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Vladimir Correia Organizacao poderes 02

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Organização dos Poderes 
 
O poder é a força que o Estado tem de impor a todos sua vontade. No exercício do poder ele 
realiza três funções distintas, seja legislando, criando normas que devem ser obedecidas por todos, seja 
executando essas leis, exercendo funções administrativas, ou exercendo sua função judicial, quando o 
Estado resolve conflitos. 
O poder não se separa, portanto, o termo “separação de poderes” é inadequado, pois o poder é 
uno e indivisível. O que se separa, na verdade, são as funções que o Estado exerce. 
Dentro desse contexto, temos o princípio da separação de poderes. O primeiro a identificar o 
exercício de três funções foi Aristóteles, porém, ele não propôs uma forma de separação das funções, 
pois acreditava na cumulação de poder nas mãos de uma única pessoa. 
Vejamos a separação de governo proposta por Aristóteles: 
Forma pura Forma impura 
O poder em prol do bem comum, sempre 
objetivando o interesse público. 
Se o governante desvirtua o exercício do poder, 
beneficiando apenas alguns. 
Monarquia – um titular do poder. Tirania – aquele que desvirtua o uso do poder. 
Aristocracia – forma de governo que pertence a 
um grupo, e que é exercida em prol do bem 
comum. 
Oligarquia – desvio da Aristocracia. 
Democracia – poder utilizado para o bem de 
todos. 
Demagogia – poder utilizado em nome de 
alguns. 
 
Hoje, as formas de governo, a partir dos ideais de Maquiavel (século XV-XVI) é a monarquia e a 
república. 
Já no século XVII, Rousseau, no período Iluminista, há uma mudança radical do pensamento do 
continente europeu, passando o homem a ser o centro, não podendo ser tratado como instrumento. 
Para conviver em sociedade, é necessária a criação do Estado, devendo ser delegada parte do poder para 
este. Na obra “Contrato Social”, toda a sociedade firmou um contrato no qual aceitamos abrir mão de 
parcela da soberania do poder no mais alto grau, entregando ao Estado para que ele exerça o poder e 
possa exercer a ordem em prol de todos. 
Após, John Locke (Inglaterra), influenciado pelas teorias de Rousseau, traça um modelo insipiente 
de separação de poderes. Ele também acredita que o homem nasce bom e é contaminado com as 
experiências que ele adquire durante a vida. Portanto, o homem pode se tornar corrupto se exercer 
sozinho muito poder. 
A origem do constitucionalismo moderno se deu com Montesquieu, na obra “O espírito das leis”, 
na qual ele traçou a teoria de separação dos poderes. Ele acredita que quando o homem acumula muito 
poder ele é desvirtuado. Daí a necessidade de separar o poder em órgãos distintos, de modo autônomo e 
independente entre si. 
 
 
 
 
 
 
Ø Princípio da separação de poderes 
 
Montesquieu diz que é necessário separar e dividir as funções que o Estado exerce dentre órgãos 
independentes e autônomos entre si, de modo que o poder seja exercido de forma equilibrada 
(harmônica) e que não haja a sobreposição de um órgão sobre o outro. 
Consta no art. 2º da CF/88 esse princípio, sendo, inclusive, cláusula pétrea (art. 60, § 4º, VI, CF/88). 
Essa separação não é estática, havendo uma relação entre os poderes, até para ser possível que 
eles se controlem entre si. Isso ficou conhecido como o sistema de “freios e contrapesos”. É necessária a 
criação de mecanismos de controle recíproco entre os poderes, de forma a permitir a fiscalização mútua 
entre os mesmos, impedindo a sobreposição de um sobre o outro, bem como de forma a viabilizar o 
equilíbrio e a igualdade entre eles. 
A Constituição Federal trouxe instrumentos de controle recíproco entre os poderes, por exemplo, 
vemos o Poder Legislativo sendo controlado pelo Executivo quando o Presidente da República exerce o 
poder de vetar um projeto de lei elaborado pelo Congresso Nacional. Ainda, quando o Legislativo cria 
uma lei inconstitucional, o Poder Judiciário tem o poder de declarar sua inconstitucionalidade. Por sua 
vez, o Poder Executivo é o mais controlado, por exemplo, através do controle externo da administração 
pública exercido pelo Poder Legislativo com auxílio do Tribunal de Contas. Por fim, o Poder Judiciário 
também é controlado, na medida em que o próprio processo de nomeação e escolha dos ministros do 
STF é realizado pelo Presidente e aprovado pela maioria absoluta do Senado. 
Feitas as considerações gerais, passamos a análise de cada um dos poderes. 
 
