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MUCOSA ORAL
Reveste a cavidade oral (cavidade úmida constantemente banhada pela saliva), nos seus dois espaços virtuais, ambos delimitados pelos arcos dentários: 
( vestíbulo (externo aos arcos dentais): revestido pelas mucosas dos lábios e das bochechas de um lado e pela mucosa alveolar e da gengiva de outro.
( cavidade oral propriamente dita: revestido pela gengiva, mucosa palatina, mucosa lingual e do assoalho da boca, istmo das fauces e tonsilas.
	Continua-se com a pele dos lábios e com a mucosa da faringe para o restante do tubo digestivo. 
Constituída por 2 elementos: epitélio (oriundo da ectoderme) e lâmina própria de tecido conjuntivo (oriunda do ectomesênquima), entre ambos existe uma lâmina basal.
A superfície da cavidade oral têm os mesmos elementos que a pele que reveste externamente o corpo, sendo porém desprovida de anexos. Entretanto, por revestir uma cavidade úmida é denominada de mucosa oral.
Em algumas regiões da boca, logo abaixo da lâmina própria, existe uma submucosa, na qual predominam glândulas e tecido adiposo, equivalente, nesse caso, à hipoderme da pele.
FUNÇÕES
Proteger e recobrir tecidos profundos da mecânica respiratória;
Sensorial (gustativa, dor, temperatura, tato)
Regulação térmica (pense num cachorro de boca aberta num dia de calor)
Secretora (produção de saliva por toda a cavidade)
Pode indicar contágio de doenças. A AIDS, por exemplo, tem como sinal a presença de leucoplasia pilosa ou sarcoma de Kaposi. 
DESENVOLVIMENTO
3ª semana: a cavidade oral primitiva é revestida por um epitélio delgado e um ectomesênquima subjacente.
O epitélio é constituído por dois estratos, um mais profundo, basal, com células cúbicas altas e outro superficial, com células cúbicas baixas ou um pouco achatadas.
4ª semana: já está estabelecida a comunicação da cavidade oral com o tubo digestivo anterior. Enquanto o epitélio permanece sem modificações evidentes, o ectomesênquima passa a apresentar maior número de células indiferenciadas devido à migração de mais células provenientes das cristas neurais.
Nos dias que se seguem, a única mudança que se observa é a formação da banda epitelial primária nas regiões correspondentes aos futuros arcos dentários, com suas derivadas, a lâmina vestibular e a lâmina dentária.
7ª semana: o epitélio oral fica dividido devido a formação do sulco vestibular entre aquele que reveste a região da cavidade oral situada por fora do sulco, e aquele que reveste os arcos dentários, o palato, a porção ventral da língua e o assoalho da boca.
O epitélio que reveste o dorso da língua começa a se diferenciar, aparecendo as papilas foliadas, valadas, fungiformes e filiformes.
Nessa época, as cristas palatinas acabam sua fusão, estabelecendo-se, ao formarem o palato, o formato definitivo da cavidade oral.
À diferenciação do epitélio do dorso lingual, segue o espessamento do restante do epitélio oral primitivo, apresentando, com isso, várias camadas.
Após a 4ª semana, o epitélio oral torna-se francamente estratificado, o que significa que o processo de proliferação está definitivamente estabelecido. Durante as semanas seguintes, começa também o processo de maturação, aparecendo alguns grânulos de querato-hialina nas áreas onde o epitélio será queratinizado.
	Após a 20ª semana, essas áreas tornam-se paraqueratinizadas. 
Em geral da 20ª semana em diante o epitélio oral das diversas regiões da boca mostra características muito semelhantes ao definitivo.
Aos 6 meses de vida pós natal, quando os dentes começam a erupicionar, a mucosa perde sua continuidade, formando-se o epitélio juncional na interface entre o esmalte dos dentes e o restante da mucosa. Após ter atingido essa idade, o epitélio torna-se ortoqueratinizado nas áreas correspondentes.
ESTRUTURA
 Epitélio pavimentoso estratificado, por causa da sua função de forramento, o epitélio oral prolifera-se constantemente, sendo originadas novas células na sua camada mais profunda e descamadas outras na sua superfície.
