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epidemiologia do envelhecimento

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Pós Graduação em Saúde do Idoso Geriatria e Gerontologia
Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento – CIAPE.
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
Módulo: I
Disciplina: Epidemiologia do Envelhecimento
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Epidemiologia do Envelhecimento
Dr. Felipe Toledo Rocha
 
 Médico formado pela UFMG
 Especialista em Geriatria e Gerontologia pelo CIAPE/FCMMG
 Mestrando em Gerontologia Social pela Universidade Autônoma de Madri / Espanha
 Diretor Clínico do Hospital Paulo de Tarso de Geriatria
 Coordenador do GeroCenter / CIAPE
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Conteúdo Programático
Transição Demográfica
Transição Epidemiológica
Teorias do Envelhecimento
Modalidades de Envelhecimento
Classificação Funcional x Classificação de Doença
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6. Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos Principais
Composição corporal / Nutrição / Antropometria 
 Metabolismo hidroeletrolítico 
Imunossenescência
Termorregulação
Órgãos dos sentidos (visão e audição)
Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral
Pele e anexos
Sistema endócrino
Sistema cardiosvascular
Sistema respiratório
Sistema gênito-urinário
Sistema gastrointestinal
Sistema nervoso
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TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:
A população cima de 60 anos representa, atualmente, 9% da população brasileira. 
 Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos serviços de saúde.
Em 2020 projeta-se que a população idosa representará 15% da população brasileira.
Demanda dos serviços de saúde em 2020  70%????
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Transição Epidemiológica
Diminuição da morbi-mortalidade causada por doenças infecto contagiosas.
Aumento da morbi-mortalidade causada por doenças crônico degenerativas.
Modificação do paradigma médico do curar  Aprender a evitar a Incapacidade, não só a Morte. 
De que morreu seu avô?
Do que você vai morrer?
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Transição Epidemiológica no Brasil
 Sobreposição de modelos.
 Reaparecimento de doenças seculares ( Dengue, Febre Amarela, Leidhmaniose, TBC, Hanseníase dentre outras).
 Aumento expressivo das causas externas violência urbana
 Aumento na prevalência das doenças Cardiovasculares
 A Transição Demográfica é muito mais acelerada do que a Transição Epidemilógica.
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Teorias do Envelhecimento
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
1. Teoria do “Uso-Desgaste”: O envelhecimento e a morte seriam resultado da constante exposição dos diversos tecidos às injúrias ambientais.
2. Teoria das “Proteínas Alteradas”: O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição .
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3. Teoria das “Mutações Somáticas”: O envelhecimento seria consequência do acúmulo de mutações somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos diversos órgãos corporais.
4. Teoria do “Erro Catastrófico”: Falhas no aparato protéico de célula causariam a ação errônea da proteína no ambiente celular, mesmo com a integridade do códon.A somatória desses erros chegaria a um ponto incompatível com a vida  Morte.
5. Teoria da “Desdiferenciação”: A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido  Quebra da Homeostase.
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6. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”: O envelhecimento seria resultante da sobreposição dos mecanismos lesivos sobre os reparadores.
7. Teoria do “Acúmulo de Detritos  Lipofuscina”: O acúmulo de detritos no interior da célula, sem turnover do mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular.
8. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”: Modificações químicas em proteínas importantes, como colágeno e elastina, afetariam a constituição e função dos tecidos.
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Teorias Sistêmicas
Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o metabolismo de um ser, maior sua longevidade.
Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma menor eficiência respiratória da mesma.
Teoria Genética
Apoptose: Morte celular programada, ativada por fatores extra celulares.
Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies tornariam as células “no self” e, consequentemente, seriam eliminadas.
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Teorias Neuroendócrinas: 
Desregulação dos sistemas neuroendócrinos afetando a Homeostase.
Teoria Imunológica:
1. Alterações qualitativas e quantitativas no sistema imunológico levariam a perda da Homeostase.
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Conclusão
Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer.
Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer.
A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar.
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Incapacidade
Infância
Adulto
Velhice
Envelhecimento Saudável
Envelhecimento Patológico
Envelhecimento Saudável 
X 
Envelhecimento Patológico
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Envelhecimento Fisiológico 
( Senescência)
Refere-se aos processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos. 
Provavelmente, essas transformações sofrem influência do ambiente físico e social. Entretanto, ainda não se sabe a extensão do impacto ambiental, principalmente devido à dificuldade de desenvolvimento de um método que separasse a fração de declínio fisiológico inerente ao organismo daquelas advindas dos estresses ambientais anteriores ao envelhecimento. 
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 O envelhecimento fisiológico é dividido em:
 Envelhecimento usual: apresenta prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes;
 Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica mínima, com preservação da função robusta em uma idade avançada. O processo de envelhecimento é “puro”, isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças. 
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Envelhecimento Patológico 
(Senilidade)
Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que “desviam” a curva de capacidade para baixo.
 Diabetes mellitus por Obesidade
 Osteoartrose por esforço repetitivo
 DPOC por tabagismo
Hábito + Genética = Patologia
Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento 
 Patológico
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Patologias mais prevalentes na pessoa idosa
Patologias às quais o idoso apresenta maior suceptibilidade:
Transtornos Motores do Esôfago
Catarata
Osteoartrite
Doenças que se relacionam com a idade, as quais se associam com mais freqüência a determinada idade (Osteoporose e Fratura de Fêmur, Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer, etc;)
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Efeito da morbidade de doenças crônicas
 Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de doença = IRC, Cegueira, Amputações.
 Hipertensão Arterial Sistêmica não controlada + 30 anos de doença = ICC, IRC, AVC.
Osteoporose + Queda = Fratura de Fêmur
*
Autor:Prof.Edgar Nunes de Morais
		
