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TANATOLOGIA E TRAUMATOLOGIA (RESUMO MEDICINA LEGAL)

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RESUMO MEDICINA LEGAL 
 
TANATOLOGIA 
 
 ORGANIZANDO AS IDEIAS 
 
 Tanatologia é o estudo da morte  Morte é a cessação 
permanente das grandes funções (circulatória, respiratória e 
cerebral) 
 
 Compreende 
 
 Horário 
 
 Razão 
 
 Instrumentos mecânicos ou não mecânicos envolvidos 
 
 Fenômenos Cadavéricos 
 
 É dividia em: 
 
 TANATOSEMILOGIA  Observação dos SINAIS 
CADAVÉRICOS  Características que permitem dizer que 
o indivíduo realmente está morto 
 
 TANATOGNOSE  Diagnóstico da REALIDADE DA 
MORTE  Observação dos FENÔMENOS (abióticos 
imediato ou consecutivos) que ocorrem com o corpo após 
a morte e as informações que podem ser obtidas 
 
 CRONATONATOGNOSE  Determinação da hora ou 
data da morte 
 
 TANATOSCOPIA ou NECRÓPSIA ou AUTÓPSIA  
Estudo do cadáver a fim de determinar a causa da sua 
morte 
 
 TANATOCONSERVAÇÃO  Técnicas de conservação do 
corpo 
 
 TANATOLEGISLAÇÃO  Mecanismos legais relacionados 
aos mortos 
 
 
 O diagnóstico da morte é muito complexo e difícil 
 
 Morte é um processo gradual e relativamente lento  
Morrem primeiro os tecidos mais diferenciados, que tem 
maior necessidade de oxigênio 
 
 Ausência de batimentos cardíacos, pressão sistólica e 
movimentos respiratórios não indicam necessariamente a 
morte  Técnicas de ressuscitação são capazes de 
reverter as vezes 
 
 Células podem sobreviver horas após a morte clínica, 
podem se desenvolver em laboratório e podem ser 
congeladas. 
 
 Cérebro com a mínima atividade ou com potencial de 
atividade é sinal de vida  Eletroencefalograma é o 
método mais eficaz de monitorar atividade cerebral  
Hipotermia, intoxicações por substancias depressoras do 
SNC achatam o EEG podendo levar a um falso diagnóstico 
de morte. 
 
 
 
 DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA MORTE 
 
 Análise de diversos FENÔMENOS CADAVÉRICOS que ocorrem 
com o indivíduo após a morte 
 
 Os fenômenos cadavéricos podem ser: 
 
 ABIÓTICOS IMEDIATOS  Ocorrem no momento da 
morte 
 
 ABIÓTICOS CONSECUTIVOS  Decorrem das 
modificações de ordem química, física e estrutural que 
ocorrem com o cadáver após certa quantidade de tempo 
decorrida da morte 
 
 
 FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS 
 
 Perda da consciência 
 
 Perda da sensibilidade 
 
 Abolição da motilidade e do tônus muscular 
 
 Pode ser testado por passagem de corrente elétrica 
sem contração  Sinal de Roger e Beis 
 
 Pode ser testado pela aplicação de éter 
intramuscular seguido pelo expelimento do líquido 
pelo orifício formado pela agulha no lugar da 
absorção tecidual que ocorreria em vivos  Sinal de 
Rebouillat 
 
 Face Hipocrática ou Mascara da Morte  
Decorrente da perda do tônus dos músculos da face 
 Falta de expressão, serenidade, olhos fundos, 
nariz afilado, têmporas deprimidas 
 
 Outras consequências da perda do tônus: 
 
o Dilatação pupilar 
 
o Abertura da boca 
 
o Presença de esperma no canal uretral 
 
o Abertura do anus 
 
 Cessação da Respiração 
 
 Evidenciada pela ausculta pulmonar  Ausência de 
murmúrios vesiculares 
 
 Outros métodos: 
 
o Radioscopia e eletromiografia  Geram 
registro gráfico de ausência de incursões 
respiratórias 
 
