Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CURSO PREPARATÓRIO PARA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE PERNAMBUCO - TJPE (DIREITO PENAL) PROF. RICARDO GALVÃO 1. Concurso de Pessoas (elementos, conceitos relacionados à autoria e à participação). 1.1. Considerações Iniciais (conceito, concurso eventual e necessário). 1.2. AUTORIA PARTICIPAÇÃO AUTORIA (+ de um autor = CO-AUTORES) CONCURSO Instigação ou induzimento PARTICIPAÇÃO1 Cumplicidade 1.3. Autoria (teorias): Restritiva; Extensiva; Domínio final do fato. 1.4. A Autoria Mediata e Co-autoria Executiva (direta e parcial) 1.5. Cooperação Dolosamente Distinta (desvio subjetivo de conduta): 1.6. Concurso e Circunstâncias do Crime 1 O art. 31 do CPB reza: “O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado”. 2. Crimes contra a Administração Pública. Observações gerais sobre os crimes funcionais. Crimes dos arts. 312, 313-A, 316, 317, 319, 320, 333, CPB. 1. Peculato (arts. 312 e 313): “Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa”. “Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena – reclusão, de uma a quatro anos, e multa”. Sujeito Ativo funcionário público (crime próprio). Sujeito Passivo Estado e, eventualmente, o particular proprietário do bem apropriado, desviado ou subtraído. Objeto Jurídico Administração Pública (patrimônio público). Conduta Típica apropriação ou desvio (art. 312, caput); subtração (art. 312, § 1º)2; apropriação (art. 313). Elemento Subjetivo dolo e culpa (peculato culposo). Consumação com a apropriação; com a mudança de destino; com a subtração; com a prática da conduta culposa. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. Peculato apropriação peculato próprio Peculato desvio Peculato Peculato furto peculato impróprio (espécies) Peculato culposo Peculato mediante erro de outrem 2 “§ 1o. Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário”. - Peculato Culposo (§ 2o): “§ 2o. Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano”. 2. Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informação (arts. 313-A): “Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, ou alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa”. Sujeito Ativo funcionário público, sendo exigido autorização. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade dos sistemas de informatizados da Adm. Pública. Conduta Típica Inserir dados falsos; alterar dados verdadeiros; excluir dados que deviam permanecer no sistema de informação; facilitar para que um terceiro realize uma das condutas anteriores (art. 313-A). Elemento Subjetivo dolo. Exige-se, ainda, elemento subjetivo especial. Consumação com a prática de uma das condutas típicas. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. 3. Concussão (art. 316): “Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa”. Sujeito Ativo funcionário público. Sujeito Passivo Estado (principal); terceiro lesionado (eventual/secundário). Objeto Jurídico regular funcionamento da Adm. Pública. Conduta Típica exigir (impor, ordenar) vantagem indevida, direta ou indiretamente. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a simples exigência da vantagem indevida (a percepção da vantagem é mero exaurimento do delito). Tentativa admite-se apenas quando praticada a conduta típica por meio escrito. Ação Penal pública incondicionada. - Distinção Importante: Concussão Corrupção Passiva Concussão Corrupção Passiva A vítima é levada pelo medo A vítima satisfaz livremente ao pedido Exigência – obrigar alguma coisa sobre certa pessoa Solicitação – simples pedido - Excesso de Exação (§ 1o.): “§ 1o. Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena – reclusão, de três a oito anos, e multa”. - Excesso de Exação Qualificado (§ 2o.): “§ 2o. Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa”. 4. Corrupção Passiva (art. 317): “Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa”. Sujeito Ativo funcionário público. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regular funcionamento da Adm. Pública. Conduta Típica solicitar ou receber, direta ou indiretamente, vantagem indevida ou aceitar a sua promessa. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a solicitação ou recebimento da vantagem e com a aceitação da promessa, independentemente de sua real percepção. Tentativa admite-se apenas quando praticada a conduta típica por meio escrito. Ação Penal pública incondicionada. - Corrupção Passiva Agravada: “§ 1o. A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional”. - Corrupção Passiva Privilegiada: “§ 2o. Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa”. 5. Prevaricação (art. 319): “Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa”. Sujeito Ativo funcionário público. Sujeito Passivo Estado e, eventualmente, o particular lesado pela prática do crime. Objeto Jurídico regularidade da Adm. Pública. Conduta Típica retardar (protelar), deixar de praticar e praticar contra disposição legal. