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AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1 Iris Gonçalves Teodoro2 Eloir Trindade Vasques Vieira3 RESUMO: A lei 6404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), determinou em seu artigo 177 que demonstrações financeiras das companhias abertas teriam que ser obrigatoriamente auditadas por auditores independentes, devidamente registradas na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Com a vigência a lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007, houve inovações importantes que influenciaram a Lei de 1976, relativas à elaboração das demonstrações financeiras e escrituração, com o objetivo de alinhar com os padrões internacionais de contabilidade. Foi apresentado também os princípios fundamentais da contabilidade, e o CPC – Comitê de pronunciamentos contábeis, que foram adequados as NBC – Normas brasileiras de contabilidade. Assim o objetivo da auditoria nas demonstrações financeiras (ou Demonstrações contábeis) que é de verificar a exatidão dos saldos identificados no Balanço Patrimonial. PALAVRAS-CHAVE: 1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA. 2 CONTROLE INTERNO. 3 AUDITORIA 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. ________________________ INTRODUÇÃO Com a integração econômica no Brasil ocorrendo, e a bolha da Globalização emergindo, as empresas se tornaram mais competitivas, neste período aumentou-se o grau de investimento das empresas e seu aprimoramento nos controles e procedimentos internos com o único interesse de reduzir custos. No século XIX para que recursos financeiros de terceiros fossem liberados, era exigido que as demonstrações financeiras da entidade fossem analisadas por profissionais que não tivessem ligação com tais empresas, ou seja, que fossem totalmente independentes e imparciais em sua opinião. Surge então à profissão do auditor, profissional responsável em analisar as demonstrações financeiras da entidade, validado seus números e emitindo uma opinião, conhecida como parecer. 1 Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu a distância em Auditoria e Perícia Contábil pelo convênio UCDB/ Portal Educação. Campo Grande, 2014. 2 Bacharel em Ciências Contábeis, pela Universidade Paulista – UNIP, Assistente de Auditoria. Pós-graduanda em Auditoria e Perícia Contábil pela UCDB/ Portal Educação (lato sensu). E-mail: iristheodoro@hotmail.com. 3 Bacharel em Ciências Contábeis. Pós-graduada em Contabilidade Financeira e Auditoria, Administração Financeira e Controladoria, Gestão Escolar e em Educação a Distância. Mestre em Desenvolvimento Local. Orientadora do Trabalho de Conclusão do Curso de pós-graduação em Auditoria e Perícia Contábil lato sensu da UCDB/ Portal Educação. E-mail: eloir@ucdb.br. 2 Então vem a pergunta: Como são validados os números? Quais os documentos suportes utilizados para validação destes números? Quais procedimentos são feitos para analisar e chegar às validades destes números? E por fim quais demonstrações financeiras são influenciadas? O principal objetivo do trabalho é apresentar os procedimentos principais de uma auditoria de demonstrações contábeis. Do planejamento até a execução do trabalho. Além de demonstrar um mapa de trabalho, evidenciando partes importantes e detalhadas frisando a necessidade da Auditoria dentro de uma instituição. Perez Júnior (2012, p.2), completa que o profissional de auditoria deve possuir “conhecimentos em áreas correlatas, como tributos, modernas técnicas empresariais e outras aliadas ao conhecimento das normas e procedimentos de auditoria procurará obter elementos de satisfação que levem a fundamentar e emitir sua opinião sobre o objeto de estudo”. A premissa da auditoria é a de que deve cumprir as exigências éticas, não podendo se envolver de forma pessoal. Nas Normas Brasileiras de Contabilidade sugere-se que o auditor tenha o chamado ceticismo profissional, reconhecendo que possam existir circunstâncias que causem distorções nas demonstrações contábeis, sugerindo sempre que o profissional exerça seu julgamento profissional ao planejar e executar um trabalho de auditoria. 