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exercícios resolvidos cathedra Provas Selecionadas Aula 16

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CONTABILIDADE GERAL 
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 
PROF. MORAES JR. 
 
Provas Selecionadas – Aula 16 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS 
Provas Selecionadas 
 
Prezados Alunos, 
 
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a 
aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previamente 
antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simular uma 
situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, considere 
um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia, 
seu aprendizado será muito mais eficaz. 
Prova 16. Prefeitura de Teresina – Agente Fiscal de Tributos 
Municipais – 2008 - CESPE 
 
Índice de questões por assunto: 
 
382. Usuários das Demonstrações Contábeis 
383. Bens Intangíveis 
384. ISS 
385. Doação de Bens 
386. Juros sobre Capital Próprio 
387. Regime de Competência 
388. Regime de Competência 
389. Demonstração dos Fluxos de Caixa 
390. Ativo Diferido 
391. Tipos de Sociedade 
392. Tipos de Sociedade 
393. Auditoria 
394. Auditoria 
395. Auditoria 
396. Auditoria 
397. Auditoria 
398. Auditoria 
399. Auditoria 
400. Auditoria 
401. Auditoria 
402. Auditoria 
403. Auditoria 
404. Auditoria 
 
 
 
 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
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Questões Comentadas e Resolvidas 
 
Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 382 a 390. 
 
382. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas 
modalidades de informação que estes têm procurado, a função fundamental da 
contabilidade continua atrelada à finalidade de prover esses usuários das 
demonstrações contábeis com informações que os ajudem a tomar decisões de 
natureza econômico-financeira. 
 
Resolução 
 
De acordo com a Resolução no 774/94: 
 
O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta 
apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das 
suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a 
uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações 
sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio 
da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, 
demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a 
forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios. 
 
GABARITO: C 
 
383. Os bens intangíveis, mesmo quando não integram o patrimônio contábil da 
entidade — como é o caso do fundo de comércio acumulado ao longo do tempo —
, podem alcançar considerável valor econômico. Esse valor não está materializado 
na propriedade física, mas se traduz nos direitos de propriedade, no potencial de 
utilização e exploração legalmente conferidos aos seus titulares. 
 
Resolução 
 
O Fundo de Comércio, quando é apenas avaliado, geralmente não é 
contabilizado, mas sempre haverá registro contábil quando for 
efetivamente pago de alguma forma: em dinheiro ou mediante qualquer 
outro bem ou direito de valor. 
 
GABARITO: C 
 
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384. O ISS, proporcional ou fixo, e independentemente do tipo de receita sobre a 
qual incida, é uma conta de saldo devedor, cujo valor deve ser deduzido da 
receita bruta operacional. 
 
Resolução 
 
Lançamento: 
 
Despesa com ISS (Saldo Devedor) 
a ISS a recolher (Saldo Credor) 
 
Ou seja, entendo que o ISS a Recolher é uma conta de saldo credor. 
 
GABARITO: E 
 
385. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são 
representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do 
poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se 
recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja 
contrapartida constitui receita não-operacional. 
 
Resolução 
 
De acordo com a Resolução no 774/94: 
 
No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação 
com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo 
sobre o patrimônio. Como a doação resulta em inegável aumento do 
Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, 
no momento do recebimento, segundo o valor de mercado. Mantém-se, 
no caso, intocado o princípio em exame, com a única diferença em 
relação às situações usuais: uma das partes envolvidas – caso daquela 
representativa do mundo externo – abre mão da contraprestação, que se 
transforma em aumento do Patrimônio Líquido da Entidade recebedora 
da doação. Acessoriamente, pode-se lembrar que o fato de o ativo ter-se 
originado de doação, não repercute na sua capacidade futura de 
contribuir à realização dos objetivos da Entidade. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
 
 
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386. Suponha que uma empresa tenha efetuado, ao final do exercício, o seguinte 
lançamento. 
D – lucros acumulados 
C – juros sobre o capital próprio 
 
Nesse caso, a empresa está seguindo a orientação da CVM no que diz respeito à 
contabilização dos juros devidos aos acionistas, e efetuando um lançamento 
similar ao da atribuição dos dividendos. 
 
Resolução 
 
De acordo com a instrução CVM Nº 207, de 13 de dezembro de 1996, da 
seguinte forma: 
 
I) Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de 
remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 
9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros 
Acumulados, sem afetar o resultado do exercício. 
 
