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Mucosa oral

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08/04 
Mucosa oral 
 
PERIODONTO MARGINAL  
- Sinônimo de periodonto de proteção 
- Composto pela​ gengiva​: 
- Gengiva papilar: forma o sulco marginal 
- Gengiva marginal livre: rodeia o colo do 
dente (acima da papilar) 
- Gengiva inserida: recobre o osso alveolar 
 
- Sua composição é toda epitelial 
- Mistura de epitélio reduzido, epitélio da 
mucosa oral e epitélio juncional 
- Parte dele é formado após a amelogênese, 
quando os ameloblastos encurtam seu 
tamanho e formam o epitélio reduzido que 
recobre o esmalte 
 
 
- A medida em que ocorre a erupção, o 
epitélio reduzido se associa ao epitélio oral 
(mistura de células) 
 
 
 
- Essa associação leva ao Epitélio juncional, 
com função protetora da estrutura do dente 
- COMPOSIÇÃO 
 
 
- Região mais clara e posterior é o esmalte 
- Linha laranja e amarela: tecido conjuntivo, 
formado basicamente por glicoproteínas 
- As células são o epitélio em si 
- Células inferiores em amarelo correspondem 
a crista do osso alveolar 
 
- Epitélio juncional:  
- Formado pela gengiva papilar, marginal livre 
e inserida 
- Células do epitélio oral (rosas), e delas saem 
a estrutura de junção de adesão (Escovinha), 
que prende as células do epitélio juncional 
(queratinócitos do epitélio oral e 
ameloblastos reduzidos do órgão do esmalte 
+ glicoproteínas) 
- Origem: epitélio reduzido + epitélio oral 
- O epitélio juncional vai da região da junção 
amelocementária e sobe por toda a parte do 
esmalte (em vermelho) 
 
- A região da gengiva livre é onde está o sulco 
gengival 
- Gengivite: os ácidos e a própria estrutura 
bacteriana destrói o epitélio juncional 
 
 
- Função: ​o epitélio juncional, ou seja, a 
junção dos componentes epitelial com o 
esmalte impede que as bactérias que tentem 
formar o biofilme patogênico atinja o 
periodonto de inserção 
- Formam barreira física (epitelial) que 
impedem a entrada de bactérias 
 
- Destruição do epitélio juncional expõe 
elementos dentários, e o biofilme antes 
supragengival​ invade a região subgengival 
(movimento de abertura), onde formará o 
biofilme 
- ​Bolsa periodontal:​ descolamento do 
biofilme no movimento de abertura causada 
pelo biofilme migrando para a região 
subgengival 
- Ou seja, a bolsa periodontal (característica 
da doença periodontal) é consequência da 
distribuição do epitélio juncional pelas 
bactérias do biofilme 
- Isso é avaliado na clínica pela sonda 
periodontal, quando mais profunda a sonda 
adentrar, mais significa que o epitélio 
juncional foi destruído e que o biofilme está 
migrando para a região subgengival 
- Epitélio juncional e periodonto marginal X 
mucosa oral 
 
MUCOSA ORAL 
- A mucosa oral reveste toda a cavidade oral 
- Após a região de gengiva inserida, tudo é 
mucosa oral 
- Mucosa oral: mucosa da bochecha, que 
reveste o palato duro e mole, revestimento 
dos lábios, mandíbula e maxila, dorso da 
língua 
- Os elementos da mucosa oral são: epitélio 
oral (estratificado) + tecido conjuntivo de 
sustentação (formado por lâmina basal e 
lâmina própria) 
 
- Organização: 
 
- Tecido epitelial estratificado e lâmina 
própria de origem conjuntiva 
- Parte voltada para o meio externo: epitélio 
estratificado 
- Lâmina própria: tecido conjuntivo 
(vascularizado) mais interno 
 
- Função:​ proteção marginal, pois recobre 
todas as estruturas mais profundas como o 
tecido ósseo 
- Contribui com o processo de mastigação 
(umedecimento dos alimentos) 
- Se adapta ao atrito e abrasão (amortecedor) 
- Percebem estímulos externos (mecânicos, 
térmicos, químicos) 
- Função secretora: glândulas salivares, 
secretam saliva (enzimas de defesa, 
anticorpos, carbonato..) 
 
