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Apostilas com Aulas do Professor Paulo Coen


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CURSO – DELEGADO CIVIL Nº 
 
DATA – 14/02/2014 
 
DISCIPLINA – MEDICINA LEGAL 
 
PROFESSOR – PAULO COEN 
 
MONITOR – SÍLVIA H. FACCION 
 
AULA 02 
 
 
 
 
 
 
Relembrando: na aula anterior foram estudados os conceitos básicos de Medicina Legal, as 
perícias e suas classificações, o exame de corpo de delito e os documentos médico legais. 
1. Traumatologia forense: 
 Conceito: “capítulo da medicina legal no qual se estudam as lesões corporais resultantes 
de traumatismos de ordem material ou moral, danosos ao corpo ou à saúde física ou 
mental.” (Dalton Croce). 
 Material: corpo, saúde física, saúde mental; 
EMENTA: 
Na aula de hoje serão abordados os seguintes pontos: 
1. Traumatologia forense; 
1.1. Energias de origem; 
2. Instrumentos Mecânicos; 
3. Energias de ordem física; 
4. Energias de ordem química; 
5. Energias de ordem físico- química; 
6. Energias de ordem bioquímica; 
7. Energias de ordem biodinâmica; 
8. Energias de ordem mista. 
 
 
 Moral: trauma emocional. 
Planos de estudo: informações passadas sem imagem, para determinar a localização da lesão. 
O corpo foi dividido em fragmentos e sub fragmentos: 
 Sagital 
 Frontal 
 Transversal 
 Medial 
 Lateral 
 Cefálico 
 Caudal 
 Ventral 
 Dorsal 
 Proximal 
 Distal 
1.1. Energias: 
 De ordem mecânica (é o mais comum); 
 De ordem física; 
 De ordem química; 
 De ordem físico- química; 
 De ordem bioquímica; 
 De ordem biodinâmica; 
 De ordem mista. 
2. Energias de ordem mecânica: 
 Armas: 
 Propriamente ditas: Revólveres 
 Naturais: recursos do corpo: braço, pernas, etc. São todos os atributos do corpo humano. 
 Eventuais: tesoura, caneta, etc. 
 Maquinismos e peças de máquinas; 
 Animais; 
 Outros meios. 
Instrumentos mecânicos: Relação entre o corpo e o instrumento. 
 
 
 Meio ativo: o instrumento atinge a pessoa. Ex. veículo em movimento atropela uma 
pessoa; 
 Meio passivo: o corpo atinge o instrumento: Ex: o corpo cai no .... 
 Meio misto: instrumento em movimento vai ao encontro do corpo em movimento. Ex: um 
veículo em movimento se choca com um ciclista também em movimento. 
Classificação dos instrumentos mecânicos: 
 De ação simples: quando ele atua/ funciona de um único modo. 
 Perfurantes ou punctórios; profere lesão mediante perfuração. 
 Cortantes; profere lesão pelo corte. 
 Contundentes; profere lesão por choque, pressão. 
 De ação composta: 
 Pérfuro- cortante: instrumento que perfura e corta; 
 Pérfuro- contundente: instrumento que contunde e depois perfura; 
 Corto-contundente: instrumento que produz uma pancada e um corte; 
 “lacerantes ou dilacerantes”: formalmente não existe na doutrina, foi criado pelos peritos 
para se referirem a lesões de grande extensão. 
Leis de Filhós e Langer: 
 1° Leis Filhós “as soluções de continuidade (pele) são feridas semelhantes ás produzidas 
por instrumento de 02 cortes”. (Ex. Parece que o ferimento foi produzido por uma faca de 
02 gumes, mas não necessariamente foi produzido, pois por baixo da pele tem músculo e 
eles puxam em determinado sentido, e esse sentido que vai dar a conformação do 
segmento). 
 2° Lei de filhós: “na mesma região, o eixo da solução de continuidade (pele) está 
orientado sempre no mesmo sentido, o que permite distinguir a lesão de outra que tivesse 
sido produzida por instrumento de 02 cortes”. Uma ferida na testa, pelo fato da pele ter 
linhos de tensões horizontais, o ferimento ocasionado, será diferente de uma ferida na 
bochecha, onde as linhas de tensões são verticais. 
 Lei de Langer: “linhas de clivagem de Langer” : em certas regiões onde há cruzamento de 
fibrilas, o afastamento das bordas da regiões assume aspecto de ponta de seta, triângulo 
ou mesmo de quadrilátero. 
Obs: a forma do instrumento não necessariamente será igual à forma da lesão, devido às linhas 
de tensão da pele. (Ex. arma redonda e ferimento oval). 
 