Lançamento (para a CVM): 
 
 Lucros Acumulados 
 a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar 
 
II) Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições 
tributárias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio 
pagos/creditados ou recebidos/auferidos como despesa ou receita 
financeira, deverá proceder à reversão desses valores, nos registros 
mercantis, de forma a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja 
apurado nos termos desta Deliberação. 
 
GABARITO: C 
 
387. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita 
bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar 
em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da 
obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência. 
 
Resolução 
 
Não são destacados, salvo após 01/01/2008, em que a Lei 11.638/07 
determinou o ajuste a valor presente, mas que é obrigatório somente 
para os valores de longo prazo e para os de curto prazo relevantes. 
 
GABARITO: E 
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388. O princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à sua 
natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, mesmo 
sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação efetiva, 
devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso da 
prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias. 
 
ResoluçãoDe acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93: 
 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre 
simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
 
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as 
alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento 
ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo 
diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, 
resultantes da observância do Princípio da 
OPORTUNIDADE. 
 
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e 
despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do 
respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
 
§ 3º As receitas consideram-se realizadas: 
 
I – nas transações com terceiros, quando estes 
efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso 
firme de efetivá-lo, quer pela investidura na 
propriedade de bens anteriormente pertencentes à 
ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta 
prestados; 
 
II – quando da extinção, parcial ou total, de um 
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o 
desaparecimento concomitante de um ativo de valor 
igual ou maior; 
 
III – pela geração natural de novos ativos 
independentemente da intervenção de terceiros; 
 
IV – no recebimento efetivo de doações e 
subvenções. 
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Portanto, o princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à 
sua natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, 
mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação 
efetiva, devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso 
da prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias. 
 
Ex: Provisão para Devedores Duvidosos, Provisão para Contingências, 
Provisão para Despesas com Garantias de Produtos etc. 
 
Lançamento: 
 
Despesa com Provisão (Despesa) 
a Provisão 
 
GABARITO: C 
 
389. Com as alterações promovidas na Lei das Sociedades por Ações a partir 
deste ano, a demonstração dos fluxos de caixa substituiu, exclusivamente para as 
companhias abertas, a demonstração das origens e aplicações de recursos, e a 
demonstração do valor adicionado passou a ser exigida para as sociedades de 
grande porte. 
 
Resolução 
 
Demonstração do Fluxo de Caixa 
(*) A partir de 01/01/2008, com as alterações na Lei no 6.404/76, 
trazidas pela Lei no 11.638/07, houve a substituição da Demonstração 
das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração do 
Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV). 
 
Companhias desobrigadas da elaboração da Demonstração do Fluxo de 
Caixa (art. 176, § 6o ). 
 
Como houve a exclusão da Demonstração de Origens e Aplicações de 
Recursos (DOAR), que foi substituída pela Demonstração do Fluxo de Caixa 
(DFC), o legislador também teve que alterar o § 6o do art. 176. Além disso, 
também houve alteração do valor do patrimônio líquido que desobriga as 
companhias fechadas e elaborar a DFC. 
 
Portanto, a partir de 01/01/2008, a companhia fechada com 
patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da 
demonstração dos fluxos de caixa. 
 
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Elaboração das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande 
porte, abertas ou fechadas, e obrigatoriedade de auditoria independente 
(art. 3o da Lei no 11.638/07). 
 
Para as sociedades de grande porte, isto é, empresas com ativo total 
superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 
milhões, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por 
ações, são obrigadas à elaboração de demonstrações financeiras, que 
deverão sofrer auditoria independente. 
 
Há que se ressaltar que: As empresas de grande porte fechadas não estão 
obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras. Essas empresas estão 
obrigadas apenas a elaborar suas demonstrações financeiras. Já as empresas de 
grande porte abertas são obrigadas a elaborar e publicar suas demonstrações 
financeiras. Além disso, todas as empresas de grande porte, abertas ou fechadas, 
são obrigadas a sofrer auditoria independente. 
Resumindo: 
Companhias DFC DVA 
Abertas Obrigatória a partir de 
01/01/2008 
Obrigatória a partir de 
01/01/2008 
Fechadas Obrigatória a partir de 
01/01/2008 para companhias 
com patrimônio líquido maior 
ou igual a R$ 2.000.000,00 na 
data do balanço. 
Facultativa 
Grande Porte 
(Abertas ou 
Fechadas) 
Obrigatória a partir de 
01/01/2008. 
Obrigatória a partir de 
01/01/2008. 
DFC = Demonstração do Fluxo de Caixa 
DVA = Demonstração do Valor Adicionado 
 
GABARITO: E 
 
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390. De acordo com os novos critérios para enquadramento dos gastos de 
reestruturação no ativo diferido, a par do requisito de que esses gastos 
contribuam para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios sociais, 
exige-se também que não se restrinjam a promover uma redução de custos ou 
acréscimo na eficiência operacional. 
 