INSUFICIÊNCIA CARDIOVASCULAR
		Disfunção de bomba
		ICC
		
		
Disfunção perfusional
		Insuficiência coronariana
Insuficiência vascular periférica
Estenose carotídea
Aneurisma abdominal
		
		 Disfunção elétrica
		Bloqueio de condução
Fibrilação atrial e arritmias ventriculares
		
INSUFICIÊNCIA OSTEOMUSCULAR
		Osso
		Fratura (osteoporose)
		
		Articulação
		Osteoartrose
		
		Músculo
		Polimialgia reumática (arterite temporal)
		
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
		
DPOC
Pneumonia
		
INSUFICIÊNCIA GÊNITO-URINÁRIA
		
Incontinência urinária
Insuficiência renal
Infecção urinária
		INSUFICIÊNCIA ENDÓCRINA
		Diabetes mellitus
Hipotireoidismo
		
INSUFICIÊNCIA VISUAL
		Catarata
Glaucoma
Degeneração senil
		INSUFICIÊNCIA AUDITIVA
		Surdez de condução (rolha
de cerumen)
Perda neurosensorial
*
		
Outras 
co-morbidades freqüentes no idoso
		
Constipação intestinal, diverticulose, diarréia, colelitíase 
Neoplasias: mama, cólon, pulmão, próstata, estômago, pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas,
Hipertensão arterial, hipotensão ortostática, dislipidemia, tromboembolismo pulmonar
Infecções: pneumonia, infecção urinária, erisipela, tuberculose,influenza, ...
Hiperplasia prostática benigna, disfunção sexual
Insônia, xerodermia, úlceras de pressão
Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo
Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficiência de B12
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CID (Código Internacional de Doenças)
Mostra apenas um lado da questão: o da doença ou a situação que causou a seqüela, mas não apresenta outros fatores como a capacidade do indivíduo em se relacionar com seu ambiente de vida.
Classificação Internacional de Limitação, Incapacidade e Deficiência - ICIDH) - 1992
Conseqüência
Funcional
Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
*
FUNCIONALIDADE
É um termo que abrange todas as funções do corpo, atividades e participação.
INCAPACIDADE
É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição na participação.
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Indivíduo PESSOA
Humanização ou Conscientização (Para quê?)
“Conhece-te a ti mesmo”
ESFORÇO PESSOAL
( VULNERABILIDADE
( Reserva homeostática
Liberdade Plena
Aceitação da realidade e maior tolerância à dor
Idade cronológica
 
*
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Psiquismo infantil
Envelhecimento patológico
do organismo
Infância e 
adolescência
Idade
 
Velhice
Limiar de Incapacidade
Adultez
*
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Limiar de Incapacidade
ORGANISMO
PSIQUISMO
Infância e 
adolescência
Idade
 
VELHICE
Adultez
*
*
*
		
Grandes Síndromes Geriátricas 
Bio-Psico-Sociais
		
Incapacidade Cognitiva
Imobilidade
Instabilidade Postural
Incontinência Urinária
Iatrogenia
		
