Inventário Rural

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INVENTÁRIO RURAL
Prof. Flávio Gonçalves Oliveira
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 É o processo destinado à verificação,
descrição, classificação e avaliação de todos
os bens (imóveis, móveis, semoventes),
direitos e obrigações de uma empresa rural.
 É uma lista de todos os itens físicos e
financeiros possuídos por uma empresa.
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 Conhecer os dados utilizados no balanço
patrimonial e na contabilidade gerencial da
empresa rural.
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1. Verificação: 
É o ato de se verificar a existência de bens,
direitos e obrigações da empresa rural.
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2. Descrição: 
Consiste da caracterização detalhada dos
aspectos físicos dos bens pertencentes à
empresa rural, bem como do detalhamento dos
seus direitos e deveres.
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3. Classificação:
Refere-se ao enquadramento do tipo de bem,
direito ou dever, em sua categoria específica.
4. Avaliação:
É o ato de se quantificar o valor monetário do
que está sendo avaliado.
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 Preço de aquisição ou custo original:
Refere-se ao preço pelo qual o bem foi
adquirido.
 Preço líquido de mercado:
É o valor do bem no mercado, descontados os
custos de transporte e as taxas de
comercialização.
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 Menor valor entre preço de compra e preço de 
venda: 
O custo de produção ou o preço de compra de
um bem é comparado ao preço de venda atual e
o menor deles é usado no inventário. A
vantagem deste método é ser conservador, pois
procura minimizar as oscilações dos valores.
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 Custo de produção:
O custo de produção de um bem na empresa
não deve incluir a remuneração do trabalho
executivo e gerencial, nem lucros e juros sobre
capital.
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 Valor menos exaustão: 
É útil para avaliar bens como depósitos
minerais (areia, argila, pedra) e orgânicos,
matas, reflorestamento, etc. O valor varia de
acordo com a quantidade de recurso retirada
durante o período da contabilidade.
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 Capitalização: 
Diz respeito à avaliação de algum item em
que o tempo é variável importante.
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 Custo (preço de mercado) menos depreciação: 
Os bens patrimoniais que prestam serviços à
empresa período acima de um ano, e que
perdem valor ao longo do tempo em virtude do
uso, do desgaste por agentes físicos, dos eventos
adversos excepcionais e da obsolescência,
podem ser avaliados pela diferença entre seu
preço de compra original e a depreciação
acumulada até o momento do inventário.
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 Depreciação: 
É a redução no valor do bem causada pelo
desgaste natural dos componentes,
danificação e uso, deterioração ou
obsolescência; ou é o método para estimar o
valor atual de um bem, baseado no seu custo,
ou também para ratear o custo ou valor
depreciável durante a sua vida útil.
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1. Reavaliação anual: 
Avalia-se o bem de capital a cada ano com
base no valor de revenda, sem considerar o
custo inicial. A diferença entre duas avaliações
consecutivas seria a depreciação
correspondente ao exercício considerado.
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MÉTODOS DE CÁLCULO DA DEPRECIAÇÃO 
2. Linear ou cotas fixas: 
A cota de depreciação anual (DA) é calculada 
pela divisão do valor inicial (VI) pela vida útil 
(VU), deduzindo, conforme o caso, um valor 
residual ou final (VF) do custo inicial:
DA = (VI – VF)/VU
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3. Taxa anual constante ou saldos decrescentes:
A depreciação é uma porcentagem constante
(R) do valor amortizável remanescente do bem
no início de cada ano. Esse valor é a diferença
entre o custo inicial e a depreciação acumulada
(DAc) dos anos precedentes:
DA = R (VI – DAc)
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O valor de R é igual à taxa de depreciação
linear 1/VU multiplicada por um fator que,
para itens novos , chega a 2.
Pode também ser calculado pela seguinte
equação:
R = 1- (VF/VI)1/VU
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4. Números naturais: 
A depreciação de cada ano é uma fração da
quantia amortizável (VI – VF); nessa fração, o
numerador é o número de anos da vida útil
futura do bem capital, e o denominador é a soma
do número de anos de sua vida útil (S). Este
método deprecia o valor até o final, sem deixar
resíduo.
DA = (VI –VF) VUF/S
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 Exemplo:
Para um item de vida útil igual a 4 anos, com valor
de S = 1 + 2 + 3 + 4 = 10, a fração VUF/S teria os
seguintes valores: do primeiro ao quarto ano: 4/10,
3/10, 2/10 e 1/10.
 Obervação:
Não há cálculo de depreciação para terras. As
pequenas ferramentas e os pequenos
equipamentos, cujo preço, em geral, é baixo e a
vida útil é indeterminada, constam do inventário,
mas não precisam ser depreciados.
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ITENS
VIDA ÚTIL 
(ANOS)
ITENS
VIDA ÚTIL 
(ANOS)
Ancinho 12 Colhedora de 
forragem
10
Arado de aivecas 12 Colhedora de milho 10
Arado de discos 15 Colhedora automotriz 10
Caminhão 10 Colhedora tracionada 10
Carreta de trator 15 Cultivador bico de 
pato
5
Carrinho de mão 8 Cultivador trator 12
Carroça 10 Debulhadora de milho 20
Carro de bois 10 Desintegrador 15
Ceifadora 10
Fonte: CATI/SP (1976)
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ITENS
VIDA ÚTIL 
(ANOS)
ITENS
VIDA ÚTIL 
(ANOS)
Grade de dentes 20 Pulverizador 10
Grade de discos 15 Roçadora 12
Grade de molas 20 Rodo 2
Máquina 
beneficiamento de café
30 Saco de colheita 3
Motor elétrico 15 Semeadora 15
Picadora de forragem 15 Serraria 20
Plaina 15 Trator de esteira 10
Plantadora 10 Trator agrícola 10
Polvilhador 10
Fonte: CATI/SP (1976)
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ITENS VIDA ÚTIL (ANOS)
Paredes de tijolos, cobertura de telhas 50
Paredes de madeira, cobertura de telhas 30
Paredes de barro, cobertura de telhas 20
Paredes de barro, cobertura de sapé 10
Parede de tijolos, cimentado 50
Linha de energia ou de telefone, com postes de 
madeira
30
Linha de energia ou de telefone, com postes de 
ferro ou de concreto
50
Cercas de pau-a-pique 20
Cercas de arame 25
Rede hidráulica de distribuição de água 30
Cerca elétrica 15
Fonte: CATI/SP (1976)
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BENS
MÉTODOS
PC PV MPCPV CP CMD DRF CDR
Ações, cotas, letras X X
Ração produzida X X
Contas e créditos a receber X
Ração comprada X X
Outros produtos X
Animais de recria/engorda X X
Matrizes X X X
Maquinaria X
Equipamentos X
Pequenas ferramentas X
Construções X
Cercas X
Terraços, represas X
Pomares, cafezais, reflorestamento X X X X
Terra X X
OBS: PC = preço de compra; PV = Preço de venda; MPCPV = Menor valor entre preço de
compra e preço de venda; Custo de produção; Custo menos depreciação; Desconto de rendas
futuras; Capitalização de despesas realizadas.
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Além dos itens mencionados anteriormente,
é importante que se caracterize a empresa
agrícola, dando a sua localização geográfica,
o seu itinerário, e um mapa topográfico ou
croqui.
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