Resolução 
 
Diferido (extinto pela MP no 449/08) 
A partir 01/01/2008, a Lei no 6.404/76, em seu art. 179, V, alterado pela 
Lei no 11.638/07, passou a ter a seguinte redação: 
 
 Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
 (...) 
 V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de 
reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do 
resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-
somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência 
operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado 
pela MP nº 449, de 2008) 
 
Ou seja, esta nova redação (antes das alterações trazidas pela MP 
no 449/08) restringiu o uso do ativo diferido às despesas pré-
operacionais e aos gastos incrementais de reestruturação. Portanto, não 
são todas as despesas que contribuirão para formação do resultado de vários 
exercícios que serão classificadas no ativo diferido. 
 
Nota: A Lei no 11.638/07 restringiu o lançamento de gastos no ativo 
diferido, mas, após isso, a Medida Provisória no 449/08 extinguiu esse 
grupo de contas. De acordo com o art. 299-A da Lei das SA, criado pela MP no 
449/08: 
 
“O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo 
diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a 
outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob 
essa classificação até sua completa amortização, sujeito à 
análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 
183.” 
 
 Portanto, há contas que ainda permanecerão no Ativo Diferido, após 
31/12/2008, até a sua completa amortização e as demais serão alocadas 
a outro grupo de contas. 
 
 
 
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Nota: De acordo com a Resolução no 1.152/09, que aprovou a NBC T 
19.18 – Adoção Inicial da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 
449/08: os gastos ativados que não possam ser reclassificados para 
outro grupo de ativos, devem ser baixados no balanço de abertura, na 
data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ouprejuízos 
acumulados, líquido dos efeitos fiscais ou mantidos nesse grupo até sua 
completa amortização. 
 
GABARITO: C 
 
A respeito dos tipos de sociedades, julgue os itens seguintes. 
 
391. A sociedade estrangeira, que tem de requerer e obter autorização do Poder 
Executivo para funcionar no país, ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, 
tanto em relação aos atos ou operações praticados no Brasil quanto aos 
praticados no exterior. 
 
Resolução 
 
A sociedade estrangeira, uma vez autorizada a funcionar, fica sujeita às 
leis brasileiras e aos tribunais brasileiros quanto aos atos e operações 
aqui praticados (CC, art. 1.137). A única exceção é quanto ao nome 
empresarial, que pode ser mantido como na origem, sem observância dos 
preceitos da legislação nacional, com a faculdade de a ele serem 
acrescidas as palavras “do Brasil” ou “para o Brasil” (CC, art. 1.137, 
parágrafo único). 
 
GABARITO: E 
 
392. Nas sociedades em conta de participação, somente o sócio ostensivo se 
obriga perante terceiros, mas o sócio participante estará sujeito à 
responsabilidade solidária com o ostensivo pelas obrigações em que intervier, se 
tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros. 
 
Resolução 
 
De acordo com o novo Código Civil: 
 
Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do 
objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual 
e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos 
resultados correspondentes. 
Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, 
exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. 
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Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de 
qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. 
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual 
inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade 
jurídica à sociedade. 
Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos 
negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações 
do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente 
com este pelas obrigações em que intervier. 
Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, 
patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais. 
§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios. 
§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a 
liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário. 
§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que 
regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido. 
Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo 
sócio sem o consentimento expresso dos demais. 
Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no 
que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua 
liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei 
processual. 
Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas 
serão prestadas e julgadas no mesmo processo. 
 
GABARITO: C 
 
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Com base na doutrina e na legislação referentes à auditoria contábil e fiscal, 
julgue os itens de 393 a 404. 
 
393. A auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a 
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se restringe à 
escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria. 
 
