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Curso de Arquitetura e Urbanismo Prof. Lauro Pessoa – Geógrafo / Mestre em Geografia Aula 02 – Levantamento topográfico com Estação Total Estudos Topográficos CCE 0893 Parte 1 Levantamento planimétrico Levantamento planimétrico Conjunto de operações de campo, objetivado na coleta de informações que possibilitem representar, sobre um plano horizontal, a disposição espacial dos elementos de uma determinada porção da superfície terrestre. Na prática, esta tarefa se resume à coleta de informações sobre a posição de pontos. Posteriormente, utilizam-se os pontos para a elaboração das demais entidades gráficas (segmentos de reta e polígonos) utilizadas na representação dos elementos de interesse. Terreno Plano de Representação A´ B´ C´ D´ Figura 1.1 – Ilustração do plano de representação topográfico z y x C B A D Plano topográfico Superfície plano-horizontal hipotética, sobre a qual os pontos topográficos são projetados de maneira ortogonal. Sistemas de Coordenadas Sistemas de referência baseados na ordenação de coordenadas, cujos valores – lineares ou angulares –, indicam as localizações dos pontos no referido sistema. Quando da utilização do plano topográfico (coordenadas topográficas), são, principalmente, dois os sistemas de coordenadas utilizados: Polar e Cartesiano Sistemas de Coordenadas Polares Plano constituído por um conjunto de dois eixos perpendiculares, no qual o posicionamento dos pontos se dá por meio da determinação ângulos e distâncias. Equipamentos utilizados para a medição de ângulos e distâncias Teodolito Ótico-mecânico Teodolito Eletrônico Estação Total Classificação dos fios estadimétricos Os equipamentos topográficos que possuem mecanismos óticos apresentam pequenos fios gravados sobre as lentes, os quais possuem duas utilidades básicas: possibilitar a colimação exata do eixo de visada sobre o ponto de interesse e permitir a realização de cálculos estadimétricos (estes cálculos serão discutidos posteriormente). (FI) (FS) (FM) Fio vertical A colimação deve ser feita de modo a que o ponto de interesse fique no exato cruzamento entre os fios vertical e médio. Prismas Assessórios compostos por objetos de natureza refletiva (vidro), cuja finalidade é possibilitar a reflexão do sinal emitido pelo instrumento. Obs.: a colimação deve ser realizada sobre o centro do prisma. Sistemas de Coordenadas Cartesianas Plano constituído por um conjunto de dois eixos orientados perpendiculares, cuja origem corresponde à intersecção entre os mesmos. Abscissas O rd en ad as Informação básica a respeito de levantamentos planimétricos com estação total: Objetiva determinar a posição planimétrica dos pontos de interesse, através do uso do sistema de coordenadas polares, visando à posterior conversão do posicionamento para o sistema de coordenadas cartesianas, em uma planta topográfica referenciada a este sistema. Topografia relativa x Topografia absoluta Topografia relativa: o referenciamento dos pontos é levado a cabo através da definição de coordenadas e direções arbitrárias. Possibilita unicamente o conhecimento das posições relativas entre os pontos. Topografia relativa x Topografia absoluta Topografia absoluta: o referenciamento dos pontos baseia-se em um sistema de referência universalmente conhecido e de abrangência planetária (coordenadas geográficas, por exemplo). Possibilita o conhecimento das posições exatas de cada ponto, em qualquer parte da superfície do planeta (projeto georreferenciado). Na atualidade, que instrumento ou técnica possibilitaria a definição de pontos georreferenciados? O GPS Geodésico. Maiores informações nas próximas aulas. Parte 1 Levantamento planimétrico Breves tópicos de Trigonometria aplicados à Topografia O triângulo-retângulo O triângulo-retângulo é aquele cujo um dos ângulos internos mede 90°. Os segmentos de reta