Insuficiência Familiar
Indiferença
Isolamento Social
Institucionalização
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ENVELHECIMENTO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS
 Composição corporal / Nutrição / Antropometria 
 Metabolismo hidroeletrolítico 
 Imunossenescência
 Termorregulação
 Órgãos dos sentidos (visão e audição)
 Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral
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 Pele e anexos
Sistema endócrino
Sistema cardiosvascular
Sistema respiratório
Sistema gênito-urinário 
Sistema gastrointestinal
Sistema nervoso
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ANTROPOMETRIA
Estatura:  1 a 1,5 cm/década
Peso:  até 70 anos
IMC (kg/m2): 22 a 27
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NUTRIÇÃO
As alterações fisiológicas do envelhecimento que comprometem as necessidades nutricionais ou ingestão alimentar são:
 Redução do olfato e paladar: 
 Redução do metabolismo basal: redução de 100 Kcal por década ( massa magra e da atividade física);
 Aumento da necessidade protêica:  síntese e ingestão
 Redução da biodisponibilidade da vitamina D: redução da absorção intestinal de cálcio;
*
 Deficiência da utilização da vitamina B6;
 Redução da acidez gástrica:  B12, Ferro, cálcio, ácido fólico e zinco
 Insuficiência do mecanismos reguladores da sede, fome e saciedade;
 Aumento da toxicidade de vitamina lipossolúveis: vitamina A, D, E, K
 Maior dificuldade na obtenção, preparo e ingestão de alimentos;
 Xerostomia
*
Autor: Prof.Edgar Nunes Moraes
1. Hormônio Antidiurético (ADH)
DESIDRATAÇÃO
(Redução de 20% da água corporal total e 8 -10% do volume plasmático)
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA
HIPONATREMIA
HIPERPOTASSEMIA (IRC, diabetes, AINE)
Níveis séricos basais
(
Liberação do ADH após estimulação dos osmorreceptores
(
Liberação do ADH após estimulação dos barorreceptores
(
Responsividade renal ao ADH
(
2. Aldosterona (hipoaldosteronismo hiporreninêmico)
Níveis basais
(
Liberação de aldosterona após depleção do sódio
(
Liberação de aldosterona após mudanças posturais
(
3. Hormônio Natriurético Atrial
Níveis basais
(
Liberação após estimulação
(
4. Sensação de Sede
(
5. Outros: diuréticos, sudorese excessiva, restrição física, confusão mental, demência, diarréia, etc...
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Envelhecimento Oftalmológico
		Alterações anatômicas
		Alterações funcionais
		Enoftalmia
Edema de pálpebra inferior (com ou sem hiperpigmentação)
Ptose
Entrópio (inversão da pálpebra e cílios) Ectrópio (eversão da pálpebra)
Epífora (lacrimejamento excessivo)
Halo senil
Esclera mais amarelada
Pterígio
Conjuntiva mais fina e friável (“sensação de areia nos olhos”).
		Presbiopia
Catarata
Glaucoma
Rigidez Pupilar (miose senil)
( visão periférica e central, ( visão espacial, modificação da percepção de cores;
Degeneração macular: dificuldade de individualizar e distinguir detalhes e cores → perda da visão central;
Maior risco de descolamento de retina
*
Audição
OUVIDO EXTERNO
OUVIDO MÉDIO
OUVIDO INTERNO
Pêlos do trago (característica sexual secundária) se tornam mais grossos, maiores e proeminentes.
Glândulas da cera se atrofiam ( cera mais seca
Atrofia e ressecamento da pele ( prurido
Estreitamento do espaço articular dos ossículos + calcificação cartilagem articular ( degeneração articular
Degeneração das células do órgão de Corti (equilíbrio) e da cóclea (audição):
Redução da sensibilidade vestibular 
Hipoacusia
*
A prevalência de disfunção auditiva é de cerca de 24% na faixa etária de 65 a 74 anos e aumenta para 39% na população com idade superior a 74 anos. Pacientes institucionalizados apresentam a mais alta prevalência.
Perda Bilateral, Lenta e Progressiva para tons de Alta Frequência
*
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
IMUNIDADE CELULAR
Involução anatômica e funcional do timo;
Redução de 20 a 30% dos linfócitos T circulantes (maestro da
resposta imune);
Declínio na reação de hipersensibilidade tipo tardia
Declínio na citotoxicidade e na resposta proliferativa;
Redução na produção de citotoxinas IL-2 (essencial na proliferação e diferenciação dos linfócitos T) e IL-10;
( INFECÇÃO
( AUTOIMUNIDADE
( NEOPLASIA
Não há redução quantitativa ou qualitativa na função dos leucócitos polimorfonucleares
IMUNIDADE HUMORAL
Não há mudança no número de linfócitos B circulantes;Aumento na produção de auto-anticorpos;Menor produção de anticorpos contra antígenos específico ((IgA e IgG, (IgM ( ( resposta vacinal contra tétano, influenza e hepatite). Possivelmente quando a imunização primária é feito na infância, a resposta secundária é mantida por toda vida. Entretanto, quando a imunização primária ocorre tardiamente (>65 anos), parece haver declínio na resposta secundária;
Menor capacidade de neutralização dos anticorpos;
Maior latência na resposta anticórpica;
CO-MORBIDADES QUE PREJUDICAM A RESPOSTA IMUNE
Desnutrição, pobreza, poluição, depressão, tabagismo, drogas (corticóides,...), doença mental, diabetes
mellitus, álcool, fatores genéticos, doenças consumptivas, ...
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Termorregulação
 Disfunção Hipotalâmica
 Menor potencial pirogênico
 Maior potencial hipotérmico
 Febre > 37,2 graus C ou aumento de > de 1,1 em relação ao basal
 Diminuição da transpiração  Menor tolerância ao calor  Desidratação
*
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
LOCALIZAÇÃO
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS / FUNCIONAIS
REPERCUSSÃO CLÍNICA (ANAMNESE E EXAME FÍSICO)
EPIDERME
Redução do potencial proliferativo
Redução do número de melanócitos e células de Langerhans
Redução da adesão dermato-epidérmica
 
