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questoes Rubin 11 coração

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Capítulo 11
Coração
Perguntas
Escolha a melhor resposta.
1. Um sopro cardíaco é observado durante o exame físico pré-
escolar em uma menina de 4 anos de idade. A ecocardiografi a 
revela um defeito entre o átrio direito e o esquerdo envolvendo o 
limbo do forame oval. Qual é o diagnóstico provável?
(A) Defeito septal atrial, ostium primum
(B) Defeito septal atrial, ostium secundum
(C) Defeito septal ventricular
(D) Tetralogia de Fallot
(E) Tronco arterial persistente
2. Um menino de 5 anos de idade manifesta sopro pansistólico 
áspero, audível no quarto espaço intercostal esquerdo. A crian-
ça tem história de pneumonias recorrentes e infecções do trato 
respiratório. O ecocardiograma revela uma anomalia cardíaca e 
hipertrofi a cardíaca biventricular. O cateterismo cardíaco revela 
hipertensão pulmonar. O paciente provavelmente tem qual das 
seguintes cardiopatias congênitas?
(A) Coarctação da aorta
(B) Defeito septal ventricular
(C) Ducto arterial pérvio
(D) Estenose pulmonar
(E) Ventrículo esquerdo hipoplásico
3. Um bebê de 8 meses de idade, do sexo feminino, com sín-
drome de Turner, é levado à emergência pelos pais, que relatam 
que a fi lha está respirando rapidamente e não come. O exame fí-
sico revela taquipnéia, palidez, ausência de pulsos femorais e so-
pro audível na axila esquerda. Existe hipertensão nos membros 
superiores e pressão arterial baixa nas duas pernas. Uma radio-
grafi a de tórax mostra chanfraduras nas superfícies internas das 
costelas. Qual o diagnóstico adequado?
(A) Coarctação da aorta
(B) Defeito de septo atrial
(C) Ducto arterial pérvio
(D) Estenose de valva aórtica
(E) Tetralogia de Fallot
4. Um bebê do sexo masculino, de 2 semanas de vida, mostra-se 
irritável e alimentando-se mal. Ao exame físico, o bebê apresen-
ta irritação, sudorese, taquipnéia e taquicardia. Existe cianose 
circumoral, que não é aliviada por oxigênio nasal. Um frêmito 
sistólico e um sopro pansistólico são audíveis ao longo da mar-
gem esternal esquerda. O ecocardiograma revela uma anomalia 
cardíaca na qual a aorta e a artéria pulmonar formam um único 
vaso que cavalga o defeito do septo ventricular. Qual é o diag-
nóstico adequado?
(A) Coarctação da aorta, pré-ductal
(B) Defeito de septo atrial
(C) Ducto arterial pérvio
(D) Tetralogia de Fallot
(E) Tronco arterial persistente
5. Uma menina de 2 semanas de vida apresenta um sopro áspero 
ao longo da margem esternal esquerda. Os pais relatam que esse 
bebê fi ca “azulado” quando chora ou mama na mamadeira. O eco-
cardiograma revela um defeito cardíaco congênito associado a es-
tenose pulmonar, defeito septal ventricular, dextroposição da aorta 
e hipertrofi a ventricular direita. Qual é o diagnóstico adequado?
(A) Coarctação da aorta, pós-ductal
(B) Coarctação da aorta, pré-ductal
(C) Defeito de septo atrial
(D) Tetralogia de Fallot
(E) Tronco arterial persistente
6. Um bebê de 2 meses de idade, do sexo masculino, é admitido 
na enfermaria pediátrica apresentando angústia respiratória agu-
da. O exame físico revela palidez, cianose, taquipnéia, retrações 
intercostais e abertura das asas nasais associada a grunhidos. A 
ausculta cardíaca revela terceiras bulhas. Uma radiografi a do tó-
rax revela derrame pleural bilateral e cardiomegalia intensa. O 
paciente morre 2 dias após a internação. A fotografi a mostra o 
coração à necropsia. Qual é o diagnóstico mais provável?
Coração 83
(A) Amiloidose cardíaca
(B) Ducto arterial pérvio
(C) Fibroelastose endocárdica
(D) Síndrome do coração esquerdo hipoplásico
(E) Tetralogia de Fallot
7. Um homem de 50 anos de idade vai à emergência apresen-
tando dor torácica há 1 hora. Os exames laboratoriais revelam 
leucocitose e níveis séricos aumentados de enzimas cardíacas. 
O ECG confi rma um infarto transmural maciço do ventrículo 
esquerdo. O paciente morre 2 dias depois. O exame histológico 
da artéria coronária principal esquerda é mostrado na fotomi-
crografi a. O exame do músculo cardíaco lesado provavelmente 
mostraria qual das seguintes alterações patológicas à microsco-
pia óptica?
(A) Infi ltração extensa do miocárdio com células mononucleares
(B) Necrose de miócitos cardíacos e infi ltrados de neutrófi los
(C) Nenhuma alteração óbvia visível à microscopia óptica
(D) Proliferação de fi broblastos e células endoteliais capilares
(E) Tecido cicatricial rico em colágeno
8. Um homem de 44 anos de idade vai à emergência com dor 
torácica aguda. O ECG é normal. A análise de qual par de mar-
cadores séricos seria mais útil na exclusão de um diagnóstico de 
infarto agudo do miocárdio?