1 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA Planejar segundo autores é arquitetar um plano de ação, uma lista de atividades, uma relação de prioridades. Ainda de acordo com Perez Júnior (2012), cita a fase de planejamento dos trabalhos na auditoria como uma das mais importantes a serem executados. Verifica-se então a importância do mesmo no processo de auditoria, por vezes até promovendo maior eficácia e eficiência do que o tempo despendido na análise prévia das atividades a serem examinadas. O autor salienta também que para que seja efetuado um planejamento, deve ser levando em consideração a atividade fim da empresa auditada, as dificuldades que possam encontrar no andamento do trabalho, e a quantidade suficiente de profissionais e suas qualificações técnicas. Attie (2011) menciona que o trabalho de planejamento de auditoria implica a realização de diversas etapas, cujo desenvolvimento requer ordenação e planejamento de o que, como, quanto, e quando fizer, e quem o fará. 3 Já no ponto de vista de Almeida (2012, p.62) planejar significa “estabelecer metas para que o serviço de auditoria seja de excelente qualidade a um menor custo possível”. Verifica-se então o objetivo da auditoria de aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis elaborada pela sua administração para os usuários. Perez Júnior (2012), intensifica que a auditoria possui critérios de verificar a adequação dos registros e dados da administração, validado os números das demonstrações financeiras, avaliando os procedimentos utilizados para transformar as informações em números, analisando os Controles Internos abordados e verificando se a apresentação está de acordo com as leis locais e as normas internacionais e nacionais. A auditoria examina de uma forma sistemática os controles da entidade, os livros, as contas contábeis, os comprovantes e outros registros financeiros, com objetivo de determinar que os números contábeis sejam fidedignos. A Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TA 300 trata do Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis no qual retrata que “o planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria”. Verifica-se então que um planejamento adequado busca ser benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: Auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; Auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; Facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho; Auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas. Apresenta-se como benefício do planejamento de auditoria a atenção voltada às contas mais relevantes e que podem sofrer uma gama grande de erro ou uma possibilidade de fraude. Juntamente com a NBC TA 300 para inicio do trabalho, sugere-se a realização de procedimentos exigidos na NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de demonstrações Contábeis, e NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho de Auditoria. Para Perez Júnior (2012, p.10) “O planejamento de auditoria deve ser desenvolvido de acordo com uma metodologia definida pela empresa de auditoria levando em consideração as características da empresa auditada e os objetivos do trabalho”. O autor 4 analisa de forma clássica as etapas do processo de auditoria e relata que o trabalho tem como foco cumprir de forma eficiente e eficaz três fases do processo de auditoria: o planejamento,a execução e a conclusão do trabalho. O planejamento de auditoria envolve as seguintes fases: Considerações Gerais sobre as Empresas Auditadas; Determinação dos riscos de auditoria; Atualização das informações-base, Determinação dos componentes significativos; Identificação dos objetivos e riscos relativos a cada componente significativo; Planejamento da abordagem geral de auditoria; planejamento do trabalho. O chamado programa de auditoria pode ser considerado como um plano de ação detalhado, um mapa das áreas onde são especificados os testes mínimos, que devem ser seguidos e completados quando ocasiões não previstas ocorrerem. Sugere-se que deva abranger todas as informações disponíveis e necessárias para o perfeito andamento do trabalho a ser realizado. Desta forma, As normas de auditoria possuem a finalidade de prover uma maior consistência metodológica e sistematização no desenvolvimento da técnica de auditoria, de forma a garantir a qualidade dos trabalhos e a sua perpetuação. Com isso a fase do planejamento se torna fase preparatória de grande importância, pois para garantir que todos os números sejam validados se faz necessário que o auditor possua um conhecimento técnico e conciso dos CPC – Comitê de Pronunciamentos contábeis em conjunto com as NBC’s – e em alguns casos conhecimento da CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Assim entender a função do auditor se faz necessário. 2 AUDITORIA INTERNA E EXTERNA O Auditor é o profissional que investiga e analisa os trabalhos da empresa buscando identificar inconformidades, sendo que pode se ter auditor externo ou interno. Para Attie (1992, p.175), a auditoria interna: “é aquela exercida por funcionários da própria empresa, em caráter permanente”. Conforme Silva (2007) o auditor interno deve exercer sua função com absoluta independência profissional se mantendo neutro mesmo com o seu vínculo empregatício, preenchendo todos os quesitos necessários de um auditor externo, mas também exigindo da empresa o cumprimento daquelas que lhe cabem. Segundo Franco e Marra (1992, p. 175) “Ele deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois sua subordinação à administração da empresa deve ser apenas com o aspecto funcional”. 