que formam esse tipo de triângulo recebem as identificações de hipotenusa e catetos. Hipotenusa: segmento que forma dois ângulos menores do que 90° com os outros dois segmentos. Catetos: segmentos que formam entre si um ângulo de 90°. O triângulo-retângulo Os catetos recebem ainda as adjetivações de adjacente e oposto, a depender de qual dos dois ângulos inferiores a 90° se considere. Por exemplo: Considerando o ângulo α: Cateto adjacente = b Cateto oposto = c Considerando o ângulo β: Cateto adjacente = c Cateto oposto = b Teorema de Pitágoras “O quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos”. A C B 40 m 30 m50 m Teorema de Pitágoras A C B 40 m Por exemplo, considerando a figura a seguir, qual o comprimento do seguimento BC? 50 m Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Tal como em todo e qualquer triângulo, a soma dos ângulos internos de um triângulo-retângulo é igual a 180°. α β 90° 36,869898° + 53,130102° + 90° = 180° Exercício: considerando a figura apresentada a seguir, calcule o comprimento da hipotenusa e o valor do ângulo β. 30 m 10 m 18,434944° β β = 180° – (18,434944° + 90°) β = 71,565056° Relações trigonométricas do triângulo-retângulo As relações trigonométricas pertinentes ao triângulo- -retângulo expressam o modo como os comprimentos dos lados e os valores dos ângulos internos relacionam-se entre si. Destacam-se como as mais importantes: Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Por exemplo, considerando a figura a seguir, qual o comprimento do segmento AB? α = 36,869898° A C B 30 m Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Considerando a figura a seguir, qual o comprimento do segmento AC? α = 36,869898° A C B 50 m Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Considerando a figura a seguir, qual o comprimento do segmento BC? α = 36,869898° A C B 40 m Obs.: da mesma forma, a partir do conhecimento do ângulo β e do comprimento de qualquer um dos lados, seria possível determinar os comprimentos dos demais lados. β Relações trigonométricas do triângulo-retângulo α 50 m 30 m Considerando a figura a seguir, qual o valor do ângulo α? Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Considerando a figura a seguir, qual o valor do ângulo α? α 50 m 40 m Relações trigonométricas do triângulo-retângulo α 30 m 40 m Considerando a figura a seguir, qual o valor do ângulo α? Relações trigonométricas do triângulo-retângulo Para o cálculo do ângulo β, a aplicação das três relações trigonométricas demonstradas anteriormente também resultaria na obtenção de um mesmo valor angular. β 30 m 40 m 50 m Exercício (apostila: exerc. n° 3-12, pág. 53): um topógrafo determinou o lado AB do triângulo-retângulo mostrado a seguir, com um comprimento igual a 96,82 m, e o ângulo interno do vértice A com 35°17’00”. Determine os comprimentos dos outros dois lados do triângulo. A BC 35°17’00” 96,82 m 68,51 m Exercício (apostila: exerc. n° 3-12, pág. 53): um topógrafo determinou o lado AB do triângulo-retângulo mostrado a seguir, com um comprimento igual a 96,82 m, e o ângulo interno do vértice A com 35°17’00”. Determine os comprimentos dos outros dois lados do triângulo. A BC 35°17’00” 96,82 m 68,51 m Exercício (apostila: exerc. n° 3-13, pág. 53): a hipotenusa de um triângulo-retângulo mede 24,72 m de comprimento, e um dos outros dois lados tem o comprimento igual a 21,23 m. Encontre o ângulo oposto ao lado de 21,23 m. 21,23 m Exercício: qual o ângulo que a hipotenusa forma com o segmento de 3 metrosde comprimento? 3 metros 1 metro Parte 1 Levantamento planimétrico Ângulos e distâncias horizontais Ângulos Horizontais Ângulos calculados sobre o plano horizontal, entre dois planos verticais que contêm os alinhamentos formados pelo ponto ocupado e pelos pontos visados. Obs.: Convencionalmente, ângulos horizontais são medidos no sentido horário. Azimute Ângulo horizontal demarcado a partir de uma direção de referência (designada genericamente como Norte) até o alinhamento considerado. É obrigatoriamente calculado no sentido horário. 