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Evolução do Direito Comercial no Brasil

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Introdução ao Direito Empresarial
Evolução Histórica
Evolução Histórica
ORIGEM: 
Evolução Histórica
O decurso do tempo tem tratado de forma diversa o conceito de comércio devido a grande dificuldade para encontrar elementos aceitáveis que o distingam da atividade produtiva não empresarial. Assim, verificamos que foram a história e a lei que traçaram a verdadeira distinção entre o ato de comércio e o ato civil.
Evolução Histórica
O desenvolvimento do Direito Comercial pode ser dividido em três fases: 
a) fase subjetiva-corporativista/histórico;
b) fase objetiva/francês/napoleônica;
c) fase empresarial/italiano/subjetiva-moderna.
História do Direito Comercial no Brasil
1ª fase: de 1.808 a 1850
Chegada da família Real Portuguesa ao Brasil (l808), rompe os laços que ligavam o Brasil à Portugal. 
JOSÉ DA SILVA LISBOA, o Visconde de Cairú, introdutor do Direito Comercial Nacional
História do Direito Comercial no Brasil
D.João VI, através da Carta Régia, de 28.01.1808, determinou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, abandonando o comércio monopolístico com Portugal. 
Criação do 1º BANCO DO BRASIL, com característica de órgão público, podendo emitir dinheiro, proceder descontos e financiamento das atividades comerciais em geral.
História do Direito Comercial no Brasil
REAL JUNTA DO COMÉRCIO, AGRICULTURA, FÁBRICAS E NAVEGAÇÃO: órgão encarregado da regulamentação dos setores pertinentes e que passaram a reclamar uma nova legislação.
No mundo: o Código Comercial Francês, de 1.807.
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1.823: a Assembleia Constituinte determina que passe a vigorar a legislação vigente em Portugal - Ordenações Filipinas - naquilo que não contrariasse a soberania nacional e o regime recém-instalado. 
1.832: constituída uma comissão para redigir um ante-projeto do Código Comercial, que após a sua aprovação pelo Congresso, foi promulgado através da Lei 556, de 25.06.50, entrando em vigor em 01.01.1851.
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O Código Comercial Brasileiro continha 913 artigos, dividindo-se em 3 partes: 
1ª parte: DO COMÉRCIO EM GERAL
2ª parte: DO COMÉRCIO MARÍTIMO
3ª parte: DAS QUEBRAS
Título Único: DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
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2ª FASE - Após a promulgação, veio a regulamentação, com o objetivo da boa execução do Código. 
1850: REGULAMENTO 737, que representa um notável instrumento de nossa legislação processual, aprovado em 25.11.1850 e entrando em vigor, também, em 01.01.1851.
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Modificações no Código Comercial 
1908: Dec. 2044, regula os títulos de crédito e as operações cambiárias
Lei 2591 (07.08.12), que trata da emissão e a circulação dos cheques.
História do Direito Comercial no Brasil
Desde o início do século, impôs-se a necessidade da revisão do Código. 
1912: INGLEZ DE SOUZA elaborou um anteprojeto que recebeu bastante elogios, mas o seu trabalho não teve seguimento.
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1930: Getúlio Vargas, o Brasil passa por um período de legislação excessiva.
Destaque para o Dec. Lei 2627/40, que trata das Sociedades por Ações e o Dec. Lei 7661/45 que ao tratar das Falências e Concordatas, revogou a parte terceira do Código.
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A tentativa de unificação do direito obrigacional, fez com que o Código Civil e o Código Comercial fizessem parte de um único documento que se denominaria CÓDIGO DAS OBRIGAÇÕES, como ocorre em vários países europeus, como a SUÉCIA.
Houve unificação?
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3ª FASE: Entra em vigor a Lei n.º 10.406/2002, que institui o Código Civil Brasileiro que revogou o CC/1916 e a Parte Primeira do CCo/1850. 