5 Assim a auditoria interna é realizada pela própria empresa, podendo ser funcionário da mesma. Diferente da auditoria externa. Ainda segundo Attie (1992, p.35), “a existência de auditoria externa não elimina a necessidade da auditoria interna e tampouco a recíproca é verdadeira, pois cada uma delas dispõe de uma função e tem diferentes objetivos”. O trabalho executado pela Auditoria Interna, em tese é idêntico aquele executado pela Auditoria externa, porém possuem algumas particularidades, veja diferença no quadro abaixo: Auditoria Interna Auditoria Externa A auditoria é realizada por um funcionário da empresa A auditoria é realizada através de contratação de um profissional independente O objetivo principal é atender as necessidades da administração O objetivo principal é atender as necessidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para desenvolver aperfeiçoamento e para induzir ao cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras O trabalho é subdividido em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade administrativa O trabalho é subdividido em relação às contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado O auditor diretamente se preocupa com a detecção e prevenção de fraude O auditor incidentalmente se preocupa com a detecção e prevenção fraudes, a não ser que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras. O auditor deve ser independente em relação às pessoas cujo trabalho ele examina, porém subordinado às necessidades e desejos da alta administração. O auditor deve ser independente em relação à administração, de fato e de atitude mental. A revisão das atividades da empresa é contínua O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódico, geralmente semestral ou anual. Fonte: Portal de auditoria. (2013) Como demonstrado no quadro acima, as diferenças entre um auditor interno e o auditor externo é muito pequena, tendo apenas objetivos diferentes porém com o mesmo intuito, cuidar para que as informações estejam dentro da realidade da empresa. Verifica-se que os princípios fundamentais de ética profissional para um auditor é a integridade, objetividade, competência, zelo profissional, confidencialidade e conduta profissional. Tais princípios então alinhados com o Código de ética do IFAC - International Federation of Accountants (Federação Internacional de Contadores). 6 Para exercer o julgamento profissional em qualquer caso ou fato peculiar o auditor baseia-se nas circunstâncias que são conhecidas, levando em consideração sua experiência e seu “know-how”. 3 SUPERVISÃO DO TRABALHO DA EQUIPE TÉCNICA Quando se fala em supervisão do trabalho da equipe técnica várias são as concepções sobre o assunto. Sá (1998) relata que os trabalhos de auditoria geralmente são efetuados por uma equipe de auditores com vários níveis técnicos, com responsabilidades e autoridades definidas, formando um círculo de Accountability. Na supervisão dos trabalhos da equipe técnica, o auditor deve exercer algumas funções para execução do trabalho, conforme NBC T 11.8 - Supervisão e Controle de Qualidade: Avaliar o cumprimento do planejamento e do programa de trabalho, a fim de não ser esquecido nenhuma análise importante, pois não se pode correr o risco de não auditar as contas significativas; Avaliar se as tarefas distribuídas à equipe estão sendo cumpridas no grau de competência exigido, para que não haja desperdício de tempo de tal forma que na distribuição das atividades, o profissional que irá executá-las seja apto; Resolver questões significativas quanto à aplicação das normas brasileiras de contabilidade, se atentando as mudanças significativas das normas e leis; Avaliar se os trabalhos foram devidamente documentados e o objetivo dos procedimentos alcançados. Efetuado a revisão dos trabalhos efetuados, seus papeis de trabalho e as evidencias para conclusão do mesmo. Avaliar se as conclusões obtidas são resultantes dos trabalhos e permitem ao auditor fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis. O Conselho Federal de Contabilidade, - CFC através do Código de Ética Profissional do Contabilista bem como as normas relacionadas à auditoria de demonstrações contábeis exige ética dos profissionais atuantes neste setor, inclusive aplicando multas se atitudes forem consideradas antiéticas. 4 CONTROLE INTERNO Muitos são os autores que reforçam a importância dos controles dentro das organizações. 