Ø PODER LEGISLATIVO 
 
O Poder Legislativo tem por função típica elaborar as leis e atos normativos. As regras que regem 
os estados são disciplinadas pelo Legislativo e, pelo princípio da legalidade, segundo o qual ninguém é 
obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei, de forma que somente a lei cria um 
direito e impõe obrigações. 
No Brasil, outra função típica exercida pelo Poder Legislativo é a fiscalização, ou seja, o controle 
externo da administração pública. 
Em suma, temos que o Legislativo faz o controle da legalidade, da legitimidade e da economicidade 
dos atos da administração pública. 
Os poderes em geral exercem suas funções típicas, mas também exercem, de forma excepcional, 
funções atípicas. 
§ Princípio da simetria: as normas que traçam a estrutura e organização do Estado devem ser 
adotadas de forma paralela por todos os entes federativos. 
 
§ Congresso Nacional: no âmbito da União, o legislativo é representado pelo Congresso Nacional, 
que é bicameral, pois temos duas casas, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. 
Os deputados são representantes do povo, e o período de mandato (4 anos) é chamado de 
Legislatura. 
Por outro lado, o Senado representa os estados, sendo três senadores por cada, sendo de 08 anos 
o período do mandato. Ademais, enquanto a Câmara se renova por inteiro a cada legislatura, no Senado 
a renovação se dá alternadamente por um terço e dois terços a cada legislatura. 
 
 
 
 
 
§ Assembleia Legislativa: temos os deputados estaduais. O número de deputados estaduais será 
três vezes o nº de deputados federais até 12. Quando chegar em 12, para cada deputado federal, 
acrescenta um deputado estadual. Em relação ao subsídio do deputado estadual, a regra é que será no 
máximo 75% do que recebe um deputado federal. 
 
§ Câmara Municipal ou Câmara dos Vereados: vide arts. 29 e 29-A da CF/88. 
 
 
Ø Congresso Nacional 
 
ð Sessões Legislativas: reuniões que ocorrem no Congresso Nacional. 
§ Ordinária: é o período anual em que o Congresso se reúne, de forma ordinária e comum. 
Ela vai de 2 de fevereiro a 17 de julho e 1º de agosto a 22 de dezembro. Durante esse período o 
Congresso se reúne. Essa sessão ordinária não encerrará até que seja aprovada a lei de diretrizes 
orçamentárias, portanto, o Congresso Nacional não pode entrar no recesso parlamentar. Esse período de 
recesso é de 23 de dezembro a 1º de fevereiro e 18 de julho a 31 de agosto. 
 
§ Extraordinária: durante o recesso parlamentar, excepcionalmente, pode haver sessões 
legislativas extraordinárias. Somente em hipóteses excepcionais previstas na CF pode ocorrer a sessão 
extraordinária, quais sejam, mediante convocação do presidente do Senado Feral, em caso de 
autorização da decretação de estado de sítio, defesa e autorização federal. Essas medidas são decretadas 
pelo Presidente da República, devendo ser submetidas pelo controle do Congresso. Se o Congresso 
estiver em recesso, deve ser convocada uma sessão legislativa extraordinária para apreciar a medida. 
Outra situação que enseja a convocação pelo presidente do Senado é para o compromisso de posse do 
presidente e vice-presidente. 
Ainda, o Presidente da República, do Senado, da Câmara de Deputados e por maioria de 
uma das casas podem convocar a sessão extraordinária diante de uma situação urgente e de relevante 
interesse nacional. 
Durante a sessão extraordinária o Congresso só irá deliberar sobrea matéria pera a qual 
foi convocado. 
§ Exceção: a expedição de medida provisória, hoje, não autoriza a convocação 
extraordinária, entretanto, convocada por outro motivo, a sessão extraordinária não poderá ser 
dissolvida enquanto não apreciar a MP que estiver em pauta. 
 