 
Instrumentos perfurantes: 
 Agem por pressão exercida em um ponto: lesão mais profunda e larga; 
 Instrumentos finos, longos, pontiagudos; 
 Ferimentos: pequena repercussão na superfície, mas de grande profundidade (ex. 
perfuração de agulha); 
 Separam as fibras, sem seccioná-las (cortar); 
 Produzem lesões punctórias. 
Instrumentos cortantes: 
 Meio de ação: pressão e deslizamento sobre a pele; 
 Produzem lesões incisas; 
 Ocorrência: 
 Defesa: mãos e braços (contra arma branca); 
 Suicídio: (pulsos e pescoços). 
 Produzidos contra as linhas de força da pele: há grande afastamento das bordas. 
 Tipos mais comuns: 
 Esgorjamento (região anterior do pescoço- frente do pescoço); 
 Degola: região posterior do pescoço (atrás do pescoço); 
 Decapitação: separação da cabeça do corpo. 
Instrumentos contundentes (pancada): 
 Agem pela ação de uma superfície 
 Formas: sólidos (braço), líquidos (água), gasosos (ar comprimido) etc. 
 Meio de ação: 
 Pressão; 
 Explosão; 
 Torção; 
 Distensão; 
 Descompressão; 
 Arrastamento (pessoa arrastada). 
 Produzem as lesões contusas: 
 Contusões: 
 
 
 Escoriações; 
 Equimoses; mudança de cor (espectro equimótico) ajuda a conhecer o tempo da lesão. 
 Hematomas; 
 Bossas hemáticas e linfáticas. 
 No crânio: 
 Comoção cerebral: perda temporária de reflexos; 
 Contusão cerebral: convulsões e espasmos; 
 Compressão cerebral: pode haver intervalo lúcido; 
 Síndrome pós- concussão: (ex. sujeito leva pancada na cabeça, mas está lúcido, 
conversando, após um tempo ele cai. É o tempo que o cérebro levou para reagir ao 
problema. Pessoas que passam por esse trauma, pode ter mudança de comportamento – 
chamado de síndrome pós- concussão). 
 Nos ossos: 
 Contusão óssea; 
 Fraturas; 
 Nas articulações: luxação (é a junta sair da dobradiça) e entorse (simples torção). 
 Em geral: 
 Na coluna vertebral; 
 No tórax; 
 No abdome; 
 Nas artérias. 
 Escoriações: 
 Lembrar do espectro equimótico; 
 Distingue tempo de evolução da lesão; 
 Distingue acidente único ou lesões continuadas. 
 Síndrome pós- concussão: 
 Pode ocorrer em TCEs, mesmo sem sinais de danos; 
 Cursa com alterações de personalidade. 
 Ferida contusas costumam (mas não é obrigatório) assumir a conformação do instrumento. 
 
 
Instrumentos pérfuro-cortantes: 
 Dotados de pelo menos: 01 ponta, 01 lâmina (gume); 
 Produzem lesões pérfuro-incisas (geralmente são mais profundas do que largas); 
 No abdome pode produzir: 
 Evisceração (várias lesões com um único golpe. Ex. saída das vísceras); 
 Lesões em acordeão (várias lesões com único golpe). 
Instrumentos pérfuro-contundentes: 
 Agem inicialmente por pressão em uma superfície para depois perfurá-la (uma pancada 
com grande força para poder perfurar). 
 As lesões são chamadas pérfuro-contusas; 
 Instrumentos de forma cilíndrico- ogival (típico projétil de arma de fogo). 
Instrumentos corto-contundentes: 
 Ferem por pressão sobre uma linha (não tem fio suficiente para cortar, cortando somente 
com grande pressão, formando uma equimose, desde que a pessoa viva tempo suficiente 
para que a equimose se forme – ex. Machado); 
 Produzem lesões corto-contusas; 
 Distingue-se dos incisos pela zona de contusão ao longo das bordas (machado, facão). 
Instrumentos lacerantes e dilacerantes: 
 Comum designar-se assim ferimentos provenientes de precipitações ou acidentes de 
trânsito; 
 Não existem “instrumentos/ ferimentos dilacerantes” como categoria científica, sendo uma 
forma de descrição para grandes soluções de continuidadeproduzidas por instrumentos 
contundentes; 
 Outras designações dos ferimentos encontradas em laudo: 
 Ferimentos dilacerantes; 
 Ferimentos contuso- dilacerantes; 
 Ferimentos pérfuro- dilacerantes; 
 Ferimentos corto- dilacerantes. 
 
 
 
 
 
Ação Instrumento Lesão Exemplo 
 
Simples 
Perfurante Punctória Agulha, estilete 
Cortante Incisa Navalha 
Contundente Contusa Mãos, tijolo 
 