FLACIDEZ
REDUÇÃO DO TURGOR
REDUÇÃO DA ELASTICIDADE
MAIOR MOBILIDADE
RUGAS
PALIDEZ
XEROSE (Pele seca)
PÚRPURA SENIL
LEUCODERMIA PUNTIFORME
DISFUNÇÃO DA TERMORREGULAÇÃO
HIPERPLASIA SEBÁCEA
UNHAS ESPESSAS (“ranhuras”, onicogrifose, onicomicose)
DERME
Redução da espessura
Redução da celularidade e vascularidade
Degeneração das fibras de elastina
Degeneração das fibras de colágeno
SUBCUTÂNEO
Redução da gordura e redistribuição
ANEXOS
Redução das glândulas sudoríparas
Redução do tamanho e função das glândulas sebáceas
Redução do folículos piloso
Redução do rescimento das unhas 
Redução da lúnula 
*
Envelhecimento Oral
O envelhecimento, por si só, não causa perda dentária significativa, mas causa alterações com conseqüências importantes, e algumas vezes incapacitantes, que comprometem a higiene bucal, e estão listadas abaixo:
Dentes: Gengivite + Osteoporose
Articulação ( Osteoartrose ( Dor
(Palatabilidade Dos Alimentos ( Desnutrição
Dificuldade De Deglutição ( Disfagia ( Aspiração
Xerostomia
Dificuldade De Fala: Presbifonia
Neoplasia
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Envelhecimento Cardiovascular
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*
Envelhecimento Respiratório
*
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Complacência Pulmonar 
 Enrijecimento da caixa torácica. 
 Redução das forças musculares que promovem expansão. 
 Maior colabamento das vias aéreas.
 Com envelhecimento o diafragma enfraquece até 25%.
Pressão Parcial de Oxigênio
 Declínio linear da pressão PaO2, numa taxa de aproximadamente 0,3% ao ano. 
 PaO2 = 109 - (0.43 × idade) 
 PaO2 permanece estável em 83 mmHg a partir dos 75 anos. (Ocorre em paralelo com a redução da força elástica e o aumento fisiológico do espaço morto).
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Outras Alterações
 Diminuição da FC e FR, em resposta à hipoxemia e hipercapnia.
 Hiporesponsividade dos quimioreceptores periféricos e centrais. 
 Redução do transporte mucociliar.
 Redução do reflexo da tosse.
 Redução da resposta aguda aos antígenos extrínsecos e da imunidade celular (aumento da taxa de reativação de tuberculose).
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Envelhecimento Gênito-urinário
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Fluxo sangüíneo renal
 Redução de 10% por década a partir dos 30 anos.
Taxa de filtração glomerular 
 Declínio progressivo, caindo 8 mL/minuto/1.73 m2/década após os 40 anos. 
 Aproximadamente 30% dos idosos não apresentam redução da taxa de filtração glomerular. 
 Há uma redução paralela da produção de creatinina devido à sarcopenia. A creatinina plasmática pode permancer estável. 
 Para evitar erros recomenda-se a utilização da fórmula de Cockcroft-Gault:
Clerance estimado = (140 – idade x peso)/ (72 * creatinina)
	(Mulheres: multiplicar por 0,85)
*
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
		
BEXIGA
		( Trabeculação
( Fibrose
( Inervação autonômica
Formação de divertículos
		( Capacidade
( Habilidade de adiar a miccção
( Contratilidade
( Resíduo pós-miccional
( Contrações involuntárias
		( Risco de infecção do trato urinário
( Risco de incontinência urinária
		