 
 Cessação dos Batimentos Cardíacos e da 
Circulação 
 
o Parada cardíaca evidenciada por: 
 
 Ausculta do coração 
 
 Radioscopia do coração 
 
 ECG 
 
 Fonocardiografia 
 
 Ecocardiografia 
 
 
o Parada circulatória evidenciada por: 
 
 PROVA DE MAGNUS Dar laço na 
extremidade  Cianose periférica = 
circulação existente = vida 
 
 PROVA DA ESCARA CAÚSTICA  
ácido sobre a pele  Escara negra no 
vivo ou placa apergaminhada do morto 
 
 
o Sinais oculares decorrentes da para 
circulatória 
 
 Esvaziamento da artéria central da 
retina 
 
 Interrupção da coluna sanguínea das 
veias retinianas 
 
 Descoramento da coroide 
 
 Parada da circulação da rede 
superficial da retina  Evidenciado por 
oftalmoscopia 
 
 
 Cessação da Atividade Cerebral 
 
o Evidenciado pela MORTE ENCEFÁLICA 
 
 Cessação da atividade elétrica do 
encéfalo  EEG com curva isoelétrica 
 
 Ausência de irrigação  Angiografia 
do encéfalo 
 
 
 FENÔMENOS ABIÓTICOS CONSECUTIVOS 
 
 Desidratação Cadavérica 
 
 Decorrente da evaporação tegumentar (perda de 
água pela pele) 
 
 Intensidade depende da temperatura ambiente, da 
circulação do ar, da umidade local e da causa da 
morte. 
 
 A desidratação gera no cadáver 
 
o Decréscimo de peso 
 
o Pergaminhamento da pele: 
 
 Pele desseca, endurece e trona-se 
sonora a percussão  Aspecto de 
pergaminho 
 
 Torna-se pardo-amarelada 
 
 Apresenta estrias decorrentes dos 
vasos presentes na derme 
 
 Começa onde a pele é mais delgada 
 
 
o Dessecamento dos músculos do lábios 
 
 Consistência dura 
 
 Tonalidade pardacenta 
 
 
o Modificações dos globos oculares 
 
 TELA VISCOSA  Aspecto opaco 
decorrente da evaporação do 
transudato do globo ocular na 
superfície do epitélio que se destaca 
da córnea e da poeira depositada  
Forma-se uma película que deixa o 
olho opaco 
 
 PERDA DA PRESSÃO DO GLOBO 
OCULAR  Evaporação do líquido 
intraocular torna-o mole e depressível 
ao toque 
 
 
 Enrugamento da córnea 
 
 Mancha da esclerótica  Cor 
enegrecido circular ou oval  
Dessecação e posterior afinamento da 
esclera (parte branca) a torna 
transparente evidenciando o os 
pigmentos coroides subjacente. 
 
 
 Esfriamento Cadavérico  ALGOR MORTIS 
 
 Falência do aparelho termorregulador corpo tende a 
equilibrar a sua temperatura com a do ambiente 
 Começam pelos pés, mãos e face 
 
 Órgãos internos permanecem aquecidos por pelo 
menos 24 hrs 
 
 Quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maior 
a resistência a perda de temperatura 
 
 Morte por hipotermia, lesão cerebral (com 
comprometimento hipotalâmico), hemorragia, 
desidratação ou doenças crônicas  Resfriam mais 
rápido 
 
 Morte por insolação, intermação, intoxicação e 
doenças infecciosas  Resfriamento mais lento 
 
 Verificação da temperatura no morto é feita no reto 
a uma profundidade de 10 cm  Termômetro 
especial de haste longa chamada de 
NECRÔMETRO 
 
 A temperatura retal media em vivos é de 37,5 e no 
morto considera-se temperaturas retais abaixo de 
20 incompatíveis com a vida 
 