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a prática de qualquer uma das condutas típicas. Tentativa admite-se apenas na conduta comissiva. Ação Penal pública incondicionada. PREVARICAÇÃO CORRUPÇÃO PASSIVA 6. Condescendência Criminosa (art. 320)3: “Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridadecompetente: Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa”. Sujeito Ativo funcionário público (superior hierárquico do infrator). Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade da Adm. Pública. Conduta Típica deixar de responsabilizar funcionário detentor de cargo público, por indulgência (tolerância); deixar de comunicar o fato à autoridade competente. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com uma das omissões típicas. Tentativa não admite a tentativa. Ação Penal pública incondicionada. 7. Corrupção Ativa (art. 333): “Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa (crime impróprio). Sujeito Passivo Estado. 3 Não deixa o crime de significar uma forma privilegiada de prevaricação. Objeto Jurídico regularidade da Adm. Pública (probidade administrativa). Conduta Típica oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público. Elemento Subjetivo dolo. Exige-se dolo específico: para que o funcionário pratique, omita ou retarde ato de ofício. Consumação com a prática de uma das condutas típicas, independentemente da aceitação do funcionário. Tentativa admite-se apenas quando a oferta/promessa não chegue ao conhecimento do funcionário. Ação Penal pública incondicionada. - Aspectos Importantes: a) a corrupção pode ser PRÓPRIA (quando o funcionário público aceita a vantagem, incorrendo ele no delito de corrupção passiva) ou IMPRÓPRIA (quando o funcionário não aceita a vantagem). Aceitando, ou não, a vantagem, permanece o crime de corrupção ativa. b) da mesma forma que na corrupção passiva, agrava-se a pena se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional (art. 333, parágrafo único). - DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL 1. Resistência (art. 329): “Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena – detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois) anos”. “(...) § 2o. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência”. Sujeito Ativo qualquer pessoa que se oponha ao ato legal. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico autoridade e prestígio da Adm. Pública, representada por funcionário ou particular que o auxilia. Conduta Típica oposição ao ato legal em execução mediante força física ou ameaça. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a prática da violência ou ameaça, independentemente de um não cumprimento do ato. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. - Crime Qualificado: “§ 1o. Se o ato, em razão da resistência, não se executa: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos”. 2. Desobediência (art. 330)4: “Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa que desobedeça a ordem legal. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico autoridade e prestígio da Adm. Pública. Conduta Típica desobedecer (não acatar, não atender, não aceitar, não cumprir) ordem legal de funcionário público. Elemento Subjetivo dolo. Consumação ocorre no momento da ação ou omissão (decurso do prazo estabelecido/suficiente para o cumprimento da ordem). Tentativa admite-se apenas na forma comissiva. Ação Penal pública incondicionada. 4 Conforme Paulo José da Costa Júnior, a desobediência é a “resistência pacífica à ordem legal. O agente não acata o comando recebido. Insurge contra o seu cumprimento sem empregar a violência (física ou moral)”. 3. Desacato (art. 331): “Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa que desacata funcionário público5. Sujeito Passivo Estado e, também, o funcionário desacatado. Objeto Jurídico dignidade e prestígio da função pública. Conduta Típica desacatar (ofender, humilhar, menosprezar, etc.). Elemento Subjetivo dolo (vontade consciente de praticar a ação ou proferir a palavra injuriosa com o propósito de ofender ou desrespeitar o funcionário a quem se dirige). Consumação com a efetiva ofensa. Tentativa possível, desde que não pela ofensa oral. Ação Penal pública incondicionada. - Aspectos Importantes: a) caracteriza-se a infração penal apenas quando a ofensa se vincule ao func. no exercício da função (in officio) ou em função dela (propter officium); b) é fundamental, para a configuração do crime, que a ofensa se dê na presença do funcionário, embora não precise ser face a face. Hipótese contrária caracteriza simples crime contra a honra. - Distinções: Desacato Resistência Desacato Resistência Agressão com intenção de ofender a dignidade ou decoro do funcionário público. Violência exercida para impedir o cumprimento de ordem legal. 