Composta 
Pérfuro- cortante Pérfuro- incisa Faca 
Pérfuro- contundente Pérfuro- contusa Projétil de arma de 
fogo 
Corto- contundente Corto- contusa Machado 
Obs: mesmo pertencendo a uma categoria, um instrumento pode produzir ferimento de natureza 
diversa. 
Instrumentos produzindo por projeteis de arma de fogo (pérfuro-contusos): 
 Unitários ou múltiplos (balins); 
 Ferimentos de entrada e saída (se houver, pois não é obrigatória a transfixação do projétil 
pelo corpo). 
 Trajeto do projétil no interior do corpo, o caminho que percorre dentro do corpo da vítima; 
(diferente de trajetória que é a linha da bala, desde a arma de fogo até a chegar à vítima); 
 Descrição das lesões internas; 
 Orientação do disparo em relação á posição do corpo; 
 Distancia provável do disparo; 
Obs: mesmo pertencendo a uma categoria, um instrumento pode produzir ferimentos de natureza 
diversa, exemplo: ao invés de atirar com revolver, você da uma coronhada, provocando lesão 
contusa. 
Obs: Os peritos dizem que a munição não deflagrada é projétil e depois de deflagrada é projetil. 
 Ferimentos produzidos por projéteis de arma de fogo: 
 Ferimentos de entrada variam com: 
 Tipo de munição: projetil único ou projetil múltiplo (balins); 
 Ângulo de incidência; Se o ângulo na for perpendicular o ferimento pode possuir a 
chamada cauda de escoriação. 
 Distancia em que foi efetuado o disparo; 
 “Sinal de Werkgaerther”: é o tiro encostado. 
Obs: orifício pequeno não quer dizer arma de baixo calibre, pois a pele é elástica. 
 
 
 Balins: projéteis múltiplos com perda de substância. Pode provocar o chamado “rosa do 
tiro”). 
 Ferimentos de saída (quando houver): 
 Com transfixamento do corpo; 
 Importância somente para determinar a trajetória; 
 Não tem características próprias; 
 Geralmente irregular (deformação do projetil) 
 Bordas evertidas (viradas para fora), (principalmente velocidade > 750 m/s), mas tem 
exceções. 
Ferimentos produzidos por projéteis unitários: 
 Lesão de entrada, geralmente circular ou elíptica (ângulo); 
 Formato atípico: atingiu outro alvo antes do corpo “formato de D”; atingiu tangencialmente 
a pele, escoriação alongada; 
 Diâmetro não determina o calibre da arma; 
 Bordas invertidas (em regra para dentro, mas nem sempre); 
 Apresentam orlas (ou halos) e zonas, caracterizam a distância. Dão a característica 
provável da distância. 
Orlas ou halos: 
 Motivo da formação: existência de 02 camadas na pele, com espessura e elasticidade 
diferentes. 
 Tipos: 
 Contusão: pequena equimose, embate do projétil com capilares da pele. Halo róseo 
circundando orifício de entrada. 
 Escoriação: provocado por ruptura e retração da epiderme (que é menos flexível que a 
derme), após passagem do projétil pequena exposição da derme; 
 Enxugo: restos de pólvora, fuligem, impurezas que o projétil “enxugo” na derme ao 
atravessá-la. Anel enegrecido que costuma encobrir a orla de escoriação). 
 A presença das três independe da distância do disparo. 
 Somente a orla de enxugo é característica dos ferimentos por arma de fogo (não 
aparece em armas de ar comprimido). 
 
 
 
 
Zonas: 
 Devem-se aos gases em alta temperatura, pequenos grãos de pólvoras; mircropartículas 
metálicas e fumaça que acompanha o projétil; 
 Quando existe, dá para determinar aproximadamente à distância (vai até em torno de no 
máximo 50 cm entre a arma e o corpo); 
 Possuindo massa menor que o projétil vão a apenas alguns centímetros além da boca do 
cano, sendo, determinantes da distância do disparo. 
Tipos de zonas: 
 Chamuscamento (tiro a queima roupa): 
 Queimadura na pele, pela chama que sai do cano, 
 Disparos em torno de 5 cm de distância do alvo; 
 Esfumaçamento: 
 Depósito da fumaça do disparo, que se deposita ao redor do orifício de entrada; 
 Única das 03 que é removível com agua; 
 Para disparos de até 30 cm do alvo. 
 Tatuagem: 
 Pelos grãos de pólvoras e partículas metálicas que acompanham o vácuo; 
 Constituem projéteis secundários, incrustando-se na pele; 
 Para disparos de até 50 cm do alvo. 
Obs: acima de 50 cm (tiro a distância) somente percebem-se as orlas. 
Disparos encostados: 
 Duas situações distintas: 
 Atingindo partes mole: 
 As 03 zonas ficam no interior do corpo, orifício de entrada mantém configuração circular ou 
elíptica; 
 Dependendo da pressão exercida pode permanecer marca do cano da arma na pele (sinal 
de Werkgaertner); 
 Comum em suicídios. 
 
