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Petição inicial no Novo CPC

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08/06/2016 Petição inicial no Novo CPC
http://www.novocpcbrasileiro.com.br/peticao­inicial­novo­cpc/ 1/4
Petição inicial no Novo CPC
O Novo Processo Civil: Petição inicial no novo
CPC
No novo Código de Processo Civil, o procedimento comum é aplicável a todas as causas (inclusive,
subsidiariamente, aos especiais e à execução), salvo disposições em contrário (art. 318 e seguintes
no Novo CPC).
Entendemos que as novidades apontam para a simplificação no processo de conhecimento, pois
teremos apenas o procedimento comum e os procedimentos especiais, não havendo mais a previsão
do procedimento sumário (Apesar disso, as causas previstas no atual art. 275, II do CPC
Velho continuam na competência dos Juizados Especiais).
Neste artigo veremos os seguintes temas:
Quais são os Requisitos da Petição Inicial e as peculiaridades do pedido
inicial;
Como requerer diligências para descoberta de dados desconhecidos;
Em quais casos o juiz poderá determinar a emenda à Petição inicial e
como se dá seu processamento;
Indeferimento da Petição inicial e quais os recursos contra esse ato.
Requisitos da petição inicial no procedimento comum
A petição inicial no Novo CPC não se afasta dos requisitos atuais, do art. 282 do CPC/73, conforme se
extrai do novo artigo 319:
Sobre   Últimos Posts
Dorgival Viana Jr
Procurador Federal em PGF
Procurador Federal, ex­Procurador Municipal de Campo
Alegre, ex­Oficial do Ministério Público do Estado de
Alagoas, ex­Auditor do Tribunal de Justiça Desportiva do
Futebol de Alagoas, ex­membro da Comissão de Ética
na Administração Pública da OAB/AL, ex­estagiário do
Ministério Público Federal.
08/06/2016 Petição inicial no Novo CPC
http://www.novocpcbrasileiro.com.br/peticao­inicial­novo­cpc/ 2/4
Art. 319. A petição inicial indicará:
I – o juízo a que é dirigida;
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – o pedido com as suas especificações;
V – o valor da causa;
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
Como se vê, há duas alterações significativas nos incisos do art. 319 doNovo CPC, vejamos:
1. Art. 319, II – a qualificação agora exige expressamente que o autor
afirme se há união estável, além de ser exigido o endereço eletrônico;
2. Art. 319, VI – Atualmente, a audiência prévia de conciliação ou mediação
é obrigatória e uma das poucas hipóteses em que pode ser afastada é
justamente quando as partes (ambas) afirmam que não tem interesse na
autocomposição. A opção do autor, assim, não afasta a audiência, apenas
dá ao réu a opção de também manifestar­se neste sentido (caso em que,
concordando com o autor, a audiência será afastada). Destaco que o autor
só precisa dizer que não quer, pois a necessidade da audiência é
presumida.
3. Não há mais exigência expressa de pedido de citação do réu, entendo
que tal deveria realmente ser suprimido, uma vez que proposta a ação
contra o réu, é absolutamente nítido o desejo do autor de citação daquela
parte (previsão anterior no art. 282, VII do CPC Velho).
Entendo que o direito do autor de requerer a não realização da audiência pode ser manifestado – por
aditamento à petição inicial – até a expedição da citação do réu.
Além disso, se houver uma negociação entre autor e réu antes do prazo (a meu ver decadencial) para
requerer a desistência da audiência (10 dias), o juiz também poderá dispensá­la com base na
liberdade das partes (negócio jurídico processual), conforme permissivo do art. 190 do Novo CPC.
LEMBRETE (anúncio): CLICANDO AQUI você pode adquirir o modelo de petição inicial para um caso
específico de indevida inscrição em cadastro de inadimplentes com pedido de dano moral.
08/06/2016 Petição inicial no Novo CPC
http://www.novocpcbrasileiro.com.br/peticao­inicial­novo­cpc/ 3/4
Diligências para descoberta de dados noNovo CPC
O art. 319, §1º dispõe que “Caso não disponha das informações previstas no inciso II (qualificação),
poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção“.
Assim, por exemplo, o autor poderá requerer justificadamente o acesso a bancos de dados públicos
para a busca do endereço do réu. Obviamente, a diligência deverá ser justificada e não pode ser
utilizada de forma indiscriminada.
A qualificação não essencial para a citação do réu poderá ser convalidada, ou seja, o juiz não deve
prender­se meramente aos requisitos formais, se o objetivo do processo puder ser conseguido sem
parte da qualificação das partes.
Além disso, o art. 319 do novo CPC prevê, ainda, que a integralidade dos dados requeridos no seu
inciso II pode ser dispensada “se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente
oneroso o acesso à justiça”
Emenda da petição inicial no novo Processo Civil
Se o juiz verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 (mencionado acima) e
320 (documentos essenciais), ou que “apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito“, deverá intimar o autor, para que no prazo de 15 dias emende a inicial ou a
complete, sob pena de indeferimento, conforme o artigo 321.
Lembrando que, nos termos do art. 219 do Novo CPC, os prazos serão contados em dias úteis, salvo
disposição expressa em contrário.
Peculiaridades do pedido inicial
O pedido inicial do autor teve alguns aprimoramentos no novo CPC.
O art. 322 do novo CPC tem a seguinte redação:
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1o Compreendem­se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de sucumbência,
inclusive  os  honorários  advocatícios  (pedido  principal  inclui  acessórios,  ainda  que  não  requeridos
expressamente).
§ 2o A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa­fé.
As obrigações em prestações sucessivas serão automaticamente incluídas na condenação,
independente de declaração expressa do autor, salvo se já estiverem pagas ou consignadas (art. 323
do novo CPC).
Conforme o art. 334, se o juiz acolher o pedido inicial (requisitos básicos e não for caso de
improcedência sumária), será designada audiência de conciliação ou de mediação com antecedência
08/06/2016 Petição inicial no Novo CPC
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mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
Acredito que a prática dos tribunais será a de designar imediatamente (via sistema) a audiência,
independente de análise judicial da petição inicial como o que se realiza na maioria dos juizados
especiais. Mas não é esse o espírito e vontade do Novo CPC que demanda análise dos requisitos
mínimos de admissibilidade da petição inicial.
A audiência obrigatória de conciliação ou mediação pode ser dividida.
Indeferimento da petição inicial
Segundo o Novo CPC, a petição inicial será indeferida quando (art. 330):
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
O § 1o do art. 330 do Novo CPC, deve ser reconhecida a inépcia da petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Recurso contra o indeferimento da petição inicial
Se houver o indeferimento da petição inicial, o autorpoderá recorrer através do recurso de apelação.
O recurso de apelação contra o indeferimento da petição inicial possui excepcional efeito regressivo,
ou seja, é facultada a retratação pelo juiz que proferiu a decisão, que no novo CPC deve ocorrer no
prazo de 5 dias.
Se não houver a retratação, o juiz intimará o réu para contrarrazões normalmente e encaminhará o
feito ao Tribunal para julgamento.
Conclusão
O novo CPC é um marco no Processo Civil moderno e é atual e pujante. Não há como estudar o tema
sem entender como o processo se inicia, ou seja analisar a petição inicial e seus requisitos.

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