- Vascularização e inervação: 
- Toda a vascularização é proveniente da 
lâmina própria, pois tecido epitelial não 
recebe inervação 
- Os vasos que chegam a lâmina própria são 
derivados da carótida externa (ramificação 
para que atinja vários locais) 
- Sangue venoso recolhido pela jugular interna 
 
 
- Inervação (terminações nervosas): 
- Inervada por elementos do sistema nervoso 
autônomo (involuntário) 
- Nervos que inervam essa região: trigêmio, 
vago, facial e glossofaríngeo 
 
EPITÉLIO ORAL 
 
- Tecido epitelial estratificado pavimentoso 
- Pode apresentar uma camada de células 
mortas (queratina, extrato córneo) 
- Células: queratinócitos 
- Epitélio de revestimento, logo, os 
queratinócitos devem estar coesos 
(justapostos) 
- Para aumentar a adesão (prender célula a 
outra) entre os queratinócitos estão os 
desmossomos: junções de adesão 
(intercelular) 
- Alta capacidade de regeneração 
(proliferação) 
- Maturação: as células mais profundas são 
jovens e as as próximas a superfície são mais 
antigas 
- Os estágios de maturação gera vários 
estratos (camadas), que reflete o grau de 
maturidade dos queratinócitos 
 
- Tecido avascular (vasos sanguíneos não 
penetram, apenas abaixo dele no conjuntivo) 
- O conjuntivo nutre o tecido epitelial por 
difusão 
 
 
 
 
● Estratos: 
- Dividido em: estrato basal (mais profundo), 
espinhoso, granuloso (intermediários) e 
extrato córneo (maduras ou mortas, 
superficial) 
- Células do estrato córneo descamam (são 
liberadas) e com elas os m.o aderidos na 
região 
 
- Estrato basal: ​primeira camada de células 
(de cima pra baixo) 
 
- Indicado pela seta vermelha 
- Em contato direto com a lâmina basal (grupo 
de fibras proteicas, de onde partem os 
estímulos de regeneração) 
- As células desse estrato não são células 
queratinócitas, mas sim, células basais 
- Sofrem mitose, sendo que uma célula 
continua ligada no estrato basal e a filha é 
mandada para o estrato espinhoso (segunda 
camada) 
 
- Única camada de células, que mantém 
contato direto com a membrana basal pois é 
de lá que os estímulos pra regeneração são 
provenientes 
- A destruição da membrana basal gera perda 
de capacidade de regeneração das células 
basais 
- Alguns m.o possuem preferência por essa 
região justamente pois cada vez que essa 
célula se reproduz (alta taxa mitótica) o 
material genético do vírus é replicado 
juntamente, e levado para os estratos 
superiores como a célula filha 
- Ex: vírus da herpes 
 
- Hemidesmossomas: ​prende células do 
estrato basal com membrana basal, 
garantindo a coesão e a resposta aos 
estímulos regenerativos 
 
- Estrato espinhoso 
 
- Imediatamente acima do estrato basal 
- Maior número de camadas e de células 
- Ricos em ​desmossomas​, que prendem um 
queratinócito no outro. Garante a 
estabilidade desse grande conjunto de células 
- Células: queratinócitos (apresentam certa 
maturação) 
- Possui grânulos citoplasmáticos, formados 
por uma proteína que posteriormente será 
transformada em queratina 
 
- A célula localizada mais próxima ao estrato 
basal é jovem enquanto nas camadas 
superiores são envelhecidas 
- Os queratinócitos superiores são mais 
velhos, que realizam a interface entre o 
estrato espinhoso e o seguinte, granuloso 
 
