabemos não ser assim simples, foi uma luta constante e ainda continua a ser, a busca pela máxima efetividade do princípio.
A pergunta que fica é, nos milhões de casos particulares, no âmbito da justiça e mesmo no âmbito das relações interpessoais, deixa de ser um princípio fundamental, esquecido e mal usado, como por exemplo, nas falhas da justiça, como agora o que estamos vivendo no processo político brasileiro, verdadeiros absurdos, total desleixo pelo princípio da dignidade da pessoa humana, isto é muito claro, notamos um discurso grande no meio jurídico deste princípio, seja para o bem ou para o mal, sempre é muito discutido, porém queríamos deixar registrado a falta de entendimento e utilização nas diversas relações do cotidiano das pessoas, definitivamente não é tão observado ou conhecido dos cidadãos, as atitudes são várias que contrapõem a moral e a ética.
Achamos que à sua observância nestas relações está uma saída para diversos erros cometidos nos mais diversos setores da nossa sociedade, sabemos que o discurso é lindo! Mas as dificuldades são imensas e históricas.
Se a criação do Estado tivesse realmente por base o princípio da dignidade da pessoa humana e lutasse por isso, teríamos com certeza um entendimento melhor de várias questões como, segurança, saúde, Código Penal, política.
Existe na jurisprudência dos tribunais uma imensidade de julgados que servem de exemplos das ações baseadas no princípio da dignidade da pessoa humana, com por exemplo o caso do acordão de apelação cível com revisão 597.850-4/3-00 da Comarca de Marilia, o caso de uma mãe que solicita a internação compulsória de seu filho ao Município de Marilia, seu filho não quer tratamento e causa diversos transtornos pelo consumo de drogas, ele é um toxicômano, sua apelação foi julgada procedente sob pena de multa diária, R$500,00 ao Município de Marilia, ou seja, a intenção pode ser requerida como medida protetiva à pessoa dependente de substancia entorpecente visando seu adequado tratamento médico, a ser imposta para salvaguardar o direito a saúde e a integridade física e mental constitucionalmente garantidos e tendo fundamento o princípio da dignidade da pessoa humana, artigo 1º inciso III da Constituição Federal do Brasil.
Um outro caso na justiça é da proibição de outdoors com conotação de homofobia.
Entidade religiosa de Ribeirão Preto não poderá publicar outdoors com trechos bíblicos que condenem a homossexualidade. Conforme acordão da 4º Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo que manteve a decisão de 1º grau em ação civil pública.
Para o relator Desembargador Natan Zellinschi de Arruda a liberdade de crença e culto deve ser exercida no interior dos templos na presença dos fiéis e não por intermédio de “lobby” de suas convicções religiosas.
A autodeterminação da pessoa dá o direito de optar ou eventualmente praticar a sua sexualidade da maneira que lhe aprouver, não cabendo ao Estado e nenhuma religião se manifestar publicamente em afronta a mencionada liberdade. No Estado Democrático de Direito a dignidade da pessoa humana deve prevalecer e não se admite incentivo ao preconceito, afirmou.
Participaram do julgamento que ocorreu no último dia 16, os Desembargadores Ênio Zuliani e Maia da Cunha, a decisão foi unanime. Apelação 0045315-08.2011.8.26.0506.
Um outro caso bastante emblemático e conhecido é do anão de Lancer de Nain, é o caso do anão francês que era submetido em duas cidades francesas a um sistema de arremesso, que uma empresa de entretenimento o contratou, onde as pessoas o jogavam para ver quem jogava ele mais longe e este seria o vencedor, o prefeito de uma dessas cidades utilizando do seu poder de polícia interditou este espetáculo com o argumento legal de que o prefeito é o guardião da ordem pública municipal, e está atividade ofendia está ordem, que tem fundamento nas leis francesas e também no artigo 3º da Convenção Europeia de Salvaguarda dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. 
Insatisfeitaa empresa e o anão entraram com uma ação no Tribunal de Versalles em litisconsórcio ativo questionando a decisão do Prefeito, alegando estar na esfera de direitos disponíveis, que em vontade do anão e que era pago por isso, venceram na 1º instância, pois, a ação não perturbava a ordem pública, mas o Conselho de Estado reformou e o anão e a empresa perderam a ação sob o seguinte fundamento:
O respeito à dignidade da pessoa humana é um dos componentes da noção de ordem pública que a autoridade investida do poder de polícia possui, e ela pode interditar um espetáculo atentatório a dignidade da pessoa humana, também foram derrotados em processo na ONU Organização Nações Unidas, nos seus órgãos de proteção dos Direitos Humanos. 
Com esta decisão os tribunais franceses passaram a olhar com outros olhos a aplicação dos direitos e garantias fundamentais nas relações privadas. (Revista de Direito Constitucional e internacional páginas 237 e 238).