(A) CK-BB e mioglobina
(B) CK-MB e troponina cardíaca-I
(C) CK-MM e lactato desidrogenase-I
(D) Mioglobina e CK-MM
(E) Troponina-I cardíaca e mioglobina
9. Um homem de 35 anos se apresenta com dor torácica aguda e 
náusea. O ECG e os exames laboratoriais confi rmam o diagnós-
tico de infarto do miocárdio. O paciente morre 2 dias depois. 
Uma fotomicrografi a da artéria coronária principal esquerda é 
mostrada. Esse paciente mais provavelmente sofria de qual das 
seguintes doenças hereditárias?
(A) Doença de Kawasaki
(B) Hipercolesterolemia familiar
(C) Hipertensão sistêmica 
(D) Síndrome de Ehlers-Danlos
(E) Síndrome de Marfan
10. Um homem de 50 anos de idade, com hiperlipidemia fami-
liar, é submetido a ressecção de um aneurisma abdominal. Sinais 
de insufi ciência cardíaca congestiva se desenvolvem logo após 
a cirurgia. Apesar do tratamento, o paciente torna-se hipoten-
so e morre 2 dias depois. A necropsia revela estenose acentuada 
das artérias coronárias, sem trombose. São encontrados múlti-
plos focos de necrose circunferencialmente ao redor das pare-
des internas dos dois ventrículos. Qual das seguintes opções é 
a causa mais provável da insufi ciência cardíaca congestiva nesse 
paciente?
(A) Estenose aórtica calcifi cada
(B) Infarto miocárdico transmural 
(C) Infarto subendocárdico 
(D) Miocardiopatia dilatada
(E) Musculatura papilar rota
11. Uma mulher obesa (IMC = 32 kg/m2), de 68 anos de idade, 
apresenta dor torácica subesternal, história de angina de peito 
recorrente e claudicação intermitente. No dia seguinte, ela de-
senvolve febre de 38o. Os resultados dos exames laboratoriais 
incluem leucocitose (13.000/μL), CK-MB a 6,6 ng/mL, e tropo-
nina-I a 2,5 ng/mL. O ECG confi rma um infarto do miocárdio da 
parede ventricular esquerda. Qual dos seguintes mecanismos é o 
provável responsável pelo infarto do miocárdio nessa paciente?
(A) Diminuição do fl uxo sangüíneo colateral
(B) Embolia paradoxal
(C) Trombose da artéria coronária
(D) Trombose venosa profunda
(E) Vasoespasmo da artéria coronária
84 Capítulo 11
12. Dois meses depois, a paciente descrita na pergunta anterior 
apresenta diversos dias de dor torácica retroesternal lancinante e 
intensa, que se irradia para o pescoço e os ombros. A dor é mais 
pronunciada quando a paciente se encontra em decúbito dorsal 
e menos intensa quando ela se encontra sentada ereta e inclinan-
do-se para a frente. Qual das seguintes opções é a etiologia mais 
provável dos sintomas da paciente?
(A) Aneurisma ventricular esquerdo
(B) Insufi ciência cardíaca congestiva
(C) Músculo papilar roto
(D) Síndrome de Dressler
(E) Trombos murais
13. Um homem de 65 anos de idade com história de 2 anos de 
angina de peito é internado no hospital com dor torácica subes-
ternal excruciante, não aliviada por repouso nem por medicação. 
O exame físico revela diaforese e dispnéia. Os resultados dos 
exames laboratoriais incluem leucometria de 13.000/μL, CK-MB 
de 6,8 ng/mL e troponina-I de 3,0 ng/mL. O ECG revela eleva-
ção do segmento ST. O paciente morre 1 hora após a internação. 
À necropsia, o coração revela-se aumentado, porém normal nos 
demais aspectos anatômicos. Qual das seguintes opções é a causa 
mais provável da morte?
(A) Fibrilação ventricular
(B) Infarto do miocárdio roto
(C)Perfuração do septo
(D) Síndrome pós-infarto do miocárdio
(E) Tamponamento cardíaco
15. Uma mulher de 69 anos de idade apresenta dor torácica su-
besternal esmagadora e náusea. Ela é tratada com ativador de 
plasminogênio, oxigênio e sulfato de morfi na. Os exames labora-
toriais mostram leucometria de 13.000/μL, CK-MB de 6,6 ng/mL 
e troponina-I de 2,5 ng/mL. O ECG revela elevação do segmento 
ST. O cateterismo cardíaco demonstra aterosclerose difusa das 
principais artérias coronárias. Posteriormente, a paciente torna-
se agudamente hipotensa e sofre parada cardíaca. A fotografi a 
mostra a superfície do coração à necropsia. Em que momento 
após o infarto agudo do miocárdio esse distúrbio patológico deve 
ter ocorrido?
(A) 0 a 6 horas
(B) 6 a 12 horas
(C) 12 a 24 horas
(D) 1 a 4 dias
(E) 6 meses a 1 ano
16. Uma mulher de 68 anos de idade, com história de diabetes 
melito, morre repentinamente de parada cardíaca. A paciente so-
14. Um homem de 54 anos de idade vai à emergência 3 semanas 
após sofrer um infarto agudo do miocárdio, com queixa de dor 
lancinante no lado esquerdo do tórax. Ao exame físico, o pa-
ciente mostra-se apreensivo e com transpiração profusa. A pres-
são arterial é de 80/40 mm Hg, e o pulso é de 100/minuto. O 
paciente morre em minutos. A parede ventricular à necropsia é 
mostrada na fotografi a. Qual é a provável causa do óbito?