Devido a essa disposição em camadas, no epitélio oral são identificados diversos estratos. Entretanto, enquanto algumas regiões da cavidade oral apresentam epitélio queratinizado, outras são revestidas por epitélio não-queratinizado, ambos, porém, do tipo estratificado pavimentoso.
As células originadas pela constante divisão das células fontes do estrato basal, deslocam-se através doa vários estratos epiteliais até serem descamadas na superfície. Durante o deslocamento, as células sofrem modificações: acumulam filamentos intermédiarios, chamados de tonofilamentos e, no caso dos epitélios queratinizados, o citoplasma acaba repleto de filamentos de queratina. Essas células são chamadas de queratinócitos.
A rápida proliferação e constante renovação da mucosa oral permitem o restabelecimento rápido da sua integridade, após lesões ou intervenções cirúrgicas.
Estratificação dos epitélios queratinizados:
Estrato basal: Adjacente à lâmina própria; cerca de 1 a 3 camadas de células altamente mitóticas (estrato progenitor do epitélio ou germinativo). De cada divisão, uma célula permanece nesta camada (células-fonte) e a outra segue para a superfície. Suas células apresentam tonofilamentos que se arranjam em tonofibrilas e numerosas junções celulares (desmossomos e hemi-desmossomos).
Quando o estrato basal é constituído por mais de uma camada de células, a mais profunda delas é chamada de estrato basal propriamente dito enquanto que as outras constituem o estrato suprabasal.
Estrato espinhoso: acima da basal; constituído por queratinócitos arredondados ou poliédricos; caracteriza-se pelo alto número de desmossomos que se estabelecem entre as células quando comparado com o estrato basal. Estas células, apesar de serem poliédricas, possuem em toda sua volta curtos processos digitiformes, os quais se interdigitam com os processos de queratinócitos vizinhos, estabelecendo-se numerosos desmossomas entre esses processos. Associadas à retração do corte durante o preparo histológico, as projeções digitiformes adquirem um aspecto de espinho. Tem de 3 a 8 camadas, e suas células possuem mais tonofilamentos que as basais, formando tonofibrilas mais grossas.
Estrato granuloso: queratinócitos um pouco maiores; maior quantidade de tonofibrila; com muitos grânulos de querato-hialina (cora-se pela hematoxilina), contendo proteína filagrina. Tem 3 a 6 células de espessura. Na porção mais superficial deste estrato (entre os estratos granuloso e córneo), ocorre liberação do conteúdo granular (lipídios, glicoproteínas e enzimas lisossomais) no espaço intercelular, o que preenche este espaço, formando uma espécie de barreira e deixa o epitélio menos permeável.
Estrato córneo: queratinócitos muito achatados, sem grânulos ou organelas, anucleados, totalmente queratinizada; são repletos de filamentos de citoqueratina, agregados com filagrina, por isso aparecem acidófilo em HE.. Esse processo representa o fenômeno de maturação do queratinócitos. 
No epitélio oral existem regiões da mucosa no qual o epitélio não queratiniza e outras, ainda, nas quais sofrem queratinização incompleta. Por causa disso o epitélio pode ser queratinizado ou não-queratinizado. 
Se for completamente queratinizado recebe o nome de ortoqueratinizado, enquanto que se a queratinização não for completa trata-se de um epitélio paraqueratinizado.
O epitélio não queratinizado divide-se de maneira diferente: estrato basal (com queratinócitos menores); estrato espinhoso (com menos desmossomos, sendo menos evidentes os “espinhos”); não existe estrato granuloso, pois ele não se queratiniza; consequentemente não existe estrato córneo; acima do estrato espinhoso, as células tornam-se gradualmente achatadas a medida que se aproximam da superfície. Contudo é possível distinguir dois estratos nessa região: estrato intermédio (em lugar do granuloso, imediatamente acima do espinhoso, células pouco achatadas, também libera substâncias impermeabilizantes e contem alguns tonofilamentos)e estrato superficial (células achatadas, nucleadas, com alguns tonofilamentos, apresenta glicogênio, o que dá um aspecto claro às células)
	Os filamentos dos queratinócitos são constituídos por um grupo de moléculas protéicas denominadas citoqueratinas.
