Buscar

Cimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 2 
 
 
 
 
 
 
CIMENTO 
FABRICAÇÃO, PROPRIEDADES E TIPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
CIMENTO 
 
 
 
 
 
- O cimento é um dos materiais de construção mais utilizados na construção 
civil, por conta da sua larga utilização em diversas fases da construção. 
 - O cimento pertence à classe dos materiais classificados como 
aglomerantes hidráulicos, esse tipo de material em contato com a água 
entra em processo físico-químico, tornando-se um elemento sólido com 
grande resistência à compressão e resistente à água e a sulfatos. 
3 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
CIMENTO NATURAL 
É obtido através da calcinação da pedra calcária argilosa natural ou pedra 
calcária magnésia natural, sem sofrer processo de pulverização ou 
misturas de outros materiais. 
PROCESSO 
 A pedra é quebrada e queimada em fornalha. O cimento queimado é 
então britado em pequenos fragmentos, pulverizado, adicionado e 
empacotado para o transporte ao mercado. 
UTILIZAÇÃO 
 É usado quando se tem esforços menores e se precisa de uma pega mais 
rápida 
OBS: O cimento natural nos dias de hoje, deu lugar ao Cimento Portland. 
Pois o mesmo possui um tempo de pega mais lento, o que é vantajoso na 
aplicação. 
 
CIMENTO PORTLAND 
DESENVOLVIMENTO: 
- 1756 – Jonh Smeaton (inglês), obteve um produto de alta resistência por 
meio de calcinação de calcários moles e argilosos. 
 -1818 – Vicat (francês), obteve resultados semelhantes aos de Smeaton, 
pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o 
inventor do cimento artificial. 
 - 1824 - Joseph Aspdin (construtor inglês), queimou conjuntamente pedras 
calcárias e argila, transformando-as num pó fino. Percebeu que obtinha 
uma mistura que, após secar, tornava-se tão dura quanto as pedras 
empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi 
patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento 
Portland, que recebeu esse nome por apresentar cor e propriedades de 
durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland. 
4 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
- Hoje, o cimento Portland é um material rigorosamente definido, e sua 
fabricação segue princípios bem estabelecidos. 
- A grande versatilidade de emprego e notáveis qualidade de adaptação a 
novos produtos e métodos construtivos aumentam, a cada dia, sua ampla 
gama de aplicações. 
- No Brasil foram feitas várias tentativas para desenvolver o cimento 
Portland, e em 1924 foi implantada a Companhia Brasileira de Cimento 
Portland de uma fábrica em Perus, Estado de São Paulo 
TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO 
- O cimento Portland é um material em forma de pó, constituído de silicatos 
e aluminatos de cálcio. Estes materiais ao serem misturados com água 
hidratam-se, endurecendo a massa e tendo por conseqüência uma elevada 
resistência mecânica. 
- O cimento é constituído básicamente de argila, calcário, areia e uma 
pequena quantidade de compostos contendo ferro que são aquecidos num 
forno robusto e de grande porte, a altas temperaturas, durante tempo 
suficiente para reagirem quimicamente e se transformarem em pequenas 
bolas chamadas clínquer. 
 
 
- O clínquer é então misturado com gesso e moído formando um pó 
bastante fino chamado cimento. O cimento por seu lado, é o ingrediente 
5 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
chave na produção do concreto, componente vital dos edifícios, estradas, 
casas e escritórios. 
 
OBTENÇÃO DO CLÍNQUER 
 
 
 
OBTENÇÃO DO CIMENTO 
 
 
 
 
O cimento é preparado com 75-80% de calcário e 20-25% de argila. A 
matéria prima é extraída das minas, britada e misturada nas proporções 
corretas. 
6 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
Esta mistura é colocada em um moinho de matéria prima (moinho de cru) 
e posteriormente cozidas em um forno rotativo a temperatura de 1450ºc. 
Finalmente o clinquer é reduzido a pó em um moinho (moinho de cimento) 
juntamente com 3-4% de gesso. 
 