URETRA
		
( Celularidade
( Deposição de colágeno
		( Resistência ao fluxo micional
( Pressão de fechamento
		
( Risco de infecção do trato urinário
( Risco de incontinência urinária
		
PRÓSTATA
		Hiperplasia
		Irritação de receptores adrenérgicos
		
( Risco de infecção do trato urinário
( Risco de incontinência urinária
Retenção urinária
		
		NOCTÚRIA
Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos, redução da complacência vesical, redução da produção noturna de ADH ( ( na produção noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência venosa, diabetes mellitus e hiperplasia prostática.
		Despertar noturno: INSÔNIA – QUEDAS
		
VAGINA
		( Celularidade . Atrofia do epitélio
		Dispareunia Uretrite atrófica: polaciúria, urgência miccional
		
ASSOALHO PÉLVICO
		( Deposição de colágeno ( Tecido conjuntivo Fraqueza muscular
		Incontinência urinária de esforço
		
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 A disfunção erétil NÃO é uma conseqüência inevitável do envelhecimento normal. 
 Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos e em 50% dos homens maiores de 80 anos. 
 Causas emocionais, endócrinas, vasculares, neurológicas e drogas devem ser investigadas.
 O Sildenafil (Viagra) e seus semelhantes são drogas eficazes e devem ser recomendadas, exceto na presença de insuficiência coronariana grave EM USO DE NITRATO (efeito sinérgico  venodilatação  redução da pré-carga  hipotensão arterial). 
 Não existem evidências suficientes para atribuir ao Sildenafil os casos de cegueira recentemente detectados.
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Envelhecimento 
Gastrointestinal
*
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
*
Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
*
Envelhecimento Cerebral
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 Redução do peso (10%), fluxo sanguíneo cerebral (15-20%), dilatação dos ventrículos;
 Redução progressiva e irreversível do número de neurônios cerebrais (particularmente no hipocampo) , cerebelares e medulares; 
 Deposição neuronal de liposfuscina;
 Degeneração vascular amilóide;
 Aparecimento de placas senis e degeneração neurofibrilar;
 Comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica. 
 Lentificação da velocidade da condução nervosa 
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Exame Neurológico na Pessoa Idosa
 Lentificação do reflexo pupilar
 Lentificação do olhar conjugado vertical (superior > inferior)
 Força muscular (simétrica)
 Discreto aumento do tônus muscular, sem produzir “roda dentada” 
 Preservação dos reflexos tendinosos, exceto o reflexo Aquileu, que pode estar ausente.
 Sensibilidade vibratória abaixo dos joelhos ausentes.
 Ataxia: lentificação da marcha, com passos curtos e arrastados, flexão do corpo, olhar para o chão.
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Inteligência
Atenção
Função Executiva 
Memória 
Linguagem
Habilidades Visoespaciais
Funções Psicomotoras
Domínios Cognitivos
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Inteligência
Preservado: Testes medindo habilidades cristalizadas, e habilidades verbais estão inalteradas.
Alterado: Inteligência fluida que envolve resolução de problemas, inteligência não verbal e velocidade de processamento das informações.
Atenção
Preservado: Atenção sustentada, atenção em uma tipo de informação por um período.
Alterado: Atenção dividida, ou habilidade de concentrar-se em mais de um tipo de informação no mesmo tempo (possivelmente).
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Função Executiva
Preservado: Funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia.
Alterado: Diminuição das performance nos testes neuropsicológicos. Pode ser devido, em parte, à redução da velocidade de execução dos testes (evitar testes cronometrados). 
O envelhecimento bem sucedido parece não afetar as funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia. 
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Memória
Preservada: Memória remota, procedural e memória semântica.
Alterada: Aumento da dificuldade de aprender novas informações. Menor curva de aprendizado e menor quantidade de informações aprendidas.
Entretanto, a memória do paciente é suficiente para as demandas e garante a independência funcional.
Linguagem
Preservada: Compreensão, vocabulário, habilidades sintáticas.
Alterada: Recuperação de palavras espontâneas, fluência verbal.
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Habilidades Visoespaciais
Alterações: Rotação mental de objetos, cópias complexas, união de objetos e habilidades espaciais abstratas. Redução clara da velocidade de performance nestes testes.
Alterações: Redução significativa do tempo de resposta, relacionado tanto no processamento cognitivo quanto nas habilidades motoras. 
Testes que necessitam de velocidade e respostas rápidas aos estímulos: estarão provavelmente reduzidas. 
Avaliar o risco e a segurança do paciente continuar dirigindo.
Habilidades Psicomotoras

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