 Cálculos utilizando a temperatura retal é uma 
importante ferramenta pra determinar o horário da 
morte 
 
 
 Manchas de Hipóstase Cutânea  LIVOR MORTIS 
 
 Conhecidas como livores cadavéricos ou manchas 
de posição 
 
 São placas irregulares arroxeadas formadas no local 
de decúbito pelo acumulo de sangue ocasionado 
pela gravidade 
 
 Modificam sua coloração a depender composição da 
morte  Asfixia por monóxido carbono = vermelho-
rósea  Envenenamento por metaemoglobinizante 
= marron-escuro 
 
 Inexistentes em casos de morte por grande 
hemorragias 
 
 Os livores permanecem até o surgimento dos 
fenômenos putrefativos  Passam a ter tonalidade 
verde enegrecida  A modificação das manchas 
hipostáticas permitem estimativa de tempo da morte 
 
 Livores são importantes para o diagnóstico da 
realidade da morte, causa da morte, estima de 
tempo de morte e para o estudo da posição que 
permaneceu o cadáver depois 
 
 Diagnosticado pressionando-se a área que perde a 
coloração e logo volta a tê-la ou por uma incisão na 
área e observação de sangria (sangue fluido sem 
presença de fibrina típico de equimose) 
 
 
 Rigidez Cadavérica  RIGOR MORTIS 
 
 Fenômeno físico-químico que leva a contratura 
muscular relacionado a: 
 
o Supressão de oxigênio celular 
 
o Impedimento da formação de ATP 
 
o Modificações da membrana 
 
o Formação de actomiosinao Ação da glicólise 
 
 Inicia-se entre 1e 2 horas após a morte (pela 
mandíbula e pescoço)  Chega ao máximo após 8 
horas após a morte (nos membros inferiores  
Finda-se depois de 24 horas após a morte (segue a 
ordem que surgiu) no início da putrefação  
Feramente tanatocromatológica importante 
 
 Desfaz-se pela acidificação que se instala após a 
morte 
 
 Três fases  Instalação, Estabilização e Dissolução 
 
 O cadáver toma uma posição com: 
 
o Discreta flexão do antebraço sobre o braço 
 
o Discreta flexão da perna sobre a coxa 
 
o Polegares fletidos por baixo dos outros dedos 
 
o Pés ligeiramente para fora. 
 
 
 Espasmos Cadavéricos 
 
 Espécie de rigidez instantânea que ocorre logo após 
a morte e precede a rigidez 
 
 
 TIPOS DE MORTE 
 
 A morte é classificada segundo dois critério: Causa da morte e 
Tempo decorrente entre o inicio dos sintomas e a perda da vida 
 
 Classificação da morte segundo a sua causa 
 
 MORTE NATURAL (morte morrida) 
 
 Morte por antecedentes patológicos  Estado 
mórbido ou perturbação congênita 
 
 
 MORTE VIOLENTA (morte matada) 
 
 Originada por ação externa ou interna (menos 
comum) 
 
 Onde se incluem o homicídio, o acidente e o suicídio 
 
 
 MORTE DE CAUSA SUSPEITA 
 
 Ocorre de forma duvidosa 
 
 Não se tem evidência de ter sido de causa natural 
ou de causa violenta 
 
 
 Classificação da morte segundo o tempo decorrido 
 
 Agônica, Mediata ou Imediata 
 
 As mortes naturais e violentas podem ser estabelecidas 
nesse critério  Ex: Marte natural agônica ou morte 
violente imediata 
 
 MORTE AGÔNICA 
 
 Morte tardia 
 
 Arrasta-se por dias ou semanas após a eclosão de 
sua causa 
 
 
 MORTE MEDIATA 
 
 Possibilita sobrevivência de algumas horas (24 hrs) 
 
