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	UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE (FACE)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)
	DISCIPLINA
	CÓDIGO
	CRÉDITOS
	TURMA
	PERÍODO
	PROFESSOR
	ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS
	202380
	04 
	A
	2013/2
	MARCOS ALBERTO DANTAS
AULA 02
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE ORGANIZAÇÃO
A NATUREZA DAS ORGANIZAÇÕES
As grandes transformações sociais da história têm sido essencialmente baseadas em organizações. Todos os temas que afloram das transformações sociais os quais a sociedade contemporânea se depara são impossíveis de ser compreendidos sem se considerar e compreender seu contexto organizacional.
Em decorrência do crescimento das organizações, em termos de tamanho e complexidade, foram surgindo problemas estruturais de difícil solução, desvios em relação aos objetivos previamente determinados, além da defasagem de técnicas e processos. Tal constatação passou a exigir dessas organizações uma atitude de constante atenção aos anseios da sociedade paralelamente à revisão e ao controle interno. Tudo isso visava um objetivo: criar organizações consistentes e mantê-las funcionando harmonicamente.
Por que estudar as organizações?
Podemos estudar as organizações por dois motivos: primeiro é que as organizações realizam quase tudo o que é feito no mundo contemporâneo e segundo porque elas causam fortes impactos na sociedade.
No primeiro caso podemos entender que elas nos colocam como parte integrante da sociedade em que vivemos. Elas estão à nossa volta, pois nelas nascemos nelas vivemos e certamente, nelas morreremos.
Imaginemos nas atividades de que participamos durante um dia e podemos verificar se as organizações existiram e influenciaram, de uma maneira ou de outra, nessas atividades. O livro que você leu, a televisão que você assistiu, o transporte que você viajou, o alimento que você comeu, a roupa que você vestiu etc.
As organizações são continuamente analisadas sob diversas perspectivas. Existe a análise organizacional permanente, como acontece no mercado de ações, por exemplo, onde os investidores avaliam constantemente o desempenho das empresas e compram e vendem ações de acordo com esses resultados. 
Estaremos fazendo uma análise organizacional quando tentamos decidir qual a melhor empresa para trabalhar ou quando elegemos um determinado candidato a um cargo eletivo. Nesse caso não estamos votando somente no candidato, mas também em uma estrutura organizacional que existe por trás de uma campanha eleitoral.
A análise organizacional também ocorre em outros níveis. A função da gestão da organização é avaliar o estado da organização. Assim ocorre com os sindicatos, que analisam as operações das companhias com as quais mantêm contatos. Os clientes avaliam a qualidade das lojas e de suas mercadorias: a empresa que vende seus produtos, a estrutura das empresas, seus funcionários, a localização, o ambiente interno etc.
No segundo caso as organizações são dotadas para fazer um grande bem ou um grande mal e dessa forma produzem impactos na sociedade. Esses impactos podem ser intencionais ou não-intencionais, reconhecidos ou não. Elas também podem ser surpreendentes.
Para analisar os impactos que as organizações provocam nos indivíduos, nas categorias de indivíduos, para a comunidade e para a sociedade, devemos observar dois aspectos:
Bens e serviços fornecidos anteriormente por pessoas isoladas ou pequenas organizações estão, cada vez mais, sendo fornecidos e prestados por grandes organizações, que, muitas vezes, são filiais de organizações ainda maiores.
Essa tendência em direção à consolidação e ao crescimento é desmentida pelo fato de que muitas organizações se juntaram ao movimento de enxugamento de níveis das empresas.
Quando as pequenas organizações são bem-sucedidas, existe, evidentemente, uma forte tendência de se tornarem cada vez maiores por meio de crescimento ou fusão. As organizações pequenas são vitalmente importantes como incubadoras de ideias. Elas também têm sido identificadas como importantes para os países em desenvolvimento sob a forma da “economia informal” ou de “microempresas”.
Por que temos organização?
Sabendo que “organização” é a atividade voltada para a estruturação harmoniosa dos recursos disponíveis, com o intuito de promover uma atuação sistêmica eficiente e, assim, obter a esperada eficácia de conjunto, não podemos ser paternalistas, como não podemos pensar exclusivamente na produção. O mais correto é uma atitude de ponderação e de equilíbrio.
As organizações encontram no centro e sua análise ideias de fronteiras organizacionais na qual se tornou um componente importante de sua conceitualização mais plenamente desenvolvida. As fronteiras são bem observadas quando consideramos que muitas pessoas realizam trabalhos “não organizacionais” enquanto atuam dentro de sua organização. Isso sugere que existe algo externo à organização – o ambiente. 
Em se tratando de ambiente, observamos a existência de dois grupos: o físico e o social. O ambiente físico é aquele em que as organizações dependem das condições climáticas e geográficas para definir a sua estratégia e o seu foco de atuação. Já o ambiente social engloba aspectos relevante ao contexto em que se insere a coletividades, que também é fonte de insumos sujeitos aos impactos organizacionais.
