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AULA 9 PSICOLOGIA HOSPITALAR

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AULA_9_PSICO_HOSPITALAR
O PSICÓLOGO HOSPITALAR NA UTI
A Unidade de Terapia Intensiva - Adulto (UTI – A)
	A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o espaço dentro do hospital que difere das demais áreas por oferecer um tratamento específico e intensivo para os pacientes em estado grave.
 	A UTI – Adulto possui equipamentos específicos, recursos materiais e tecnológicos para este público, com o intuito de melhor atender estes pacientes, que são recebidos do pós-cirúrgico, pacientes clínicos, terminais e em estado grave, com a possibilidade de recuperação.
	Esses pacientes podem ser recebidos de diversas especialidades, como por exemplo:
Politraumas;
Traumatismos cranianos de diferentes níveis;
Insuficiência respiratória aguda;
Infarto agudo do miocárdio;
Angina instável;
Insuficiência renal aguda;
Aneurisma cerebral;
Recuperação pós-cirúrgica;
Infecção localizada ou generalizada;
Ferimento por arma de fogo;
Acidente vascular cerebral (derrame);
Ostomias;
Esofagectomia;
Meningite;
Leucemia;
Parada cardiorrespiratória.
	Independentemente do diagnóstico, podemos perceber que todos os pacientes recebidos na UTI precisam de cuidados especiais.
A estrutura física da UTI – A
	PREGNOLATTO e AGOSTINHO (2012, p. 140) descrevem a composição de uma UTI de um hospital conveniado com o SUS.
 	De acordo com a descrição, este ambiente é composto por um salão que concentra leitos dispostos um ao lado do outro, separados por divisórias. Esta disposição se dá em função da necessidade de observação, controle e pronto atendimento constantes ao paciente pelos profissionais de saúde.
 	Permite também que o paciente acompanhe toda a rotina da unidade, o que por vezes pode causar reações negativas, por presenciar emergências e procedimentos.
	Além desse grande salão, existem também leitos especializados para isolamento, constituídos em sua maioria por divisórias de parede de vidro e portas de acesso. Por existir a necessidade de isolamento, a equipe segue regras de proteção para a não contaminação como uma das formas de cuidados especiais com este tipo de paciente.
 	A UTI – A contém ainda um almoxarifado próprio, com equipamentos (seringas, cânulas, agulhas, esparadrapos etc.) para diversos procedimentos, além de uma pequena farmácia para preparação dos medicamentos, com os remédios para emergência de uso constante, sendo restabelecida diariamente, de acordo com as necessidades.
A evolução da UTI – A
	Em função do olhar voltado somente para a doença, a composição da UTI antigamente tinha o objetivo do diagnóstico médico de cada paciente e, portanto, em sua estrutura não havia janelas, o que prejudicava a localização espaço-temporal do paciente.
Além disso, a luminosidade artificial e o alto nível de ruído dificultavam o descanso dos pacientes, e o contato com seus familiares era ainda mais restrito.
Essas características aumentavam a probabilidade da ocorrência de um fenômeno chamado de síndrome da UTI, na qual os pacientes apresentavam um estado confusional, reversível e secundário à internação.
Esta síndrome está ligada à dificuldade de descanso, privação do sono, falta de estimulação visual, ausência de atividades, efeitos colaterais de alguns medicamentos, falta de estímulos específicos, a idade avançada e o comprometimento do quadro clínico.
Em função dos avanços tecnológicos, medicamentosos e novas formas de intervenção, esse cenário tem sido modificado. Isto porque atualmente uma das maiores preocupações dos profissionais de saúde é com o paciente, com os aspectos voltados para a humanização, tanto em termos da ergonomia como na melhoria das relações humanas dentro do ambiente hospitalar, percebendo o paciente para além de sua doença.
Hoje, apesar da luminosidade artificial e dos ruídos, existem trabalhos sendo realizados com o intuito de amenizar tais fatores, como:
Apagar as luzes próximas aos pacientes conscientes e orientados durante a noite, para que possam descansar;
Redução da movimentação de pessoas na unidade;
Presença de um relógio digital para auxiliar na orientação espaço-temporal dos pacientes acordados;
Orientações junto às equipes em relação ao dia e ao estado de saúde para paciente;
Atendimento personalizado ao paciente.
Todas essas medidas visam uma melhor adaptação do paciente à rotina da UTI.
	É importante prestar uma assistência adequada aos familiares dos pacientes internados em uma UTI, já que seus medos são esperados, pelo risco de vida. Portanto, deve-se pensar em um trabalho que vise minimizar esta ansiedade.
 	A UTI para muitos é considerada um lugar ameaçador, em função da quantidade de aparelhos e pelo desconhecimento a seu respeito.
	Para minimizar estes medos e ansiedades, podem acontecer atendimentos ao grupo de familiares e visitantes, realizados por uma equipe composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
 	Esse grupo visa orientar e informar sobre os equipamentos e aparelhos utilizados pelo paciente na unidade, procedimentos e rotinas inesperadas que podem acontecer na hora da visita. Esse grupo costuma acontecer meia hora antes das visitas.
Visitas na unidade
	Há também a necessidade de regras específicas para as visitas na unidade, em função da gravidade em que os pacientes se encontram. Em algumas unidades, as visitas são proibidas ou acontecem em um período de tempo muito curto.
 	As visitas são importantes para o paciente, pois o familiar representa uma segurança, o que acaba por fornecer ao paciente uma melhor compreensão de sua doença, de sua internação e suas consequências, e serve como uma ponte entre o paciente e sua doença com a vida externa.
 	Além disso, elas podem auxiliar a equipe na vinculação com o paciente, tornando este ambiente menos ameaçador para o paciente.
 	Devemos perceber que, ao entrar no ambiente hospitalar, o paciente muitas vezes perde suas referências com relação ao meio externo em que vive.
	Ao adoecer, o ser humano deixa de ocupar sua posição frente à sociedade, a doença impedindo-o muitas vezes de realizar suas funções, como por exemplo, ser um membro de grupo de trabalho, social e familiar.
 	No hospital, passa a participar de um grupo específico, em que seu papel tende a ser controlado por algumas características, como a dependência, espaço físico limitado, roupas e objetos impessoais, imposição de horários para algumas atividades e, na maior parte das vezes, ausência da família ao seu redor (PREGNOLATTO; AGOSTINHO, 2012, p. 142).
	