314° 59’ 50” 75° 30’ 40” 109° 39’ 40” 216° 40’ 00” Rumo Ângulo horizontal demarcado a partir dos sentidos Norte ou Sul. Pode ser calculado nos sentidos horário ou ante-horário, variando dos valores de 0° a 90°. É obrigatória a indicação do quadrante no qual o alinhamento se insere (NE, SE, SW, ou NW). Conversão de rumos para azimutes Conversão de rumos para azimutes 70,338888° SE 36,666666° SW 45,002777° NW Conversão de rumos para azimutes 75,511111° NE Conversão de rumos para azimutes 314,997223° 75,511111° 109,661112° 216,666666° Conversão de azimutes para rumos Conversão de azimutes para rumos Conversão de azimutes para rumos 305,805833 63,210277° 120,694444° 253,4875 Conversão de azimutes para rumos 59,305556° SE 73,4875° SW 54,194167° NW 63,210277° NE Os múltiplos nortes... Existem, basicamente, três tipos diferentes de Norte: • Geográfico (Verdadeiro); • Magnético; • Arbitrário. Norte Geográfico ou Verdadeiro Correspondente à direção orientada ao Polo Norte Geográfico. Norte Magnético Correspondente à direção das linhas de força que ligam os polos magnéticos do planeta. Declinação Magnética Ângulo horizontal demarcado a partir da direção do Norte Geográfico até a direção do Norte Magnético. Recebe valores negativos (ou a indicação “W”) quando ocorre no sentido Oeste; e valores positivos (ou a indicação “E”) quando ocorre no sentido Leste. Norte Arbitrário Direção associada a uma entidade notável no terreno. Conclusão acerca da multiplicidade de nortes e do estabelecimento das referências angulares horizontais No documento cartográfico final deve-se, obrigatoriamente, fazer menção explícita ao tipo de Norte adotado como referência para a determinação de ângulos horizontais, sejam essas referências... • Norte Geográfico; • Norte Magnético; • Norte Arbitrário. Distâncias: classificação das distâncias em Topografia DI: distância inclinada DH: distância horizontal DV: distância vertical DT: distância no terreno Obs.: a projeção, sobre o plano horizontal, da linha que une os pontos A e B corresponde ao alinhamento. Determinação das distâncias horizontais Ângulo zenital: 83° 49’ 47” Qual dos lados do triângulo-retângulo precisamos obter para o cálculo da distância horizontal? E qual das relações trigonométricas deve ser utilizada? DH: 44,537 m Ângulo zenital: 110° 27’ 54” Qual dos lados do triângulo-retângulo precisamos obter para o cálculo da distância horizontal? E qual das relações trigonométricas deve ser utilizada? Determinação das distâncias horizontais Parte 1 Levantamento planimétrico Metodologia do levantamento planimétrico Como referenciar (amarrar) os pontos de interesse? Dois pontos de coordenadas conhecidas Pontos de interesse Pontos de interesse Direção do Norte e apenas um ponto de coordenadas conhecidas Para determinar corretamente a posição dos pontos de interesse, deve-se referenciá-los (amarrá-los) a algum ponto que já possua coordenadas conhecidas no sistema de referência do plano topográfico. Uma das seguintes condições deve ser obrigatoriamente atendida: Caminhamento, pontos de Ré, Estação e Vante Caminhamento: processo de ocupação sucessiva dos pontos, com a realização das respectivas medições de ré e vante em cada estação. Estação: ponto sobre o qual o equipamento está estacionado; Ré: ponto que serve como referência para a determinação das coordenadas dos pontos seguintes; Vante: corresponde ao ponto situado avante, cujas coordenadas serão determinadas a partir do conhecimento das coordenadas do ponto de ré; Ré Estação Vante Vante Ré Estação Vante Ré Estação Vante Ré Estação Poligonação Poligonal: constitui-se numa série de alinhamentos consecutivos, dos quais a extensão e a direção são calculadas em campo; Pontos