SERVIÇOS PÚBLICOS – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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SERVIÇOS PÚBLICOS – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Conceito
Serviço Público é todo aquele que prestado pela administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado.
Serviços públicos propriamente estatais
São serviços em cuja prestação do Estado atua no exercício de sua soberania. Exemplo típico é o serviço judiciário.
Serviços públicos essenciais ao interesse público 
São serviços prestados no interesse da comunidade. Exemplo típico é o serviço de coleta domiciliar de lixo.
Serviços públicos não essenciais
São de regram delegáveis e podem ser remunerados por preço público. Exemplos: serviço postal, serviço telefônico, serviço de energia elétrica, etc.
Classificação
Quanto a exclusividade
São privativos, quando somente o Estado pode executar o serviço de forma direta ou indireta ou mediante delegação, ou os chamados não privativos que são franqueados à sua exploração pelos particulares.
Ex: Saúde e Educação
Quanto a divisibilidade
A divisibilidade no serviço público disponível como requisito para instituição de taxa, podendo ser; 
Divisíveis: chamadas de UTI singuli = taxas, tarifas ou preço público – vinculado à um serviço público;
Indivisíveis: chamados de UTI universi = impostos – cofre público;
Princípios aplicáveis aos serviços públicos:
Princípio da regularidade: manutenção da qualidade do serviço.
Princípio da eficiência: quanto aos meios e resultados
Princípio da continuidade: art. 6º , § 3º , Lei 8.987 /95 (supratranscritos).
Princípio da generalidade: o serviço público deve ser prestado erga omnes.
Princípio da atualidade: de acordo com o estado da técnica, ou seja, de acordo com as técnicas mais atuais.
Princípio da segurança: o serviço público não pode colocar em risco a vida dos administrados, os administrados não podem ter sua segurança comprometida pelos serviços públicos.
Princípio da modicidade: serviço público deve ser prestado da forma mais barata possível, de acordo com a tarifa mínima.
Princípio da cortesia: os serviços públicos devem ser prestados
As formas de classificação de prestação de serviços públicos são:
-Prestação direta;
-Prestação indireta.
Prestação direta é aquela realizada pela Administração Pública, ou seja, seja o serviço prestado pela Administração Direta ou Administração Indireta.
Prestação indireta é aquela realizada por particulares, mediante delegação (a titularidade do serviço permanece com o Poder Público), nas modalidades de concessão ou permissão de serviços públicos, ambas precedidas de licitação.
Concessão de serviços públicos
A delegação é feita mediante licitação, modalidade de concorrência, a PJ ou consórcios de PJ que demonstre capacidade para o seu desempenho por sua conta e risco e por prazo determinado.
Nota: não se admite concessão a pessoas físicas.
Características da concessão
*Natureza contratual, prazo determinado, transferência ao particular que passa a ser prestada em nome do concessionário, responsabilidade por danos causados aos usuários é do concessionário, com responsabilidade subsidiária do Poder Constituário;
*A remuneração do particular (concessionário), se faz mediante a exploração do serviço, por meio de tarifas e por meio de objetos de concessão;
*Pressupõe a mutabilidade das cláusulas referentes a prestação de serviço que podem ser alteradas unilateralmente pela Administração Pública;
*Garante-se ao concessionário o equilíbrio econômico e financeiro durante o prazo contratual.
*Contrato, prazo determinado, transfere execução, gestão, titularidade não muda responsabilidade objetiva (art.37 da CF/88)
Restrições
São informações que administra a ação pública faz com base na lei ao proprietário de um bem, para que o exercício do direito de propriedade se harmonize com o interesse da coletividade.
Atributos das Restrições
*Exclusividade que garante ao proprietário o poder sobre o bem, com exclusão de todos os demais sujeitos (erga omnis), que somente podem usá-la ou possuí-lo com sua concordância;
*O caráter absoluto pelo qual o proprietário pode usar, gozar e despor do seu bem, ao seu bel prazer. A (CF/88), traz em si uma restrição a esse atributo, ao prever que o direito de propriedade somente pode ser exercido com o respeito a função social da propriedade;
*Perpetuidade é a permanência do direito de propriedade por tempo indefinido, podendo inclusive ser transmitido por meio de sucessão;
A Servidão Administrativa é tida como o direito real de gozo de natureza pública instituído sobre imóvel de propriedade alheia com base em lei por entidade pública ou por seus delegados em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública;
Ex. não indenizáveis: Colocação de placas de ruas no imóvel; faixa não edificável nas estradas;
 Indenizáveis: passagem de oleoduto; passagem de linha de alta-tensão;
Tombamento é uma forma de intervenção do Estado na propriedade onde o qual esta propriedade será caracterizada como de valor relevante à sociedade, seja valor histórico, cultural, entre outros;
O Tombamento pode ser:
- Voluntário: o próprio proprietário solicita o tombamento ao Poder Público;
- Compulsório: quando a iniciativa decorre do próprio Poder Público;
- Provisório: quando está em curso o procedimento administrativo de tombamento do bem, iniciado com a notificação do proprietário;
- Definitivo: quando o bem tombado é inscrito definitivamente no Livro do Tombo, concluindo o procedimento administrativo de tombamento;
- Geral: quando atinge todos os bens situados em um bairro ou cidade. Será individual quando atingir bem determinado. 