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O novo Código Civil, no art. 966, caput, prescreve que o empresário é “quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”
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O direito comercial deixou de ser o direito de uma certa categoria de profissionais, passando a ter como instrumento de objetivação a atividade empresarial.
História do Direito Comercial no Brasil
Então:
Quem é comerciante? Sociedades comerciais?
Quais são as sociedades civis?
Quem é empresário? Quais são sociedades empresárias?
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Não houve substituição do comerciante pelo empresário, pois o último termo é mais amplo por abranger o comerciante e outras formas de atividade, como a industrial e a do prestador de serviços.
História do Direito Comercial no Brasil
A teoria da empresa é um sistema novo de disciplina privada da atividade econômica organizada, ou seja, da que se destina à exploração econômica, com fins lucrativos e de forma mercantil na organização de pessoas, mediante o empresário individual, a EIRELI ou a sociedade empresária. 
História do Direito Comercial no Brasil
Com o CC/2002, a empresa passou a ser a célula fundamental da economia de mercado. Na busca de um conceito jurídico unitário de empresa, vislumbra-se não a organização econômica, mas a própria atividade econômica organizada, exercida profissionalmente pelo empresário, por meio do estabelecimento (BULGARELLI).
Evolução Histórica
No sistema objetivo, a distinção dos campos civil e comercial era feita pela adoção de adjetivos qualificadores: atos civis e atos de comércio, atividade civil e atividade comercial, sociedades comerciais e sociedades civis. No sistema empresarial adotado pelo CC vigente desaparecem os qualificativos.
Evolução Histórica
A Teoria dos Atos de Comércio tem maior interesse nos países onde se conservam, por tradição, os Tribunais de Comércio, adotados no Brasil até 9 de outubro de 1875 e extintos pelo Decreto n.º 2662, quando se atribuíram suas funções administrativas às Juntas Comerciais.
Autonomia do direito empresarial
O direito comercial tem, de fato, uma índole cosmopolita que decorre do próprio comércio. A disciplina dos títulos de crédito, a circulação, o portador de boa fé, são institutos que dão uma feição diferente da que prevalece no direito civil. 
Princípios do Direito Comercial
Princípio da liberdade de iniciativa
A livre iniciativa é princípio constitucional tratado no caput do art. 170 da Constituição Federal, considerada direito fundamental do homem por garantir o direito de acesso ao mercado de produção de bens e serviços por conta, risco e iniciativa própria do homem que empreende qualquer atividade econômica. 
Princípios do Direito Comercial
Por definição, significa direito à livre produção e circulação de bens e serviços e, consequentemente, o respeito dos demais (Estado e terceiros).
O princípio da liberdade de iniciativa é constitucional, geral e explícito (CF, art.170, caput).
Princípios do Direito Comercial
Princípio da liberdade de concorrência
O princípio da liberdade de concorrência está de tal modo, ligado ao da liberdade de iniciativa, que nem sempre se distinguem. A liberdade de concorrência é que garante o fornecimento, ao mercado, de produtos ou serviços, com qualidade crescente e preços decrescentes.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da função social da empresa
A Constituição Federal reconhece, por meio deste princípio implícito, que são igualmente dignos de proteção jurídica os interesses metaindividuais, de toda a sociedade ou parcela desta, potencialmente afetados pelo modo com que empregam os bens de produção.
O princípio da função social da empresa é constitucional, geral, e implícito.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da liberdade de associação
O princípio da liberdade de associação assegura a liberdade de reunião e associação pacífica de um grupo de pessoas agregadas por objetivos comuns, não necessariamente ligadas em função de interesses econômicos ou profissionais.
Princípios do Direito Comercial
A liberdade de associação é uma condição indispensável a um progresso ininterrupto, desde
que haja total respeito às liberdades civis, devendo ser entendida como um dos direitos humanos fundamentais.