(A) Aneurisma aórtico dissecante
(B) Choque séptico
(C) Edema pulmonar
(D) Tamponamento cardíaco
(E) Tromboembolia pulmonar
Coração 85
frera um outro infarto, maciço, do miocárdio 1 ano antes. A fo-
tografi a mostra o coração à necropsia. Qual das seguintes opções 
é a complicação mais provável desse distúrbio?
(A) Aneurisma de artéria coronária
(B) AVC
(C) Embolia pulmonar
(D) Estenose aórtica
(E) Miocardiopatia hipertrófi ca
17. Uma mulher de 60 anos de idade, com história de tabagismo 
(30 maços por ano) e 10 anos de enfi sema, morre de insufi ciên-
cia cardíaca congestiva. Não há evidências de doença da artéria 
coronária ou de cardiopatia valvular. A fotografi a mostra o cora-
ção à necropsia. Qual das seguintes opções é a causa mais prová-
vel da hipertrofi a ventricular direita?
(A) Estenose pulmonar
(B) Fibroelastose endocárdica
(C) Hipertensão essencial
(D) Hipertensão pulmonar
(E) Hipertensão sistêmica 
18. Um homem de 72 anos de idade apresenta difi culdade para 
respirar. Ele afi rma apresentar falta de ar à noite, a menos que 
use três travesseiros para manter-se mais elevado. A avaliação 
dos sinais vitais revela temperatura normal, taquipnéia branda e 
pressão arterial de 180/100 mm Hg. O exame físico revela obe-
sidade, edema nas pernas com cacifo 2+, hepatosplenomegalia e 
estertores na base dos dois pulmões. A radiografi a do tórax mos-
tra leve aumento do coração e leve derrame pleural. O ecocar-
diograma demonstra hipertrofi a ventricular esquerda sem ano-
malias cardíacas valvulares. Qual das seguintes opções é o diag-
nóstico mais provável?
(A) Cardiopatia hipertensiva
(B) Cor pulmonale agudo
(C) Insufi ciência renal
(D) Miocardiopatia dilatada
(E) Pericardite constritiva
19. Um homem de 62 anos de idade com história de hipertensão 
é levado à emergência com dor torácica esquerda intensa e dor-
salgia. A pressão arterial é de 80/50 mm Hg. O exame físico reve-
la palidez, diaforese e sopro de regurgitação aórtica. O ECG não 
mostra infarto do miocárdio. A radiografi a do tórax demonstra 
alargamento do mediastino. Qual das seguintes opções é o diag-
nóstico mais provável?
(A) Aneurisma dissecante
(B) Parede miocárdica rota
(C) Pericardite
(D) Tamponamento cardíaco
(E) Tromboembolia pulmonar
20. Um homem de 50 anos de idade, com adenocarcinoma do 
pâncreas, é levado à emergência em um estado comatoso. A TC 
do cérebro é compatível com infarto recente no lobo temporal 
esquerdo. As culturas de sangue são negativas. O paciente não 
recobra mais a consciência e vem a óbito 2 dias depois. A foto-
grafi a mostra o coração à necropsia. Qual das seguintes opções é 
a etiologia subjacente mais provável do AVC nesse paciente?
(A) Cardiopatia carcinóide
(B) Endocardite bacteriana subaguda
(C) Endocardite trombótica não-bacteriana
(D) Estenose aórtica calcifi cada
(E) Metástases cardíacas
21. Um homem de 78 anos de idade, com história de síncope 
recorrente, é submetido a cirurgia devido a valvopatia aórtica. 
Observa-se uma valva acentuadamente deformada e rígida, e o 
paciente morre durante a cirurgia. A fotografi a mostra a valva 
aórtica à necropsia. Qual é o diagnóstico adequado?
86 Capítulo 11
(A) Aortite sifi lítica
(B) Endocardite bacteriana
(C) Endocardite marântica 
(D) Estenose aórtica calcifi cada
(E) Valva aórtica bicúspide
22. Um menino de 10 anos de idade, com história de 2 semanas 
com infecção no trato respiratório superior, dá entrada no hos-
pital com mal-estar, febre, tumefação nas articulações e erupção 
cutânea difusa. O paciente é tratado e recebe alta. No entanto, 
ele sofre de faringite recorrente e, alguns anos depois, desenvol-
ve um sopro cardíaco. O sopro cardíaco desse paciente é cau-
sado mais provavelmente pela exposição a qual dos seguintes 
patógenos?
(A) Candida albicans
(B) Estreptococos beta-hemolíticos
(C) Staphylococcus aureus
(D) Streptococcus viridans
(E) Vírus Epstein-Barr
23. Para o paciente descrito na questão anterior, qual das seguin-
tes opções é a complicação potencialmente fatal mais comum 
dessa cardiopatia valvular?
(A) Anemia hemolítica
(B) Aneurisma dissecante
(C) Infarto do miocárdio
(D) Insufi ciência cardíaca congestiva
(E) Tromboembolia pulmonar
24. Um usuário de drogas intravenosas de 34 anos de idade vai à 
emergência com história de 24 horas de febre e calafrios, asso-
ciados a tremores. Sua temperatura é de 38,7oC, o pulso de 110/
minuto e a pressão arterial, de 140/80 mm Hg. O exame físico 
revela sopro sistólico áspero. O paciente rapidamente desenvolve 
cefaléia e paralisia do braço direito. Qual das seguintes alterações 
é a causa subjacente mais provável do AVC nesse paciente?