 
 Atingindo osso: 
 Projétil pode perfurar tabua óssea, os gases e micropartículas não; 
 Deslocamento de tecidos: “explosão” de dentro para fora; 
 Câmara de mina ou Câmara de Hoffmann: forma pelo refluxo dos gases; conformação 
estrelada e bordas invertidas. 
 Sinal de Benassi: negro de fumo depositado na superfície externa da lâmina óssea 
craniana, no orifício de entrada, comum nos casos de suicídio (que assumem forma 
estrelada) impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros 
disparados à curta distância ou encostados. 
Disparos em ossos: 
 Fragmentos: esquírolas ósseas (projéteis secundários); 
 Consequência: possibilidade de mais de um orifício de saída; 
 Sinal do funil de Bonnet: fácil distinção dos orifícios de entrada e saída devido ao cone da 
dispersão. 
Determinação da distância do tiro: 
 Baseado na análise das orlas e zonas (quando possível); 
 Homicídio x suicídio, por exemplo; 
 Necessita da arma e da munição utilizadas para perícia; 
 > 50 cm, tiro à distância; 
 Deve-se atentar também para o vestuário cobrindo a região atingida (por vezes a pele 
acaba por receber somente o projétil), importância da preservação do local do crime; 
 Projéteis múltiplos: a distância depende do cone da dispersão; 
 Sem a arma para testes há grande restrição nessa avaliação. 
 
Distância Orla Zonas 
////////////// Contusão Escoriação Enxugo Chamuscamento Esfumaçamento Tatuagem 
Até 5 cm X X X X X X 
5 a 10 cm X X X X X 
10 a 30 cm X X X X X 
Até 50 cm X X X X 
+ 50 cm X X X 
 
 Tiros à distância 
 
 
 
 
2a parte da aula 
3. De ordem física: 
 Temperatura; 
 Pressão atmosférica; 
 Eletricidade; 
 Radioatividade; 
 Luz; 
 Som. 
Calor 
 Lesões: 
 “Calor frio” perda do calor para o meio ambiente 
 “Calor quente”: 
 Difuso: termonoses: isolação e intermação. 
 Direto: queimaduras; 
 Oscilações de temperatura ou choque térmico. 
“Calor frio”: 
 Geladuras: lesões produzidas pelo frio; 
 Graus: 
 1° eritema – estase: palidez inicial e rubor secundário; 
 2° flictenas – estase: transudação + formação de bolhas; 
 3° necrose (gangrena) coagulação intravascular + morte tecidual. 
 31 °C: temperatura mínima compatível com a vida. 
 Hipóteses: 
 Acidentais: exposição a temperaturas atmosféricas muito baixas (países frios); 
 Brasil questão trabalhista: câmaras frigoríficas/ H2 líquido; 
 Crimes: abandono de menor/maus tratos a idoso. 
“Calor quente”: 
 Difuso: Não atinge a vitima apenas, mas o meio ambiente como um todo; 
 
 
 Formas – termonoses: 
 Insolação: raios de sol sobre o corpo; Intermação: superaquecimento do organismo por elevação natural ou não da temperatura 
do ambiente; obstrução dos mecanismos de troca calórica (corpo – meio) 
Obs: desidratação perda de água do organismo (por sudorese, distúrbios digestivos, renais, 
respiratórios). 
 Direto: queimaduras: lesões produzidas quando o calor atinge diretamente o organismo; 
 Classificação (Queimaduras): 
 Quanto à intensidade: escala de Lussena/ Hoffmann: 
 1° grau: leve, simples formação de eritemas (sinais de Chirstinson) 
 2° grau: formação de flictenas sobre as áreas de eritema (sinal de Chambert) 
 3° grau: formação de escaras por atingir derme e tecidos adjacentes; 
 4° grau: carbonização. 
 
Obs.: sinal de Montalti: é a alta taxa de óxido de carbono, fuligem e fumaça nas vias respiratórias, 
adquiridas através da respiração durante e incêndio. 
 Quanto à extensão: 
 % de comprometimento da superfície corpórea 
 Importam: importância vital da área atingida; idade da vitima; 
 Grande queimado: se adulto 20% da superfície; se criança/ idoso de 5 a 10%. Se atinge: 
face, mãos, pé e órgãos genitais, é sempre considerado grave, pois são áreas nobres do 
corpo. 
 Regra dos “nove” de Pulaski e Tenninson/Wallace: 
 Divide o corpo em áreas correspondentes a 9% para avaliar a área atingida; 
 Varia quando se refere à criança; 
 Prognóstico favorável em queimaduras graves: até 50% da área atingida; 
 Se criança: queimaduras de 2°/3° grau atingindo 35-40% - reservado. 
 Carbonização: posição do “boxeador” (ou sinal de Devergie): 
 Redução de volume/peso corporal; 
 Exposição da arcada dentaria; 
 Abertura dos olhos; 
 
