Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JOÃO VITOR PEREIRA RESUMO DE HISTOLOGIA ➢ MUCOSA ORAL E SUA ARQUITETURA * A mucosa é a estrutura que reveste superfícies úmidas; - A mucosa é constituída por dois elementos → um epitélio e uma lâmina própria de tecido conjuntivo; 1. Epitélio; 2. Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado; 3. Córion papilar – tecido conjuntivo frouxo; 4. Córion Reticular – tecido conjuntivo denso não modelado. - Comparando as duas estruturas, o epitélio oral e a lâmina própria são equivalentes a epiderme e à derme da pele; - Logo abaixo da lâmina própria, existe uma submucosa, com a presença de glândulas e tecido adiposo; tecido ósseo e muscular. • DESENVOLVIMENTO - O epitélio da mucosa oral é derivado do ectoderma; a lâmina própria origina-se do ectomesênquima; - Por volta da terceira semana de vida intrauterina, pouco antes de ruptura da membrana bucofaringe, a cavidade oral primitiva é revestida por um epitélio delgado e um ectomesênquima subjacente; - Nos dias que se seguem, tem-se a formação da banda epitelial primária nas regiões correspondentes aos futuros arcos dentários → lâmina vestibular e a lâmina dentária. - Com a formação do sulco vestibular por volta da sétima semana, o epitélio oral fica dividido entre aquele que reveste a região da cavidade oral situada por fora do sulco → futuras bochechas e lábios; E que reveste os arcos dentários, o palato, a porção ventral da língua. - O sulco vestibular começa a diferenciar-se, dando o início o aparecimento das papilas foliadas e valadas em região posterior e conseguinte por volta da 9ª semana as fungiformes, predominando o dorso da língua na região anterior. → neste período tem-se a fusão final das cristas palatinas, formando o 1. 2. 3. . 4. 1. 2. 3. 4. 1.Lâmina própria; 2.Lâmina basal; 3.Hemidesmosso e 4.Célula epitelial 2. 1. 1. Epitélio oral primitivo 2.Ectomesênquima 3.Hemidesmosso e 4.Célula epitelial JOÃO VITOR PEREIRA palato → característica conformacional final do palato. - Em algumas regiões, nas quais o epitélio será queratinizado, projetam-se curtas papilas conjuntivas a partir da lâmina própria enquanto em outras, destinadas a não serem não-queratinizadas, não ocorrem projeções; - Após a 14ª semana, o epitélio oral torna-se francamente estratificado → processo de proliferação estabelecido por completo; durante as semanas seguintes, do início ao processo de maturação, aparecendo grânulos de querato-hialina nas áreas onde o epitélio será queratinizado; - Após 20ª semana, o epitélio torna- se paraqueratinizado (núcleo das cels presentes) → em seguinte o epitélio oral das diversas regiões da boca apresenta características ao epitélio definitivo – células de langerhans e melanócitos. - Após os 6 meses de vida pós-natal, os dentes começam a erupcionar, assim a mucosa perde sua continuidade → formando o epitélio juncional. • ESTRUTURA – EPITÉLIO ORAL * O epitélio oral é do tipo estratificado pavimentoso → células denominadas queratinócitos. - Em relação a sua função de forramento, o epitélio oral prolifera constantemente, porém, com velocidade variáveis seguindo sua localização. - O epitélio oral é identificado a partir de 5 estratos; → Córnea →Lúcida →Granuloso → Espinhoso →Basal - As células originadas pela constante divisão das células fontes do estrato basal, deslocam-se através dos vários estratos epiteliais até serem descamadas na superfície → durante o processo de deslocamento, as células sofrem modificações, acumulando filamentos intermediários (8nm diâmetro) – tonofilamentos; em epitélios queratinizados – citoplasma repleto de filamentos de queratina. - A proliferação e maturação são características fundamentais do epitélio oral. * A rápida proliferação e constante renovação da mucosa oral permitem o restabelecimento rápido da sua integridade, após lesões ou intervenções cirúrgicas. → ESTRATO BASAL - Se dividem constantemente, constituindo a porção germinativa; - Células cilíndricas; - Formado por uma a três camadas de células → estrato