7 Conforme Jesus Lima e Aparecido Lima (2014) os controles são as ações feitas pela administração para evitar ou detectar e corrigir erros materiais que podem ser considerados, como efetivos, preventivos e detectores. Os efetivos permitem a redução da quantidade de procedimentos substantivos que a auditoria irá analisar; os preventivos evitam a ocorrência de erros; e os detectores: detectam e corrigem erros já ocorridos. Attie (1992, p.117) evidencia quatro objetivos básicos do Controle Interno: “A salvaguarda, dos interesses da empresa; A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; O estímulo à eficiência operacional; e A aderência às políticas existentes”.A auditoria ao iniciar o controle interno analisa a estrutura e o porte da empresa, o desenho do controle efetuado por eles e sua implementação, verificado se o controle esta sendo usado pelos colaboradores da empresa de forma efetiva. Para Oliveira e Linhares (2006, p.3) “um dos aspectos importantes no uso dos controles internos pelas organizações é o de prover os acionistas com razoável segurança de que a condução dos negócios está adequadamente controlada”. Para que ocorra validação do desenho e da sua implementação é necessário indagar o cliente, efetuar inspeção das informações disponibilizadas, conseguir efetuar um rastreamento das informações e observar se ambiente está em um nível adequado. As Normas relativas à avaliação e teste do controle interno estão definidas nas seguintes normas, NBC TA 315 – Identificação e avaliação dos Riscos de Distorção relevante por meio do entendimento da Entidade e do seu Ambiente; NBC T 16 – Controle interno (setor público); e NBC TA 265 – Comunicação de Deficiência de controle interno. Papel de trabalho também conhecido como memorando, tem como objetivo evidenciar os testes efetuados pelos auditores, conforme a NBC TA 315 e NBC TA 265 o memorando deve conter informações que em conjuntos relatam a atividade e processo que está sendo evidenciado como, por exemplo, analise do controle interno da área de vendas. Para que este papel de trabalho seja valido são efetuados testes dos controles e identificado como controles efetivos e controles não efetivos, levando em consideração as atividades operacionais da empresa. Attie (1984, p.69) explica que “Os papéis de trabalho são os formulários e documentos com os apontamentos e informações levantadas pelo auditor durante seu exame, são as evidências do trabalho executado, as evidências da sua opinião”. 8 Verificou-se então a relevância dos papeis de trabalho, bem como se faz necessário o entendimento das demonstrações financeiras. 5 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A lei das sociedades por ações estabelece que ao fim de cada período social (12 meses), a diretoria elabore e publique com base na escrituração contábil as demonstrações financeiras. De acordo com Iudícibus e Marion (2010) este conjunto de informações é divulgado por uma sociedade representando sua prestação de contas e abrange o Relatório da Administração, as Demonstrações contábeis, as Notas explicativas, Relatório dos auditores independentes. De acordo com FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, FEA/USP) – Manual de contabilidade Societária (2013, p.2), descreve as demonstrações contábeis obrigatórias após as alterações na lei societária relacionadas abaixo: Balanço Patrimonial (BP) no qual tem finalidade de apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa, conforme o art. 178 da Lei 6.404/76, as contas devem ser classificadas segundo os elementos do patrimônio (Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido). Ainda segundo o Manual de contabilidade Societária (2013) a demonstração do resultado abrangente (DRA), que reporta a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de propriedade, ou seja, é o resultado do exercício acrescido de ganhos ou perdas que eram reconhecidos direta e temporariamente na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). A Demonstração do resultado do exercício (DRE) no qual a lei 6.404/76 define que o conteúdo da DRE, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definido claramente o lucro ou prejuízo líquido acumulado, onde é feita a distribuição ou alocação do resultado. Também de acordo com o Manual de contabilidade Societária (2013) a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) que evidencia a mutação do patrimônio líquido em termos globais (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajuste de exercícios anteriores, dividendos, ajuste de avaliação patrimonial, e em termos de mutações internais (incorporações de reversão capital, transferências de lucros acumulados para reservas). 