Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Clique para editar o estilo do título mestre Gênero e Mídia Magali do Nascimento Cunha Faculdade de Teologia Universidade Metodista de São Paulo * * * Um dia... * * * ...vivi a ilusão de que ser homem bastaria... * * * ...Que o mundo masculino tudo me daria... * * * ...Do que eu quisesse ter... * * * ... Que nada... * * * ...minha porção mulher que até então se resguardara... * * * ...É a porção melhor que trago em mim agora... * * * ...É o que me faz viver... * * * O que é falar de gênero? É falar das relações humanas, do gênero humano – machos e fêmeas; homens e mulheres É falar das diferenças entre estes seres da mesma espécie: o masculino e o feminino – aquelas dadas, biologicamente, e aquelas construídas em cada agrupamento social * * * O que é falar de gênero? É reconhecer a afirmação biológica de que o masculino e o feminino estão presentes nos seres humanos – tanto no macho quanto na fêmea É valorizar estas diferenças como elementos que garantem o equilíbrio da espécie humana por meio da cooperação, da amizade e do amor * * * O que é falar de gênero? É reconhecer que os agrupamentos sociais construíram modos de vida (culturas) ao longo da história que determinaram papéis específicos para machos e fêmeas/homens e mulheres * * * O que é falar de gênero? É reconhecer também que um dado momento histórico sociedades construíram a quebra desse equilíbrio dinâmico da espécie humana resultando na cultura do patriarcado Neste modo de vida, a estruturação e a organização da vida coletiva são baseadas no poder de um “pai”, isto é, determina-se que as relações masculinas prevalecerem sobre as femininas; e o poder dos homens mais fortes prevalecer sobre outros. * * * O que é falar de gênero? Estabelece-se uma relação de poder desigual entre homens e mulheres e os conflitos passam a surgir: um pólo prevalece sobre o outro, dominando-o ou subalternizando-o. A partir daí homens e mulheres passam a percorrer caminhos diferentes quanto à constituição física e psíquica, à construção de valores, crenças, hábitos, comportamentos, preferências, imagem corporal, etc. * * * O que é falar de gênero? Com isso, meninos são estimulados à atividades físicas bem mais que as mulheres; em geral são incitados a mexerem no seu órgão sexual desde pequenos; a gostarem de coisas tidas como “masculinas”, etc. Meninas são estimuladas a serem passivas, boas irmãs, companheiras e ajudantes do lar; a se empenharem mais nas tarefas escolares; a evitar o contato com seu órgão sexual, etc. * * * O que é falar de gênero? Homens aprendem que devem ser fortes e equilibrados emocionalmente: “homem não chora”; Enquanto as mulheres devem se conformar na sua fraqueza, delicadeza, meiguice; Homens são da rua; mulheres são da casa; ... ... ... * * * O que é falar de gênero? Conseqüências: as mulheres aprendem a ser femininas e submissas, e são controladas nisto, e também os homens são vigiados na manutenção de sua masculinidade; os homens devem aprender a ser dominadores e ativos e as mulheres a serem submissas; se as mulheres devem ser castas, os homens devem conhecer os limites para atentar contra esta castidade * * * Falar de gênero é... Conseqüências: a exploração sexual a exploração do trabalho da mulher a discriminação das mulheres que rompem com o papel de dominação A discriminação dos homens que se solidarizam com as mulheres e que se identificam com o feminino * * * O que é falar de gênero? Dispor-se a refletir sobre gênero é ampliar o espaço da democracia nas relações dentro da espécie humana A democratização da sociedade humana passa pela discussão das relações de gênero Neste sentido a luta pelo equilíbrio nas relações entre homens e mulheres não está relacionada apenas aos interesses das mulheres, mas aos interesses gerais da humanidade – a parceria do seres * * * E a mídia com isto? Projeto Global de Monitoramento da Mídia da Associação Mundial para a Comunicaçaõ Cristã (WACC) http://www.wacc.org.uk/ (Programa Mídia e Justiça de Gênero) 50% da população mundial são mulheres mas raramente representadas na TV, no rádio e na imprensa Quando aparecem: reprodução do patriarcalismo... * * * E a mídia com isto? No noticiário... Especialistas nos noticiários: predominantemente homens - 83% de todos os especialistas e 86% dos que aparecem como porta-vozes. Mulheres aparecem mais como vozes que expressam experiências pessoais (31%) e representando a opinião popular (34%). * * * E a mídia com isto? Para cada mulher que aparece nos noticiários: quatro homens = apenas 21% aparecem nas notícias. Em relação à política: apenas 14% das mulheres são tematizadas nestas pautas. Quando as mulheres estão nas páginas dos jornais ou na televisão, são principalmente em notícias "leves", como sobre celebridades (42%), donas-de-casa (75%) ou estudantes (51%). * * * E a mídia com isto? Mulheres aparecem mais como vítimas nos noticiários. Em matérias de acidentes, crimes e guerra (que afetam ambos os gêneros), são representadas em dobro – 19% de mulheres em comparação a 8% de homens. Mulheres também aparecem mais em fotos de tragédias do que os homens. Em artigos sobre crime, violência ou acidentes, fotos de mulheres aparecem mais para efeito dramático e para "decorar" as páginas. * * * E a mídia com isto? Na TV, 57% das notícias são apresentadas por mulheres – critério da “boa aparência” prevalece Na redação dos jornais, apenas 29% dos jornalistas são do sexo feminino. Mulheres jornalistas predominam em matérias sobre temas sociais, educação e relações familiares (40%). * * * E a mídia com isto? Metade das notícias sobre celebridades é escrita ou apresentada por mulheres e apenas 32% de notícias políticas são apresentadas por elas. Homens ainda dominam o espaço das notícias consideradas "sérias", como aquelas de política e economia. * * * E a mídia com isto? Lazer e entretenimento... Reprodução da ideologia patriarcal Reforço à imagem da mulher como “dona de casa”, objeto sexual, dependente dos homens, insatisfeita com a aparência atrás dos modelos de beleza da indústria da moda * * * E a mídia com isto? As meninas aparecem no papel das que brincam com “brinquedos de menina” ou que já se revelam sexualmente “fogosas” Dissemina timidamente a imagem da mulher trabalhadora independente e chefe da casa – ênfase maior na relação desta imagem com as classes mais privilegiadas - com as “mulheres ativas” * * * Alguns esforços de transformação TV Mulher (1980-1986) Malu Mulher (1979-1980) Série “Mulher” (1998-1999) * * * Espaços para trabalhar por transformação Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC) http://www.wacc.org.uk/ (Programa Mídia e Justiça de Gênero) Agência de Notícias pelos Direitos da Infância (ANDI) htpp://www.andi.org.br Observatório da Imprensa www.observatorioimprensa.com.br SOS Imprensa – Universidade de Brasília www.unb.br/fac/sos/site/index.php Monitor de Mídia - Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI www.univali.br/monitor
Compartilhar