progenitor do epitélio; alta atividade mitótica. - Após cada divisão, algumas das células basais permanecem como células fonte sendo que outras células filhas se deslocam para superfície; - Numerosas junções intercelulares são observadas entre os queratinócitos basais, JOÃO VITOR PEREIRA especialmente do tipo desmossoma, existindo também hemidesmossoma entre as células mais profundas e a lâmina basal. → ESTRATO ESPINHOSO - Deve sua aparência à presença de desmosomas(espinhos) entre numerosos processos digitiformes em torno de todas as células; - Células poligonais, Inter digitações; - Constituído por três a oito camadas de queratinócitos; - Apresenta maior quantidade de tonofilamentos do que nos queratinócitos basais → constituindo feixes de tonofibrilas mais grossas. → ESTRATO GRANULOSO - Acumulam grânulos de querato- hialina que contêm a proteína filagrina – principal proteína para a formação da camada córnea → barreira de proteção; - Células poligonais achatadas; grânulos de queratohialina; grânulos contendo substâncias fosfolipídicas associadas a glicosaminoglicanas; grânulos contendo proteínas; resistência a membrana; - Impermeável à água e outras moléculas; -Constituído por três a seis células de queratinócitos; - Os Grânulos descarregam o seu conteúdo para os espaços intercelular do lado mais superficial dos queratinócitos → conteúdo dos grânulos, consiste em lipídios, glicoproteínas e algumas enzimas lisosomais. → os elementos liberados na zona de transição entre os estrados granuloso e córneo, passam a preencher os espaços intercelulares desse estrato mais JOÃO VITOR PEREIRA superficial → formando uma barreira que outorga certa impermeabilidade ao epitélio. → ESTRATDO LÚCIDO - Células achatadas, eosinófilas, hialinas; organelas citoplasmáticas e núcleos dirigidos por lisosomas. → ESTRATO CÓRNEO - É constituído por células totalmente desidratadas e repletas de filamentos de citoqueratinas; -Citoplasma repleto de queratina, os tonofilamentos se aglutinam com uma matriz formada pelos grânulos de querato-hialina; - Os queratinócitos da córnea, são placas mortas que descamam continuamente – morte celular programada; - Protege contra o atrito e a perda de água; - O epitélio oral queratinizado pode ser orto (núcleos de células ausentes – epitélio totalmente queratinizado) ou paraqueratinizado (núcleos de células presentes – queratinizaçao incompleta); - Os queratinócitos aparecem mais acidófilos pelo acúmulo de queratina, apresentam núcleo picnótico muito achatado. * O epitélio oral não-queratinizado apresenta algumas diferenciações, como o seus queratinócitos no estrato basal (mesma organelas e tonofilamentos) são de tamanhos reduzidos; o estrato espinhoso possuem menos desmosomas, sendo, portanto, menos evidentes as pontes intercelulares. → acima do estrato espinhoso é notório a grande diferenciação, uma vez que, não existe estrato granuloso e Epitélio Estrato lúcido Estrato córneo Figura 1.7 Corte de Pele. Coloração: Hematoxilina e Eosina. Grande aumento. Figura 1.3 Corte de Pele. Coloração: Hematoxilina e Eosina. Médio aumento. Epitélio Estrato basal Estrato espinhoso Estrato granuloso Estrato lúcido Estrato córneo JOÃO VITOR PEREIRA consequentemente córneo. → havendo também liberação de grânulos no epitélio conferindo uma certa impermeabilidade; - Os filamentos de queratinócitos são constituídos por um grupo de moléculas proteicas → citoqueratinas; → NÃO-QUERATINÓCITOS - Melanócitos - Células de Langerhans - Células de Merckel → MELANÓCITOS - Possuem longos prolongamentos, localizados entre os queratinócitos;- Por volta da 11ª semana de vida intrauterina migram células da crista neural para o epitélio da mucosa oral e para a epiderme da pele → essas células penetram no epitélio, instalando-se entre os queratinócitos do estrado basal. - Seu corpo geralmente está apoiado na lâmina basal, a partir do qual saem prolongamentos dendríticos que passam entre os queratinócitos, dirigindo-se para o estrato espinhoso -porém não estabelecem junções do