 Permite algum tipo de providencia 
 
 MORTE IMEDIATA 
 
 Também chamada de morte súbita ou morte 
instantânea 
 
 Existem entre seu início e fim apenas alguns 
minutos 
 
 As mortes imediatas naturais são as mais intrigantes 
 Acometem indivíduos aparatemente em bom 
estado de saúde em suas atividades rotineiras e os 
levam a morte em poucos instantes 
 
o As mortes imediatas naturais tem diversas 
causas: 
 
 Afecções cardiovasculares 
 
 Lesões do SNC 
 
 Hemorragias meníngeas e encefálicas 
 
 Perturbações neuroendócrinas-
humorais 
 
 Acidentes operatórios 
 
 Hemorragias agudas 
 
 Asfixias mecânicas 
 
 Edemas de laringe 
 
 Rupturas de vísceras 
 
 Choques 
 
 
 NECRÓPSIA 
 
 Também chamada de autópsia 
 
 Objetivo de definir a causa mortis 
 
 Tem finalidade clínica e forense 
 
 Realizado tanto para mortes naturais quanto para mortes 
violentas 
 
 NECROPSIA FORENSE ou MÉDICO LEGAL 
 
 Destinada para mortes violentas e suspeitas 
 
 Ocorre no IML 
 
 
 NECROPSIA CLÍNICA 
 
 Destinada para mortes naturais 
 Geralmente ocorre no hospital por anatomopatologistas 
 
 Em casos de mortes naturais sem assistência médica ou 
com causa desconhecida cadáver é encaminhada pra um 
SERVIÇO DE INDENTIFICAÇÃO DE ÓBITO 
 
 Se no serviço de identificação de óbito for encontrado 
algum indicio de morte violenta ou suspeita deve ser feito o 
encaminhamento para o IML 
 
 
 TÉCNICA NERCOSCÓCPICA  Estudar as alterações de todos 
os órgãos após a morte, a partir de três passos: 
 
 EXAME MACROSCÓPICO 
 
 Observação a olho nu dos órgãos retirados 
 
 
 EXAME MICROSCÓPICO 
 
 Observações de alterações citológicas e 
histológicas 
 
 
 CORRELAÇÃO 
 
 Comparam-se os achados macro e microscópicos 
com os dados da história do paciente 
 
 Estabelece-se a causa da morte, a doença de base 
e outras doenças existentes. 
 
 
 
 
 
 
 
TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL 
 
 ORGANIZANDO AS IDEIAS 
 
 Estuda as lesões e estados patológicos, imediatos ou tardios, 
produzidos por VIOLÊNCIA. 
 
 Organiza-se segundo os tipos de energia capazes de gerar 
lesões: 
 
 Energias de ordem mecânica  perfurante, cortante, 
contundente, perfurocortante, perfurocontundente e 
cortocontundente. 
 
 Energias de ordem física  Temperatura, pressão 
atmosférica, eletricidade, radioatividade, luz e som 
 
 Energias de ordem físico-química  Asfixia em geral 
 
 Energias de ordem química  cáusticos, venenos e 
envenenamento 
 
 Energias de ordem bioquímica  perturbações 
alimentares, autointoxicações, infecções e castração 
química. 
 
 Energias de ordem biodinâmica  choque, síndrome de 
falência múltipla dos órgãos, coagulação intravascular 
disseminada. 
 
 Energias de ordem mista  fadiga, doença respiratória, 
sevícias. 
 
 
 ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA 
 
 MEIOS MECÂNICOS CAUSADORES DE DANO 
 
 Armas Propriamente Ditas  punhais, revólveres, 
soqueiras 
 
 Armas Eventuais  faca, navalha, foice, facão, machado 
 
 Armas Naturais  punhos, pés, dentes 
 
 Outros Meios  máquinas, animais, veículos, quedas, 
explosões 
 
 
 Os meios mecânicos causadores de dano atuam por 
 
 Pressão 
 
 Percussão 
 
 Tração 
 
 Torção 
 
 Compressão 
 
 Descompressão 
 
 Explosão 
 
 Deslizamento 
 
 Contrachoque 
 
 
 Os objetos que geram danos por meios mecânicos são 
classificados em 
 
 PERFURANTES 
 
 Haste cilíndrico-cônica com ponta fina 
 
 Alfinete, agulha, prego, espinhos, espetos de 
churrasco, furador de gelo, florete, estacas... 
 