Resolução 
 
Auditoria Contábil 
Compreende o exame dos registros e dos documentos e na coleta de 
informações e confirmações, mediante procedimentos específicos, 
pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou 
projeto. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que 
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo 
com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstrações 
deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais 
relevantes, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados 
do período administrativo examinado e as demais situações nelas 
demonstradas. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a 
aplicação de recursos de convênios. 
 
GABARITO: C 
 
394. A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de 
trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, como a 
não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e o não-
esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos valores 
considerados relevantes. 
 
Resolução 
 
As atualizações no planejamento e nos programas de auditoria têm de ser 
documentadas nos papéis de trabalho correspondentes, devendo ficar 
evidenciados, também, os motivos das modificações a que se procedeu. 
 
Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou 
fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado 
de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, 
meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam. 
 
 
 
 
 
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Os papéis de trabalho destinam-se a: 
 
a)ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, no planejamento 
e na execução da auditoria; 
b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e 
c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do 
auditor. 
 
A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de 
trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, 
como a não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e 
o não-esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos 
valores considerados relevantes. 
 
GABARITO: C 
 
395. O auditor deve estar especialmente atento a condições ou eventos que 
representem aumento de risco de fraude ou erro, tais como os constatados na 
estrutura ou na atuação inadequada da administração da entidade, como, por 
exemplo, a baixa rotatividade de pessoal-chave das áreas financeira, contábil e 
de auditoria interna e a permanência por períodos prolongados de auditores e 
advogados. 
 
Resolução 
 
O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de 
transações, adulteração de documentos, registros e Demonstrações Contábeis. A 
fraude pode ser caracterizada por: 
 
a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a 
modificar os registros de ativos, passivos e resultados; 
b) apropriação indébita de ativos; 
c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis; 
d) registro de transações sem comprovação; e 
e) aplicação de práticas contábeis indevidas. 
 
O termo erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e 
Demonstrações Contábeis – que resulte em incorreções deles – consistente em: 
 
a) erros aritméticos na escrituração contábil ou nas Demonstrações Contábeis;b) aplicação incorreta das normas contábeis; e 
c) interpretação errada das variações patrimoniais. 
 
 
 
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O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela 
prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho 
avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade 
de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas Demonstrações 
Contábeis. 
 
Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da administração da 
entidade auditada sobre qualquer fraude e/ou erro que tenham sido 
detectados. 
 
Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à 
administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando-a 
sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas. 
 
O auditor deverá avaliar criticamente o sistema contábil, incluindo o controle 
interno, tanto em termos de concepção quanto de funcionamento efetivo, 
concedendo especial atenção às condições ou dos eventos que representem 
aumento de risco de fraude ou erro, que incluem: 
 
a) estrutura ou atuação inadequada da administração da entidade auditada ou 
de algum dos seus membros; 
b) pressões internas e externas; 
c) transações que pareçam anormais; 
d) problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria; e 
e) fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados. 
 
Devido às limitações inerentes à auditoria, existe risco inevitável de que 
distorções relevantes resultantes de fraude e, em menor grau, de erro possam 
deixar de ser detectadas. Caso se descubra, posteriormente, que, durante o 
período coberto pelo parecer do auditor, exista distorção relevante não-refletida 
ou não-corrigida nas Demonstrações Contábeis, resultante de fraude e/ou erro, 
isto não indica que o auditor não cumpriu as Normas de Auditoria das 
Demonstrações Contábeis. O que vai determinar se o auditor cumpriu essas 
normas é a adequação dos procedimentos de auditoria adotados nas 
circunstâncias e do seu parecer com base nos resultados desses procedimentos. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
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396. No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor pode ter, 
intencionalmente, estabelecido nível de relevância em um patamar acima daquele 
utilizado para avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a 
probabilidade de distorções não-identificadas e para aumentar a margem de 
segurança, ao se avaliarem as distorções identificadas no curso dos trabalhos. 
 
Resolução 
 
PLANO OU PLANEJAMENTO DE AUDITORIA – Metodologia que contém a 
tarefa global a ser executada em uma entidade e que orienta sobre o que e como 
se deve examinar cada elemento. Abrange o objeto de exame, o tempo ou 
cronologia, os espaços de verificação, etc. Antes que seja elaborado, deve ensejar 
uma Pré-Auditoria, em que se testam os controles internos, conhece-se intenções 
da administração na realização do trabalho (o que ela pretende), levantam- se 
todos os dados sobre a constituição, os regulamentos, a organização e o 
funcionamento da entidade. A metodologia dos Planos difere, se Interna ou 
Externa. O Plano deve ser claro, abrangente, preciso, flexível e factível, sendo 
essas suas qualidades ou propriedades básicas. Precisa permitir uma avaliação 
segura e deve ser conectado com todos os Papéis de Rascunho dos 
levantamentos do auditor, tão como o Relatório a ser produzido. Deve, ainda, ser 
específico para cada tarefa, de modo a atingir com plenitude sua finalidade. Os 
programas derivam do Plano, ou seja, são detalhamentos dele. 
 