§ Posicionamento do STF: os parlamentares recebem ajuda de custo quando convocados 
para a assembleia extraordinária, mas não recebem indenização. 
 
 
Ø Órgãos 
 
ð Mesa diretora: a mesa será escolhida na sessão preparatória no dia 1º de fevereiro pela 
respectiva Casa, num mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo dentro da mesma 
legislatura (período de 4 anos em que é renovada a Casa). 
§ Princípio da unicidade da legislatura: pela unicidade, cada legislatura é autônoma em 
relação a outra. Portanto, goza de autonomia para disciplinar e se organizar, não ficando vinculada à 
legislatura passada. 
§ Composição da mesa diretora no Congresso Nacional: a presidência é exercida pelo 
Presidente do Senado. Os demais cargos serão exercidos alternadamente, dentre membros da Câmara e 
do Senado, de acordo com o cargo que ocupam em suas respectivas Casas. 
 
 
 
 
 
ð Comissões parlamentares: são órgãos colegiados, compostos por um número restrito de 
parlamentares responsáveis por analisar certas matérias e sobre elas opinar e emitir pareceres. As 
comissões parlamentares são importantes para agilizar o procedimento da Casa. 
 
§ Comissões permanentes: estão previstas no regimento interno da Casa, e não se 
encerram nem mesmo com o fim da legislatura. As principais comissões permanentes são as chamadas 
comissões temáticas. Elas servem para facilitar e viabilizar a vida dos parlamentares, pois os projetos de 
leis chegam nas respectivas casas e devem ser deliberadas pelo Plenário, portanto, as comissões 
temáticas elaboraram pareceres sobre os projetos. 
 
ü Delegação interna corporis – art. 58, § 2º, CF/88 – certas matérias cujo regimento 
interno dispensa o Plenário podem ser deliberadas no âmbito das comissões. 
 
§ Comissões temporárias: são as criadas com prazo certo e objeto determinado. As 
comissões temporárias se extinguem de três formas: a) com o término do prazo; b) com o esgotamento 
do objeto; e c) com o fim da legislatura, tendo em vista o princípio da unicidade da legislatura. Uma 
comissão parlamentar temporária muito importante é a Comissão Parlamentar de Inquérito, prevista no 
art. 58, § 3º, CF/88. 
 
ð Comissão parlamentar de inquérito: comissão temporária, com prazo certo e objeto 
determinado. Tem por função fiscalizar atos da administração para verificar irregularidades. A função de 
fiscalizar é típica do Poder Legislativo. Vejamos o art. 58, § 3º, CF/88: “as comissões parlamentares de 
inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos 
nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, 
em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração 
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério 
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. 
 
§ Criação: pelo requerimento de, no mínimo, um terço dos membros da respectiva casa. 
Se o requerimento for da Câmara, é necessário o voto de um terço dos deputados, e se for do Senado, 
um terço dos senadores, ainda, se for uma CPI mista, ou seja, uma CPI do CN formada por deputados e 
senadores, é necessário um terço de deputados mais um terço de senadores. Se a CPI for criada com o 
requerimento de um terço dos membros, nem mesmo o presidente da casa ou a maioria podem obstar 
seu prosseguimento. 
 
§ Prazo: a CF/88 exige que o prazo seja certo, devendo ser estipulado no momento de sua 
criação. Não pode ocorrer a criação de uma CPI com prazo indeterminado. Entretanto, pode haver 
prorrogações sucessivas, também com prazo certo. 
 
§ Objeto: o objeto deve ser específico e determinado. A CPI investiga irregularidades com 
repercussão na esfera pública. Importante destacar sobre a possibilidade de redirecionamento da CPI 
para investigar fato novo diverso do que fundamentou sua instauração, em regra, não se admite. No 
entanto, o STF entende que seria possível se o fato for conexo com aquele objeto da investigação. 
 