5 Também aqui encontraremos discussões doutrinárias e jurisprudenciais referentes à possibilidade, ou não, do funcionário público figurar como sujeito ativo da infração (três posicionamentos conflitantes). - DOS CRIMES PRATICADOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA 1. Denunciação Caluniosa (art. 339): “Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa. Sujeito Passivo Estado e, também, o que se vê acusado da prática de crime. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça e da Adm. Pública em geral, além da honra e liberdade do denunciado. Conduta Típica dar causa a investigação policial, processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a efetiva instauração de um dos procedimentos referidos. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. - Forma Agravada: “§ 1o. A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto”. - Causa de Diminuição de Pena: “§ 2o. A pena é diminuída de metade se a imputação é de prática de contravenção”. 2. Comunicação Falsa de Crime ou Contravenção (art. 340): “Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça. Conduta Típica provocar a ação de autoridade através da comunicação de crime ou de contravenção que sabe não ter ocorrido. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com a prática de qualquer ação da autoridade, desde que impulsionada pela provocação do sujeito ativo. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. 3. Auto-acusação Falsa (art. 341): “Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticadopor outrem: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, ou multa”. Sujeito Ativo qualquer pessoa pode praticá-lo6. Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça. Conduta Típica imputar a si mesmo, perante a autoridade, a prática de crime que não ocorreu ou que foi praticado por terceira pessoa. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com o conhecimento da auto-acusação por parte da autoridade. Tentativa admite-se, desde que plurissubsistente a conduta. Ação Penal pública incondicionada. - Aspectos Importantes: a) a auto-acusação deve se referir, exclusivamente, a crime, não a contravenção; 6 Controversa na doutrina a inclusão de tal crime como impróprio ou de mão-própria. b) os motivos da auto-acusação interessam apenas à dosimetria da pena pelo magistrado (fixação da pena-base) conforme o disposto no art. 59 do CPB. 4. Falso Testemunho ou Falsa Perícia (art. 342): “Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”. Sujeito Ativo testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete (delito de mão própria). Sujeito Passivo Estado e, também, terceiros lesionados. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça. Conduta Típica fazer afirmação falsa; negar a verdade; calar a verdade. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com o encerramento do depoimento, entrega do laudo pericial, da tradução ou com a realização da interpretação falsa. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada7. - Forma Agravada: “§ 1o. As penas aumentam-se de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta”. - Extinção de Punibilidade: “§ 2o. O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade”. 7 A jurisprudência diverge em relação ao momento de início da ação penal para apuração do crime de falso testemunho ou falsa perícia. 5. Favorecimento Pessoal (art. 348): “Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.”. Sujeito Ativo qualquer pessoa (com exceção do autor do crime anterior). Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça. Conduta Típica auxiliar o criminoso para que o mesmo possa subtrair-se à ação de autoridade. Elemento Subjetivo dolo. Consumação com o favorecimento. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada. - Favorecimento Privilegiado: “§ 1o. Se ao crime não é cominada pena de reclusão: Pena – detenção, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, e multa”. - Extinção da Punibilidade: “§ 2o. Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena”. 6. Favorecimento Real (art. 349): “Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime: Pena – detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, e multa.”. Sujeito Ativo qualquer pessoa (com exceção do autor do crime antecedente). Sujeito Passivo Estado. Objeto Jurídico regularidade da Adm. da Justiça, bem como o patrimônio da vítima do crime anterior. Conduta Típica prestar auxílio ao autor do crime, tornando seguro o produto da infração. Elemento Subjetivo dolo (exige-se a finalidade de tornar seguro o proveito do crime). Consumação com o auxílio. Tentativa admite-se. Ação Penal pública incondicionada.
Compartilhar