(A) Aneurisma dissecante da aorta
(B) Êmbolo paradoxal
(C) Endocardite bacteriana
(D) Infarto do miocárdio
(E) Tromboembolia pulmonar
25. Uma mulher de 45 anos de idade apresenta crises repentinas 
de sibilos, dispnéia, fogachos episódicos, cólicas abdominais e 
diarréia. O exame físico mostra vermelhidão facial, além de he-
patomegalia e edema com cacifo das pernas. Um espécime de 
urina de 24 horas revela níveis elevados de ácido 5-hidroxindo-
lacético (5-HIAA). A TC do abdome demonstra múltiplos nódu-
los de 2 a 3 cm disseminados pelo fígado e um nódulo de 2 cm 
no jejuno. Um ecocardiograma demonstraria mais provavelmen-
te qual das seguintes alterações?
(A) Endocardite bacteriana
(B) Endocardite trombótica não-bacteriana
(C) Estenose aórtica
(D) Estenose pulmonar
(E) Prolapso de valva mitral
26. Um universitário jogador de basquete, de 19 anos de ida-
de, repentinamente sofre colapso na quadra. O monitor cardía-
co mostra taquicardia ventricular e, a seguir, fi brilação ventricu-
lar. Ele é reanimado com sucesso e hospitalizado. A história do 
paciente indica que o pai morreu subitamente aos 38 anos de 
idade. O ecocardiograma do rapaz mostra parede ventricular es-
querda espessada, com câmara pequena semelhante a fenda. O 
septo interventricular também se mostra acentuadamente espes-
sado. Cinco anos depois, o paciente morre repentinamente. O 
exame histológico do músculo cardíaco à necropsia é mostrado 
na fotomicrografi a. Qual das seguintes alterações é o diagnóstico 
mais provável?
(A) Amiloidose
(B) Miocardiopatia dilatada
(C) Miocardiopatia hipertrófi ca
(D) Miocardiopatia tóxica
(E) Mixoma cardíaco
27. Um homem de 60 anos de idade apresenta aumento da cintu-
ra e fadiga. O exame físico demonstra edema periférico, ascite e 
hepatomegalia. Os testes de função hepática são normais.O eco-
cardiograma revela coração direito acentuadamente aumentado 
sem sinais de cardiopatia valvular. A biopsia endomiocárdica re-
vela depósitos amorfos rosados, intersticiais, entre os miócitos 
cardíacos. Qual das seguintes opções é o diagnóstico adequado?
(A) Amiloidose cardíaca
(B) Cardiopatia carcinóide
(C) Cardiopatia reumática
(D) Miocardiopatia dilatada
(E) Miocardiopatia hipertrófi ca
Coração 87
28. Um homem de 50 anos de idade é submetido a transplante 
cardíaco devido a insufi ciência cardíaca de débito baixo não res-
ponsiva a tratamento clínico. A fotografi a mostra o coração 
doente quando da necropsia. O órgão pesa 950 g (normal até 
350 g) e não mostra evidências de aterosclerose da artéria coro-
nária. À histologia, o miocárdio demonstra miócitos hipertrófi -
cos e focos de fi brose miocárdica, porém sem evidências de in-
fl amação ou de desorganização das fi bras musculares. Qual das 
seguintes opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Amiloidose cardíaca
(B) Aneurisma ventricular
(C) Miocardiopatia dilatada
(D) Miocardiopatia hipertrófi ca
(E) Miocardiopatia restritiva
(C) Fibroelastose endocárdica
(D) Infarto agudo do miocárdio
(E) Miocardite viral
29. Uma mulher de 40 anos de idade apresenta dispnéia, palpi-
tações cardíacas e edema com cacifo. Ela fora atendida por apre-
sentar sintomas semelhantes aos da gripe e dor muscular proe-
minente 3 semanas antes. O exame físico revela taquicardia e 
batimentos cardíacos irregulares. A radiografi a do tórax mostra 
cardiomegalia e edema pulmonar. A paciente subseqüentemente 
morre de insufi ciência cardiorrespiratória. A histopatologia do 
músculo cardíaco, à necropsia, é mostrada na fotomicrografi a. 
Qual é o diagnóstico adequado?
(A) Cardiopatia reumática
(B) Endocardite bacteriana aguda
30. Uma mulher de 50 anos de idade apresenta fadiga e dispnéia. 
O exame físico revela evidências clínicas de edema pulmonar, 
aumento do átrio esquerdo e calcifi cação da valva mitral. A TC 
demonstra uma grande massa no átrio esquerdo. Antes de a ci-
rurgia cardíaca a céu aberto ser realizada, a paciente morre de 
AVC isquêmico. O coração à necropsia é mostrado na fotografi a. 
Qual das seguintes opções é o diagnóstico mais provável?
(A) Estenose aórtica calcifi cada
(B) Fibroelastoma 
(C) Melanoma metastático
(D) Mixoma cardíaco
(E) Trombo mural
31. Uma mulher de 43 anos de idade sofre um AVC e morre. A 
valva mitral à necropsia é mostrada na fotografi a (abaixo, à es-
88 Capítulo 11
querda). Os pacientes com essa cardiopatia valvular correm risco 
de desenvolver qual dos seguintes distúrbios?
