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Gênero e mídia

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Gênero e Mídia
Magali do Nascimento Cunha
Faculdade de Teologia
Universidade Metodista de São Paulo
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Um dia... 
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...vivi a ilusão de que ser homem bastaria... 
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...Que o mundo masculino tudo me daria... 
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...Do que eu quisesse ter... 
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... Que nada... 
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...minha porção mulher que até então se resguardara... 
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...É a porção melhor que trago em mim agora... 
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...É o que me faz viver... 
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O que é falar de gênero?
É falar das relações humanas, do gênero humano – machos e fêmeas; homens e mulheres
É falar das diferenças entre estes seres da mesma espécie: o masculino e o feminino – aquelas dadas, biologicamente, e aquelas construídas em cada agrupamento social
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O que é falar de gênero?
É reconhecer a afirmação biológica de que o masculino e o feminino estão presentes nos seres humanos – tanto no macho quanto na fêmea
É valorizar estas diferenças como elementos que garantem o equilíbrio da espécie humana por meio da cooperação, da amizade e do amor
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O que é falar de gênero?
É reconhecer que os agrupamentos sociais construíram modos de vida (culturas) ao longo da história que determinaram papéis específicos para machos e fêmeas/homens e mulheres
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O que é falar de gênero?
É reconhecer também que um dado momento histórico sociedades construíram a quebra desse equilíbrio dinâmico da espécie humana resultando na cultura do patriarcado 
Neste modo de vida, a estruturação e a organização da vida coletiva são baseadas no poder de um “pai”, isto é, determina-se que as relações masculinas prevalecerem sobre as femininas; e o poder dos homens mais fortes prevalecer sobre outros.
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O que é falar de gênero?
Estabelece-se uma relação de poder desigual entre homens e mulheres e os conflitos passam a surgir: um pólo prevalece sobre o outro, dominando-o ou subalternizando-o.
A partir daí homens e mulheres passam a percorrer caminhos diferentes quanto à constituição física e psíquica, à construção de valores, crenças, hábitos, comportamentos, preferências, imagem corporal, etc.
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O que é falar de gênero?
Com isso, meninos são estimulados à atividades físicas bem mais que as mulheres; em geral são incitados a mexerem no seu órgão sexual desde pequenos; a gostarem de coisas tidas como “masculinas”, etc. 
Meninas são estimuladas a serem passivas, boas irmãs, companheiras e ajudantes do lar; a se empenharem mais nas tarefas escolares; a evitar o contato com seu órgão sexual, etc. 
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O que é falar de gênero?
Homens aprendem que devem ser fortes e equilibrados emocionalmente: “homem não chora”;
Enquanto as mulheres devem se conformar na sua fraqueza, delicadeza, meiguice;
Homens são da rua; mulheres são da casa;
 ... ... ...
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O que é falar de gênero?
Conseqüências: as mulheres aprendem a ser femininas e submissas, e são controladas nisto, e também os homens são vigiados na manutenção de sua masculinidade; 
os homens devem aprender a ser dominadores e ativos e as mulheres a serem submissas; se as mulheres devem ser castas, os homens devem conhecer os limites para atentar contra esta castidade
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Falar de gênero é...
Conseqüências: 
a exploração sexual
a exploração do trabalho da mulher
a discriminação das mulheres que rompem com o papel de dominação
A discriminação dos homens que se solidarizam com as mulheres e que se identificam com o feminino
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O que é falar de gênero?
Dispor-se a refletir sobre gênero é ampliar o espaço da democracia nas relações dentro da espécie humana 
A democratização da sociedade humana passa pela discussão das relações de gênero
Neste sentido a luta pelo equilíbrio nas relações entre homens e mulheres não está relacionada apenas aos interesses das mulheres, mas aos interesses gerais da humanidade – a parceria do seres
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E a mídia com isto?
Projeto Global de Monitoramento da Mídia da Associação Mundial para a Comunicaçaõ Cristã (WACC)
http://www.wacc.org.uk/ (Programa Mídia e Justiça de Gênero)
50% da população mundial são mulheres mas raramente representadas na TV, no rádio e na imprensa 
 Quando aparecem: reprodução do patriarcalismo...
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E a mídia com isto?
No noticiário...
Especialistas nos noticiários: predominantemente homens - 83% de todos os especialistas e 86% dos que aparecem como porta-vozes. 
Mulheres aparecem mais como vozes que expressam experiências pessoais (31%) e representando a opinião popular (34%). 
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E a mídia com isto?
Para cada mulher que aparece nos noticiários: quatro homens = apenas 21% aparecem nas notícias. 
Em relação à política: apenas 14% das mulheres são tematizadas nestas pautas.
Quando as mulheres estão nas páginas dos jornais ou na televisão, são principalmente em notícias "leves", como sobre celebridades (42%), donas-de-casa (75%) ou estudantes (51%).
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E a mídia com isto?
Mulheres aparecem mais como vítimas nos noticiários. Em matérias de acidentes, crimes e guerra (que afetam ambos os gêneros), são representadas em dobro – 19% de mulheres em comparação a 8% de homens. 
Mulheres também aparecem mais em fotos de tragédias do que os homens. Em artigos sobre crime, violência ou acidentes, fotos de mulheres aparecem mais para efeito dramático e para "decorar" as páginas. 
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E a mídia com isto?
Na TV, 57% das notícias são apresentadas por mulheres – critério da “boa aparência” prevalece 
Na redação dos jornais, apenas 29% dos jornalistas são do sexo feminino. 
Mulheres jornalistas predominam em matérias sobre temas sociais, educação e relações familiares (40%). 
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E a mídia com isto?
Metade das notícias sobre celebridades é escrita ou apresentada por mulheres e apenas 32% de notícias políticas são apresentadas por elas. 
Homens ainda dominam o espaço das notícias consideradas "sérias", como aquelas de política e economia. 
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E a mídia com isto?
Lazer e entretenimento...
Reprodução da ideologia patriarcal
Reforço à imagem da mulher como “dona de casa”, objeto sexual, dependente dos homens, insatisfeita com a aparência atrás dos modelos de beleza da indústria da moda
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E a mídia com isto?
As meninas aparecem no papel das que brincam com “brinquedos de menina” ou que já se revelam sexualmente “fogosas”
Dissemina timidamente a imagem da mulher trabalhadora independente e chefe da casa – ênfase maior na relação desta imagem com as classes mais privilegiadas - com as “mulheres ativas”
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Alguns esforços de transformação
TV Mulher (1980-1986)
Malu Mulher (1979-1980)
Série “Mulher” (1998-1999)
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Espaços para trabalhar por transformação
Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC)
http://www.wacc.org.uk/ (Programa Mídia e Justiça de Gênero)
Agência de Notícias pelos Direitos da Infância (ANDI)
htpp://www.andi.org.br 
Observatório da Imprensa www.observatorioimprensa.com.br 
SOS Imprensa – Universidade de Brasília
www.unb.br/fac/sos/site/index.php
Monitor de Mídia - Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI www.univali.br/monitor

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