de Apoio: correspondem aos vértices de uma poligonal, normalmente constituindo-se nos pontos básicos do levantamento, a partir dos quais as coordenadas dos demais pontos de interesse serão determinadas; Poligonação: processo de determinação dos pontos de apoio do levantamento, através da definição de uma poligonal. Poligonais e pontos de apoio Poligonais, pontos de apoio e demais pontos de interesse Ajustamento de poligonais Corresponde à distribuição e compensação dos erros inerentes ao processo de medição, visando ao fornecimento de maior precisão à figura geométrica de referência na qual a poligonal se constitui. Maiores informações podem ser obtidas no Adendo II. Alinhamento Projeções parciais (m) Correções (m) Projeções corrigidas (m) ΔX ΔY C(X) C(Y) ΔX(C) ΔY(C) E1-E2 85,668 -126,235 0,0340 0,0043 85,702 -126,231 E2-E3 241,596 133,770 0,0616 0,0078 241,658 133,778 E3-E0 -94,899 147,621 0,0391 0,0050 -94,860 147,626 E0-E1 -232,562 -155,181 0,0623 0,0079 -232,500 -155,173 ∑ -0,197 -0,025 0,197 0,025 0 0 Classificação das poligonais quanto à configuração geométrica Poligonais Fechadas: partem de um ponto, cujas coordenadas sejam conhecidas, e retonam a este mesmo ponto. Possibilitam a verificação dos erros lineares e angulares. Ponto de coordenadas conhecidas Classificação das poligonais quanto à configuração geométrica Poligonais Abertas: partem de um ponto de coordenadas conhecidas e chegam a um ponto cujas coordenadas deseja-se determinar. Devem ser evitadas, por impossibilitarem a verificação dos erros lineares e angulares. Ponto de coordenadas conhecidas Poligonais Apoiadas (Enquadradas): partem de um ponto de coordenadas conhecidas e chegam a outro ponto de coordenadas também conhecidas. Possibilitam a verificação dos erros lineares e angulares. Classificação das poligonais quanto à configuração geométrica Ponto de coordenadas conhecidas Ponto de coordenadas conhecidas Irradiação Principal método utilizado na obtenção das coordenadas dos pontos de detalhe (pontos não pertencentes à poligonal). Corresponde à coleta de informações sobre um ou vários pontos, a partir de uma mesma estação. Levantamento planimétrico por poligonação Determinação das coordenadas planas (x,y), mediante a utilização de poligonais. E1 E2 E3 E0 Poligonal Irradiações Lote 1 Lote 2 Lote 3 Via Azimute Definição dos azimutes Cálculo dos azimutes dos alinhamentos da poligonal: conhecendo-se o valor de um azimute inicial, deve-se calcular os valores dos demais azimutes, na mesma ordem da sucessão dos pontos no caminhamento, utilizando-se da seguinte equação: AzV = AzR + 180° + A Em que: AzV = azimute de vante; AzR = azimute de ré; A = ângulo observado. E1 E2 E0 E3 E1 E2 E0 E3 Cálculo dos azimutes dos alinhamentos da poligonal: Az E2→E3. AzV = 145°50’15” + 180° + 95°11’22” = 421°01’37” AzR = 145°50’15” AzV = 421°01’37” - 360° = 61°01’37” Az E2→E3 = 61°01’37” a = 95°11’22” AzV = AzR + 180° + A Definição dos azimutes E1 E2 E0 E3 AzR = 145°50’15” a = 95°11’22” Cálculo dos azimutes dos alinhamentos da poligonal: Az E3→E0.AzV = 61°01’37” + 180° + 86°14’16” = 327°15’53” AzV = AzR + 180° + A Az E3→E0 = 327°15’53” a = 86°14’16” Definição dos azimutes E1 E2 E0 E3 AzR = 145°50’15” a = 95°11’22” Cálculo dos azimutes dos alinhamentos da poligonal: Az E0→E1. AzV = 327°15’53” + 180° + 89°00’11” = 596°16’04” AzV = AzR + 180° + A Az E0→E1 = 236°16’04” a = 86°14’16” a = 89°00’11” AzV = 596°16’04” - 360° = 236°16’04” Definição dos azimutes Cálculo das projeções Constitui-se na transformação das distâncias horizontais nas distâncias cartesianas. Ângulo zenital: 83° 49’ 47” Distância horizontal: 44,537 m Constitui-se na transformação das distâncias horizontais nas distâncias cartesianas. E1 E2 E0 E3 ΔX → ΔY → Cálculo das projeções Cálculo das projeções : alinhamento E1-E2. E1 E2 E0 E3 ΔX → ΔY → Az = 145°50’15” ΔX → ΔX = 85,668 m ΔY = -126,235 