(A) Aneurisma ventricular
(B) Embolia cerebral
(C) Endocardite de Libman-Sacks
(D) Síndrome de Dressler
(E) Tamponamento cardíaco
Respostas
1. A resposta é B-defeito septal atrial, ostium secundum. O defeito sep-
tal atrial (DSA) do tipo ostium secundum contribui com 90% de 
todas as anomalias do septo atrial. Refl ete uma verdadeira defi -
ciência do septo atrial e não deve ser confundido com forame 
oval pérvio. Os defeitos do tipo ostium secundum freqüentemente 
ocorrem na porção média do septo e variam em tamanho, desde 
uma pequena abertura até uma grande anomalia de toda a fossa 
oval. Um DSA pequeno tem pouca probabilidade de ser funcio-
nal, mas as derivações da esquerda para a direita ocorrem em de-
feitos grandes, provocando dilatação e hipertrofi a do átrio e do 
ventrículo direitos. A anomalia ostium primum ocorre adjacente 
às valvas atrioventriculares e, em geral, está associada a uma fen-
da no folheto mitral anterior. O defeito septal ventricular (opção 
C) ocorre no septo interventricular. Os diagnósticos nas opções 
D e E caracterizam-se por múltiplas anomalias congênitas e cia-
nose precoce.
Diagnóstico: Defeito septal atrial
2. A resposta é B-defeito septal ventricular. O defeito septal ventricular 
(DSV) é a lesão cardíaca congênita mais comum. Essas anomalias 
ocorrem como lesões isoladas ou associadas a outras malforma-
ções. Os DSVs variam em tamanho, ocorrendo como um peque-
no orifício no septo membranoso, um grande defeito envolven-
do mais do que a porção membranosa, como defeitos na porção 
muscular, ou ausência completa do septo. Os DSVs podem ter 
pouca importância funcional e com freqüência se fecham espon-
taneamente. DSVs inicialmente caracterizam-se por derivação 
da esquerda para a direita, com dilatação ventricular esquerda 
e insufi ciência cardíaca congestiva. Se o paciente sobreviver por 
tempo sufi ciente, a hipertensão pulmonar poderá causar rever-
são da direção do desvio e provocar cianose. A coarctação da 
aorta (opção A) está associada apenas a hipertrofi a ventricular 
esquerda e tipicamente não causa hipertensão pulmonar. A es-
tenose pulmonar (opção D) apresenta-se associada a hipertrofi a 
ventricular direita.
Diagnóstico: Defeito septal ventricular
3. A resposta é A-coarctação da aorta. A coarctação da aorta é comum, 
somando 6% de todos os casos de cardiopatia congênita. Em ge-
ral, a coarctação ocorre na porção torácica da aorta descendente, 
abaixo da origem da artéria subclávia esquerda no local do duc-
to arterioso. A incidência de valva aórtica bicúspide associada 
a coarctação é de 80 a 85%. O achado físico principal consiste 
na diminuição ou na ausência de pulsos femorais e hiperten-
são nos membros superiores. Chanfraduras nas superfícies inter-
nas das costelas, causadas por aumento acentuado das colaterais 
intercostais, podem ser visualizadas nas radiografi as. Nenhuma 
das outras opções exibe essas características. A estenose de valva 
aórtica (opção D) não se manifesta associada a hipertensão nos 
membros superiores. 
Diagnóstico: Coarctação da aorta
4. A resposta é E-tronco arterial persistente. O tronco arterial persistente 
refere-se a um tronco comum para a origem da aorta, das arté-
rias pulmonares e das artérias coronarianas. Decorre da divisão 
incompleta (ou da ausência de divisão) do tronco arterial pelo 
septo espiral durante o desenvolvimento. A maioria dos lactentes 
com tronco arterial persistente apresenta fl uxo sangüíneo pul-
monar torrencial, o que provoca insufi ciência cardíaca. 
Diagnóstico: Tronco arterial persistente
5. A resposta é D-Tetralogia de Fallot. A tetralogia de Fallot é defi nida 
por quatro alterações anatômicas: estenose pulmonar, defeito de 
septo ventricular, dextroposição da aorta e hipertrofi a ventricu-
lar direita. É a cardiopatia congênita cianótica mais comum, con-
tribuindo com 10% de todos os defeitos cardíacos congênitos. 
A cianose aparece logo após o nascimento ou no início da lac-
tância devido a um desvio da direita para a esquerda do sangue 
venoso oriundo do ventrículo direito para o interior da aorta em 
dextroposição. A aorta cavalga o defeito septal ventricular e re-
cebe sangue oriundo dos dois ventrículos. A estenose da artéria 
pulmonar impede a entrada de sangue nos pulmões, desse modo 
aumentando a pressão no ventrículo direito.
Diagnóstico: Tetralogia de Fallot
6. A resposta é C-fi broelastose endocárdica. A fi broelastose endocárdica 
(FE) caracteriza-se pelo espessamento fi broelástico do endocár-
dio do ventrículo esquerdo, e também pode afetar as valvas. O 
endocárdio e as valvas do ventrículo esquerdo mostram áreas 
acinzentadas irregulares de espessamento fi broelástico, em geral 
acompanhadas por degeneração de miócitos subendocárdicos. 
A FE ocorre associada a anomalias cardiovasculares subjacen-
tes que acarretam hipertrofi a ventricular esquerda em face da 
incapacidade de satisfazer as demandas aumentadas de oxigê-
nio do miocárdio (por exemplo, estenose aórtica e coarctação 
da aorta).
Diagnóstico: Fibroelastose endocárdica
7. A resposta é B-necrose de miócitos cardíacos e infi ltrados de neutrófi los. 
Dois dias após o infarto do miocárdio, a musculatura cardíaca 
afetada mostrará necrose de miofi bras, edema e hemorragia fo-cal. Leucócitos polimorfonucleares acumulam-se na margem da 
zona de infarto e infi ltram o tecido necrótico. A ausência de al -
terações evidentes à microscopia óptica (opção C) é esperada 
durante as primeiras 24 horas, mas não com 2 dias. As outras 
alterações relacionadas (opções A, D e E) ocorrem após períodos 
mais longos de tempo.