A organização traz em seu bojo a ideia da efetividade das coisas. Tal ideia traduz a preocupação com o sentido lógico de cada operação e de cada sistema: é o questionamento do “porque” e do “para quê”.
Roteiro cartesiano para análise organizacional
	
O que?
	O que fazer?
Para que fazer?
	Por que se faz?
O que deve ser feito?
O que é necessário?
	Quem?
	Quem faz?
Para quem faz?
	Por quem deve ser feito?
Para quem deve ser feito?
	Onde? 
	Onde se faz?
Para onde se envia?
	Onde deve ser feito?
Para onde deve se enviar?
	Quando?
	Quando se faz?
É feito a tempo?
	Quando deve ser feito?
Qual o melhor instante?
	Quanto? 
	Quanto se faz?
Em quanto tempo se faz?
	Quanto deve ser feito?
Em quanto tempo deve ser feito?
	Como? 
	Como se faz?
O método é prático?
	Como deve ser feito?
Que método deve ser usado?
	Qual o custo?
	Quanto custa o que faz?
Qual o mínimo do custo?
	Por que custa isso?
Quanto deve custar?
	Qual o nível de qualidade?
	O que se faz é de qualidade?
A qualidade tem melhorado?
	Pode ser feito melhor?
O que fazer para melhorar a qualidade?
 
O ADMINISTRADOR NAS ORGANIZAÇÕES
O papel fundamental do analista organizacional não é mostrar como fazer, mas principalmente o que fazer. Para tanto, ele precisa de plena consciência social e administrativa, pois será sempre considerado um manancial de aconselhamento técnico e comportamental.
Oliveira apud Katz (2002 coloca que para o administrador executar eficazmente o processo administrativo, deve considerar três tipos de habilidades: técnica, humana e conceitual.[1: OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 20 ed. São Paulo: Atlas, 2011.]
A Habilidade Técnica ao utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para a realização das tarefas específicas, por meio de instrução, experiência e educação. 
A Habilidade Humana consiste na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas, compreender suas atitudes e motivações e aplicar uma liderança eficaz.
Essa habilidade se torna importante a partir do momento que existe a necessidade de uma ação profissional para influenciar terceiros, convencendo-os das vantagens de suas recomendações. Nesse sentido, saber ouvir, observar e argumentar é fundamental na tomada de decisões.
A Habilidade Conceitual consiste na capacidade de compreender as complexidades de toda a organização e o ajustamento do comportamento da pessoa dentro da estrutura organizacional da mesma. Essa aptidão permite que o profissional se comporte de acordo com os objetivos e as necessidades, promovendo ajustamentos necessários que sãoevidenciados pelo levantamento e análise de dados e informações dos sistemas administrativos.
O comportamento do profissional nas organizações quer trabalhando individualmente quer em grupo, para conseguir os objetivos básicos de sua atividade, deve, basicamente:
Integrar-se ao contexto sociocultural brasileiro, evitando artificialismos importados;
Utilizar sempre as técnicas específicas para cada caso, evitando soluções de bom-senso;
Analisar individualmente cada problema, evitando soluções utilizadas em casos semelhantes;
Ser o mais imparcial possível, evitando envolver-se por fatores emocionais.
AS ORGANIZAÇÕES E OS INDIVÍDUOS
A maioria das análise dos impactos das organizações sobre os indivíduos concentra-se nas organizações de trabalho. A participação em organizações voluntárias proporciona aos indivíduos todos os tipos de possibilidade para o crescimento e desenvolvimento.
Muitas análise têm examinado como os indivíduos reagem a suas vidas na condição de empregados de organizações. Essas análises concordam em que o trabalho altamente rotinizado, repetitivo e lento é altamente alienante para o indivíduo.
Os estudos das reações individuais ao trabalho também revelam que o trabalho que fornece desafio, potencial para avanço e uso de capacitações criativas ou expressivas é prazeroso e até enriquecedor. As reações das pessoas a seu trabalho resultam das suas próprias expectativas e das características da organização empregadora.
Existe uma tendência de crescimento do trabalho a distância, na qual as pessoas trabalham a partir de suas residências e usam dispositivos de comunicação eletrônica para se comunicar com seus empregadores. Aqueles que trabalham em casa julgam-se possuidores de maior liberdade do que seus colegas correspondentes vinculados ao escritório. Em alguns casos, o trabalho em casa acarreta uma perda de benefícios e menores oportunidades de promoção.
A análise dos indivíduos em organização também precisa considerar os fatores econômicos. Por um lado, as elites dirigentes e os detentores do capital desejam reduzir os custos por meios de políticas de salários baixos e tarefas uniformes. Por outro lado, os trabalhadores desejam elevar seu padrão de vida e ter um trabalho interessante.