- Estrato granuloso 
 
- Células começam a se achatar e adquirir 
forma pavimentosa 
- Aumento no número de grânulos 
citoplasmático (possui muitas proteínas, 
lipídios e queratina) 
- Células com idade avançada 
- Citoplasma muito cheio de queratohialina 
(precursora de queratina) e morrem 
- Essas células mortas formam o estrato 
córneo 
 
- Estrato córneo
 
- Os queratinócitos nesse estágio morreram 
devido ao citoplasma muito cheio de 
queratohialina (precursora de queratina) 
- As células mais superficiais estão mortas, 
enquanto as mais internas estão em processo 
de morte (estrato lúcido) 
- Formam um citoesqueleto de queratina: 
citoqueratina 
 
- O epitélio não é formado só por 
queratinócitos 
 
 
● Células 
 
- Queratinócitos 
- Função de revestimento e secreção de 
queratina 
- No estrato basal são chamadas de células 
basais 
- Ao entrar em uma camada superior,se 
especializa e se torna queratinócito produtor 
de queratina 
(Cinzas no esquema) 
 
- Melanócitos 
- Ditam a cor da pele 
- Posicionados no estrato basal 
- Produzem melanina, função protetora 
contra radiação UV 
- Seu corpo fica no estrato basal, mas possui 
projeções que penetram no estrato espinhoso 
para que os grânulos de melanina adentrem 
essa região 
- Cada indivíduo possui maior ou menor 
quantidade de melanócitos 
 
- Células de Langerhan 
- Localizadas no estrato espinhoso 
- São macrófagos modificados, responsáveis 
pela defesa (azuis grandes no esquema) 
- Fazem fagocitose de qualquer corpo 
estranho que chegue no estrato espinhoso 
 
- Paciente com quimioterapia mais propenso a 
doenças orais: cavidade oral suscetível a 
presença de infecções pois esse tratamento 
reduz o estroma das glândulas secretórias 
(menos saliva), e principalmente pois diminui 
a proliferação das células, inclusive do estrato 
basal (não ocorre regeneração) além de afetar 
as células de langerhan, perdendo uma 
estratégia de defesa 
- Também acontece em pacientes idosos 
(degeneração natural) 
 
- Célula de Merckel 
- Roxas no esquema 
- Posicionadas no estrato basal 
- Atuam como mecanorreceptores (possuem 
um axônio aderida), para que perceba as 
modificações mecânicas que acontecem ao 
longo do estrato 
 
● Regiões e queratina 
- Nem todas as regiões são queratinizadas, 
apenas as que recebem maior atrito (estrato 
córneo), pois precisam de proteção extra 
- Regiões com pouco atrito não possuem 
estrato córneo 
 
- O epitélio não queratinizado possui apenas 
estrato basal e espinhoso (chamado de 
intermediário) 
 
- Região queratinizadas na cavidade oral: 
língua e um pouco na bochecha 
 
- Gengiva livre: não queratinizada 
(paraqueratinizada ou levemente 
queratinizada), pois o atrito não é muito 
intenso 
 
LÂMINA PRÓPRIA 
- Tecido conjuntivo que sustenta o epitélio 
oral não inervado 
- Localizada abaixo do epitélio oral 
- Abaixo dela: adiposo e tecido vascular 
 
- 2 regiões 
- Lâmina papilar: tecido conjuntivo frouxo 
(pouco colágeno), próximo ao epitélio oral 
- Lâmina reticular: mais profunda, apresenta 
mais colágeno, logo, tecido conjuntivo denso 
 
- Rica em fibroblastos, que produzem 
colágeno e elastina 
- Onde ocorrem as respostas inflamatórias 
- Gengiva edemaciada (edema 
localizado na região da lâmina 
própria) 
- Onde está as células de defesa (mastócitos) 
- Coceira na gengivite: mastócitos 
degranulando 
 