tipo desmosoma; - A melanina produzida pelos melanócitos é transferida para os queratinócitos; - No seu corpo encontra-se numerosas cisternas de REG e Complexo de Golgi bem desenvolvidos → a partir do qual originam-se grânulos denominados pré-melanosomas, que mais tarde se transformam em melanosomas → grânulos que contêm o pigmento JOÃO VITOR PEREIRA melanina, responsável pela cor escura da pele e algumas regiões do epitélio oral, como gengiva inserida; - O grau de pigmentação da região correspondente da mucosa oral está diretamente relacionado com a cor da pelo do indivíduo. → CÉLULAS DE LANGERHANS - São apresentadoras de antígenos – receptores FC das Igs e para o fator C3 do complemento, porém não apresenta capacidade fagocitária e são abundantes nos epitélios mais permeáveis; - Possuem um aspecto dendrítico, são desprovidos de tonofilamentos e demosomas; seu núcleo é lobulado e seu citoplasma claro, com presença de grânulos em forma de bastão; - As células de Langerhans originam- se na medula óssea e localizam-se no estrato espinhoso do epitélio oral; - São mais numerosas nos epitélios mais permeáveis, como os que revestem o assoalho da boca e a porção ventral de língua; → CÉLULAS DE MERCKEL - Desempenham função receptora nervosa; são mecanorreceptores; - As células de Merckel não possuem prolongamentos longos, pelo fato de apresentarem alguns tonofilamentos no seu citoplasma e de estabelecerem contatos com os queratinócitos vizinhos por meio de desmosomas; Fig1 Cort de Pele. Epitélio Melanina Epitélio Célula de Langerhans JOÃO VITOR PEREIRA - Acredita-se que sua origem seja epitelial; apresentando grânulos eletron-densos voltados para base da célula; notando-se em sua base, terminações nervosas; - Localizam-se no estrato basal do epitélio oral e estão, frequentemente, adjacentes a terminações nervosas amielínicas; - Apresentam numerosas vesículas pequenas, contendo neurotransmissor – função de receptores mecânicos na mucosa oral. → CÉLULAS SANGUÍNEAS - São detectadas algumas células inflamatórias, em pequena quantidade → linfócitos, infiltrados entre os queratinócitos do epitélio oral; pode estar presente também alguns neutrófilos e mastócitos; • LÂMINA PRÓPRIA - Constituída por duas camadas: papilar e reticular; - Denomina-se lâmina própria ou cório o tecido conjuntivo subjacente ao epitélio; - Regiões, papilar → subjacente ao epitélio, constituída por tecido conjuntivo frouxo; apresentando as papilas características que se Interdigitam com as saliências da superfície basal do epitélio; reticular→ mais profunda, tecido conjuntivo denso não modelado, com fibras colágenas geralmente paralelas à superfície do epitélio e disposta em forma de rede. → CÉLULAS DA LÂMINA PRÓPRIA - Presente em grande quantidade os fibroblastos, porém apresenta macrófagos, mastócitos e algumas células sanguíneas do sistema imunológico; - Os fibroblastos produzem a matriz extracelular da lâmina própria; são células sintetizadoras de proteínas para exportação – possui inúmeras cisternas de REG, complexo de Golgi desenvolvido e vesículas de secreção; → Sintetizam e secretam precursores de colágeno, elastina, proteoglicanas e glicoproteínas – constituintes da matriz extracelular e da lâmina própria; → Quando os fibroblastos terminam a síntese do material extracelular, torna-se relativamente inativo “fibrócitos”; - Os macrófagos são células fagocíticas originadas a partir dos monócitos, que por sua vez derivam da medula óssea → participam nas reações imunológicas como células apresentadores de antígenos; - Os mastócitos são globosos que apresentam grânulos envolvidos por membrana nos quais são armazenadas a heparina e a histamina, dois potentes mediadores das reações inflamatórias; sua membrana plasmática possui receptores para IgE, anticorpo produzido pelos plasmócitos; JOÃO VITOR PEREIRA - Células sanguíneas em maior ou menor número, dependendo da região ou presença e/ou ausência de alguma patologia; são comuns neutrófilo, eosinófilos, linfócitos e plasmócitos. * A injeção e