9 A lei 11.638/07, que alterou parcialmente a lei 6.404/76, e ratificada com a 11941/09, para as empresas S/A não existira mais a rubrica de Lucros acumulados, a DMPL haverá coluna onde serão registradas as movimentações do período. Ainda de acordo com as alterações contábeis a demonstração dos lucros e prejuízos acumulados (DLPA) será descrita toda a destinação do Resultado do exercício e sua destinação sendo compensação, reservas, se houver o prejuízo, de uma forma mais resumida, se atentando as exigências da nova rubrica da lei 11.941/09. Conforme o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76 “a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia”. Demonstração do fluxo de caixa (DFC) com as alterações visa demostrar como ocorreram as movimentações de disponibilidades em um dado período de tempo. Essa Demonstração é obrigatória pela Lei das Sociedades por Ações a 6.404/76, e o Conselho Federal de Contabilidade - CFC a tornou obrigatória para todas as demais sociedades. Esta demonstração vem substituído em alguns países a demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, conhecida como DOAR, esta mudança foi fundamentada pela Lei n° 11.638/07 no Brasil. Demonstração do valor adicionado (DVA) tem como objetivo principal informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição, após a promulgação da 11.638/07, tornou-se obrigatória para companhias abertas. Após os relatórios finalizados pela entidade, a auditoria inicia os seus trabalhos em campo, com o objetivo de validar os números contábeis apresentados nestas demonstrações antes de sua publicação. 6 AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS O objetivo da auditoria é validar os números financeiros para que o usuário tenha maior confiança nestes números, porém para ocorrer à validação dos números contábeis de acordo com Perez Junior (2012) é necessário confrontar uma informação contábil com uma extra contábil. Entende-se como informação contábil, o registro dos números apresentados nas demonstrações financeiras como, por exemplo, livros auxiliares do razão, conforme Marion (2012, p.264) ele consiste no agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de 10 forma racional. “O razão, portanto, engloba as contas Patrimoniais (as contas de Balanço – também conhecidas como contas integrais) e as contas de Resultado (as contas de Receitas e Despesas também conhecidas como contas diferenciais)”. Entende-se como informação extra contábil, os registros do qual a informação foi gerada/extraída de uma fonte confiável. (Ex. Receita federal, SPED – Sistema Público de Escrituração Digital.) Conforme Marion (2012, p.265) “o decreto nº 6.022/07 institui o Sistema de escrituração Digital (SPED), prevendo que os livros e documentos contábeis e fiscais serão emitidos em forma eletrônica”. Porém nem sempre ao confrontarmos uma informação contábil com uma extra contábil iremos encontrar o valor exato, isso ocorre quando as informações contábeis são lançadas erroneamente, não lançadas ou lançadas em duplicidade na contabilidade, ou seja, o relatório financeiro ou a contabilidade não esta demonstrando a realidade total da entidade. As contas contábeis são auditadas de acordo com seu grau de risco e seguindo uma metodologia, que varia de firma para firma como dito anteriormente cada auditoria possui a sua. Para identificamos quais contas deveram ser auditadas, é necessário fixar o valor da materialidade para execução do trabalho de auditoria.É levando em consideração a probabilidade de que as distorções não corrigidas individualmente e as não detectadas em conjunto, sejam consideradas erros relevantes. Perez Júnior (2012), diz que o objetivo de avaliar os riscos de distorções relevantes e determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria é importante, para a validação destes números, porém nem sempre ao estendermos uma amostra ela irá ser considerada no final um teste efetivo. Como exigido e explicado adicionalmente pela NBC TA 315 e pela NBC TA 330, a evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do auditor é conseguida pela execução de: Procedimentos de avaliação de riscos: onde classificamos se a empresa possui risco baixo, médio ou alto de ocorrer uma fraude. Testes de controles: quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor para manter o maior nível de confiabilidade opta em faze-lo; Procedimentos substantivos: são efetuados testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos. Conforme Wanderley (2013), a finalidade principal dos papéis de trabalho é servir como suporte para a opinião do auditor, pois é considerado o testemunho do trabalho que o auditor efetuou, demonstrando como foi realizado, de que forma foram registrados os documentos e finalmente as conclusões que o auditor chegou para dar sua opinião. 