 
 
 
 
 
 
 CORTANTES 
 
 Objetos com lâminas laterais e sem ponta 
 
 Navalhas, papel, gilete, louça, folha de flander 
 
 
 CONTUDENTES 
 
 Objeto rombudo (sem ponta ou lâmina lateral, que 
custa a penetrar)  Atua batendo e não penetrando 
a vítima. 
 
 Pau, pedra, martelo, barra, cassetete, membros do 
corpo humano (perna, pé, mão, cotovelo...) 
 
 
 PERFUROCORTANTE 
 
 Lâmina com um ou mais gumes e ponta na ou nas 
extremidades 
 
 Peixeira, facão, punhal, canivete... 
 
 CORTOCONTUDENTE 
 
 Objeto pesado com superfície de corte 
impulsionado pelo membro do agressor 
 
 Machado, foice, enxada, dentes 
 
 
 PERFUROCONTUNDENTE 
 
 Instrumento que atua sobre alvo gerando impacto 
violento e perfuração 
 
 PAF (projéteis de arma de fogo), pontas de grade, 
ponta de guarda chuva... 
 
 
 LESÕES PRODUZIDAS POR MEIOS MECÂNICOS 
 
 LESÇÕES POR PERFURANTES 
 
 Atuam por percussão ou pressão 
 
 Afastam fibras do tecido  Não corta o tecido 
 
 Geram feridas PUNCTIFORME ou PUNCTÓRIAS  
Ferida de entrada 
 
 Abertura estreita 
 
 Raro sangramento 
 
 Pouca nocividade na superfície 
 
 Certa gravidade na profundida  Perfurantes 
maiores como o picador de gelo  Pode atingir 
alguns órgãos 
 
 Tem menor diâmetro que o instrumento causador 
 Elasticidade e retratilidade dos tecidos cutâneos 
 
 Trajeto em túnel estreito 
 
 Mais profundas do que comprida 
 
 
 Ferida de saída  Não ocorre sempre 
 
 Irregular 
 
 Menor diâmetro que o de entrada 
 
 
 Feridas podem assumir aspectos de casa de botão ou 
outros formatos (triangular, ponta de lança, quadrilátero) a 
depender das linhas de tensão da região 
 
 Linhas de tensão paralelas entre si  Ferida em 
casa de botão com eixo maior paralelo as linhas  
Segunda lei de filhos  Paralelismo 
 
 Linhas de tensão multidirecionais  Feridas com 
outros formatos 
 
 Órgãos Internos 
 
 Assumem forma de acordo com a estrutura  
Fibrosa, cartilaginosa, óssea... 
 
 
 LESÕES POR CORTANTES 
 
 Atuam por deslizamento sobre os tecidos  em sentido 
linear na maioria das vezes 
 
 Geram FERIDAS INCISA ou CORTE ou FUSIFORMES 
 
 Extremidades mais superficiais 
 
 Parte mediana mais profunda 
 
 Nem sempre é regular 
 
 Apresentam CAUDA DE ESCORIAÇÃO  “rastro”que indica a direção de saída do instrumento 
 
 Hemorragia abundante 
 
 Mais compridas do que profundas 
 
 Ausência de vestígio traumático ao redor da ferida 
 escoriações, equimoses ou infiltrações 
hemorrágica 
 
 Raramente alcança órgãos internos  Exceção é o 
ESGORJAMENTO  Corte no pescoço que 
secciona a laringe, traqueia e esôfago e mata a 
vítima por aspiração de sangue dos grandes vasos 
do pesco (cava e carótida)  ESGORJAMENTO 
pode ser de causa suicida (mais superficial e 
irregular) ou homicida (mais profundo e regular) 
 
 
 LESÃO POR CONTUDENTE 
 
 Atua por pressão, explosão, deslizamento, 
percussão, compressão, descompressão, 
distensão, contragolpe, torção ou de forma mista no 
corpo da vítima. 
 