No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor deve 
estabelecer nível de relevância em um patamar semelhante àquele 
utilizado para avaliar os resultados da auditoria. 
 
GABARITO: E 
 
397. Se o auditor verificar, no curso de seus trabalhos, que o nível de risco é 
maior que o previsto inicialmente, ele tem a opção de reduzir o risco de detecção 
via modificação da natureza, época e extensão dos testes substantivos 
planejados. 
 
Resolução 
 
- A avaliação da relevância e dos riscos de auditoria, por parte do auditor, pode 
diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da 
aplicação dos procedimentos de auditoria. Isso pode ser causado por uma 
mudança nas condições do trabalho ou por uma mudança no nível de 
conhecimento do auditor, resultado dos procedimentos de auditoria aplicados até 
então. 
 
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- Por exemplo, se o planejamento da auditoria for efetuado em período anterior 
ao encerramento das Demonstrações Contábeis, o auditor pode estimar o 
resultado das operações e a posição financeira que existiriam no encerramento do 
exercício ou do período sob exame, baseado na experiência existente. Caso os 
resultados reais sejam substancialmente diferentes dos valores estimados, a 
relevância quantificada na fase do planejamento e utilizada na execução da 
auditoria, assim como a avaliação dos riscos de auditoria, podem também mudar 
e, dessa forma, requerer julgamento do auditor com relação à suficiência dos 
procedimentos de auditoria até então aplicados. 
 
- As modificações no nível de relevância determinado no planejamento, efetuadas 
em decorrência de fatores encontrados durante a execução dos trabalhos, devem 
ser adequadamente documentadas. 
 
- O auditor pode, no processo de planejamento da auditoria, ter intencionalmente 
estabelecido nível de relevância num patamar abaixo daquele a ser utilizado para 
avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a probabilidade 
de existência de distorções não-identificadas e para propiciar ao auditor uma 
margem de segurança, ao avaliar as distorções identificadas no curso da 
auditoria. 
 
Caso, na execução dos procedimentos de auditoria, tenha sido verificado 
que o nível de riso é maior que o previsto na fase de planejamento, deve 
ser reduzido o nível de relevância previamente estabelecido. 
 
GABARITO: C 
 
398. Caso o auditor verifique, durante a realização de seu trabalho, que não 
existem controles que assegurem que as vendas sejam tempestivamente 
registradas, o que pode acarretar a inobservância do regime de competência, 
nesse caso, ele deverá obter, na data do balanço, o número da última nota fiscal 
emitida pelo setor competente e verificar se essa nota e as anteriores foram 
registradas pela contabilidade. 
 
Resolução 
 
Se não há controles que assegurem que as vendas sejam 
tempestivamente registradas, o auditor deverá obter, na data do 
balanço, o número da última nota fiscal emitida pelo setor competente e 
verificar se essa nota e as anteriores foram registradas pela 
contabilidade. 
 
GABARITO: C 
 
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399. Na escolha entre amostragem aleatória e sistemática, o auditor deve 
considerar que certas populações possuem características capazes de distorcer 
uma seleção aleatória, como, por exemplo, a introdução de padrões, modalidades 
de agrupamento ou alguma outra modalidade de disposição. 
 
Na ocorrência de tais características, o auditor devepreferir a seleção 
sistemática. 
 
Resolução 
 
Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma 
parte da totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de 
transações, permitindo que o auditor avalie a evidência de auditoria dos itens 
selecionados com o objetivo de formar uma opinião sobre a população analisada. 
 
O objetivo é estabelecer os procedimentos e os critérios para planejar e 
selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor. 
 
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens 
a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. 
 
Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e 
selecionada uma mostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente 
e apropriada. 
 
A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de 
transações realizadas pelos Regionais na área ou na transação objeto de exame, 
como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado 
por ela obtido no período. 
 
