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Transtornos de Ansiedade. slides. aula

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Transtornos de Ansiedade
Profª Nilzangela Medeiros
Transtornos de Ansiedade
Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. 
O que é medo? 
O que é ansiedade?
Transtornos de Ansiedade 
Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida. Associado à períodos de excitabilidade aumentada, necessária para luta ou fuga.
Ansiedade é a antecipação de ameaça futura, sendo mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou esquiva. 
Em geral, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por comportamentos constantes de esquiva.
Transtornos de Ansiedade 
Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por serem excessivos e persistentes.
Os indivíduos com transtornos de ansiedade, em geral, superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam, logo a determinação quanto o medo ou a ansiedade são excessivos ou fora de proporção é feita pelo clínico, levando em conta fatores contextuais e culturais.
Transtornos de Ansiedade 
Transtorno do Pânico
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Mutismo Seletivo
Fobias Específicas
Transtornos de Ansiedade 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) 
Agorafobia 
Transtorno de Ansiedade Generalizada 
Transtorno de Ansiedade induzido por substância e medicamento
Transtorno de Pânico 
Transtorno de Pânico 
No transtorno de pânico, o indivíduo experimenta ataques de pânico inesperados recorrentes e está persistentemente apreensivo ou preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico.
Os ataques de pânico são ataques abruptos de medo intenso ou desconforto intenso que atingem um pico em poucos minutos, acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos. 
Critérios Diagnósticos 
Ataques de pânico recorrentes e inesperados. 
Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas:
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 
2. Sudorese. 
Transtorno de Pânico 
3. Tremores e abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico. 
7.	Náusea ou desconforto abdominal. 
8.	Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio. 
Transtorno de Pânico 
9.	Calafrios ou ondas de calor.
10.	Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento). 
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de distanciamento de si mesmo). 
12.	Medo de perder o controle ou “enlouquecer”. 
13.	Medo de morrer.
Transtorno de Pânico 
Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as seguintes características: 
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais ou sobre suas consequências.
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos ataques.
Transtorno de Pânico 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
O indivíduo com transtorno de ansiedade de separação é apreensivo ou ansioso quanto à separação das figuras de apego até um ponto em que é impróprio para o nível de desenvolvimento. 
Critérios Diagnósticos:
Medo ou ansiedade impróprios e excessivos em relação ao estágio de desenvolvimento, envolvendo a separação daqueles com quem o indivíduo tem apego, evidenciados por três (ou mais) dos seguintes aspectos:
1.	Sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego.
Transtorno de Ansiedade de Separação 
2. Preocupação persistente e excessiva acerca da possível perda ou de perigos envolvendo figuras importantes de apego, tais como doença, ferimentos, desastres ou morte.
3. Preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à separação de uma figura importante de apego (p. ex., perder-se, ser sequestrado, sofrer um acidente, ficar doente).
4. Relutância persistente ou recusa de sair, afastar-se de casa, ir para a escola ou trabalho ou a qualquer outro lugar, em virtude do medo da separação.
Transtorno de Ansiedade de Separação 
5. Temor persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros contextos.
6. Relutância ou recusa persistente em dormir longe de casa ou dormir sem estar próximo a uma figura importante de apego.
7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação. 
8. Repetidas queixas de sintomas somáticos (p. ex., cefaleias, dores abdominais, náusea ou vômitos) quando a separação de figuras importantes de apego ocorre ou é prevista. 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Quando separadas das figuras importantes de apego, as crianças com transtorno de ansiedade de separação podem exibir retraimento social, apatia, tristeza ou dificuldade de concentração no trabalho ou nos brinquedos.
O medo, a ansiedade ou a esquiva é persistente, durando pelo menos quatro semanas em crianças e adolescentes e geralmente seis meses ou mais em adultos.
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Dependendo da idade, os indivíduos podem ter medo de animais, monstros, escuro, assaltantes, ladrões, sequestradores, acidentes de carro, viagens de avião e de outras situações que lhes dão a percepção de perigo à família ou a eles próprios. 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Transtorno de Ansiedade de Separação 
O transtorno de ansiedade de separação em crianças pode levar à recusa de ir à escola, o que, por sua vez, pode ocasionar dificuldades acadêmicas e isolamento social. 
Quando extremamente perturbadas pela perspectiva de separação, as crianças podem demonstrar raiva ou, às vezes, agressão em relação a quem está forçando a separação. 
Quando sozinhas, em especial à noite ou no escuro, as crianças pequenas podem relatar experiências perceptuais incomuns (p. ex., ver pessoas espreitando no quarto, criaturas assustadoras tentando agarrá-las, sentir que estão sendo observadas). 
As crianças com esse transtorno podem ser descritas como exigentes, intrusivas e com necessidade de atenção constante e, quando adultas, podem parecer dependentes e superprotetoras.
Transtorno de Ansiedade de Separação 
Mutismo Seletivo 
Mutismo Seletivo
O mutismo seletivo é caracterizado por fracasso consistente para falar em situações sociais nas quais existe expectativa para que se fale (p. ex., na escola), mesmo que o indivíduo fale em outras situações. 
O fracasso para falar acarreta consequências significativas em contextos de conquistas acadêmicas, profissionais ou de comunicação social. 
A duração mínima da perturbação é um mês. 
As características associadas ao mutismo seletivo podem incluir timidez excessiva, medo de constrangimento, isolamento e retraimento sociais, apego, etc. 
Mutismo Seletivo
O mutismo seletivo pode resultar em prejuízo social, uma vez que as crianças podem ficar excessivamente ansiosas para se engajar em interações sociais com outras. 
À medida que as crianças com mutismo seletivo crescem, podem enfrentar um isolamento social cada vez maior. 