Ocupação temporária é a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos.
Ex: Ocupação de terreno para realização de obra; 
Ou público, 
 Realizações de escavações arqueológicas;
Requisição temporária
No caso de eminente perigo público pode ser requisitado o bem particular. Haverá direito a indenização posterior, sendo uso de correr dano ao bem.
Ex: Requisição de imóvel para abrigar vítimas de uma calamidade pública; 
 Requisição de alimento para essas vítimas;
Desapropriação
Exige prévia indenização em dinheiro, procedimento pelo qual cabe ao Poder Público, devido a interesse social ou público ou aplicando sanção pelo descumprimento de deveres impostos pela Constituição Federal, impõe ao proprietário a perda do bem, substituindo-o por justa indenização.
A Desapropriação pode ser:
*Ordinária – são indenizadas de forma prévia e em espécie ($);
Ex: Por utilidade pública, são as que decorrem da necessidade da Administração Pública, realizar uma obra ou prestar um serviço. (art.5º, inc. XXIV da CF/88 / Lei nº 3365/41)
*Por Interesse Social – são as necessárias para realizar atividades de promoção social, como habitação, assentamento rural, etc.... (art. 5º, inc. XXIV da CF/88 / Lei nº 4132/62);
*Extraordinária – são denominadas “desapropriação sanção” por terem caráter sancionatório, a indenização é paga em títulos públicos, resgatáveis ao longo prazo e também há duas espécies:
_ Descumprimento da Função Social da Propriedade Urbana: está prevista no art.188 § 4º, inc. III da CF/88 e regulamentada no Estatuto da Cidade lei nº 10.257/2001;
_Somente o município pode executar o descumprimento e a indenização será feita por tributos da dívida pública municipal, resgatáveis em até 01 ano em parcelas anuais iguais e sucessivas;
A Desapropriação pode ser também de bens públicos, onde a União pode desapropriar bens do Estado ou dos municípios;
_Descumprimento da Função Social da Propriedade Rural – (art. 184 da CF/88 e Lei Compl. nº 76/93);
Somente a União pode executar e a indenizar por meio de títulos da dívida agrária, resgatáveis no prazo de até 20 anos.
Expropriação
Ocorre sem que haja direito àindenização; é a perda de bens ou confisco, por exemplo de Glebas utilizadas para a cultura ilegal de plantas psicotrópicas. (Art.243 da CF/88)
Desapropriação Indireta
É uma ação indenizatória contra a Administração Pública;
_No procedimento da desapropriação, há duas fases:
Fase Declaratória: onde é editado o ato de declaração do interesse de desapropriar o bem em geral, se faz por decreto do Chefe do Poder Executivo, mas também pode ser feita por Lei ou por Ato de Entidade da Administração Pública, designada por Lei.
Ex. DNIT ou DNER
Seus efeitos: 1º - submete o bem à força expropriatória;
 2º - fixa o Estado do bem;
Depois da declaração, se o proprietário fizer bem-feitorias, estas não serão indenizadas, exceto se necessárias ou no caso das úteis, se houver concordância do expropriante. 
 3º - A possibilidade de ingresso no imóvel para efetuar as medições e verificações necessárias, não havendo a concordância, deverá haver ordem judicial.
Caducidade da Declaração
Inicia-se o prazo de caducidade da declaração em duas hipóteses:
1º - Utilidade Pública: são de 05 anos (sendo renovável por 01 ano);
2º - Interesse Social: são de 02 anos (não renovável);
Fase Executória: pode ser amigável ou judicial quando não houver acordo entre as partes.
Aspecto do procedimento: em casos de urgência poderá ocorrer a emissão promissória na posse com o depósito prévio do valor indenizatório.
└→ A indenização deve abranger:
*O valor do bem expropriado;
*O valor de todas as suas bem-feitorias;
Somente com o pagamento integral da indenização é que se completa a desapropriação e no caso de bens imóveis, a Sentença ou o Ato Desapropriatório, é transcrito no registro de imóveis passando o bem ao domínio do Poder Público.