difusão de anestésico local na mucosa oral é mais fácil ou mais difícil dependendo da densidade da lâmina própria em diferentes regiões da boca. • VARIAÇÕES REGIONAIS DE MUCOSA ORAL - A mucosa oral apresenta algumas características particulares nas diversas regiões da boca, dependendo da localização, grau de mobilidade e de sua função especifica → mucosa de revestimento, mastigatória e especializada; → MUCOSA DE REVESTIMENTO - Possui um epitélio não- queratinizado; encontrada nas regiões que necessitam de certa elasticidade dos tecidos→ Mucosa labial e jugal, mucosa alveolar, mucosa do palato mole, mucosa do assoalho da boca; - mucosa labial e jugal, apresentam epitélio espesso com muitas camadas de células; cor rósea pálida; a lâmina própria apresenta fibroblastos, macrófagos, mastócitos e um número significativo de linfócitos T; matriz extracelular rica em fibras elásticas; tantos nos lábios como nas bochechas existe um submucosa entre a camada reticular da lâmina própria e o músculo (lábios o orbicular e nas bochechas o buccinador) → nas submucosas das bochechas existem também glândulas sebáceas (presentes em grande números – fordyce) → a submucosa é atravessada por feixes de fibras colágenas que ligam a lâmina própria com o músculo respectivo; - O vermelho dos lábios corresponde à transição gradual entre pele e mucosa → a reduzida espessura de epitélio, devido às altas papilas conjuntivas que contêm numerosos vasos sanguíneos e a gradual diminuição da camada de queratina, são responsáveis pela intensa cor vermelha do lábio. → MUCOSA DE TRANSIÇÃO – tec.epitelial de revestimento estratificado pav.queratinizado; cório papilar – tec.conj.frouxo, sem glândulas; - mucosa alveolar, numerosas fibras elásticas conferem grande mobilidade à mucosa alveolar; reveste o fundo da sulco vestibular, sendo a transição entre as mucosas labial e jugal coma mucosa gengival; seu epitélio quase não apresenta estrato espinhoso; sua camada papilar é constituída por tecido conjuntivo muito frouxo com fibras elásticas – fibras colágenas são ancoradas ao periósteo da mandíbula e maxila. - ventre da língua - mucosa palato mole, possui uma submucosa com glândulas mucosas, nódulos linfáticos e fibras musculares; projeta-se ao palato duro, o véu do paladar e a úvula, continua-se com o epitélio respiratório das vias aéreas – orofaringe; seu epitélio apresenta um Figur 3. . Corte de Lábio. Mucosa de transição Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso Pele fina Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado Pelo Glândula sebácea JOÃO VITOR PEREIRA escasso estrato espinhoso; apresentando alguns botões gustativos – na região anterior, próximo ao palato duro; sua lâmina própria é altamente vascularizada, e moderadamente infiltrada por células do sistemas imunológicos; submucosa na região anterior, apresenta numerosas glândulas salivares, enquanto na região posterior, apresenta alguns nódulos linfáticos; fibras musculares estriadas são encontradas nesta região. - mucosa do assoalho da boca, epitélio fino – muito permeável, com poucas camadas celulares; esta porção da mucos oral recobre o fundo do sulco lingual, formandoa transição da gengiva inserida com a mucosa da porção ventral da língua; superfície lisa e brilhante, rosa intenso; quase não apresenta estrato espinhoso; presença de muitas células de Langerhans e linfócitos T; sua lâmina própria – camada papilar quanto a reticular possuem poucas fibras colágenas, sendo as fibras elásticas seu maior componente; sua submucosa está relacionada com a porção secretora da glândula salivar sublingual – em sua região mais profunda, relaciona-se com a fáscia do músculo milo-hióide; → a lâmina própria e a submucosa da boca são muitas vascularizadas através de ramos das artérias lingual, facial e submentoniana, bem como da veia sublingual; clinicamente observam-se as aberturas dos ductos das glândulas salivares submandibulares e sublinguais → formando as carúnculas, ambos os lados da base do freio lingual; → MUCOSA MASTIGATÓRIA - As mucosas mastigatórias possuem epitélio queratinizado; - Sendo encontrada nas regiões da boca expostas diretamente ao atrito dos alimentos durante a mastigação – a qual compreende a mucosa gengival e a mucosa que recobre o palato duro; - Mucosa gengival, constitui parte mucosa oral, como também participa do periodonto marginal ou de proteção → gengiva marginal (ao redor do colo do dente – sofre recessão - cemento, idoso) e gengiva inserida (sobre o osso da mandíbula ou maxila); - O epitélio da gengiva inserida é predominantemente do tipo paraqueratinizado; Fig ura 3 . . Corte de Lábio. Coloração:Hematoxilina e Eosina. Pequeno Mucosa de revestimento Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso não queratinizado Ducto glandul Glândulas salivares Tecido linfoide JOÃO VITOR PEREIRA - Na camada reticular estão presentes numerosos feixes de fibras colágenas, não existindo fibras eláticas. Os feixes mas profundos ancoram-se ao periósteo da maxila ou mandíbula → não havendo submucosa. - Mucosa do palato duro, é predominantemente do tipo ortoqueratinizado; - É parte da mucosa oral que recobre a porção anterior do palato → processos palatinos da maxila e pelas porções horizontais dos ossos palatinos; - Sua superfície apresenta várias elevações tranversais, denominadas rugas palatinas – cor rosa pálida, epitélio queratinizado; - Presença de papilas conjuntivas na lâmina própria; - No centro de palato duro e na região anterior não existe submocasa – sendo encontrada somente a partir dos pré-molares → região anterior da submocosa é rica em tecido adiposo, enquanto que a posterior possui glândulas salivares mucosas, apresentando também vasos e nervos, os dirigem-se para a lâmina própria – formando extensos plexos vásculo-nervosos; → MUCOSA ESPECIALIZADA - Mucosa do dorso da língua – estrutura sensorial → mucosa esposta ao atrito alimentar, possuino por tanto, um epitélio queratinizado. Possuindo papilas em sua mucosa; - A lígua é um orgão muscular de grande mobilidade, dividida em, corpo e base; - (1) O corpo da língua, deriva do primeiro arco braquial, que compreende os 2/3 anteriores; - (2) A base, é derivada dos terceiros e quartos arcos, está relacionada com os istmo das fauces, as tonsilas palitinas e a orofaringe; 2 1 3 JOÃO VITOR PEREIRA - (3) O “V” lingual ou sulco termina, delimita as duas porções, corpo e base; - A mucosa da base da língua está quase coompletamente ocupada por tecido línfatico, constituindo as tonsilas linguais, e por glândulas muscosas → mucosa que recobre o dorso da língua – especializada; - Mucosa totalmente ocupada por papilas → Suco terminal – Cirncuvaldas e/ou caliciformes; → Dorso lingual – filiformes, podendo haver fungiformes; → Laterais e posteriores - foliadas; - PAPILAS FILIFORMES → São as mais numerosas, ocupando quase que a totalidade do dorso da lingua, forma cônica, aspecto aveludado; inclinadas, com seu vértice apontada para a orofaringe; -Tecido epitelial de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado – aspero, apreensão de alimentos - Epitélio ortoqueratinizado, possui numerosos melanócitos (ao redor de um melanócito para cada cinco queratinócito) e células de langerhans; - Com o avançar da idade as papilas filiformes decresce; - As papilas filiformes, possuem uma fina sensibilidade tátil → devido à ausência de botões gustativos nestas papilas, é atruibuido apenas papel mecânico durante a mastigação; - As papilas filiformes possuem fibras nervosas mielínicas que chegam até o núcleo de tecido conjuntivo, emitindo terminações livres amielínicas, corpúsculo lamelares ou do tipo Meissner – e ainda, terminações nervosas intra-epitelias, atingindo o estrato basal; - PAPILAS FUNGIFORMES → São menos numerosas, econtrando-se esparsas entre elas, ocorrendo aproximadamente 90 papilas fungiformes cm2 região do vértice e ao redor 40 por cm2 na parte central do dorso da lingual e algumas nas bordas laterais; - São arredondadas (cogumelo) de cor vermelha (tec.conjutivo intensamente vascularizado); tecido