Diagnóstico: Infarto agudo do miocárdio
8. A resposta é B-CK-MB e troponina cardíaca-I. A avaliação laboratorial 
do infarto do miocárdio baseia-se na determinação dos níveis 
sangüíneos de macromoléculas intracelulares que extravasam 
das células miocárdicas necróticas. Essas proteínas incluem mio-
globina, troponinas cardíacas-T e -I, creatina quinase (CK) e lac-
tato desidrogenase (LDH). Os biomarcadores preferenciais para 
Coração 89
lesão do miocárdio são proteínas específi cas para o coração, par-
ticularmente troponina-I e troponina-T. A isoforma MB da crea-
tina quinase (CK-MB; opção B) também é específi ca do coração. 
A CK-BB (opção A) encontra-se elevada primariamente em pa-
cientes com infarto do tecido cerebral. A CK-MM (opção C) e a 
mioglobina, em geral, encontram-se elevadas sucedendo necrose 
do músculo esquelético.
Diagnóstico: Cardiopatia isquêmica 
9. A resposta é B-hipercolesterolemia familiar. Os pacientes com hiper-
colesterolemia familiar apresentam um receptor de LDL anôma-
lo, que inibe a captação de colesterol pelo fígado. Eles desenvol-
vem complicações de aterosclerose em tenra idade. O colesterol e 
as lipoproteínas séricas são depositados no ateroma, onde sofrem 
endocitose continuamente pelos macrófagos (células espumosas 
repletas de lipídios). O ateroma maduro é muito trombogênico. 
Embora a hipertensão sistêmica (opção C) possa acelerar a ate-
rosclerose, não é uma causa freqüente de infarto do miocárdio 
precoce. As outras opções (A, D e E) não aceleram o desenvolvi-
mento de aterosclerose.
Diagnóstico: Infarto do miocárdio, hipercolesterolemia familiar
10. A resposta é C-infarto subendocárdico. Os infartos circunferenciais 
subendocárdicos formam-se, em geral, em decorrência de hipo-
perfusão ao coração, secundária a fl uxo sangüíneo coronário ina-
dequado, com freqüência no contexto de hipotensão. A estenose 
da artéria coronária é comum, mas geralmente a oclusão total 
não é encontrada. Os infartos subendocárdicos afetam de um 
terço a metade da face interna do ventrículo. Podem surgir no 
interior do território de uma das artérias coronárias principais ou 
podem envolver a distribuição subendocárdica de todas as arté-
rias coronárias. O infarto transmural (opção B) em geral sucede 
a oclusão de uma artéria coronária principal. 
Diagnóstico: Infarto do miocárdio subendocárdico 
11. A resposta é C-trombose da artéria coronária. A trombose da artéria 
coronária é a causa mais comum de infarto agudo do miocárdio 
e, com freqüência, está associada a ruptura de uma placa ateros-
clerótica. O vasoespasmo da artéria coronária (opção E) seria im-
provável nessa manifestação clínica.
Diagnóstico: Infarto do miocárdio
12. A resposta é D-síndrome de Dressler. A síndrome pós-infarto do 
miocárdio (síndrome de Dressler) refere-se a uma forma tardia 
de pericardite que se desenvolve 2 a 10 semanas após infarto 
do miocárdio. A dor associada à pericardite pode ser confundi-
da com a decorrente da angina pós-infarto ou do infarto recor-
rente. As outras opções não se manifestariam com uma história 
prolongada de dor torácica ou dos aspectos clínicos encontrados 
nesse caso. 
Diagnóstico: Síndrome de Dressler
13. A resposta é A-fi brilação ventricular. As arritmias contribuem com 
50% de todas as mortes nas primeiras 24 horas após um infarto 
agudo do miocárdio. Com freqüência, o infarto agudo está asso-
ciado a batimentos ventriculares prematuros, taquicardia ventri-
cular, bloqueio cardíaco completo e fi brilação ventricular. A cau-
sa de arritmias é multifatorial, mas a isquemia aguda pode pro-
mover transtornos da condução e irritabilidade do miocárdio. As 
outras opções ocorrem após períodos mais longos.
Diagnóstico: Infarto do miocárdio
14. A resposta é D-tamponamento cardíaco. O espécime macroscópico 
revela ruptura da parede do miocárdio, o que provoca tampo-
namento cardíaco. Essa catástrofe refl ete o acúmulo de líquido 
pericárdico (nesse caso, sangue), que restringe a movimentação 
do coração. O pulso paradoxal (queda > 10 mm Hg na pressão 
arterial na inspiração) é observado com freqüência nesses casos. 
Diagnóstico: Hemopericárdio
15. A resposta é D-1 a 4 dias. A ruptura do miocárdio pode ocorrer 
em praticamente qualquer momento durante os primeiros 3 dias 
após um infarto, mas é encontrada mais freqüentemente entre o 
primeiro e o quarto dia. Durante esse intervalo crítico, a parede 
infartada encontra-se fraca, sendo composta por tecido necróti-
co mole. A matriz extracelular no interior do infarto é degradada 
por proteases liberadas por células infl amatórias. As opções A, B 
e C são incorretas, porque a força da parede ventricular é manti-
da durante as primeiras 24 horas. A opção E é incorreta porque 
o tecido cicatricial que se formou até esse momento proporciona 
estabilidade mecânica ao local da lesão.