§ Conclusões: quando a CPI investiga e chega a uma conclusão, os relatórios devem ser 
encaminhados às autoridades competentes, as quais tomarão as providências cabíveis. 
 
§ Poderes da CPI: o art. 58, § 3º da CF/88 refere que a CPI tem poderes investigatórios de 
autoridade judicial, no entanto, a discussão consiste no fato dos poderes investigatórios serem das 
autoridades policiais, e não de autoridade judicial. Assim, temos que a CPI pode adotar medidas capazes 
de formar o entendimento sobre determinado fato. 
 
 
 
 
 
Não pode Pode 
Em regra, a CPI não poderá adotar as 
medidas que se submetem à cláusula de 
reserva de jurisdição, ou seja, medidas 
que só podem ser determinadas pelo juiz. 
1) medidas cautelares (arresto e 
sequestro de bens, decretar a 
indisponibilidade de bens etc.); 2) quebrar 
a inviolabilidade do domicílio, 
determinado uma busca e apreensão; 3) 
sanções às pessoas (prisões, perda do 
cargo, multa, advertência etc.), inclusive, 
não pode quebrar sigilo telefônico; 4) 
decretar prisão, exceto prisão em 
flagrante, pois qualquer um pode dar voz 
de prisão em flagrante delito. 
1) Requisitar documentos; 2) determinar 
perícias, exames, vistorias, etc.; 3) 
convocar e ouvir pessoas, comuns ou 
autoridades públicas, e colher seus 
depoimentos; 4) quebrar sigilo bancário 
e fiscal; e 5) sigilo de dados telefônicos 
não se confunde com interceptação 
(conteúdo da conversa). 
Os apontamentos levantados valem, também, para as CPIs municipais. 
Observação: a CPI municipal não tem poderes para quebrar sigilo bancário e fiscal. 
 
§ Direitos dos depoentes: as testemunhas e investigados têm direito a ser assistido por 
advogado, assim como de consultar seu advogado a qualquer momento. Os investigados têm direito ao 
silêncio e de não produzir prova contra si mesmos. Por sua vez, as testemunhas têm o dever de dizer a 
verdade, só sendo invocado o direito de não produzir prova contra si mesmo quando seu testemunho 
possa incriminá-la. Esse direito de não produzir prova, segundo o STF, se estende aos familiares dos 
investigados. 
 
ð Parlamentares: 
 
§ Imunidades: são prerrogativas inerentes à função exercida pelos membros dos poderes, 
visando garantir uma atuação livre, independentes dos mesmos. 
 
ü Material: 
 
§ Inviolabilidade parlamentar: os parlamentares são invioláveis pelos votos e opiniões 
proferidos no exercício do mandato. Essa prerrogativa se refere a uma irresponsabilidade civil, penal e 
administrativa. Essa imunidade não se restringe ao Congresso Nacional, podendo o parlamentar estar em 
qualquer local. 
 
§ Vereador: a inviolabilidade se restringe aos limites do município, sendo sua única 
imunidade. 
 
ü Formais: 
 
§ Imunidade para prisão: o parlamentar não pode ser preso, salvo em caso de flagrante 
por crime inafiançável e sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Na prisão em flagrante 
por crime inafiançável os autos da prisão devem ser remetidos dentro de 24h para a respectiva Casa do 
parlamentar, a qual irá decidir sobre a prisão, por voto da maioria absoluta. 
 
 
 
 
 
 
§ Imunidade para o processo propriamente dito: antes, o processo criminal em face de um 
parlamentar dependia de autorização da respectiva Casa, hoje, não mais. Entretanto, somente em crimes 
ocorridos após a diplomação, por iniciativa do partido e pelo voto da maioria absoluta da sua Casa, em 45 
dias,pode haver a sustação do processo. 
 
§ OBSERVAÇÃO: todas as imunidades se iniciam com a diplomação, a qual ocorre antes 
mesmo da posse. 
 