11 6.1 AUDITORIA DAS DISPONIBILIDADES São classificados como disponibilidades os recursos financeiros à disposição da entidade para utilização imediata. Estes recursos são classificados nas contas: Caixa, Bancos e Aplicações financeiras, conforme Marion (2012, p.294) “são recursos da empresa para fazer a seus compromissos imediatos”. De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), e baseado em experiências profissionais de empresas de auditória, para validarmos este grupo de contas efetuamos os seguintes procedimentos: Contagem de caixa (se for relevante); Reconciliação bancaria; e Circularização de instituições financeiras; Estas contas possuem correlação praticamente com todas as contas patrimoniais e de resultados que envolvem relações monetárias. Recomenda-se também grande atenção, pois a maioria das fraudes praticadas em prejuízo tem vínculo direto ou indireto com a movimentação destas contas. 6.2 AUDITORIA DAS DUPLICATAS A RECEBER Efetuar uma venda ou uma prestação de serviços, ganha-se o direito de receber o respectivo valor, registrando os créditos que a empresa irá receber, geralmente classificados em Duplicatas a Receber conforme Marion (2012, p.296) “corresponde a duplicatas emitidas e ainda não liquidadas” e a conta redutora PECLD – Provisão estimativa de crédito de liquidação duvidosa, conforme Iudícibus e Marion (2010) a constituição desta provisão segue o princípio da Confrontação da Despesa dentro do Regime de Competência, onde são provisionadas possíveis perdas futuras. Para fins de auditoria analisa-se nesta conta se as operações decorrentes de vendas ou prestação de serviço estão sendo contabilizadas no período correto (Ativo Circulante ou Realizável a longo prazo) e se o PECLD está sendo calculado com base na experiência do passado, condições do presente e analise de expectativas futuras. O saldo contábil da conta clientes trata-se de o valor da venda realizada, deduzida da estimativa de perdas (falências, dificuldades financeiras, clientes em concordatas, por exemplo); sendo portanto a quantia que se espera transformar em dinheiro. De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), para se validar este grupo de contas efetua-se os seguintes procedimentos: Circularização de 12 clientes, Teste de vendas, Teste de Tie-up (Amarração do saldo de duplicatas a receber com o controle de portadores), Teste de Aging List (Analise da idade das duplicatas vencidas e a vencer, Analise da adequação do ajuste para devedores duvidosos. Teste de liquidação subsequente. 6.3 AUDITORIA DAS COMPRAS, DA PRODUÇÃO E DO ESTOQUE Estoques representam custos acumulados de matérias-primas, materiais ou produtos não vendidos ou não consumidos pela entidade, mas que possui expectativa de utilização ou de venda futura. Para Marion (2012 p.300) uma empresa comercial, estoque significa o conjunto de mercadorias à disposição de vendas, para uma empresa industrial, estoque significa a matéria-prima adquirida estando ela em transformação ou já acabada e para uma empresa de prestação de serviço estoque significa material de consumo disponível e necessário para desempenho eficaz de sua atividade. A natureza do estoque difere de acordo com o ramo da empresa mudando sua natureza. De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), para se validar este grupo de contas efetua-se os seguintes procedimentos: Circularização de estoques em poder de terceiros; Inventário Físico; Teste de Custo de produção; Teste de custo ou mercado; Teste de ajuste para perdas; Teste de importação; Teste de ajuste ao valor de realização; Teste de obsolescência; e Teste de compras. 6.4. AUDITORIA OS INVESTIMENTOS Nas demonstrações financeiras, são apresentados obedecendo às características da aplicação desses capitais e seu grau de liquidez. Eles são classificados no ativo circulante ou não circulante. Autores que reportam que os títulos de investimento são frequentemente objeto de irregularidade e geralmente devem ser sujeitos ao mesmo grau de controle interno aplicável a dinheiro. De acordo com Marion (2012) são classificados em Investimentos temporários como Fundo de Aplicações, Deposito de prazo fixo, Certificado de deposito bancário (CDB) e Instrumentos financeiros (derivativos) e Ações de outras empresas que não se destinam a atividade principal da empresa. De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), para se validar este grupo de contas efetua-se os seguintes procedimentos: Circularização de 13 empresas investidas e portadores de títulos, Análise de adequação do ajuste para perdas, Teste de adições e baixas, Teste dos valores de equivalência patrimonial e Contagem de títulos 6.5. AUDITORIA DO ATIVO IMOBILIZADO São considerados ativos integrantes do imobilizado bens corpóreos utilizados na atividade da empresa com as seguintes características: Abrange os ativos tangíveis (corpóreos); representadas pelos bens e direitos de que se servem as sociedades para cumprir seus objetivos; bens com vida útil maior que um ano e de montante relevante e não são destinados a negociação no curso normal da operação. Conforme Iudícibus e Marion (2010) o imobilizado abrange bens e direitos que podem ser classificados em três grandes grupos, bens não sujeitos À depreciação ou exaustão, como terrenos. bens sujeitos à depreciação, como edificações, maquinaria, ferramentas, e, bens sujeitos à exaustão, como recursos minerais e florestais. O exame detalhado das operações relacionadas com o imobilizado deve envolver aquisições, vendas, baixas, trocas, avaliações, cobertura de seguros, depreciação e exaustão. 