Diagnóstico: Hemopericárdio, tamponamento cardíaco 
16. A resposta é B-AVC. À medida que um infarto do miocárdio sofre 
cura, a matriz colagenosa recém-depositada é suscetível a estira-
mento e pode tornar-se dilatada. Trombose mural no aneurisma 
é comum e pode levar à liberação de êmbolos ao cérebro (AVC). 
A embolia pulmonar (opção C) envolve o sistema venoso e a cir-
culação direita do coração. 
Diagnóstico: Aneurisma ventricular, trombo mural
17. A resposta é D-hipertensão pulmonar. O cor pulmonale é defi nido 
como hipertrofi a e dilatação ventricular direitas, associadas a hi-
pertensão pulmonar. A etiologia mais comum do cor pulmonale 
é a doença pulmonar obstrutiva crônica, geralmente como con-
seqüência de tabagismo. A estenose pulmonar (opção A) é uma 
causa rara de cor pulmonale.
Diagnóstico: Cor pulmonale
18. A resposta é A-cardiopatia hipertensiva. A hipertensão é defi nida 
como um aumento persistente da pressão arterial sistêmica até ní-
veis superiores a 140 mm Hg (sistólica) ou 90 mm Hg (diastólica), 
ou ambas. A hipertensão crônica provoca hipertrofi a compensató-
ria do ventrículo esquerdo em decorrência do aumento da carga 
imposta ao músculo cardíaco. A parede ventricular esquerda e o 
septo interventricular tornam-se uniformemente espessados.
Diagnóstico: Cardiopatia hipertensiva
19. A resposta é A-aneurisma dissecante. A dissecção da aorta refl ete he-
morragia entre os planos laminares da média, e, ao longo desses 
mesmos planos, com a formação de um canal repleto de sangue 
no interior da parede aórtica. Com freqüência, rompe-se para 
fora, provocando hemorragia maciça para as cavidades intrato-
rácicas. Mais de 90% das dissecções ocorrem em homens com 
idade entre 40 e 60 anos e antecedente de hipertensão. O segun-
do principal grupo de pacientes, em geral mais jovens, apresenta 
90 Capítulo 11
uma anormalidade de tecido conjuntivo, sistêmica ou localizada, 
que afeta a aorta (p.ex., síndrome de Marfan).
Diagnóstico: Dissecção da aorta
20. A resposta é C-endocardite trombótica não-bacteriana. A endocardite 
trombótica não-bacteriana, também conhecida como endocardi-
te marântica, refere-se à presença de vegetações estéreis em val-
vas cardíacas aparentemente normais, quase sempre associadas 
a câncer ou alguma outra doença debilitante. A causa da endo-
cardite marântica não é bem compreendida, mas é atribuída a 
um aumento da coagulabilidade sangüínea e depósito de imu-
nocomplexos. O principal risco consiste na embolização para ór-
gãos distantes. A endocardite bacteriana subaguda (opção B) exi-
be culturas de sangue positivas.
Diagnóstico: Endocardite marântica
21. A resposta é D-estenose aórtica calcifi cada. Aestenose aórtica calcifi -
cada refere-se a uma estenose do orifício da valva aórtica em de-
corrência da deposição de cálcio nas cúspides e no anel valvares. 
Existem três causas principais para a patologia: doença reumáti-
ca, estenose calcifi cada senil e estenose aórtica bicúspide congê-
nita. A estenose aórtica calcifi cada está relacionada com o efeito 
cumulativo dos anos de traumatismo devido ao fl uxo sangüíneo 
turbulento ao redor da valva. A valva aórtica bicúspide (opção E) 
é incorreta, porque são mostradas três cúspides valvares. Vegeta-
ções da endocardite marântica (opção C) estão ausentes.
Diagnóstico: Estenose aórtica calcifi cada
22. A resposta é B-estreptococos beta-hemolíticos. A febre reumática de-
senvolve-se após anticorpos contra antígenos de superfície de 
estreptococos do grupo A (beta-hemolíticos) reagirem com antí-
genos semelhantes encontrados no coração, nas articulações e no 
tecido conjuntivo da pele. As lesões cardíacas provocadas pela 
febre reumática aguda incluem endocardite, miocardite e peri-
cardite, ou os três processos associados. A endocardite reumática 
crônica provoca formação de tecido conjuntivo fi broso e defor-
midade das valvas cardíacas, levando a sopros cardíacos e defei-
tos funcionais.
Diagnóstico: Cardiopatia reumática
23. A resposta é D-insufi ciência cardíaca congestiva. A doença reumática 
crônica era uma causa freqüente de insufi ciência cardíaca, se-
cundária a estenose ou insufi ciência valvar. Embora a doença 
seja incomum no mundo industrializado atualmente, permanece 
um problema em países subdesenvolvidos. Nenhuma das outras 
opções está relacionada a valvulite reumática.
Diagnóstico: Cardiopatia reumática
24. A resposta é C-endocardite bacteriana. Septicemia e sopros cardí-
acos em uma pessoa que faz uso abusivo de drogas intraveno-
sas sugerem endocardite bacteriana. Tromboêmbolos infectados 
oriundos das valvas cardíacas provocam infartos e abscessos em 
diversos órgãos, como cérebro, rins, baço, intestinos e membros 
superiores e inferiores. A fonte mais comum de bactérias em 
usuários de drogas intravenosas é a pele (Staphylococcus aureus).