Funções das adições 
 
GESSO 
 
A gipsita, sulfato de cálcio di-hidratado, é comumente chamada de gesso. É 
adicionada na moagem final do cimento, com a finalidade de regular o 
tempo de pega, permitindo com que o cimento permaneça trabalhável por 
pelo menos uma hora e trinta minutos, conforme ABNT. Sem a adição de 
gipsita, o cimento tem início de pega em aproximadamente quinze minutos, 
o que tornaria difícil a sua utilização em concretos. 
 
FÍLER CALCÁRIO 
 
A adição de calcário finamente moído é efetuada para diminuir a 
porcentagem de vazios, melhorar a trabalhabilidade, o acabamento e pode 
até elevar a resistência inicial do cimento. 
 
POZOLANA 
 
A pozolana é a cinza resultante da combustão do carvão mineral utilizado 
em usinas termoelétricas. Também há possibilidade de se produzir 
pozolana artificial queimando-se argilas ricas em alumínio a temperaturas 
próximas de 700º C. 
 
A adição de pozolana propicia ao cimento maior resistência a meios 
agressivos como esgotos, água do mar, solos Sulfurosos e a agregados 
reativos. Diminui também o calor de hidratação, permeabilidade, 
segregação de agregados e proporciona maior trabalhabilidade e 
estabilidade de volume, tornando o cimento pozolânico adequado a 
aplicações que exijam baixo calor de hidratação, como concretagens de 
grandes volumes. 
 
ESCÓRIA DE ALTO-FORNO 
7 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
A escória de alto-forno, é sub-produto da produção de ferro em alto-forno, 
obtida sob forma granulada por resfriamento brusco. 
Os diferentes tipos e teores de adições usados na moagem do 
clínquer permitem que se obtenham cimentos de características diversas, 
possibilitando ao construtor conseguir sempre um cimento mais adequado 
ao concreto e argamassa a que se destina. 
 
 
TIPOS E APLICAÇÕES DO CIMENTO 
 
a) Definição da da nomenclatura 
 
CP II – F – 32 
 
CP - cimento Portland 
II - tipo de cimento 
F - tipo de adição (F – filer, Z- pozolana, E- escória) 
32 - classe de resistência aos 28 dias em Mpa 
 
 
b) Resistência à compressão 
 
A resistência à compressão é uma das características mis importantes do 
cimento e é determinada em ensaio normal descrito na NBR 7215. O ensaio 
é realizado em corpo de prova cilíndrico de 05 cm x 10 cm, feito com 
argamassa de traço 1 : 3 : 0,48 , (cimento : areia : água), com areia 
padronizada e submetido a ruptura em idades pré-definidas. 
 
As classes de resistência do cimento são 25 Mpa, 32 Mpa e 40 Mpa. Os 
cimentos de alta resistência inicial, CP V, tem resistência mínima aos 7 dias 
de 34 Mpa. 
 
 
a) Composição 
 
ada tipo de cimento tem os teores de adições e clínquer 
determinados pela ABNT, conforme a tabela a seguir. 
 
 
8 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
MÉTODOS UTILIZADOS 
- Processo seco e Processo úmido; 
- Nos dois métodos os materiais são extraídos das minas e britados de 
forma mais ou menos parecidas, a diferença porém é grande no processo 
de moagem, mistura e queima. 
- Dos dois métodos produz-se clinquer e o cimento final é idêntico nos dois 
casos. 
 
PROCESSO ÚMIDO 
A mistura é moída com a adição de aproximadamente 40% de água, entra 
no forno rotativo sob a forma de uma pasta de lama. 
Este foi o originalmente utilizado para o inicio de fabricação industrial de 
cimento e é caracterizado pela simplicidade da instalação e da operação 
dos moinhos e fornos. Alémdisso consegue-se uma excelente mistura e 
produz muito pouca sujeira necessitando de sistemas bem primitivos de 
despoeiramento. 
 