- Onde o anestésico é colocado. No epitélio, 
chega o anestésico tópico, mas o injetável 
atinge essa região, pois é onde estão as 
terminações nervosas 
 
- Quando maior a fibra de colágeno (mais 
denso), menor eficiência do fibroblasto 
 
- A difusão do anestésico é melhor na região 
papilar do que reticular, pois possui menos 
colágeno (mais frouxo), logo, é mais fácil 
atingir o tecido 
- Na região reticular, a malha de colágeno 
dificulta a difusão do anestésico 
 
VARIAÇÕES REGIONAIS 
- Região não homogênea e por isso 
subdividida 
- Mucosa de revestimento: jugal (bochecha), 
próximo ao epitélio juncional 
- Mucosa mastigatória: próximo a inserção da 
mucosa labial e palato 
- Mucosa especializada: recobre o dorso da 
língua 
 
 
- Para cada região haverá uma especialização 
 
- Mucosa de revestimento: l​ábios, palato 
mole e bochecha (jugal) 
- Epitélio não queratinizado 
- Evidência maior da lâmina papilar (tecido 
conj. frouxo) 
- Maior poder de absorção 
- Muito inervado e não queratinizado, por 
isso, muitos medicamentos são aplicados 
nessa região, chegando rapidamente nos 
vasos sanguíneos 
- Não queratinizado: pouco atrito, permite 
elasticidade para a movimentação e melhor 
absorção 
 
- Mais sensível: ressecamento dos lábios no 
frio, pois a ausência do estrato córneo 
permite a facilidade na perda de água 
 
- Mucosa mastigatória: g​engiva (parte lingual) 
e palato duro 
- Contato direto com alimento e por isso 
queratinizada (grande estrato córneo) 
- Maior proporção de fibras colágenas, que 
propiciam maior resistência, proteção e 
menor elasticidade 
 
- Mucosa especializada​: dorso da língua 
- Base da língua: tecido linfóide (defesa) 
- Dorso: epitélio muito queratinizado e 
mucosa sensorial, dada pelas papilas linguais 
(especialização sensorial) 
- As papilas linguais são o que torna a mucosa 
especializada 
- 4 tipos: valadas (limite com base da língua), 
foliadas (laterais), fungiformes (ponta) e 
filiformes (dorso) 
 
- A função sensorial da papila é dada pelo 
botão gustativo​, conjunto celular em que cada 
célula é um neuroepitélio (epitelial 
diferenciada para função sensorial) 
 
- 3 tipos de células do botão: 
 
- Tipo 1: produz secreção que “lava” a ponta 
de botão (poro), onde o estímulo é captado 
- Tipo 2: suporte (apoio) 
- Tipo 3: processa o estímulo, onde chegam os 
neurônios (terminações nervosas) para ser 
percebido os estímulos 
 
- Nem toda papila possui botão gustativo 
(apenas as papilas filiformes não possuem) 
 
 
- Papila filiforme: (dorso) ​recoberta por 
estrato córneo (queratina), por isso nao 
possui botão 
- Possui melanócitos (dita a cor da língua) 
- Receptor tátil (perceber que algo atingiu a 
língua), pois possuem mecanorreceptores 
 
As outras papilas possuem receptores 
químicos e botão gustativo 
 
- Papila fungiforme: (ponta) ​possui 
receptores químicos 
- Epitélio pouco queratinizado 
(paraqueratinizado) 
- Região muito vascularizada (ponta) 
 
- Papila valada:​ (posterior) ortoqueratinizado 
(Regiões queratinizadas e regiões não) 
- Possui “valas”, geradas pela presença e 
ausência de estrato córneo 
- Na vala, não existe queratina e é onde está o 
botão gustativo 
- Papila que possui mais botões 
 
- Papila foliada: (laterais) ​não queratinizada 
- Botões gustativos na lateral, garantindo a 
percepção de sabor percebida por toda a 
língua

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