De acordo com a Resolução no 1.012 de 2005: 
 
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em 
consideração os seguintes aspectos: 
 
- os objetivos específicos da auditoria; 
- a população da qual o auditor deseja extrair a amostra; 
- a estratificação da população; 
- o tamanho da amostra; 
- o risco da amostragem; 
- o erro tolerável; e 
- o erro esperado. 
 
O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que 
a mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos 
os itens da população tenham a mesma oportunidade de serem selecionados. 
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Por outro lado se o auditor definir característica estará ordenando e 
prejudicando a casualidade da escolha, então não poderá utilizar a 
amostragem sistemática e terá que utilizar a aleatória ou a casual. Nesse 
caso a casual seria melhor. 
 
GABARITO: E 
 
400. Duas entidades são consideradas partes relacionadas desde que tenham um 
dirigente em comum. Por outro lado, são consideradas ligadas quando os sócios-
gerentes são os mesmos. 
 
Resolução 
 
São consideradas partes relacionadas em relação à companhia: 
 
- empresas controladoras ou controladas; 
- empresas que, juntamente com companhia, estejam sob o 
mesmo controle de uma terceira; 
- empresas coligadas; 
- empresas com acionistas ou administradores comuns à 
companhia, que, em razão disso, possam influenciar ou 
beneficiar-se de decisões tomadas pela empresa compiladora; 
- seus diretores e acionistas majoritários; 
- pessoas-chave de sua administração; 
- clientes, fornecedores ou financiadores, com os quais sejam 
mantidas relações de dependência econômica, tecnológica ou 
financeira. 
 
GABARITO: E 
 
401. Quando forem emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em 
forma longa, a inclusão de informações adicionais relevantes no relatório em 
forma longa deve suprir as insuficiências e deficiências inerentes ao relatório em 
forma curta. 
 
Resolução 
 
As informações adicionais relevantes devem estar nos dois relatórios. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
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402. A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia 
submetam-se à revisão de seu controle de qualidade. Essa revisão deve ser 
realizada por outro auditor independente, e cópia do relatório de revisão deve ser 
encaminhada à CVM. 
 
Resolução 
 
A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia 
submetam-se à revisão de seu controle de qualidade, que será realizada 
por outro auditor independente. Além disso, a cópia do relatório de 
revisão deve ser encaminhada à CVM. 
 
GABARITO: C 
 
403. O planejamento da auditoria interna deve considerar os fatores relevantes 
na execução dos trabalhos. Para assegurar a independência necessária ao bom 
andamento dos trabalhos, esse planejamento não deve, de forma alguma, levar 
em conta as orientações e as expectativas externadas pela administração. 
 
Resolução 
 
O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução 
dos trabalhos, especialmente os seguintes: 
 
a) conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as 
alterações procedidas em relação ao exercício anterior; 
b) conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da 
entidade e seu grau de confiabilidade; 
c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer 
pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades; 
d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a 
serem aplicados; e 
e) a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros 
informes a serem entregues à entidade. 
 
O planejamento pode levar em conta as orientações e as expectativas 
externadas pela administração. 
 
O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de 
trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos 
procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e 
extensão. 
 
Os procedimentos de auditoria devem ser detalhados de forma a servir como guia 
e meio de controle de sua execução. 
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O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve 
prever a orientação e a supervisão do auditor, que assumirá total 
responsabilidade pelos trabalhos executados. 
 
A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável 
segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitação 
profissional, independência e treinamentos requeridos nas circunstâncias. 
 
O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados 
sempre que novos fatos o recomendarem. 
 
O Planejamento da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor estabelece a 
estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada. 
 
Muitas informações que compõem o planejamento definitivo para determinado 
período são confirmadas durante os trabalhos de campo, o que implica a 
necessidade de o auditor revisá-lo e ajustá-lo à medida que for executando os 
trabalhos. 
 
O programa de auditoria deve ser preparado por escrito ou por outro meio de 
registro, para facilitar o entendimento dos procedimentos de auditoria a serem 
adotados e propiciar uma orientação mais adequada para a divisão do trabalho. 
 
O detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem adotados deve 
esclarecer o que o auditor necessita examinar com base no sistema contábil e de 
controles internos da unidade auditada. 
 
O programa de auditoria deve evidenciar as diversas épocas para a aplicação dos 
procedimentos e a extensão com que os exames serão efetuados. 
 
O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de controle 
para a execução do trabalho, deve abranger todas as áreas a serem examinadas 
pelo auditor. 
 