m Cálculo das projeções Cálculo das coordenadas Corresponde à determinação das posições cartesianas dos pontos, mediante a vinculação das projeções aos valores das coordenadas de referência. Alinham. Azimute Distância Horizontal Projeções Coordenadas ΔX ΔY Est. X Y E1 1000,000 1000,000 E1-E2 145°50’15” 152,559 85,668 -126,235 E2 1085,668 873,765 E1 E2 E0 E3 Cálculo das coordenadas Agrupando-se o cálculo das projeções com o cálculo das coordenadas, temos: E1 E0 Az = 61°01’37” E3 E2 Xpt = Xest + (SenAz . DH) Ypt = Yest + (CosAz . DH) Xpt = 1085,668 + (Sen 61°01’37” x 276,158) Xpt = 1327,264 Ypt = 873,765 + (Cos 61°01’37” x 276,158) Ypt = 1007,535 Alinhamento Azimute Distância Horizontal Coordenadas Est. X Y E2 1085,668 873,765 E2-E3 61°01’37” 276,158 E3 Alinhamento Azimute Distância Horizontal Coordenadas Est. X Y E2 1085,668 873,765 E2-E3 61°01’37” 276,158 E3 1327,264 1007,535 Cálculo das coordenadas Agrupando-se o cálculo das projeções com o cálculo das coordenadas, temos: Xpt = Xest + (SenAz . DH) Ypt = Yest + (CosAz . DH) Alinhamento Azimute Distância Horizontal Coordenadas Est. X Y E3 1327,264 1007,535 E3-E0 327°15’53” 175,493 E0 E0-E1 236°16’04” 279,405 E1 E1 E0 Az = 327°15’53” E3 E2 Az = 236°16’04” Alinhamento Azimute Distância Horizontal Coordenadas Est. X Y E3 1327,264 1007,535 E3-E0 327°15’53” 175,493 E0 1232,365 1155,156 E0-E1 236°16’04” 279,405 E1 1000,000 999,999 Cálculo das coordenadas dos pontos irradiados: o primeiro passo corresponde à determinação dos azimutes dos pontos. AzP = AzR + 180° + A AzP = 61°01’37” + 180° + 22°16’02” = 263°17’39” P7 a = 22°16’02” E2 E3 Az = 61°01’37” Cálculo das coordenadas P7 E3 Az = 263°17’39” D = 122,548 m X E3 = 1327,264 Y E3 = 1007,535 Xpt = 1327,264 + (263°17’39” x 122,548) XP = 1205,554 m Ypt = 1007,535 + (263°17’39” x 122,548) YP = 993,225m Xpt = Xest + (SenAz . DH) Ypt = Yest + (CosAz . DH) Cálculo das coordenadas Cálculo das coordenadas dos pontos irradiados: o segundo passo corresponde ao cálculo das coordenadas dos pontos a partir das coordenadas já conhecidas das estações. Parte 2 Levantamento altimétrico Ângulos e distâncias verticais Levantamento topográfico altimétrico (ou nivelamento) Conforme a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1994, p. 3), corresponde ao “Levantamento que objetiva, exclusivamente, a determinação das alturas relativas a uma superfície de referência, dos pontos de apoio e/ou dos pontos de detalhes, pressupondo-se o conhecimento de suas posições planimétricas, visando à representação altimétrica da superfície levantada”. Posicionamento altimétrico Sistema de Coordenadas Cartesianas Tridimensional: conjunto de três retas, mutuamente perpendiculares, as quais se interceptam em um único ponto (origem). O terceiro eixo (Z) corresponde às coordenadas altimétricas. Distâncias verticais: altitude, altura e cota Altitude (ortométrica): distância vertical entre o ponto considerado e o nível médio dos mares. Altitude ortométrica Referências de Nível (RNs) Marcos de concreto, protegidos por Lei, que materializam os pontos do Sistema Geodésico Brasileiro. Rede de pontos materializados sobre o território brasileiro, cujas coordenadas altimétricas são conhecidas com um elevado grau de precisão. Todo o gerenciamento deste sistema é de responsabilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sistema Geodésico Brasileiro Cota: distância vertical entre o ponto considerado e um plano de referência arbitrário. Marco que materializa a intersecção do terreno com o plano de referência arbitrário Cota Distâncias verticais: altitude, altura e cota Altura: distância vertical entre o ponto considerado e a superfície do solo. Altura Distâncias verticais: altitude, altura e cota Ângulos Verticais Ângulos calculados sobre o plano vertical, demarcados a partir de um ponto de referência até o ponto de interesse. Referenciais para