Preocupações do paciente
	Quando o paciente entra em uma UTI, além de enfrentar a gravidade da doença, também encara um ambiente físico desconhecido, muitos equipamentos, sons e ruídos. Assim, ele apresenta uma ideia equivocada sobre sua irrecuperabilidade e a possibilidade de morte iminente.
 	Muitas vezes, o paciente vê na hospitalização apenas a relação com a morte. É importante ajuda-lo no entendimento destes aspectos, com o intuito de auxiliá-lo no enfrentamento das imposições das rotinas hospitalares. Quanto maior o conhecimento por parte do paciente, melhor será sua adaptação a este contexto.
De acordo com Frankl (citado por PREGNOLATTO e AGOSTINHO, 2012, p. 143):
 	O homem está em constante busca do sentido da vida, e quando vivencia momentos aflitivos, como é o caso de encontrar-se gravemente doente, defronta-se com três aspectos principais: sofrimento, culpa e morte.
 	Ainda para o autor, é possível modificar esta tríade, desde que o homem encontre sentido em cada um desses aspectos, com a transformação do sofrimento em desempenho, da culpa em mudança e da morte em um estímulo de enfrentamento.
 	Com isso, pode-se pensar a intervenção psicológica com o objetivo de ajudar o paciente no processo do adoecimento e da hospitalização, visando uma adaptação a esta nova situação.
A equipe de saúde em uma UTI
	PREGNOLATTO e AGOSTINHO (2012, p. 144) descrevem a composição e as funções dos profissionais de saúde de uma UTI. Esta é composta por um grupo permanente de médicos intensivistas, enfermeiro-chefe, técnicose auxiliares de enfermagem. A equipe volante é composta por psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e assistente social.
 	O trabalho do médico é atender as emergências, direcionar as rotinas e cuidados dos pacientes, verificar a medicação, prescrever medicamentos e exames, tomar decisões e realizar procedimentos.
 	A equipe de enfermagem tem como função permanecer todo o tempo ao lado do paciente, sendo o elemento mais importante do grupo. Seu trabalho envolve cuidados e observação contínua, como verificar pressão, temperatura, outros sinais vitais e aspectos importantes para cada caso.
O fisioterapeuta é solicitado pelo médico quando necessário. Seu trabalho se concentra na maior parte das vezes no sistema respiratório do paciente, com o intuito de auxiliá-lo no tratamento e recuperação.
 	O nutricionista é solicitado também pelo médico, para cuidar da dieta alimentar específica de cada paciente.
 	De maneira geral, a equipe de saúde deve ter como funções acalmar, conversar, orientar e dar atenção aos familiares.
O papel do psicólogo junto ao paciente, aos familiares e à equipe de saúde. 
O psicólogo tem como principais atribuições junto ao paciente:
Assistir o paciente;
Atender aos fatores que influenciam sua estabilidade emocional;
Orientar e informar sobre as rotinas da UTI;
Avaliar a adaptação do paciente à hospitalização;
Avaliar o estado psíquico do paciente e sua compreensão acerca do seu diagnóstico, além das reações emocionais frente à internação e à doença.
A atuação do psicólogo não se restringe ao paciente. Ele também precisa atuar junto aos familiares, sempre objetivando o benefício do internado. Sendo assim, são objetivos da intervenção psicológica junto aos familiares:
Orientação e informação sobre as rotinas da UTI;
Estimulação do contato do paciente com a família e equipe, objetivando uma melhor comunicação;
Avaliação e adequada compreensão do quadro clínico e prognóstico pelos familiares;
Verificação de qual membro da família tem mais condições emocionais e intelectuais para o contato com a equipe;
O psicólogo pode disponibilizar horários para atendimentos individuais aos familiares, quando julgar necessário ou quando solicitado pela família.
Por fim, mas não menos importante, vamos destacar o papel do psicólogo junto à equipe de saúde. O psicólogo tem como principal objetivo atender as queixas referentes aos pacientes, orientar a equipe com relação ao contato com o paciente e seus familiares e intervir conforme a necessidade apresentada em cada caso.
 	Cabe destacar o quanto é importante o bom relacionamento entre os membros da equipe, o que possibilita a troca com relação às dificuldades vivenciadas. Isto porque tais fatores podem afetar os profissionais e, consequentemente, dificultar o cuidado com o paciente.
 	“Todos os profissionais devem estar voltados para um único foco: o paciente, ressaltando a necessidade de cuidar deste como um ser biopsicossocial” (SENNA e LASE, 1981, citados por PREGNOLATTO e AGOSTINHO, 2012, p. 145).
EXERCÍCIOS
	