Além deste temos diversos casos na jurisprudência como, no próprio texto do Ministro Luís Roberto Barroso que nos dá exemplos, proibição da tortura, trabalho escravo ou forçado, penas cruéis, tráfico de pessoas.
Também na jurisprudência do Superior Tribunal Federal, STF é especialmente abundante em matéria penal e processual penal, em diversos julgados está expressa e implícita, a não aceitação da instrumentalidade do acusado ou do preso aos interesses do Estado na persecução penal, o indivíduo não pode ser uma engrenagem do processo penal, decorrendo de sua dignidade uma série de direitos e garantias, daí a existência de decisões assegurando aos que são sujeitos passivos em procedimentos criminais, o direito à não autoincriminação, presunção de inocência, ampla defesa, contra o excesso de prazo em prisão preventiva, livramento condicional, saídas temporárias do preso, a não utilização injustificada de algemas (Pagina 31 Luís Roberto Barroso).
O princípio da dignidade humana foi invocado em decisões como, a da recepção da lei de imprensa pela Constituição Federal do Brasil de 1988, na demarcação da Reserva Indígena Raposa Terra do Sol, no controvertido tema do direito à saúde, sobretudo quando envolvido procedimentos médicos e medicamentos não oferecidos no âmbito do Sistema Único de Saúde o SUS, a dignidade da pessoa humana costuma ser invocado como argumento último, que encerra a discussão.
Há ainda precedentes no Superior Tribunal Federal à dignidade da pessoa humana em decisões das mais variadas como, mínimo existencial, restrições ao direito de propriedade, uso de algemas, crimes de racismo, tortura, trabalho escravo, direito de moradia, direito à saúde, aposentadoria do servidor público por invalidez, vedação do corte de energia elétrica, dividas de alimento, adoção, investigação de paternidade, disputa de guarda de menor, direito ao nome, uniões homo afetivas, redesignação sexual, dos exames de tais decisões verifica-se que raramente a dignidade é o fundamento central do argumento e menos ainda tem seu conteúdo explorado ou explicitado. (Pagina 32 e 33 Luís Roberto Barroso).
Referências Bibliográficas
Constituição Federal de 1988.
Peter Háberle, El Estado constitucional, 1º edição, México, Ed. UNAM, páginas 274 – 275.
Luís Pinto Ferreira, Curso Direito Constitucional, São Paulo, Ed. Saraiva 1999, página 71.
Alexandre de Moraes Direito Constitucional, 17º edição, São Paulo, Ed. Atlas 2005 página 15.
Ingo Wolfang Sarlet, Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais, 4º edição, Porto Alegre, Ed. Livraria do Advogado, 2006, capitulo 4, páginas 77 a 147. 
Dirceu Galdino Cardim, Revista de Direito Constitucional e Internacional, Ano 17 nº 67, abril e junho de 2009, Instituto Brasileiro de Direito Constitucional IBDC, páginas 237 e 238. 
Luís Roberto Barroso, Dignidade da Pessoa Humana no Direito Constitucional Contemporâneo, Natureza Jurídica, Conteúdos Mínimos e Critérios de Aplicação, páginas 11, 31, 32, 33.
Ficha Técnica
Artigo 1º Constituição Federal do Brasil 1988, inciso III.
Artigo 3º, inciso IV Constituição Federal Brasil 1988.
Artigo 5º Constituição Federal do Brasil 1988.
Artigo 102º Constituição Federal do Brasil 1988.
Preambulo da Constituição Federal 1988.
Diário oficial nº 191 A – 05/10/1988.
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2076/AC – STF.
Lei 9.455/1997 – Tortura.
Lei 5.250/1967 – Imprensa.
Artigo 149 Código penal – Decreto lei 2848/40 – trabalho escravo.
Artigo 1723 Código Civil 2002 – Entidade familiar.
Princípio Jurídico – base do ordenamento jurídico.
Ordenamento Jurídico – conjunto de normas e leis de um país.
Transnacionalidade – atividades políticas e jurídicas comuns entre países.
Jurisprudência – ciência dos direitos e das leis, conjunto de decisões sobre leis.
Comarca – circunscrição judiciaria de um juiz.
Ação Civil Pública – instrumento processual do Ministério Público na defesa dos direitos difusos.
STF – Superior Tribunal Federal.
Persecução Penal –conjunto de atividades do Estado no sentido de realizar sua atividade repressiva.
Condicional – sistema que libera a pessoa de cumprir toda pena encarcerado.
Litisconsórcio Ativo – presença de mais de uma pessoa nos polos da relação processual.
ONU – Organização das Nações Unidas.
http://prazerjuridico.wix.com/prazerjuridico
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