 Geralmente a lesão ocorre pelo impacto do 
instrumento no corpo da vítima (AÇÃO DO 
INSTRUMENTO), podendo ser: 
 
o Ativas  Corpo da vítima se aproxima do 
instrumento  Precipitações 
 
o Passivas  Instrumento se aproxima do 
corpo da vítima  Atropelamentos, 
espancamento... 
 
o Mista  Instrumento e vítima se aproximam 
um do outro 
 
 Tem diversas naturezas: 
 
o Pancadas com diversos objetos ou partes do 
corpo  Pode ter origem homicida 
 
o Precipitação  Pode ter origem suicida 
 
o Atropelamentos 
 
 
 As feridas geradas por instrumentos contundentes 
são muito variadas 
 
o RUBEFAÇÃO  Marcas vermelhas na pele 
decorrente de congestão do fluxo sanguíneo 
momentaneamente  Geralmente gerado 
por tapas ou por pressão das mãos do 
agressor no braço da vítima 
 
o ESCORIAÇÃO  Feridas formadas por 
tração, lesionando a pele, arrancando a 
epiderme, expondo a derme com 
sangramento (arranhões, ralado) 
 
o EQUIMOSES  Ocorre infiltração 
hemorrágica no tecido cutâneo  Gerada 
pelo impacto de tecido mole com instrumento 
duro 
 
 O formato da equimose é importante 
 
 Podem imprimir o formato do 
instrumento  Punho, fivelas, 
cordas... 
 
 Pancadas com bastão ou 
objetos cilíndricos  Imprimem 
duas equimoses paralelas que 
representam o extravasamento 
do sangue para as laterais de 
onde o objeto tocou 
 
 
 Tonalidade da equimose é importante 
 
 O tempo modifica a coloração 
da equimose  ESPECTRO 
EQUIMÓTICO 
 
 Avermelhada (perimo dia) >> 
vermelho escuro >> violácea 
(segundo e terceiro dias) >> 
azulada (quarto ao sexto dia) 
>> esverdeada (sétimo ao 
décimo dia) >> amarelada 
(décimo segundo dia) >> 
desaparece décimo quinto a 
vigésimo dia) 
 
 A coloração permite estimar 
quando a lesão foi realizada 
 
o HEMEATOMA  Acumulo de grande 
quantidade de sangue subcutâneo  gera 
relevo na pele  Não apresenta fase preta-
arroxeada 
 
 
o BOSSA SANGUÍNEA  Hematoma sobre 
plano ósseo  Comum nos traumatismos do 
couro cabeludo  “galo” 
 
o FERIDA CONTUSA  Ferida aberta  Ação 
contende foi capaz de vencer a resistência e 
a elasticidade dos tecidos moles  Pressão, 
compressão, percussão, arrastamento, 
explosão e tração 
 
 Bordas irregulares, escoriadas e 
equimosadas 
 
 Aspecto contorcido  Trabéculas 
 
 Fundo irregular 
 
 Vertentes irregulares 
 
 Pontos de tecido íntegro ligando as 
vertentes  Pontes de tecido íntegro 
 
 Pouco sangrentas 
 
 Vasos, nervos e tendões íntegros no 
fundo da lesão 
 
 Ângulos obtusos 
 
 
o LUXAÇÃO  Escape de extremidades 
articulares 
 
o FRATURA  Ru ptura de ossos 
 
 
 LESÕES POR PERFUROCORTANTES 
 
 Agem por pressão e secção  penetram com a ponta e 
cortam com o gume a vítima 
 
 Ferida geralmente tem um ângulo arredondado e outro 
agudo  Instrumento de um gume 
 