GABARITO: E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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404. Nos termos do Código de Ética do profissional contábil, livros, papéis ou 
documentos do cliente, confiados à guarda do auditor, não podem ser retidos, 
mesmo em razão da falta de pagamento dos honorários relativos aos serviços já 
realizados. 
 
Resolução 
 
De acordo com o Código de Ética: 
 
Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista: 
 
I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que 
resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo 
sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, 
trabalhos realizados e relação de clientes; 
 
II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com 
prejuízo moral ou desprestígio para a classe; 
 
III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não 
decorra exclusivamente de sua prática lícita; 
 
IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua 
orientação, supervisão e fiscalização; 
 
V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu 
exercício aos não habilitados ou impedidos; 
 
VI – manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação 
pertinente; 
 
VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos 
honorários a receber; 
 
VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a 
fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou 
contravenção; 
 
IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba 
para aplicação ilícita; 
 
X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua 
responsabilidade profissional; 
 
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XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, 
confiadas; 
 
XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, 
comprovadamente confiados à sua guarda; 
 
XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei 
ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade 
editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; 
 
XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades 
ilícitas; 
 
XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou 
transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento; 
 
XVI – emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de 
sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha 
realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles; 
 
XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, 
alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo 
falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas; 
 
XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos 
Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado; 
 
XIX – intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão 
contábil; 
 
XX – elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios 
Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho 
Federal de Contabilidade; 
 
XXI – renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou 
imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho; 
 
XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual 
não tenha participado. 
 
GABARITO: C 
 
Bons estudos a todos e até a próxima aula, 
 
Moraes Junior 
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Prova 16. Prefeitura de Teresina – Agente Fiscal de Tributos 
Municipais – 2008 - CESPE 
 
 Lista de Questões Comentadas Nesta Aula 
 
Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 382 a 390. 
 
382. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas 
modalidades de informação que estes têm procurado, a função fundamental da 
contabilidade continua atrelada à finalidade de prover esses usuários das 
demonstrações contábeis com informações que os ajudem a tomar decisões de 
natureza econômico-financeira. 
 
383. Os bens intangíveis, mesmo quando não integram o patrimônio contábil da 
entidade — como é o caso do fundo de comércio acumulado ao longo do tempo —
, podem alcançar considerável valor econômico. Esse valor não está materializado 
na propriedade física, mas se traduz nos direitos de propriedade, no potencial de 
utilização e exploração legalmente conferidos aos seus titulares. 
 
384. O ISS, proporcional ou fixo, e independentemente do tipo de receita sobre a 
qual incida, é uma conta de saldo devedor, cujo valor deve ser deduzido da 
receita bruta operacional. 
 
385. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são 
representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do 
poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se 
recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja 
contrapartida constitui receita não-operacional. 
 
386. Suponha que uma empresa tenha efetuado, ao final do exercício, o seguinte 
lançamento. 
D – lucros acumulados 
C – juros sobre o capital próprio 
 
Nesse caso, a empresa está seguindo a orientação da CVM no que diz respeito à 
contabilização dos juros devidos aos acionistas, e efetuando um lançamento 
similar ao da atribuição dos dividendos. 
 
387. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita 
bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar 
em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da 
obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência. 
 
 
 
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388. O princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à sua 
natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, mesmo 
sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação efetiva, 
devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso da 
prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias. 
 
389. Com as alterações promovidas na Lei das Sociedades por Ações a partir 
deste ano, a demonstração dos fluxos de caixa substituiu, exclusivamente para as 
companhias abertas, a demonstração das origens e aplicações de recursos, e a 
demonstração do valor adicionado passou a ser exigida para as sociedades de 
grande porte. 
 
390. De acordo com os novos critérios para enquadramento dos gastos de 
reestruturação no ativo diferido, a par do requisito de que esses gastos 
contribuam para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios sociais, 
exige-se também que não se restrinjam a promover uma redução de custos ou 
acréscimo na eficiência operacional. 
 
A respeito dos tipos de sociedades, julgue os itens seguintes. 
 
391. A sociedade estrangeira, que tem de requerer e obter autorização do Poder 
Executivo para funcionar no país, ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, 
tanto em relação aos atos ou operações praticados no Brasil quanto aos 
praticados no exterior. 
 