 
 Flexão dos membros. 
Pressão atmosférica: 
 Principais BAROPATIAS: 
 Por diminuição da pressão: “Mal das montanhas” ou “dos aviadores”; 
 Rarefação do ar em grandes altitudes (entre 4600 e 6100); 
 Rápida poliglobulia compensatória: taquicardia, náuseas, desmaios, morte 
(eventualmente); 
 6100m: rápida perda do controle muscular + morte; 
 Natureza jurídica: geralmente acidental. 
 Por elevação da pressão: Mal dos caixões ou dos escafandristas”: 
 Causa jurídica habitualmente acidental, mergulhadores, trabalhadores em túneis, poços, 
etc; 
 Quando mergulhador retorna muito rapidamente a superfície; 
 Cada 10m de profundidade acréscimo de pressão = 1 atm; 
 Intoxicação por O2, N2, CO2; 
 Descompressão pode causar desde vertigens passageiras a hemorragias internas, 
edemas pulmonares, embolia gasosa e morte; 
 Existem tabelas de descompressão para indicar o tempo correto de ascensão. 
Eletricidade: 
 Lesões conforme a origem da energia 
 Natural ou cósmica: 
 Fulminação = morte; 
 Fulguração = lesões corporais 
 Artificial ou industrial: 
 Eletroplessão acidental = morte e lesões corporais; 
 Eletrocussão: execução de condenado. 
 
 
 
 
Energia Natural (raios): 
 Local de entrada lesões de aspecto arboriforme (sinal de Lichtemberg- no caso de lesão 
sem morte); 
 Internamente: pode produzir hemorragias e até fraturas; 
 Local de saída: geralmente nos pés (natural e na artificial); 
 Presença de queimaduras elétricas pela passagem da corrente pelo corpo. 
Energia artificial: 
 Lesão de entrada: marca elétrica de Jellinek: forma circular, elíptica ou estrelada com 
consistência endurecida, bordas altas, leito deprimido, tonalidade branco-amarelada, fixa, 
indolor e asséptica. 
 Ferimento indolor com forma do condutor que originou a descarga. 
Causas da morte por eletricidade: 
 Morte pulmonar (asfixia: afeta músculos respiratórios): 120 e 1200 v. 
 Morte cardíaca: arritmia (FA) tensões 120 v. 
 Morte cerebral: (lesões estruturais e hemorragias) tensões ≥ 1200 v; 
Obs.: Marca de Piacentino: hemorragia no 3° e 4° ventrículos – morte por eletroplessão. 
Radioatividade: 
 Raios x, rádio, energia atômica; 
 Produção de raios alfa, beta e gama; 
 Alterações genéticas; 
 Cânceres; 
 Alterações na espermatogênese; 
 Hemorragias diversas por alterações das células sanguíneas. 
Luz 
 Lesões variam com intensidade da luz aplicada: 
 Pode causar cegueira; 
 Influir no psiquismo humano (tortura – 3° grau); 
 Epilepsia fotossensível. 
 
 
 
Som: 
 Ondas sonoras: 
 Propagações de distúrbio mecânico através de um meio elástico (ar); 
 Compreendem: frequência (n° vibrações/minutos); amplitude: intensidade do som. 
 Decibéis: intensidade do som: 
 Som pode afetar o ouvido humano tanto: 
 Pela intensidade: >160 dB: surdez imediata; 
 Pelo tempo: exposição prolongada a sons de menor intensidade. 
 Atividades que expõe trabalhadores a níveis de ruído continuo ou intermitente >115 dB ou 
de impacto >140 dB sem proteção: risco grave e iminente. 
4. Energias de ordem química: 
 Atuam nos tecidos vivos através de substâncias que provocam alterações de natureza 
somática, fisiológica ou psíquica, podendo levar à morte. 
 Cáusticos (corrosivos): coagulantes, liquefacientes. Provocam profunda desorganização 
nos tecidos vivos por: 
 Desidratação (coagulantes); 
 Dissolução dos minerais (liquefacientes). 
 Vitriolagem: lesões cutâneas e viscerais por eles provocadas (vitríolo = ácido sulfúrico). 
 Venenos ou tóxicos. 
 Substâncias de qualquer natureza que uma vez introduzidas, assimiladas e metabolizadas 
pelo organismo podem levar a danos da saúde física ou psíquica, inclusive a morte; 
 “Substâncias que quando introduzidas no organismo em quantidades relativamente 
pequenas e agindo quimicamente, são capazes de produzir lesões graves a saúde, no 
caso do indivíduo comum e no gozo de relativa saúde.” (Delton Croce). 
 Quaisquer substâncias da natureza podem atuar como tóxicas (até a água); 
 Nem todas podem ser consideradas como tal: (tóxico toxicidade); 
 Toxicidade: capacidade inerente de uma substancia de produzir risco ou perigo ao 
organismo. 
 