	
		1.
		Costuma fazer parte da equipe de UTI - Adulto os seguintes profissionais:
		
	
	
	
	 
	médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
	
	
	médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
	
	
	médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais.
	
	
	médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e oncologistas.
	
	
	médicos, enfermeiros, acupunturistas, psicólogos e assistentes sociais.
	
	
	
		2.
		A atuação do psicólogo em uma unidade de terapia intensiva (UTI), não fica restrita ao paciente ele também precisa atuar junto aos familiares sempre objetivando o beneficio do paciente internado. Sendo assim são objetivos da intervenção psicológica junto aos familiares:
 
1- Orientação e informação sobre as rotinas da UTI;
2- Estimulação do contato do paciente com a família e equipe objetivando uma melhor comunicação afetiva e afetiva;
3- Avaliação e adequada compreensão do quadro clínico e prognóstico pelos familiares;
4- Verificação de qual membro da família tem mais condições emocionais e intelectuais para o contato com a equipe;
5- O psicólogo pode disponibilizar horários para atendimentos individuais aos familiares quando julgar necessário ou quando solicitado pela família.
		
	
	
	
	 
	Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 5 estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 2, 3 e 5 estão corretas
	
	 
	Todas as afirmativas estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 1, 3 e 5 estão corretas
	  
	
	
		3.
		Dentro de uma UTI-adulto qual profissional tem como um dos papeis atender aos fatores que influenciam na estabilidade emocional o paciente?
		
	
	
	
	
	Médico
	
	
	Fisioterapeuta
	
	
	Enfermeiro
	
	 
	Psicólogo
	
	
	Nutricionista
	
	
	
		4.
		Dentro de uma UTI-adulto qual profissional é chamado pelo médico para cuidar da dieta alimentar específica de cada paciente.
		
	
	
	
	
	Psicólogo
	
	
	Médico
	
	
	Fisioterapeuta
	
	
	Enfermeiro
	
	 
	Nutricionista
	
	
	
		5.
		Dentro de uma UTI-adulto qual profissional atende às emergências, direciona as rotinas e cuidados dos pacientes, verifica e prescreve a medicação e exames, toma decisões e realiza procedimentos?
		
	
	
	
	
	Enfermeiro
	
	
	Fisioterapeuta
	
	
	Nutricionista
	
	 
	Médico
	
	
	Psicólogo
	
	
	
		6.
		A atuação do psicólogo em uma unidade de terapia intensiva (UTI), não fica restrita ao paciente ele também precisa atuar junto aos familiares sempre objetivando o beneficio do paciente internado. Sendo assim são objetivos da intervenção psicológica junto aos familiares:
 
1- Orientação e informação sobre as rotinas da UTI;
2- Estimulação do contato do paciente com a família e equipe objetivando uma melhor comunicação afetiva e afetiva;
3- Avaliação e adequada compreensão do quadro clínico e prognóstico pelos familiares;
4- Verificação de qual membro da família tem mais condições emocionais e intelectuais para o contato com a equipe;
5- Prestar tratamento clínico com atendimentos individuais aos familiares quando julgar necessário.
		
	
	
	
	 
	Somente as afirmativas 1, 2, 4 e 5 estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 2, 3 e 5 estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 1, 3 e 5 estão corretas
	
	 
	Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 estão corretas
	
	
	Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 5 estão corretas

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