As organizações são o contexto no qual as pessoas trabalham. Esses estudos constatam que os departamentos incentivam a produtividade científica por meio de motivação, estímulo intelectual e boas instalações. Se as expectativas são de que um indivíduo seja altamente produtivo, o comportamento tende a adaptar-se a essas expectativas.
As relações entre organizações e indivíduos são, portanto, em certo grau, recíprocas. Além de recíprocas, essas relações tornam-se mais complexas porque variam em sua habilidade para adotar sistemas de trabalho flexível.
AS ORGANIZAÇÕES E A COMUNIDADE
A maioria das comunidades possui mais de uma organização, porém isso não dilui o poder das organizações que fazem parte da comunidade. As estruturas de poder local refletem a concorrência Inter organizacional e, portanto, os interesses de atores organizacionais importantes.
Existe um meio sutil pelo qual as organizações influenciam as comunidades nas quais estão localizadas. As companhias variam no grau em que incentivam seus gerentes de nível médio a participar dos assuntos da comunidade.
Impactos Sociais
As organizações atendem aos interesses dos indivíduos ou grupos. Esses interesses controladores indicam a direção que a organização toma, que por sua vez, pode exercer um impacto na sociedade como um todo. Em geral, quanto mais interligações, mais eficaz será a organização.
Nas relações entre organizações e a sociedade podem estar sujeitas a acidentes resultantes de eventos fora de controle, do mesmo modo que as atividades que se encontram sob controle organizacional podem produzir efeitos não previstos pela sociedade.
As organizações reconhecem que podem ser responsabilizadas por suas ações e tentam redefinir de tal modo que suas ações não aparentem ser “criminosas” ou que circunstâncias atenuantes as livrem das responsabilidades.
AS ORGANIZAÇÕES E A MUDANÇA SOCIAL
Mudanças na organização interna afetam a estrutura social de duas maneiras. A primeira é por meio da mudança nos padrões de admissão e a segunda é por meio de alterações nos padrões de trabalho, ou seja, na maneira pela qual o trabalho é executado.
As organizações serão analisadas como agentes ativos de mudanças e como agentes resistentes de mudança.
As organizações como agentes de mudança
Além de influenciar a sociedade por meio de sua estruturação da vida social e dos impactos sobre os membros, as organizações também são participantes ativos no processo de mudança social. Uma decisão favorável a uma organização conduz a programas que, por sua vez afetam a sociedade.
Para serem bem-sucedidas, as organizações precisam obter poder e apoio na sociedade que está tentando mudar. O conjunto essencial de ideias na base do esforço de mudança precisa, portanto, ser compatível – ou tornar ser compatível – com os valores da população como um todo.
Mesmo quando uma organização for agente de mudança ativo, ela tenderá a resistir a mudanças adicionais após ser realizada a mudança desejada. O exemplo para isso é o movimento sindicalista, que no passado, era considerado revolucionário, agora é visto como reacionário.
As organizações como agentes resistentes à mudança
As organizações, pela sua natureza, são conservadoras. Possuem regras e procedimentos e tem de serem reconhecidas ao longo do tempo, de modo que se tornem instrumentos de resistências às mudanças.
A organização treina seus membros para seguir um sistema ao executar suas atividades. Isso significa, em essência, que a organização tem de iniciar do princípio e nada seria feito até que os papéis organizacionais fossem conhecidos e os vínculos com a sociedade fossem estabelecidos.
Em virtude de os sistemas sociais se alterarem, evidentemente, as organizações precisam ser encaradas como entidades que não mudam da noite para o dia, mas se alteram no decorrer do tempo.
AS ORGANIZAÇÕES E AS MULTINACIONAIS
As corporações multinacionais envolvem muito mais do que simplesmente a existência de subsidiárias em mais de um país. Existem muitas explicações para o surgimento da corporação multinacional, todas com elementos sólidos de veracidade.
A primeira explicação refere-se ao imperialismo ou à tentativa de ampliar os mercados corporativos e reduzir custos, exercendo o poder econômico sobre uma nação mais fraca. A tecnologia fornece uma explicação para o crescimento das multinacionais, onde os sistemas de produção em massa e as informações computadorizadas levaram todas as sociedades a possuir unidades de produção cada vez maiores.
A segunda explicação é que a independência econômica local é impossível para muitos países, particularmente para aqueles com sistemas políticos e econômicos fracos. A empresa multinacional torna-se a forma de organização econômica e política dominante, substituindo o tradicional país-Estado nas partes mais fracas do mundo.
A terceira explicação, porém a mais complexa, é que a corporação multinacional é uma consequência de escolhas corporativas feitas para implementar a estratégia de produto-mercado. A medida que as corporações começam a produzir uma variedade complexa de produtos, estes devem ser vendidos em mercados diferentes, por meio de múltiplos canais de distribuição.
Quando uma economia local depende de determinada empresa, esta possui um grande poder. A multinacional, muitas vezes, exerce esse poder, principalmente quando o nível de emprego é afetado adversamente.

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