§ Foro por prerrogativa de função: essa prerrogativa de função faz com que os 
parlamentares sejam julgados por autoridades específicas. Ainda, a prerrogativa de foro só dura 
enquanto durar o mandato, sendo assim, a perda do cargo e da função importa na perda da prerrogativa, 
sendo remetido o processo à autoridade competente. Essa prerrogativa é apenas para processo criminal. 
 
Parlamentar Crime Órgão julgador 
Deputados Federais e 
Senadores 
Crime comum STF 
Deputados Federais e 
Senadores Crime de responsabilidade 
Congresso Nacional: 
deputados federais na Câmara 
de Deputados e Senadores no 
Senado Federal. 
Deputados Estaduais e 
Distritais Crime comum TJ do estado ou TJ do DF 
Deputados Estaduais e 
Distritais Crime de responsabilidade 
Assembleia Legislativa do 
Estado: deputados estaduais; e 
Câmara Legislativa do DF: 
deputados distritais. 
Vereadores 
Não tem essas prerrogativas, 
salvo a inviolabilidade limitada 
à circunscrição do seu 
município. 
 
 
Demais considerações: 
 
§ Para a incorporação dos parlamentares nas forças armadas, ainda que em tempo de 
guerra, é necessária a autorização da respectiva Casa; 
 
§ Não estão obrigados a depor sobre o que souberem em razão do exercício do mandato; 
 
§ Os parlamentares não podem perder o cargo enquanto estiverem afastados para 
exercer os seguintes cargos: ministro de estado; secretário estadual e municipal, governador de território 
ou chefe de emissão diplomática em caráter permanente, ou quando estiverem afastados para tratar de 
interesse particular pelo prazo de 120 dias. 
 
§ O parlamentar será substituído por seus suplentes, os quais substituirão os deputados e 
senadores quando estiverem afastados do cargo por mais de 120 dias, ou para exercer alguma das 
funções acima citadas. Ainda, se houver a perda do cargo, o suplente deverá assumir o cargo. Se não 
houver mais suplentes para serem chamados e faltar mais de 15 meses para o término do mandato, 
novas eleições serão convocadas. De outro lado, faltando menos de 15 meses para o mandato encerrar, a 
casa seguirá com parlamentares a menos. Os suplentes não têm as prerrogativas dos parlamentares, 
salvo se estiverem no cargo. 
 
 
 
 
 
§ Perda do mandato – art. 55, CF/88: 
 
1) Cassação: decorre de um processo no âmbito da sua respectiva Casa, sendo respeitado o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
a) Violação do art. 54, CF/88 – impedimentos; 
b) Quebra do decoro parlamentar; 
c) Sentença penal condenatória transitada em julgado; 
d) Quando deixar de comparecer a mais de um terço das sessões legislativas; 
e) Decretação pela Justiça Eleitoral; e 
f) Quando houver a perda ou suspensão dos direitos políticos. 
 
2) Extinção do mandato: a mesa diretora identifica uma causa de perda do mandato e 
declara a extinção. 
 
ð Função fiscalizatória: a função fiscalizatória realizada pelo Poder Legislativo é típica, sendo um 
exercício de controle externo e recíproco entre os poderes. Esse controle diz respeito à legalidade, à 
legitimidade a à economicidade dos atos da administração, ou seja, é uma verificação se os atos 
administrativos estão de acordo com a lei, se veiculam o interesse público e se importam no menor custo 
possível para a administração pública. O controle é realizado em diversas áreas: administrativo, 
financeiro, operacional, contábil e patrimonial. 
 
§ Controle: 
 
I. Interno: é o controle que cada órgão realiza dentro do próprio órgão, sendo um poder-
dever. 
 
II. Externo: é o controle que um poder faz sobre o outro, sendo exclusividade do Poder 
Legislativo. O Tribunal de Contas é o órgão que auxilia e colabora com o Poder Legislativo na sua função 
fiscalizatória. Lembrando que o Tribunal de Contas é um órgão autônomo, não exercendo função 
jurisdicional, portanto, suas decisões não fazem coisa julgada.

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