Não-queratinócitos
Apesar dos queratinócitos constituírem a maioria das células do epitélio oral, outros tipos celulares fazem também parte desse epitélio, embora nem sempre essas células possam ser facilmente identificadas.
Melanócitos: células claras com seu corpo apoiado na lâmina basal, a partir do qual saem longos prolongamentos dendríticos (com prolongamentos lembrando dendritos) que passam entre os queratinócitos, dirigindo-se ao estrato espinhoso; No corpo celular dos melanócitos existem numerosas cisternas de RER e complexo de golgi bem desenvolvido, a partir do qual se originam pré-melanossomas, que irão se transformar em melanossomas – grânulos que contém o pigmento melanina – responsável pela cor escura da pele e algumas regiões do epitélio oral. Esses grânulos podem permanecer nos melanócitos e seus prolongamentos ou serem transferidos para os queratinócitos vizinhos. A atividade do melanócito é que estabelece a cor. Liberam melanina a fim de proteger os núcleos celulares da radiação U.V., além de causar pigmentação.
Células de Langerhans: também têm aspecto dendrítico; originam-se na medula óssea e localizam-se no estrato espinhoso; sua função é apresentar antígenos, porém não conseguem fagocitar como os macrófagos. Possuem núcleo lobulado e citoplasma claro, com grânulos em forma de bastão. Estão presentes em todas as regiões do epitélio oral, com exceção do epitélio juncional. São mais numerosas em epitélios permeáveis (ventre lingual e assoalho bucal).
Células de Merckel: não possuem prolongamentos longos, estão presentes no estrato basal e estão frequentemente adjacentes a terminações nervosas amielínicas; acredita-se que sejam mecanorreceptores, visto que têm vesículas com neurotransmissores para fazer contato com terminações nervosas amielínicas próximas.
Células sanguíneas: células inflamatórias, especialmente linfócitos, infiltrados entre os queratinócitos do epitélio oral. Podem estar presentes também neutrófilos e mastócitos.
Lâmina própria
Tecido conjuntivo adjacente ao epitélio. Possui duas camadas: 
* papilar: Mais superficial, imediatamente subjacente ao epitélio, tecido conjuntivo frouxo, com papilas interdigitantes com as saliências da superfície basal do epitélio;
* reticular: mais profunda; tecido conjuntivo denso cujas fibras colágenas são paralelas à superfície do epitélio e dispostas como uma rede.
Componentes: células e matriz extracelular.
Células: 
Fibroblastos: fusiformes, alongadas, com finos prolongamentos citoplasmáticos. Sintetizam proteínas para exportação. Sintetizam e secretam os precursores do colágeno, elastina, proteoglicanas e glicoproteínas, todos eles constituintes da matriz extracelular.
Quando os fibroblastos terminam a síntese da maior parte do material extracelular, tornam-se relativamente inativos, sendo denominados fibrócitos que podem voltar a sua fase ativa de fibroblasto.
Fibrócitos: fibroblastos inativos, menores e mais alongados.
Macrófagos: realizam fagocitose, originadas a partir dos monócitos. São apresentadoras de antígenos, têm núcleo chanfrado (em forma de rim) e citoplasma com numerosos lisossomas, fagossomas e vacúolos endocíticos, alem de mitocôndrias, citoesqueleto, etc..
Mastócitos: Células globosas, com grânulos de histamina e heparina, liberados em reações inflamatórias.
Células sanguíneas: neutrófilos e eosinófilos, se houver inflamação.
VARIAÇÕES REGIONAIS DA MUCOSA ORAL
A mucosa oral apresenta algumas características particulares nas diversas regiões da boca, dependendo da sua localização, grau de mobilidade e de sua função especifica.
MUCOSA DE REVESTIMENTO: epitélio não queratinizado, presente em regiões elásticas – mucosa labial, jugal, alveolar, palato mole, assoalho da boca e porção ventral da língua.
Labial e jugal: contínuas entre si e contituem a parede externa do vestíbulo. Acabam na mucosa alveolar que reveste o fundo do sulco vestibular. Têm epitélio espesso (600(m), renova-se rapidamente (10 a 12 dias). A mucosa jugal apresenta grande quantidade de glicogênio. Há muitas interdigitações epitélio-lâmina própria; a matriz é rica em fibras elásticas, que são necessárias devido a elasticidade dessas estruturas. A lâmina própria apresenta: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, e linfócitos T. 