 Ferida com bordas iguais e dois ângulos agudos  
Instrumento de dois gumes 
 
 
 LESÃO POR CORTOCONTUDENTE 
 
 Realizadas por instrumentos portadores de gume que são 
influenciados por ação contundente seja pelo próprio peso 
do intrometo ou pela força ativa do agressor 
 
 Atuam por deslizamento, pressão e percussão 
 
 Geram lesões CORTOCONTUSAS 
 
 Tem características e formas variáveis 
 
 Se o gume for afiado assume características de 
feridas incisas 
 
 Se o gume for menos afiado assume características 
de feridas contusas 
 
 Quase sempre graves e fundas 
 
 Não apresentam cauda de escoriação 
 
 Não apresentam pontes de tecido íntegro 
 
 
 MORDEDURAS 
 
 Primeiro Grau  Equimose + escoriação que 
acompanham formato da mordedura do agressor  
Possível identificar o agressor 
 
 Segundo Grau  Equimose + escoriações mais 
nítidas e profundas  Permite de maneira melhor a 
identificação da mordedura do agressor 
 
 Terceiro Grau  Feridas contusas comprometendo 
pele, tela subcutânea e musculatura. 
 
 Quarto Grau  Laceração com perda de tecido  
Geralmente gerada por mordedura animal 
 
 
 
 LESÃO POR PERFUROCONTUDENTE 
 
 Principal é o ferimento por Projétil de Arma de Fogo (PAF) 
 
 Aspectos importantes da perícia de PAF: 
 
 Orifício de Entrada 
 
 Orifício de Saída 
 
 Distancia do Disparo 
 
 Trajeto no corpo 
 
 
 ORIFÍCIO DE ENTRADA 
 
 Arredondo (perpendicular) ou ovalar (oblíqua) 
 
 Bordas invaginadas  Invertidas para dentro  
Projetil entra puxando a pele para dentro 
 
 Proporcional ao projetil 
 
 ZONAS 
 
o Alo de Enxugo 
 
 Anel enegrecido ao redor do orifício 
de entrada 
 
 Decorre da fuligem presente na bala 
 
 É formada a quente na pele da vítima 
 Não sai com lavagem 
 
 
 
o Orla de Contusão 
 
 Formada pelo impacto da ponta 
romba da bala na pele 
 
 Escoriação circular 
 
 Não ocorre em disparo pós mortem 
 
 
o Zona de Chamuscamento 
 
 Queimadura pelos gases aquecidos 
 
 
o Zona de Esfumaçamento 
 
 Provocada pelos grânulos de pólvora 
combusta 
 
 Sai com lavagem 
 
o Zona de Tatuagem 
 
 Provocada pelos grânulos de pólvora 
não combusta 
 
 Não sai com lavagem 
 
 
 ORIFÍCIO DE SAÍDA 
 
 Forma irregular  Projetil é deformado enquanto 
passa pelo corpo 
 
 Bordas evertidas  Para fora 
 
 Sem orlas e zonas 
 
 Desproporcional ao projétil -> Aspecto de ferida 
contusa 
 
 
 
 DISTÂNCIA 
 
 Grande distancia: 
 
o Apenas projétil atingi a vítima 
 
o Buchas, gases, grânulos de pólvora não 
atingem 
 
o Com zona de enxugo e sem zona de 
tatuagem 
 
 
 Pequena distancia (Queima Roupa) 
 
o Todos os elementos que saem junto com a 
bala atingem a vítima 
 
o CONE DE EJEÇÃO  Quanto maior a 
distancia maior a zona de tatuagem 
 
 
 Encostado 
 
o Forma a CÂMARA DE MINA HOFFMAN 
 
 Descolamento da pele do plano ósseo 
 
 Acumulo de gases entre a pele e 
osso descolam a pele do osso 
 
 Descontato da arma com a pele 
permite a saída dos gases pelo orifício 
arrebitando as bordas para fora 
 
o Alo de enxugo + Bordas evertidas

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