Princípios do Direito Comercial
Pois, a empresa é composta não somente de sócios, mas de empregados que servem para a mão de obra, sócios para cuidar do passivo e do ativo da empresa, os fornecedores no qual no qual fornecem a matéria prima e outros tipos de matéria para o acontecimento do produto final, o fisco que traz tributos a serem pagos, os consumidores que vão consumir todos os produtos e serviços apresentados pela empresa, e vários outros.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da autonomia patrimonial da sociedade empresária
A partir do momento em que a sociedade é constituída através do arquivamento dos seus atos constitutivos no órgão competente, nasce a pessoa jurídica, que passa a ter existência própria distinta da pessoa de seus sócios. Essa independência diz respeito sobretudo às questões patrimoniais, ou seja, os bens, direitos e obrigações da empresa não se confundem com os de seus acionistas. 
Princípios do Direito Comercial
O princípio da autonomia patrimonial, portanto, indica que dentro da legalidade e observados os atos constitutivos da sociedade, a empresa, em decorrência dos atos praticados pelos seus administradores, assume direitos e obrigações, e por eles responde sem o comprometimento ou vinculação do patrimônio dos sócios.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais
Deriva do princípio da autonomia patrimonial, a subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, só autoriza a execução de bens dos sócios para o adimplemento de dívida da sociedade após executados todos os bens do patrimônio desta. Este princípio é aplicável a todas as sociedades, independente de ilimitação da responsabilidade dos sócios, ou parte deles.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da limitação da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais
Visa manter o risco empresarial em determinado nível que, de um lado, atraia o interesse dos investidores, e de outro, contribua para que os preços dos produtos e serviços sejam acessíveis a maior parcela da população. Ao eliminar o risco de o investidor perder na totalidade dos bens do seu patrimônio, estimula novos investimentos. 
Princípios do Direito Comercial
Princípio majoritário nas deliberações sociais
Este princípio tem em vista prevalecer a vontade ou entendimento da maioria. O interesse da sociedade empresária resume-se à da identificação do seu intérprete, ou seja, da definição da pessoa incumbida, pela lei, de interpretar o que seria mais proveitoso ao desenvolvimento da empresa.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da proteção do sócio minoritário
O Princípio da proteção do sócio minoritário limita o próprio majoritário. Por meio de instrumentos disponibilizados aos minoritários, como os direitos de fiscalização e recesso, a lei impede que majoritário acabe se apropriando de ganhos que devem ser repartidos entre todos os sócios.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da autonomia da vontade
“Autonomia da vontade” é expressão cujo significado jurídico aponta para a plena liberdade de cada pessoa em contratar, ou não, bem como de escolher com quem contratar e de negociar cláusulas do contrato. 
Princípios do Direito Comercial
Princípio da vinculação dos contratantes ao contrato
Este princípio reflete a força que tem o contrato na vinculação das partes, que são obrigadas ao cumprimento do pacto. Embora o princípio da autonomia da vontade estabeleça que ninguém é obrigado a contratar, uma vez, entretanto, efetivado o acordo de vontades e sendo o contrato válido e eficaz, as partes são obrigadas a cumpri-lo. 
Princípios do Direito Comercial
Princípios da eficácia dos usos e costumes
É nos usos e costumes que fica registrado o padrão informal de trabalho do empresariado e é ali que encontramos o repositório de boas práticas para a regulação das relações empresariais. 
Princípios do Direito Comercial
Princípios do direito cambiário
Os princípios que regem o direito cambiário são três: 
Cartularidade
Literalidade 
Autonomia.
Princípios do Direito Comercial
Princípio da inerência do risco
O risco é inerente a qualquer atividade empresarial. A inerência do risco da empresa, não pode servir de escusa para o empresário furtar-se às suas responsabilidades. Este princípio embasa, também, o instituto da recuperação judicial, sempre que um empresário lança mão deste recurso, é inevitável que seus credores e toda a coletividade suportem os respectivos ”custos”.
Princípios do Direito Comercial
Princípio do impacto social da crise da empresa
Princípio da transparência nos processos falimentares
Princípio do tratamento paritário dos credores
Princípio da preservação da empresa

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