Há submucosa entre a LP e o músculo (orbicular da boca ou bucinador), onde encontramos glândulas salivares menores do tipo mucoso, além de tecido adiposo. Na submucosa da bochecha existem também glândulas sebáceas. A submucosa é atravessada por feixes de fibras colágenas que ligam a LP com o respectivo músculo. A mucosa não tem mobilidade própria, ela acompanha os movimentos musculares.
A mucosa do lábio é ainda constituído de uma pele do tipo fina, assim sendo, todos os elementos da pele são nele encontrados. O vermelho dos lábios é a transição entre mucosa e pele.
Alveolar: Reveste o fundo do sulco vestibular, é a transição entre as mucosas jugal e labial com a gengival. Possui grande mobilidade. Tem cerca de 270(m de espessura, quase não apresenta estrato espinhoso, as células do estrato intermédio apresentam grande quantidade de glicogênio, muitos tonofilamentos no citoplasma. A camada papilar é de tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas. Tem fibras elásticas também na camada reticular (alcançam igual proporção às colágenas). A presença de fibras elásticas, tanto na LP quanto na Submucosa determina a grande elasticidade desta porção da cavidade oral.
Palato mole: A mucosa que reveste o palato mole continua anteriormente com a mucosa do palato duro, enquanto sua borda posterior, após revestir o véu do paladar e da úvula, continua-se com o epitélio respiratório das vias aéreas, fazendo parte da orofaringe.
Epitélio com 280(m de espessura, com escasso estrato espinhoso. Possui alguns botões gustativos. A LP é muito vascularizada e moderadamente infiltrada por células do sistema imunológico.
A submucosa possui numerosas glândulas salivares mucosas e alguns nódulos linfáticos. Também são encontradas fibras musculares estriadas nessa região.
Assoalho bucal: Recobre o fundo do sulco lingual, formando a transição da gengiva inserida com a mucosa da porção ventral da língua.
O epitélio é muito fino e permeável, com amplos espaços entre as células. Quase não há estrato espinhoso, glicogênio e papilas conjuntivas. Apresentam muitas células de Langerhans e linfócitos T e poucas fibras colágenas tanto na camada papilar quanto na reticular, sendo as fibras elásticas seu maior componente. A submucosa relaciona-se com a porção secretora da glândula salivar sublingual, e também com o músculo milo-hióideo. Há muita vascularização tanto na LP e na submucosa. Nesta mucosa encontram-se as carúnculas dos ductos das glândulas submandibular e sublingual.
Ventre lingual: semelhante à mucosa do assoalho bucal, seu epitélio também é muito fino e permeável, porém apresenta estrato espinhoso pouco desenvolvido. A lâmina própria é constituída por um tecido conjuntivo com poucas fibras elásticas e continua com a musculatura lingual, sem apresentar submucosa.
MUCOSA MASTIGATÓRIA
Encontrada em regiões de atrito com alimentos durante a mastigação, é queratinizada.
Gengival: A parte inserida recobre o processo alveolar em todos os seus lados, sua superfície apresenta-se “pontilhada” por depressões alternadas entre elevações dando-lhe um aspecto de “casca de laranja”. 
Possui cerca de 300(m de espessura, e é orto ou paraqueratinizada, dependendo da região. Possui os estratos bem definidos. O estrato espinhoso responde por metade da espessura total do epitélio. Há grande quantidade de desmossomos, não há glicogênio (exceto se houver inflamação). Pode apresentar-se pigmentada por melanina, devido a ativos melanócitos presentes no estratobasal
Apresenta papilas conjuntivas alinhadas em fileiras que correm paralelas à borda da gengiva marginal.
Palato duro: Recobre a porção suportada pelos processos palatinos da maxila e pelas porções horizontais dos ossos palatinos. É Ortoqueratinizada, a superfície apresenta elevações macroscópicas transversais (rugas palatinas). Células mais superficiais não apresentam glicogênio. Há papilas conjuntivas regulares, sem fibras elásticas. Há submucosa apenas na porção posterior (a partir dos pré-molares), no centro do palato duro e na região anterior não existe submucosa. A submucosa é rica em tecido adiposo e feixes colágenos inseridos no periósteo subjacente, além disso, possui plexos nervosos e vasculares.