Em contextos escolares, essas crianças podem sofrer prejuízo acadêmico porque com frequência não se comunicam com os professores no que se refere às suas necessidades acadêmicas ou pessoais. 
Mutismo Seletivo
Fobias Específicas 
Fobias Específicas
Os indivíduos são apreensivos, ansiosos ou se esquivam de objetos ou situações circunscritos. 
Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta. 
Existem vários tipos de fobias específicas: a animais,
ambiente natural, sangue-injeção-ferimentos, situacional e outros.
Fobia Específicas 
Critérios Diagnósticos 
Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver sangue).
O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou suportado com intensa ansiedade ou sofrimento. 
Fobias Específicas 
O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao contexto sociocultural.
 O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente com duração mínima de seis meses. 
Diversidade de estímulos fóbicos: 
Animal: (p. ex., aranhas, insetos, cães). 
Ambiente natural: (p. ex., alturas, tempestades, água). 
Sangue-injeção-ferimentos: (p. ex., agulhas, procedimentos médicos invasivos).
Situacional: (p. ex., aviões, elevadores, locais fechados). 
Outro: (p. ex., situações que podem levar a asfixia ou vômitos; em crianças, p. ex., sons altos ou personagens vestidos com trajes de fantasia).
Fobias Específicas 
Transtorno de Ansiedade Social 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
O indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de interações e situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado. 
Estão inclusas situações sociais como encontrar-se com pessoas que não são familiares, situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo e situações de desempenho diante de outras pessoas. 
Critérios Diagnósticos 
Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (p. ex., manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (p. ex., comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente.
As situações sociais quase sempre provocam medo ou ansiedade. 
As situações sociais são evitadas ou suportadas com intenso medo ou ansiedade. 
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
Ele tem a preocupação de que será julgado como ansioso, débil, maluco, estúpido, enfadonho, amedrontado, sujo ou desagradável.
O indivíduo teme agir ou aparecer de certa forma ou demonstrar sintomas de ansiedade, tais como ruborizar, tremer, transpirar, tropeçar nas palavras, que serão avaliados negativamente pelos demais.
Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social)
O caso Maria
Maria é uma estudante universitária de 19 anos que relata ficar aterrorizada ante a perspectiva de falar em classe. Sua ansiedade sobre essa questão é tão intensa que ela se matriculou em turmas grandes, onde senta-se no fundo da sala, reclinando-se na cadeira para se tornar o mais invisível possível. Alguns professores chamam alguns alunos aleatoriamente para responderem certas questões. Quando isso acontece, Maria começa a suar e a tremer. As vezes, sai correndo da sala de aula por horas para tentar se acalmar.
Agorafobia 
Critérios Diagnósticos 
Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes: 
1.	Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões). 
2.	Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados, pontes). 
3.	Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas). 
4.	Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
 5.	Sair de casa sozinho.
Agorafobia
Agorafobia
O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.
Essas situações quase sempre induzem medo ou ansiedade e com frequência são evitadas ou requerem a presença de um acompanhante.
O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto sociocultural. 
O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
Agorafobia
Transtorno de Ansiedade Generalizada 
Transtorno de Ansiedade Generalizada
As características principais são ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, que o indivíduo encontra dificuldade em controlar. 
Além disso, são experimentados sintomas físicos, incluindo inquietação ou sensação de “nervos à flor da pele”; fatigabilidade; dificuldade de concentração ou “ter brancos”; irritabilidade; tensão muscular; e perturbação do sono.
Critérios Diagnósticos 
Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
O indivíduo considera difícil controlar a preocupação. 
A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas:
Transtorno de Ansiedade Generalizada
1.	Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele. 
2. Fatigabilidade. 
3.	Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” na mente.
4. Irritabilidade. 
5. Tensão muscular. 
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Caso Malu
Malu é uma mãe solteira de 32 anos, com dois filhos, que busca ajuda profissional para seus sentimentos de ansiedade de longa duração. Apesar de sua vida relativamente estável em termos financeiros, ela se preocupar maior parte do tempo com possíveis problemas financeiros, bem como com a possibilidade dos filhos adoecerem. Embora tente repudiar essas ideias como excessivas, ela acha praticamente impossível controlar suas preocupações. A maior parte do tempo, ela se sente desconfortável e tensa, e às vezes sua tensão é tão extrema que chega a tremer e a suar. Tem dificuldade para dormir à noite. Durante o dia, é inquieta e tensa. Malu já consultou uma variedade de médicos, não sendo diagnosticado um problema físico. 
Transtorno de Pânico 
Epidemiologia:
Prevalência entre 1,5 a 3,5%
Proporção entre mulheres e homens - 3:1
E agora, José? 
 José, 42 anos, casado, carpinteiro. Há cerca de oito meses, após a morte de um amigo, começou a ter dificuldade de trabalhar. Deveria pegar um barco para ir à cidade que trabalhava, porém se sentia muito ansioso dentro do barco. Tinha medo de passar mal e não poder receber socorro médico. Cada vez que entrava no barco tinha muito medo que algo ruim lhe acontecesse e não pudesse ser atendido. Tinha os mesmos sintomas no supermercado e no shopping. Por conta dos sintomas, José se afastou do trabalho, passando a realizar os seus trabalho em casa, apenas. Também parou de frequentar ambientes com aglomerações. 
E agora, Maria? 
Maria, 19 anos, estudante. Relata que em um ano já fez duas vezes vestibular para direito, porém não conseguia concluir as provas. Quando ia assinar a lista de presença, sua mão tremia e ela se sentia muito desconfortável, pois notava que o fiscal a observava. Tinha diarreia e sentia náuseas, saia várias vezes para ir ao banheiro. Seu coração batia mais forte e ela não conseguia concatenar as ideias para responder às questões da prova.

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