392. Nas sociedades em conta de participação, somenteo sócio ostensivo se 
obriga perante terceiros, mas o sócio participante estará sujeito à 
responsabilidade solidária com o ostensivo pelas obrigações em que intervier, se 
tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros. 
 
Com base na doutrina e na legislação referentes à auditoria contábil e fiscal, 
julgue os itens de 393 a 404. 
 
393. A auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a 
veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se restringe à 
escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria. 
 
394. A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de 
trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, como a 
não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e o não-
esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos valores 
considerados relevantes. 
 
 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 25 
395. O auditor deve estar especialmente atento a condições ou eventos que 
representem aumento de risco de fraude ou erro, tais como os constatados na 
estrutura ou na atuação inadequada da administração da entidade, como, por 
exemplo, a baixa rotatividade de pessoal-chave das áreas financeira, contábil e 
de auditoria interna e a permanência por períodos prolongados de auditores e 
advogados. 
 
 
396. No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor pode ter, 
intencionalmente, estabelecido nível de relevância em um patamar acima daquele 
utilizado para avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a 
probabilidade de distorções não-identificadas e para aumentar a margem de 
segurança, ao se avaliarem as distorções identificadas no curso dos trabalhos. 
 
397. Se o auditor verificar, no curso de seus trabalhos, que o nível de risco é 
maior que o previsto inicialmente, ele tem a opção de reduzir o risco de detecção 
via modificação da natureza, época e extensão dos testes substantivos 
planejados. 
 
398. Caso o auditor verifique, durante a realização de seu trabalho, que não 
existem controles que assegurem que as vendas sejam tempestivamente 
registradas, o que pode acarretar a inobservância do regime de competência, 
nesse caso, ele deverá obter, na data do balanço, o número da última nota fiscal 
emitida pelo setor competente e verificar se essa nota e as anteriores foram 
registradas pela contabilidade. 
 
399. Na escolha entre amostragem aleatória e sistemática, o auditor deve 
considerar que certas populações possuem características capazes de distorcer 
uma seleção aleatória, como, por exemplo, a introdução de padrões, modalidades 
de agrupamento ou alguma outra modalidade de disposição. 
 
Na ocorrência de tais características, o auditor deve preferir a seleção 
sistemática. 
 
400. Duas entidades são consideradas partes relacionadas desde que tenham um 
dirigente em comum. Por outro lado, são consideradas ligadas quando os sócios-
gerentes são os mesmos. 
 
401. Quando forem emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em 
forma longa, a inclusão de informações adicionais relevantes no relatório em 
forma longa deve suprir as insuficiências e deficiências inerentes ao relatório em 
forma curta. 
 
 
 
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402. A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia 
submetam-se à revisão de seu controle de qualidade. Essa revisão deve ser 
realizada por outro auditor independente, e cópia do relatório de revisão deve ser 
encaminhada à CVM. 
 
403. O planejamento da auditoria interna deve considerar os fatores relevantes 
na execução dos trabalhos. Para assegurar a independência necessária ao bom 
andamento dos trabalhos, esse planejamento não deve, de forma alguma, levar 
em conta as orientações e as expectativas externadas pela administração. 
 
404. Nos termos do Código de Ética do profissional contábil, livros, papéis ou 
documentos do cliente, confiados à guarda do auditor, não podem ser retidos, 
mesmo em razão da falta de pagamento dos honorários relativos aos serviços já 
realizados. 
 
 
 
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GABARITO – AULA 15: 
 
382. C 
383. C 
384. E 
385. E 
386. C 
387. E 
388. C 
389. E 
390. C 
391. E 
392. C 
393. C 
394. C 
395. E 
396. E 
397. C 
398. C 
399. E 
400. E 
401. E 
402. C 
403. E 
404. C 
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Bibliografia 
 
Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e 
pela MP no 449/08. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. 
Editora Ferreira. 
 
FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora 
Ferreira. 2004. 
 
FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as 
demais sociedades). 6a Edição. São Paulo. Editora Atlas. 2003. 
 
LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição. 3a 
Tiragem. Elsevier Editora. 2005. 
 
MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilidade e 
concursos em geral. 4a Edição. 4a Tiragem (2005). São Paulo. Editora Saraiva. 
2002. 
 
SILVA, Antônio César Valério da. Contabilidade Avançada: Teoria e 300 questões. 
2a Edição. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 2005. 
 
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade 
Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo. 
Editora Frase. 2003.

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