 
 
Etiologia jurídica dos envenenamentos: 
 Todas 03 necessitam de perícia: 
 Acidental; 
 Homicida; 
 Suicida. 
Venenos de origem alimentar: 
 Envenenamentos: vítima ingere veneno supondo ser alimento (ex. baiacu). 
 Intoxicações alimentares: alimento em si não é nocivo à saúde, mas está contaminado 
com substâncias nocivas ou microorganismos. 
Diagnósticos: 
 Perito baseia-se no critério físico- químico ou toxicológico associado ao critério médico- 
legal. 
 Isolar/ identificar/ dosar no sangue, urina, vísceras, tecidos as substâncias suspeitas e 
fundamentar suas deduções na ausência de outras lesões (necropsia). 
 Aspectos de relevância jurídica; 
 É meio insidioso, art. 121 § 2º, III, CPP, qualificadora. 
Art. 121. Matar alguém: 
§ 2º Se o homicídio é cometido: 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou 
cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
 Quem solicita análise toxicológica: 
 Magistrado; 
 Delegado que preside o inquérito policial; 
 Perito que avaliou a pessoa (viva ou morta). 
 Havendo suspeitas de envenenamento é dever do médico da vítima preservar qualquer 
indício que possa esclarecer (urina, vômito, sangue, alimento). Art. 170, CPP. 
Art. 170. Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a 
eventualidade de nova perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com 
provas fotográficas, ou microfotográficas, desenhos ou esquemas. 
 
 
 
5. Energias de ordem físico- química: 
Asfixiologia forense: 
 Asfixia = supressão da respiração; 
 AR: -21% O2 / 78% N2 / 0,03% CO2: 
 Taxa de O2 alveolar é de 17%, pois 4% do O2 é retido nas vias aéreas superiores; 
 Com 7% de O2 já se observamperturbações orgânicas relativamente graves; 
 3% leva a morte por hipercapnia. 
 Eupnéia: respiração normal (16/min. Adulto). 
 Dispnéia: respiração forçada, difícil. 
 Ortopnéia: dispneia intensa que obriga o indivíduo a sentar-se. 
 Apneia: pausa ou suspensão da respiração. 
Asfixia- fases: 
 1a Fase de irritação: perídio de: 
 dispneia respiratória; 
 dispneia expiratória; 
 2a Fase esgotamento: período de: 
 Inicial apnéico ou de morte aparente; 
 Terminal. 
 Se não houver morte após a última fase podem resultar perturbações psíquicas (amnésia) 
ou neurológicas (convulsões). 
Asfixia – interesse jurídico – classificação: 
 Asfixias: 
 Por constrição do pescoço: 
 Enforcamento; 
 Esganadura; 
 Estrangulamento. 
 Por sufocação: 
 
 
 Direta ou ativa: 
 Soterramento; 
 Confinamento; 
 Oclusão dos orifícios das vias aéreas. 
 Oclusão das vias aéreas. 
 Indireta ou passiva: compressão do tórax. 
 Por colocação da vítima em: 
 Meio líquido- afogamento; 
 Ambiente de gases irrespiráveis. 
 Asfixias: 
 Primitivas: quanto ao tempo (são a causa da morte); 
 Violentas: quanto ao modo; 
 Mecânicas: quanto ao meio. 
 Consideradas como meio cruel (art. 121 §2º, III, CP) – qualificadora. 
 Características das asfixias mecânicas: 
Sinais externos Sinais internos 
Cianose da pele Equimoses viscerais (Tardieu) 
Equimose das conjuntivas Congestão das vísceras 
Escuma da boca (afogado verdadeiro) Fluidez sanguínea 
Resfriamento cadavérico lento 
Obs: nos casos de afogamento o cérebro envia mais sangue para os órgãos internos, ou seja, o 
afogado verdadeiro a pele fica azul, por falta de oxigênio. 
 Manchas de Tardieu: equimoses viscerais, manchas avermelhadas encontradas em quase 
todos os tipos de asfixias mecânicas, principalmente nos pulmões: ruptura de capilares 
pela alta pressão arterial provocada pelo aumento de CO2 no sangue. 
Obs: nos afogados ocorrem também equimoses viscerais, chamada Manchas de Paltauf. 
Morte por enforcamento: 
 Constrição do pescoço por baraço mecânico tracionado pela força- peso do próprio corpo. 
 Formas: acidental/ criminosa/ execução. 
 
 
 Sulcos- características: 
 Oblíquo; 
 Descontinuo (interrompido na altura do nó); 
 Desigualmente profundo; 
 Assume a característica do meio. 
 Sinais relativos ao sulco do enforcamento: 
 Sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas do 
sulco. 
 Sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas puntiformes no fundo do sulco. 
 Sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada do fundo do sulco. 
 Sinal de Lasser: vesículas ensanguentadas no fundo do sulco. 
 Nó: nem sempre necessário: basta meio que produza constrição dos vasos laterais do 
pescoço, de forma a interromper a circulação sanguínea. 
 F. Fávero: 
 Bastam 2 kg para obliterar as veias jugulares; 
 Bastam 5 kg para obliterar as artérias carótidas; 
 Traquéia se fecha com 15 kg 
 Artérias vertebrais são comprimidas com 25 kg. 
Obs: o enforcado não precisa estar necessariamente pendurado, com os pés fora do chão. 
 Não há necessidade de suspensão completa do corpo no ar para que a morte ocorra. 
 Não há obrigatoriedade de fratura do osso hióide. 
Mecanismos da morte no enforcamento: 
 Asfixia mecânica: constrição do pescoço oblitera vias aéreas (pela falta do ar); 
 Inibição: constrição lesa vasos e seios carotídeos; PCR (pela falta de sangue); 
 Obstrução da circulação para o cérebro (irritação dos nervos). 
Estrangulamento: 
 Constrição do pescoço por baraço mecânico (corda), acionado por força estranha ao peso 
do próprio corpo. 
 Sulco: 
 