6.6. AUDITORIA DO ATIVO INTANGÍVEL Iudícibus e Marion (2010) relata que são considerados ativos integrantes do intangível bem incorpóreo utilizado na atividade da empresa com as seguintes características. Abrange os ativos intangíveis (incorpóreos); São representadas pelos bens e direitos de que se servem as sociedades para cumprir seus objetivos; são bens com vida útil maior que um ano e de montante relevante e não são destinados a negociação no curso normal da operação. Os procedimentos efetuados para auditoria de Intangível é basicamente as mesmas apresentadas no imobilizado. 6.7 AUDITORIA DO PASSIVO O passivo representa os recursos de terceiros aplicados na empresa e consequentemente as obrigações da empresa para com terceiros, e podem serclassificadas como Passivo circulante e Exigível a longo prazo. Acordo as normas contábeis, o passivo é composto das obrigações decorrentes de atividades variadas que em sua maioria, já foram examinadas quando auditamos outras áreas. Conforme Marion (2012, p.385) “O passivo circulante compõe basicamente das contas Fornecedores, Salários a Pagar, Encargos Sociais a Recolher, Impostos a Recolher, Imposto de Renda e provisões, Empréstimos bancários e outras obrigações”. 14 Devido a Diversidade da natureza e das obrigações, os procedimentos de auditoria aplicáveis deveram levar em consideração a especificidade de cada obrigação. De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), para se validar este grupo de contas efetua-se os seguintes procedimentos: Fornecedores: Circularização de Fornecedores, teste de liquidação subsequente; Financiamentos: Circularização de Instituições Financeiras, Analise de garantias, Teste de cumprimento das cláusulas contratuais, teste de obtenções e liquidações, calculo global dos encargos; Imposto de renda e Contribuição social a pagar: Teste de liquidação do Saldo anterior, entre outros. 6.8 AUDITORIA DO PATRIMONIO LIQUIDO Conforme Iudícibus e Marion (2010) esse grupo de contas representa o ativo de uma empresa deduzido de seu passivo representado pelo Passivo Circulante (PC) e Exigível a longo Prazo (ELP). Assim temos que: Patrimônio Líquido = Ativo Total – Passivo (PC + ELP) O valor líquido desse patrimônio é então a parcela que compete aos acionistas ou sócios. O art. 182 da Lei nº 6.404/76 define a composição do Patrimônio Líquido que foi alterado após a lei 11.638/07 e 11941/09 e passa a ter a seguinte abertura: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Ações em tesouraria De acordo com Perez Júnior (2012), Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), para se validar este grupo de contas efetua-se os seguintes procedimentos: Inspeção dos registros de ações, Inspeção do registro do capital (Inclusive Bacen- Banco Central do Brasil), Cálculo das Distribuições e destinações de lucros, Cálculo do excesso de reserva, Revisão de cálculo de dividendos. 7 PARECER DA AUDITORIA As leis 11.638/07 e 11.941/09 alteram a lei 6.404/76 – Lei das Sociedades por ações, com o objetivo de harmonizar as práticas contábeis brasileiras com as normas contábeis internacionais (IFRS – International Financial Reporting Standards) emitido pelo órgão internacional (IASB – International Accounting Standards Board). 15 Para viabilizar a emissão de normas contábeis brasileiras, foi criado o Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC). Em paralelo a este processo foi iniciado o processo de convergência das normas brasileiras de auditoria para as normais internacionais de auditoria emitidas pela federação Internacional de contabilidade (IFAC – International Federation of Accountants). A FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, (2013) e Zanatta e Retamiro (2014), correlacionam que esse processo resultou a reformulação das normas de auditoria brasileira, inclusive do texto do relatório dos auditores independentes, que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2010. O parecer é emitido aos acionistas ou à diretoria e ao conselho de administração. A data do parecer deve ser a do último dia de trabalho em campo e deve ser redigido de maneira clara e precisa. A assinatura é do contador responsável pela auditoria e este deverá ter, registro em alguns órgãos reguladores dependendo do tipo da empresa. Yoshitake (2009) e Wanderley (2013), relatam em sua obra que o parecer é composto normalmente por três parágrafos: 1º Parágrafo – informa o trabalho realizado, o período, identifica as demonstrações contábeis e a responsabilidade da administração e dos auditores. 