Diagnóstico: Endocardite bacteriana
25. A resposta é D-estenose pulmonar. A síndrome carcinóide refl ete a 
liberação de produtos tumorais ativos e manifesta diarréia, rubo-
rização, broncoespasmo e lesões cutâneas. A cardiopatia carci-
nóide tipicamente afeta o coração direito, provocando alterações 
nas valvas pulmonares e tricúspides. Está associada a carcinóides 
intestinais que deram metástase no fígado. As lesões cardíacas 
consistem em depósitos semelhantes a placas de tecido conjun-
tivo fi broso denso sobre as valvas tricúspide e pulmonar, produ-
zindo insufi ciência tricúspide e estenose pulmonar. Níveis eleva-
dos de HIAA, um metabólito da serotonina, são diagnósticos da 
síndrome carcinóide. As outras opções não são complicações da 
síndrome carcinóide.
Diagnóstico: Cardiopatia carcinóide
26. A resposta é C-miocardiopatia hipertrófi ca. A miocardiopatia hiper-
trófi ca (MCH) refere-se a um distúrbio no qual a hipertrofi a car-
díaca é desproporcional à carga hemodinâmica colocada sobre o 
coração. Esse distúrbio é um traço autossômico dominante em 
cerca de 50% dos pacientes, em geral envolvendo mutações de 
proteínas contráteis. A parede do ventrículo esquerdo encontra-
se espessada (hipertrófi ca) e sua cavidade é pequena. A caracte-
rística histológica mais notável desse distúrbio é a desorganiza-
ção de miofi bras, que é mais extensa no septo interventricular. 
Apesar da ausência de sintomas, os indivíduos com MCH correm 
risco de morte súbita, particularmente durante exercício vigoro-
so. As outras opções não demonstram essa histopatologia dife-
renciadora. 
Diagnóstico: Miocardiopatia hipertrófi ca
27. A resposta é A-amiloidose cardíaca. A amiloidose cardíaca provoca 
miocardiopatia restritiva, que se caracteriza por preenchimento 
diastólico reduzido e insufi ciência cardíaca direita. A infi ltração 
do sistema de condução pode resultar em arritmias ou morte car-
díaca súbita. O amilóide é prontamente identifi cado utilizando-
se coloração com vermelho-congo, que demonstra fl uorescência 
verde-maçã.
Diagnóstico: Amiloidose cardíaca
28. A resposta é C-miocardiopatia dilatada. A miocardiopatia dilatada 
(MCD) é o tipo mais comum de miocardiopatia e se caracteriza 
por dilatação biventricular, contratilidade comprometida e, por 
fi m, insufi ciência cardíaca congestiva. Na maioria dos casos, a 
causa é desconhecida (MCD idiopática), embora fatores gené-
ticos com freqüência participem do processo. O distúrbio tam-
bém pode desenvolver-se em resposta a um grande número de 
agressões que podem afetar diretamente o miocárdio (MCD se-
cundária), como álcool, agentes citotóxicos e infecções virais. O 
coração mostra-se tipicamente aumentado, com freqüência com 
proporções admiráveis (“coração de boi”).
Diagnóstico: Miocardiopatia dilatada
29. A resposta é E-miocardite viral. Acredita-se que a patogenia da mio-
cardite viral envolva citotoxicidade viral direta, além de reações 
imunológicas do tipo celular direcionadas contra miócitos in-
fectados por vírus. O coração dos pacientes com miocardite que 
desenvolvem insufi ciência cardíaca congestiva exibe tipicamente 
dilatação biventricular e hipocinese. As alterações histológicas na 
miocardite são inespecífi cas, mas a maioria dos casos mostra um 
infi ltrado infl amatório mononuclear intersticial em certas áreas 
ou difuso, composto principalmente de linfócitos T e macrófagos 
Coração 91
(conforme visto nesse caso). O coxsackievírus tipo B é um dos 
patógenos mais comuns associados a miocardite.
Diagnóstico: Miocardite viral
30. A resposta é D-mixoma cardíaco. O mixoma cardíaco é o tumor pri-
mário do coração mais comum. A maioria dos mixomas origina-
se no átrio esquerdo, mas o tumor pode ocorrer em qualquer câ-
mara ou valva. Em oposição a um trombo mural (opção E), esses 
tumores se manifestam como massas polipóides gelatinosas bri-
lhantes, em geral com 5 a 6 cm de diâmetro. Ao exame micros-
cópico, o mixoma cardíaco apresenta estroma mixóide frouxo, 
contendo proteoglicanos em abundância. Mais de metade dos 
pacientes apresenta evidência clínica de disfunção de valva mi-
tral. Embora o tumor não dê metástase, pode formar êmbolos.
Diagnóstico: Mixoma cardíaco
31. A resposta correta é B-embolia cerebral. O coração exibe prolap-
so de valva mitral (PVM), um distúrbio no qual os folhetos da 
valva mitral tornam-se aumentados e redundantes. As cordoa-
lhas tendíneas mostram-se adelgaçadas e alongadas, e os folhe-
tos engrossados prolapsam no interior do átrio esquerdo durante 
a sístole. As valvas de pacientes com PVM exibem um acúmulo 
surpreendente de tecido conjuntivo mixomatoso. Muitos casos 
são transmitidos como traço autossômico dominante. Embora 
a maioria dos pacientes com PVM seja assintomática, eles cor-
rem risco maior de desenvolver complicações, como endocar-
dite bacteriana, um distúrbio no qual vegetações sobre a valva 
podem desprender-se e embolizar para o cérebro. A endocardite 
de Libman-Sacks (opção C) ocorre em pacientes com lúpus eri-
tematoso sistêmico.
Diagnóstico: Prolapso de valva mitral

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