 
 
9 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
PROCESSO SECO 
A mistura é moída totalmente seca e alimenta o forno em forma de pó. Para 
secar a mistura no moinho aproveita-se os gases quentes do forno ou de 
gerador de calor. 
- Originalmente, os cimentos foram fabricados segundo as especificações 
dos consumidores que encomendavam, das fábricas, o produto com certas 
características convenientes ao trabalho. 
- Só a partir de 1904 que a ASTM começou a especificar o cimento e a 
indústria começou a produzir apenas alguns tipos de cimentos. 
- Hoje, a indústria produz o cimento padronizados pelo órgão responsável 
pelas normas de cada pais, mas sempre em números limitados de tipos. 
- Em casos especiais, onde se necessite de cimentos com características 
diferentes das que são produzidas, se faz o pedido por encomenda. 
- No mercado existem diversos tipos de cimento. A diferença entre eles está 
na composição, mas todos atendem as exigências das normas técnicas 
brasileiras. 
- Cada tipo tem o nome e a sigla correspondente estampada na embalagem, 
para facilitar a identificação. Os tipos de cimento adequado aos usos gerais 
no meio rural encontram-se na tabela a seguir. 
 
 
10 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
- Existem outros tipos de cimento para usos específicos: 
 . CP V-ARI – Cimento portland de alta resistência inicial 
. RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos 
 . BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação 
 . CPB – Cimento Portland Branco 
 
CIMENTO PORTLAND COMUM 
- CP I 
 . Tipo mais básico 
 . Uso em construções que não requeiram condições especiais e não 
apresentem ambientes desfavoráveis como exposição às águas 
subterrâneas, esgotos, água do mar ou qualquer outro meio com presença 
de sulfatos. 
 . A única adição presente no CP-I é o gesso (cerca de 3%, que também está 
presente nos demais tipos de cimento Portland). O gesso atua como um 
retardador de pega, evitando a reação imediata da hidratação do cimento. 
 . Este tipo de cimento é constituído por somente clinquer e gesso, sem 
adições. 
 . A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732.
 
11 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND COMUM COM ADIÇÃO 
- CP I S 
 Mesma composição do CP I (clínquer+gesso), porém com adição reduzida 
de material pozolânico (de 1 a 5% em massa). 
 Menor permeabilidade devido à adição de pozolana . 
O teor de clinquer + gesso neste tipo de cimento deve estar entre 99% e 
95%. 
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5732. 
 
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO 
 . São cimentos comuns onde existe a adição preponderante de escória, 
pozolana ou filler calcáreo. 
12 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO 
- CP II-E 
Contém adição de escória granulada de alto-forno, consequentemente 
propriedade de baixo calor de hidratação. 
13 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
Composto de 94% a 56% de clínquer+gesso e 6% a 34% de escória, podendo 
ou não ter adição de material carbonático no limite máximo de 10% em 
massa. 
Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor 
moderadamente lento. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento 
é a NBR 11578. 
 
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO 
- CP II-Z 
Contém adição de material pozolânico que varia de 6% a 14% em massa, 
que confere ao cimento menor permeabilidade. 
Ideal para obras subterrâneas, principalmente com presença de água, 
inclusive marítimas. 
Pode conter adição de material carbonático (fíler) no limite máximo de 10% 
em massa. 
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 11578. 
 
CIMENTO PORTLAND DE ALTO FORNO 
- CP III 
Contém adição de escória no teor de 35% a 70% em massa . 
Baixo calor de hidratação, maior impermeabilidade e durabilidade. 
Recomendado tanto para obras de grande porte e agressividade 
(barragens, fundações de máquinas, obras em ambientes agressivos, tubos 
e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes 
industriais, concretos com agregados reativos, obras submersas, 
pavimentação de estradas, pistas de aeroportos, etc.) como também para 
aplicação geral em argamassas de assentamento e revestimento, estruturas 
de concreto simples, armado ou protendido, etc. 
A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5735. 
14 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
 
CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO 
- CP IV 
. Contém adição de pozolana no teor que varia de 15% a 50% em massa . 
Alta impermeabilidade e, consequentemente, maior durabilidade 
15 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
. O concreto confeccionado com o CP IV apresenta resistência mecânica à 
compressão superior ao concreto de cimento Portland comum a longo 
prazo 
. Especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e 
ambientes agressivos 
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5736. 
 
CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL 
- CP V - ARI 
. Assim como o CP-I não contém adições (porém pode conter até 5% em 
massa de material carbonático) . O que o diferencia deste último é processo 
de dosagem e produção do clínquer. 
. O CP V-ARI é produzido com um clínquer de dosagem diferenciada de 
calcário e argila se comparado aos demais tipos de cimento e com moagem 
mais fina – CONSEQUENTEMENTE este tipo de cimento tem uma alta 
resistência inicial do concreto em suas primeiras idades, podendo atingir 
26MPa de resistência à compressão em apenas 1 dia de idade 
. Recomendado o seu uso, em obras onde seja necessário a desforma rápida 
de peças de concreto armado. 
. A norma brasileira que trata deste tipo de cimento é a NBR 5733. 
 
16 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS 
. É recomendado para meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos 
de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. 
 
CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO 
. É o cimento Portland de alto forno com baixo calor de hidratação, tendo 
como sigla – CP-III-BC. 
 
CIMENTO PORTLAND BRANCO 
. Mistura de calcário e caulim, que é uma argila branca, pois não possui 
óxido de ferro. Alta temperatura de cozimento torna-o mais caro. Existe o 
estrutural e não estrutural. 
 
CIMENTO PORTLAND ALUMINOSO 
. Cimento obtido a partir de uma mistura de calcário e bauxita, possui cor 
negra. Usado em argamassas refratárias, resistem aos sulfatos. 
Deterioração com areia granítica, sem pega com temperatura superior a 30 
°C, alto calor de hidratação. Umidade e alta temperatura podem levar ao 
colapso. 
 
DIRETRIZES PARA EMPREGO DO CIMENTO: 
- Resistência química do cimento - No caso de obras sujeitas à ação de 
meios agressivos ou nas quais serão usados agregados reativos, a escolha 
do tipo adequado de cimento evitará problemas de durabilidade nestas 
obras; 
- Calor de hidratação - Nas obras onde existir problemas de origem térmica 
provocados pelo calor de hidratação do cimento, o uso de cimentos com 
menor liberação de calor minimizará ou neutralizará a necessidade de 
adoção de artifícios como refrigeração dos agregados, da água, dentre 
outros. 
 
17 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
ALGUMAS ORIENTAÇÕES PARAEMPREGO DO CIMENTO: 
 
As indicações baseiam-se em critérios técnicos e econômicos. Não 
significa que determinado tipo não possa ser utilizado mediante estudos 
específicos. 
 
 
CIMENTO ALUMINOSO 
- São ligantes hidráulicos, cujo componente principal é o aluminato de 
cálcio. 
- São fabricados a partir de misturas de calcários com bauxitos ou com 
alumina, de forma a se obter cimentos com teores de óxido de alumínio na 
faixa de 40% a 80%. 
-Estes produtos podem ser obtidos por dois processos: 1.Fusão; 
2.Sinterização; 
18 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
1. Fusão: As matérias-primas são moídas, dosadas e levadas ao forno para 
fusão. O material fundido é descarregado e resfriado 
2. Sinterização: As matérias-primas são secas, dosadas e moídas em moinho 
de bolas até uma granulometria próxima a do cimento. Em seguida este pó 
é pelotizado, calcinado em fornos rotativos e resfriado, obtendo- se o 
clinquer. 
* O clinquer de ambos os processos é britado e moído até a granulometria 
desejada, obtendo-se dessa forma o cimento. 
 