a orientação de ângulos verticais Zênite: do ponto de vista do observador, corresponde ao ponto mais elevado da esfera celeste, situado exatamente acima do local ocupado. Ângulos Zenitais Ângulos verticais demarcados a partir do Zênite até a linha de visada. Ângulos zenitais variam de 0° a 180°. Referenciais para a orientação dos limbos verticais Nadir: ponto diametralmente oposto ao Zênite. Ângulos Nadirais Ângulos verticais demarcados a partir do Nadir até a linha de visada. Ângulos nadirais também variam de 0° a 180°. Referenciais para a orientação dos limbos verticais Plano Horizontal: plano perpendicular à direção formada pelos pontos zenital e nadiral. Plano Horizontal Ângulos de Altura (de Elevação, ou de Inclinação) Ângulos verticais demarcados a partir do plano horizontal até a linha de visada. Ângulos de altura variam positivamente de 0° a 90°, acima do plano horizontal; e negativamente de 0° a 90°, abaixo do plano horizontal. Parte 2 Levantamento altimétrico Metodologia do levantamento altimétrico Nivelamento trigonométrico Aquele que determina a diferença de nível entre pontos a partir da mensuração do ângulo vertical (α) e da distância inclinada (DI) entre tais pontos, considerando a relação trigonométrica entre essas duas variáveis. Neste tipo de levantamento, os equipamentos utilizados são as estações totais ou os teodolitos. Altura do instrumento Altura do prisma α Ponto de cota conhecida Ponto cuja cota se deseja determinar Determinação das cotas dos pontos coletados Qual dos lados do triângulo-retângulo precisamos obter para o cálculo da cota do ponto? E qual das relações trigonométricas deve ser utilizada? Altura do instrumento: 1,642 m Altura do prisma: 1,5 m Ponto de cota conhecida: 100 m Cota do ponto? Ângulo zenital: 83° 49’ 47” Determinação das cotas dos pontos coletados Como calcular a cota do ponto? Altura do instrumento: 1,642 m Altura do prisma: 1,5 m Ponto de cota conhecida: 100 m Cota do ponto = 104,957 m cat. adj.: 4,815 m Cota = (CE + AI + CA) - AP Cota = (100 + 1,642 + 4,815) - 1,5 = 104,957 m CE: cota da estação; AI: altura do instrumento; CA: cateto adjacente; AP: altura do prisma. Determinação das cotas dos pontos coletados Altura do instrumento: 1,642 m Altura do prisma: 1,5 m Ponto de cota conhecida: 100 m Ângulo zenital: 110° 27’ 54” Onde está o triângulo-retângulo do qual precisamos para o cálculo da cota do ponto? E qual das relações trigonométricas deve ser utilizada? Determinação das cotas dospontos coletados Altura do instrumento: 1,642 m Ponto de cota conhecida: 100 m Ângulo zenital: 110° 27’ 54” Cota do ponto = 81,774 m Altura do prisma: 1,5 m Como calcular a cota do ponto? Cota = (CE + AI + CA) - AP Cota = [100 + 1,642 + (-18,368)] - 1,5 = 81,774 m CE: cota da estação; AI: altura do instrumento; CA: cateto adjacente; AP: altura do prisma. Exercício: determine a cota do ponto “P”, bem como a distância horizontal (DH) entre este ponto e o equipamento, a partir da análise dos seguintes dados: • cota do ponto da estação: 341,926 m; • altura do instrumento (AI): 1,382 m; • ângulo zenital: 80°17’21”; • distância inclinada (DI): 295,264 m; • altura do prisma (AP): 1,35 m. AI: 1,382 m AP: 1,35 m Cota da estação: 341,926 m Ângulo zenital: 80°17’21” DH = ? Cota do ponto? Cota (utilizar cosseno) Cota = (341,926 + 1,382 + 49,804) - 1,35 = 391,762 m Exercício: determine a cota do ponto “X”, bem como a distância horizontal (DH) entre este ponto e o equipamento, a partir da análise dos seguintes dados: • cota do ponto da estação: 341,926 m; • altura do instrumento (AI): 1,382 m; • ângulo zenital: 80°17’21”; • distância inclinada (DI): 295,264 m; • altura do prisma (AP): 1,35 m. AI: 1,382 m AP: 1,35 m Cota da estação: 341,926 m Ângulo zenital: 80°17’21” DH = ? Cota do ponto? DH (utilizar seno) DH = 291,033 m Fim
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