 
 Transversal e horizontal: eventualmente oblíquo; 
 Profundidade contínua e homogênea: não há o nó. 
 Causas da morte semelhantes às do enforcamento – ocorrência: 
 Homicídio (mais comum); 
 Suicídio, torniquete (raro); 
 Execução (garrote, vil). 
Esganadura: 
 Asfixia mecânica pela constrição ântero- lateral do pescoço, produzida pela ação direta 
nas mãos do agente: 
 Não há sulcos, marcas ou estigmas ungueais, escoriações, equimoses e hematomas; 
 Ocasionalmente há fratura do hióide; 
 Causa da morte: inibição nervosa (inibição ou choque vagal) mais que a asfixia 
propriamente dita; 
 Ocorrência: homicídio (incluindo infanticídio e crimes sexuais). 
Sufocação: 
 Asfixia mecânica decorrente do bloqueio direto das vias respiratória, ou indireto, impedindo 
a penetração de ar. 
 Direta: 
 Obstrução dos orifícios externos respiratórios; 
 Obstrução das vias respiratórias: geralmente acidental, aspiração de corpos estranhos. 
 Soterramento: geralmente acidental. Colocação da vítima em meio sólido ou poeirento. 
 Confinamento: Vítima presa em ambiente fechados impedindo troca de ar. 
 Indiretas: compressão do tórax: Compressão da caixa torácica (acidentes ou homicídio). 
Na idade média (execução de bruxas). 
Afogamento: 
 Modalidade de asfixia mecânica em que há penetração de líquido nas vias aéreas. 
 Não há necessidade de imersão total do corpo. 
 Ocorrência: acidental (maioria), homicídio, suicídios e execução. 
 “Afogado azul” e “Afogado branco”: 
 
 
 Azul: afogado verdadeiros, vítima atirada com vida na água; 
 Branco: Afogado branco de Parout ou falso afogado. Simulação: vítima jogada na água já 
sem vida. Não tem os sinais característicos do afogado, perícia faz a distinção. 
Sinais externos 
Cianose da face Aparece na maior parte de todas as asfixias. 
Pele anserina Ou “pele de galinha” corresponde ao 
eriçamento dos pelos – Sinal de Bernet 
Maceração da pele A epiderme fica infiltrada de água 
principalmente as mãos e os pés. 
Plâncton nas mãos e unhas Pela presença desses materiais no meio líquido 
onde ocorreu. 
Lesões de arrasto (Simonin) Pelo embate do corpo no leito do curso da 
água. 
Retração dos mamilos, testículos e pênis Pela baixa temperatura da água e o choque 
térmico provocado. Rigidez cadavérica precoce 
Procidência da língua Que não é um sinal exclusivo dos afogados , 
mas aparece com frequência nas asfixias 
mecânicas. 
Cabeça de negro A cabeça dos afogados em adiantado estado 
de putrefação adquire uma coloração verde 
escuro. 
 
Sinais internos 
Diluição do sangue A ingestão de grande quantidade de água 
acaba por fluidificar o sangue do equilíbrio 
osmótico rompido. 
Cogumelo de escuma O plasma sanguíneo passa para o alvéolo e há 
grande formação de escuma que sai pela boca. 
Manchas de Paltauf Produzidas pela ação hemolítica da água, 
criando hemorragias pleurais. Nada mais são 
que as manchas de Tardieu. 
Plâncton e água nas vias respiratórias e 
digestivas 
Pela aspiração e ingestão de grande 
quantidade de líquido. 
Presença de líquido no ouvido médio 
 
 
 
 
Imersão em atmosferas de gases irrespiráveis: 
 Considerar também os líquidos nebulizados e os fumos. 
 Grande diversidade de substâncias, em diversas situações, exemplos: 
 Guerra: 
 Irritante dos olhos (gás lacrimogêneo) 
 Irritantes respiratórios (esternulatórios); 
 Cáusticos dos pulmões: sufocantes; 
 Cáusticos da pele: vesicantes. 
 Gases tóxicos. 
 Domésticos: 
 Amoníaco; 
 Monóxido de Carbono; 
 Voláteis de limpeza doméstica; 
 Profissionais: 
 Vapores nitrosos; 
 Metano (gás dos pântanos); 
 Fumos de metais; 
 Alumínio ou chumbo. 
 Anestésicos: Clorofórmio, éter, nitroso, cloreto de etila, protoxido de nitrogênio. 
6. Energias de ordem bioquímica: 
 Combinam fatores orgânicos e químicos; 
 Existe além do excesso ou falta de alguma substânciaquímica, interferência no estado de 
saúde da vítima ou sua capacidade de resistência. 
 Formas de atuação: 
 Negativas: inanição, doenças carenciais. 
 Positivas: Limitações alimentares, autointoxicações, Infecções. 
 Inanição: enfraquecimento por falta ou redução exagerada de alimentos imprescindíveis à 
manutenção dos fenômenos biológicos. 
 