CIMENTO ALUMINOSO - PROPRIEDADES 
- Resistência ao calor dos concretos ou argamassas prontas até 1200°C 
- Alta resistência a abrasão e corrosão 
- Endurecimento normal a baixas temperaturas 
- Pega lenta 
- Cura rápida 
 
CIMENTO ALUMINOSO - APLICAÇÕES 
- Usado principalmente para concretos refratários nos altos fornos em 
geral, fornos industriais, lareiras e em substituição ao cimento Portland 
comum, sempre quando se deseja uma rápida cura e altas resistências 
iniciais e finais, tanto em concretos armados ou não. 
 - Concretagem junto ao mar aproveitando-se a maré baixa. 
- Fabricação de pré moldados para uso imediato. 
- Rejuntamento e assentamento de tijolos refratários. 
19 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
- Chumbamento e fundações para maquinas pesadas que poderão entrar 
em funcionamento após 24horas. 
 
CIMENTO POZOLÂNICO 
 POZOLANA 
- Substâncias silicosas e aluminosas que reagem com a cal hidratada na 
presença de água, resultando em compostos cimentícios. 
- Os materiais pozolânicos mais comuns são: a pozolana original (pumicita), 
as calcedônias e as opalas, terras diatomáceas calcinadas, argilas calcinadas 
e as cinzas volantes. 
Os modernos cimentos pozolânicos são uma mistura de pozolanas naturais 
e industriais com cimento Portland. 
 
 
 
CIMENTO POZOLÂNICO – VANTAGENS: 
- Trabalhabilidade - Diminuição do calor de hidratação 
 - Aumento da impermeabilidade 
 - Custos - Resistência ao ataque da água 
 - OBS: Com a substituição de parte do cimento por pozolana, os concretos 
passam a ter menores resistências iniciais, só desaparecendo essa 
desvantagem após cerca de 3 meses, a partir de onde suas resistências são 
cerca de 10 a 15% superiores aos dos concretos comuns. 
O concreto feito com este produto se torna mais impermeável, mais 
durável, apresentando resistência mecânica à compressão superior à do 
concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades avançadas. 
20 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
APLICAÇÕES 
É especialmente indicado em obras expostas à ação de água corrente e 
ambientes agressivos. 
 
CIMENTO POZOLÂNICO – COMPOSIÇÃO: 
O cimento Portland pozolânico (conforme norma ABNT NBR 5736), em 
geral conhecido pela sigla CP IV , é constituído por: 
 
 
 
Formas de Comercialização 
 
a)- A granel 
 
 
O cimento a granel destina-se a consumidores de grande porte, 
normalmente consumidores industriais e concreteiras, onde suas 
instalações são dotadas de silos de armazenagem. 
 
O cimento é entregue ao cliente em caminhões, usualmente 
conhecidos como “cebolão ”. 
 
21 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
b)- Ensacado 
 
O cimento ensacado destina-se a clientes de menor consumo ou que 
não possuam silo de armazenagem. O cimento CP II-Z-32 é comercializado 
em embalagens de 50 kg e de 25 kg, permitindo maior versatilidade ao 
consumidor que compra pequenas quantidades de cimento. Os demais 
cimentos são expedidos em embalagens de 50 kg. 
 
As embalagens são confeccionadas em papel kraft, que permitem a 
garantia da qualidade do cimento. São estampadas diversas informações 
como: composição do produto, cuidados com o manuseio, data de 
fabricação e validade, indicação para melhor utilização e dicas de 
armazenagem. 
 
As sacarias do cimento Itambé são diferenciadas por cores que 
facilitam a identificação dos tipos, conforme apresentado na figura 08. 
 
22 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
 
O ensacamento ocorre somente na hora do carregamento nos 
caminhões, diretamente ou sobre pallets. 
 
Ensacadeiras automáticas agilizam o ensaque e o carregamento da 
quantidade certa de sacos e do tipo de cimento, através de um moderno 
equipamento denominado auto-pack, que otimiza o tempo de carga e 
garante uma excelente expedição do cimento. 
 