epitelial de revestimento estratificado não queratinizado – presença de corpúsculos gustatitvos; - As papilas fungiformes, possuem ramos terminais do nervo da corda do tímpano, os quais inervam os botôes gustativos. JOÃO VITOR PEREIRA - PAPILAS VALADAS → Constituem o suco terminal (V lingual); denominadas também de caliciforme ou circunvaladas; não protrudem acima do plano superficial da mucosa; - São rodeadas por um sulco circular ou vallum; presente de 8-10 papilas na porção posterior do dorso da língua; presença de numerosos botões gustativos, presente na parede do sulco; - Papilas com sua porção central de tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e inervado, revestido por epitélio; - Os botões gustativos localizam-se nas superfícies laterais do epitélio, próximas ao fundo do sulco cicurlar, 100 botões por papila valada; - No fundo do sulco, abrem-se ductos excretores de um tipo de glândulas salivares menores – Von Ebner, são as únicas glãndulas salivares menores serosas, que ao ser secretada no fundo do sulco, arrasta as párticulas ou restos alimentares que estariam obstruindo os botões gustativos presentes nas paredes do sulco; - PAPILAS FOLIADAS → presente nas dobras da mucosa, a cada lado da borda lateral da língua – região posterior; - Sulcos ou fissuras separam essas dobras da mucosa, sendo no epitélio não-queratinizado, onde em sua parede estão localizados os botões gustativos. - BOTÕES GUSTATIVOS → Estão presente no epitélio que reveste a superfície superior das papilas fungiformes e as superfícies laterais das papilas valadas e foliadas. Podendo estar presente na porção anterior do palato mole; - São inervados pelos nervos facial,glossofaríngeo e vago; - Os botões gustativos ocupam toda a espessura do epitélio e são contituídos por três tipos celulares; - Sua origem é epitelia, começando a aparecer entre a nona e décima semana de vida intra-uterina, no entando só podem ser indentificados após a 15ª semana; - Seu aspecto é de uma cebola, ocupando todo o epitélio – saindo da lâmina basal até a superfície epitelial, comunicando-se com a cavidade oral através de um poro; JOÃO VITOR PEREIRA - Os menores botões, apresentam- se nas papilas fungiformes; os maiores nas papilas valadas e foliadas. - Tipos de células; 1) Tipo I – escuras: suporte - finas, localizam-se na pereiferia do botão; - possuem núcleo com abundande heterocromatina e citoplasma bem desenvolvido com aparelhagem de siíntese, secretando substância a qual ira preenche abertura do poro e facilitar a captação dos estímulos gustativos. 2) Tipo II – claras: suporte 3) Tipo III – intermediárias: neurotransmissor - são celulasneuro epitelias; - seu citoplasma possui, do lado do poro, um delgado prolongamento; do lado da lâmina basal, estabelece contato do tipo sináptico com a terminação nervosa, observam-se pequenas vesículas que contêm o neurotransmissor. * Os botões gustatuvos possuem alto índice de renovação, sua porção proleferativa localiza-se na periferia do botão, onde se encontram as células que se dividem - tais celulás oriundas da divisão migram para a região central do botão. → SUPRIMENTO VASCULAR - Suprimento sanguíneo extremamente rico e é dericado da artéria carótida externa atráves dos ramos principais maxilar, lingual e facial. Artérias presentes na submucosa seguem um trajeto paralelo à superfície, dando origem a numerosos ramos que se dirigem a todas as regiçoes da mucosa – rede capilar subjacente ao epitélio, penetrando na camada papilar da lâmina própria; - O retorno venoso segue o trajeto inverso e termina na jugular interna; - Presença de terminações linfáticas cegas, na camada reticular da lâmina prórpia para formar linfáticos coletores que seguem o trajeto venoso. → SUPRIMENTO NERVOSO - Mucosa oral é profusamente inervada, sendo sensorial, contendo elementos do sistema autonômico; - Os pricipais nervos originam-se dos ranos maxilar e mandibular do trigêmeo, fibras do facial, glossofaríngeo e vago; maior partes das sua fibras são mielínicas.
Compartilhar