2º parágrafo - informa a extensão dos trabalhos, que foram realizados de acordo com os princípios contábeis e as normas e procedimentos de auditoria. 3º parágrafo - informa a opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis devem ser emitidas com os valores do ano anterior ao lado das do ano corrente, para que possam servir de base de comparação. Caso o auditor não tenha auditado as demonstrações do ano anterior ou esta tenha sido realizada por outro auditor, isto deverá ser mencionado no parecer. E se a empresa tiver iniciado suas atividades neste ano, não haverá valores comparativos. 8 NOTAS EXPLICATIVAS Além das Demonstrações financeiras, a contabilidade a adiciona àquelas demonstrações outras informações complementares no sentido de enriquecer os relatórios e 16 evitar que eles se tornem enganosos. Essas evidenciações devem ser destacadas para auxiliar o usuário a entendê-las melhor. FIPECAFI (2013) reforça que “as notas explicativas também conhecidas como “notas de Rodapé”, são destacadas após as demonstrações financeiras e publicadas”. Apesar de serem obrigatórias para sociedades de capital aberto, a nova lei estende a outros tipos societários, estabelecendo que as demonstrações contábeis serem complementadas, por notas explicativas e quadros analíticos ou outras demonstrações contábeis necessárias para esclarecimentos. Conforme Iudícibus e Marion (2010) e de acordo com a lei 11.941/09 as notas explicativas devem: I – Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis especificas selecionadas e aplicadas para negócio e eventos significativos II – Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis dotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; III – fornecer informações adicionais na indicada nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada. Conforme imposição legal, as notas explicativas deverão indicar os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, cálculo de depreciação, amortização, exaustão, constituição das provisões e dos ajustes para atender as perdas prováveis de realização nos elementos do ativo. As notas explicativas de investimentos relevantes devem conter informações precisas. No artigo 247 da Lei 11.941/09, diz que as notas explicativas dos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial devem conter informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas, bem como suas relações com a companhia. CONSIDERAÇÕES FINAIS A auditoria faz parte de um dos leques do mundo da contabilidade no Brasil. Profissionais que são reconhecidos pelo conhecimento, postura e ceticismo profissional. Assim sendo, o responsável pelo trabalho de auditoria deve estar em condições de responder afirmativamente às questões envolvidas e de comprová-la por meio de evidências descritas nos papéis de trabalho. 17 Sugere-se que o auditor efetue analise do conjunto de informações, que não somente seja efetuado análise dos números, mas que analisem o cenário como um todo levando em consideração o setor, a evolução da economia. A investigação minuciosa de eventos subsequentes podem ser fator de auxílio a tomada de decisão. Hoje os auditores estão se preparando mais para se adaptar as oscilações da economia. Assim busca-se que o auditor não seja apenas um revisor de números, mas sim um profissional que possui Know-How para indicar ações preventivas para diminuir distorções relevantes e até possíveis fraudes. Após a adequação da auditoria com as normais internacionais percebe-se o Brasil está buscando se adequar a estas mudanças. O objetivo da auditoria nas demonstrações financeiras (ou Demonstrações contábeis) é verificar a exatidão dos saldos identificados no Balanço Patrimonial. Para se conseguir atingir este objetivo é feito um conjuntode procedimentos analíticos, testes de contagem (se for o caso), valorização, confirmação de terceiros, identificação de estoques com baixa rotação, etc. A gestão pode ser tentada a exercer autoridade, pelo que a confirmação da presença e validação de um sistema de controle apropriado deve ser feita, adequando-se a os procedimentos a seguir às circunstâncias identificadas. Mas não pode se iludir pois os procedimentos são meras execuções de uma prescrição estandardizada, muito pelo contrário, há todo um trabalho de planejamento, que passa pelo conhecimento da entidade, com intuito de identificar as áreas e matérias de risco, e adotar os testes e procedimentos que lhes permitam fazer uma análise confortável. Podemos concluir que a auditoria das demonstrações financeiras requer um planejamento cuidadoso e investimentos substanciais de tempo, custo e empenho. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria. 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