 
Dicas práticas 
 
 
a)- Recebimento do cimento adquirido 
 
23 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
Quando do recebimento do cimento na obra, antes da descarga do 
caminhão, devem ser observados os seguintes itens: 
* nota fiscal: local de entrega, empresa, quantidade, tipo de cimento, data; 
* se a carga está devidamente protegida; 
* condições dos sacos: se não estão rasgados; 
* condições do cimento: se não está empedrado ou apresenta sinais de que 
entrou em contato com a umidade. 
 
 
b)- Armazenamento do cimento 
 
O cimento ensacado deve ser armazenado sobre estrados de 
madeira, mantendo as pilhas de cimento afastadas das paredes e do piso. 
O empilhamento máximo de sacos é de 10 (dez) unidades (figura 09). 
Poderão ser empilhados 15 (quinze) sacos, se o período de estocagem não 
ultrapassar quinze dias. 
 
O local de estocagem deve ser coberto e protegido das intempéries, 
sem umidade excessiva e outros fatores que prejudiquem a qualidade do 
cimento. 
As pilhas deverão ser formadas de maneira que permita com que os sacos 
de cimento mais velhos sejam utilizados primeiro. 
 
 
c)- Prazo de validade 
 
Observar o prazo de validade do cimento. Segundo as normas 
brasileiras o prazo de validade é de noventa dias. A Itambé adota um prazo 
de validade de sessenta dias, atendendo às condições climáticas da região. 
 
d)- Utilização 
 
O cimento não poderá sofrer contaminação, mesmo que seja com os 
agregados e outro material que venha a ser utilizado para obtenção do 
concreto e da argamassa. Quando o cimento ainda ensacado entra em 
contato com a umidade, acaba se hidratando, perdendo as características 
de resistência, comprometendo seu uso. 
 
 
 
24 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
e)- Noções de emprego do cimento 
 
Na construção civil, o cimento é empregado na produção de natas, pastas, 
argamassas, concretos e outros. 
 
 
f)- Tempo de pega 
 
 
O tempo de início de pega determinado de acordo com a NBR 7215 
deve ser, no mínimo, de uma hora. Este dado permite avaliar o tempo em 
que se iniciam as reações que provocam o endurecimento do concreto, 
devido ao cimento empregado. 
 
Na fase de pega, o concreto não deve ser perturbado por operações 
de transporte, colocação nas formas e adensamento. O fim de pega é o 
momento em que se conclui a solidificação do concreto ou da pasta de 
cimento e se inicia o endurecimento passando a adquirir resistência da 
mistura. 
 
Entre o início e o final da pega o concreto ou argamassa não deverá 
sofrer choque ou vibração para não impedir a cristalização da pasta, caso 
os compostos cristalinos de hidratação sejaminterrompidos, ocorrerá 
perda de qualidade do concreto ou argamassa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Prof.: Mário Coelho Barroso 
Eng. Civil M.Sc. 
 
 
Referencias Bibliográficas 
ABCP, Associação Brasileira de Cimento Portland , “Guia 
básico de utilização do cimento Portland ”. São Paulo: ABCP, 
1999. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 
5732/91: cimento Portland comum ”. Rio de Janeiro: ABNT, 
1991. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 
11578/91: cimento Portland composto ”. Rio de Janeiro: ABNT, 
1991. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 
5735/91: cimento Portland de alto-forno ” . Rio de Janeiro: 
ABNT, 1991. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas , “NBR 
5733/91: cimento Portland de alta resistência inicial ” . 
Rio de Janeiro: ABNT, 1991. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas, “NBR 
5736/91: cimento Portland pozolânico” . Rio de Janeiro: ABNT, 
1991. 
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas , “NBR 
5737/92: cimentos resistentes a sulfatos ” . Rio de Janeiro: 
ABNT, 1992. 
CIA. DE CIMENTO ITAMBÉ, “Noções de fabricação do cimento ” 
. Material interno. Curitiba: Itambé, 2000. 
C CI IM ME EN NT TO O 
CIA. DE CIMENTO ITAMBÉ, “Cimento: fabricação e 
características ” . Material interno. Curitiba: Itambé, 
2002. 
2010 - Aline F. de Oliveira – Arquiteta Urbanista

Outros materiais