 
 Formas: acidental, econômica, voluntária e criminosa (maus tratos a crianças e 
idosos). 
 Fome manifesta-se em média de 24 horas sem alimento. 
 Ser humano resiste até 07 dias sem alimento, se ingerir água. 
 Caquexia: grau máximo de inanição (costuma evoluir para a morte). 
 Síndrome demencial: lesões irreversíveis que podem ocorrer > 10 dias de abstenção total 
de alimentos. 
 Doenças carenciais: instalam-se pela falta de um determinado e específico nutriente 
(geralmente vitaminas). 
Intoxicações alimentares: 
 Alimento originalmente sem qualquer princípio nocivo ao organismo, está contaminado 
com substâncias ou microorganismos prejudiciais à saúde. 
 Causa mais comum: acidental. 
 Forma culposa: comércio mantém alimentos que já deveriam ter sido recolhidos. 
 Mais comuns: salmonelose, botulismo e estafilococose. 
Autointoxicações: 
 Sinônimo: intoxicações endógenas. Anormalidades no funcionamento de alguns órgãos 
quanto à excreção de catabólitos (organismo luta contra si mesmo). Mais comum ureia 
(uremia) insuficiência renal. 
 Infecções: perturbações causadas por organismos patogênicos (fungos, bactérias e vírus). 
 Acidentais: na maioria dos casos. 
 Dolosas: art. 130, 131 e pode se cogitar o art. 121, CP em forma tentada ou 
consumada. 
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a 
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está 
contaminado, ato capaz de produzir o contágio: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
7. Energias de ordem biodinâmica- choque: 
 Choque: “Todos os estados clínicos em que o organismo não consegue sustentar o 
equilíbrio circulatório desejado para a manutenção dos fenômenos biológicos, seja pela a 
descarga insuficiente pelo coração, seja por diminuição do volume circulatório.” 
Obs: Não confundir o “choque” com eventos com eletricidade. 
 
 
8. Energias de ordem mista: 
 Causas variadas concorrem para a ocorrência da lesão. 
 Fadiga: aguda ou crônica. 
 Doenças parasitárias. 
 Sevícias: Síndrome da criança maltratada, Síndrome do ancião maltratado, Tortura. 
 Síndrome da criança maltratada (síndrome de Silverman/ síndrome de Caffey- Kempe): 
 Crianças (principalmente na primeira infância) submetidas a espancamentos, prisão, 
queimaduras, etc; 
 Lesões múltiplas e variadas em diversas regiões do corpo; 
 Coexistência de lesões de épocas diversas, continuidade temporal das sevícias. 
 Formas: 
 Abuso dos meios de correção; 
 Castigos corporais; 
 Privação de alimentos; 
 Abusos emocionais; 
 Lesões decorrentes do abandono e dos abusos sexuais. 
 Etiologia: 
 Criminosa (sempre); 
 Agressor deve ser submetido a avaliação psiquiátrica; 
 Pode apresentar alteração emocional grave. 
 Deve-se afastar outras síndromes: 
 Síndrome de Munchausen: alteração psicológica em que o indivíduo simula 
conscientemente doenças e relata sintomas para chamar a atenção. 
 Síndrome de Munchausen por substituição; a criança é utilizada como paciente passivo, 
geralmente os genitores falsificam a história médica da mesma. A motivação subjacente 
seria a necessidade patológica de atenção ou de manter relação intensa com o mesmo. 
 Síndrome do bebê sacudido; sinais e sintomas decorrentes do ato de sacudir 
vagarosamente a criança pelas extremidades ou ombros, causando danos ao cérebro. 
Geralmente o choro renitente é fatos desencadeante da agressão. 
 
 
 Síndrome da morte súbita infantil. Morte nos 04 primeiros meses de vida. Morte abrupta e 
aparentemente sem causa. Seria por problemas neurológicos, imunológicos, congênitos. 
Não há que se falar em maus tratos. 
 Síndrome do ancião maltratado: Em ambiente familiar, hospitalar, asilos. Abandono, 
agressões físicas e psíquicas. Diagnóstico difícil, pois o ancião pode simular. Perito deve 
buscar sinais efetivos de comprometimento. 
Tortura: 
 Definida no Brasil pela Lei 9455/97. 
 O conceito médico legal não deve restringir-se ao âmbito da tortura patrocinada pelos 
poderes públicos. 
 Perícia médica difícil, achados variados. 
 Psicologicamente há a síndrome pós traumática: 
 Imagens recorrentes dos suplícios; 
 Desorientação; 
 Irritabilidade; 
 Isolamento; 
 Tendências suicidas 
 Etiologia jurídica criminosa, mas não se exclui a hipótese de auto flagelação.