MUCOSA ESPECIALIZADA 
Recobre o dorso da língua, com epitélio queratinizado, sensorial, como possui papilas é considerada uma mucosa especializada.
Língua: corpo – compreende os 2/3 anteriores e fica na cavidade oral; 
Base – relacionada com o istmo das fauces, tonsilas palatinas e a orofaringe.
A mucosa da base da língua esta quase completamente ocupada por tecido linfático, constituindo as amígdalas e por glândulas mucosas. 
PAPILAS:
Filiformes: Mais numerosas e ocupam quase a totalidade do dorso lingual, São estruturas de forma cônica, inclinadas.
Apresentam epitélio ortoqueratinizado, muitos melanócitos e células de Langerhans, acompanhadas de um cone de tecido conjuntivo subjacente. 
Ausência de botões gustativos, atribuindo-se a elas apenas papel mecânico durante a mastigação. Possuem fibras nervosas mielínicas que chegam ate o núcleo de tecido conjuntivo dando a essas papilas a sensibilidade táctil.
Fungiformes: Menos numerosas que as filiformes, encontrando-se esparsas entre elas. São visíveis macroscopicamente como pequenas estruturas arredondadas vermelhas entre papilas filiforme. Possuem botões gustativos na superfície superior, com epitélio paraqueratinizado. No centro da papila, há um tecido conjuntivo altamente vascularizado, que lhe dá a coloração avermelhada. Possuem ramos terminais do nervo corda do tímpano, que inervam os botões gustativos.
Valadas: Constituem o “V” lingual, apresentam sua parte superior no mesmo nível da superfície da língua, ficando a base em um plano inferior. São rodeadas por um sulco circular ou Vallum. Localizam-se na porção posterior do dorso da língua, no “V” lingual.
São maiores do que as outras papilas,têm tecido conjuntivo altamente vascularizado e inervado na sua porção central e revestido por epitélio. O epitélio superior (o teto da papila) é ortoqueratinizado sem botões gustativos. No epitélio das paredes do vallum há botões gustativos, próximo ao fundo do sulco. A área é constantemente higienizada ( arrasta as partículas ou restos alimentares que estariam obstruindo os botões gustativos) pela secreção serosa fluida das glândulas de Von Ebner, cujos ductos abrem-se no fundo do vallum.
Foliadas: Localizadas nas dobras laterais da língua na sua região mais posterior, são separadas entre si por sulcos ou fissuras,, sendo no epitélio não-queratinizado das paredes desses sulcos o local onde se localizam os botões gustativos. 
BOTÕES GUSTATIVOS
Presentes no epitélio que reveste a superfície superior das papilas fungiformes e as superfícies laterais das papilas valadas e foliadas. Alguns botões gustativos estão presentes na porção anterior do palato mole.
De origem epitelial, aspecto de uma cebola, ocupando toda a espessura do epitélio (estendendo-se desde a LB até a superfície epitelial). Um poro comunica o botão com o meio oral.
Os menores apresentam-se nas papilas fungiformes, enquanto os maiores nas valadas e foliadas
Três tipos de células o compõem: 
Tipo I (escuras): Na periferia do botão, dão suporte e secretam uma substância que facilita a captação de estímulos gustativos.
Tipo II (claras): pode ser que dêem suporte, sua função real é desconhecida.
Tipo III (intermediárias): células neuroepiteliais, fazem sinapses com terminações nervosas.
O botão renova-se rapidamente, através de células proliferativas localizadas na periferia do botão, estas migram em direção ao centro.
SUPRIMENTO VASCULAR E NERVOSO
Vascularização: artéria carótida externa (ramos maxilar, lingual e facial) forma plexos vasculares na submucosa e na camada papilar. O retorno venoso segue trajeto inverso até atingir a v. jugular interna.
Inervação: nervo trigêmeo- V (ramos maxilar e mandibular), fibras do nervo facial-VII, glossofaríngeo-IX e vago- X.

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