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RESUMO HISTÓRICO PODER POLÍTICO

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IDADE ANTIGA 
(fim da pré-história - aparecimento da escrita – 
até o século V d.C. – queda do Império 
Romano do Ocidente, em 476). 
 
►Estado Grego – Não se tem notícia da 
existência de um Estado único, englobando toda a 
civilização grega. 
● Inicialmente a sociedade grega era formada pela 
reunião de grupos familiares (os genos), mais tarde 
a questão patrimonial será o fator de 
caracterização. 
● Identifica-se a cidade-Estado, ou seja, a polis, 
sociedade política da época (associação 
política/comunidade religiosa). Não se misturavam 
religião e política. 
● Preocupação com a autossuficiência da polis. 
● Não havia preocupação com a expansão territorial 
(não estabeleciam vínculo com o território; o que 
determinou o sentido de pertencimento a polis 
foram os modos de comportamento político, 
econômico, religioso, cultural). 
● A polis passou pela monarquia e pela república 
(formas de governo). De qualquer modo, em cada 
cidade-Estado, embora suas peculiaridades, é 
possível vislumbrar instituições políticas definidas. 
● Considerando o Estado Grego = descentralização 
política. 
● Considerando cada cidade-Estado = centralização 
política (no sentido: instituições políticas definidas). 
● Algumas formaram oligarquias (como Esparta), 
outras adotaram a democracia (como Atenas) – 
frisa-se: as primeiras manifestações de governo 
democrático foram visualizadas nesse período, 
também os primeiros estudos sobre política, com 
filósofos do nível de Sócrates, Platão, Aristóteles 
etc. 
● A democracia na Antiguidade era elitista, 
patriarcal, escravista e direta. 
IDADE MÉDIA 
(final da Antiguidade – século V – 
até o século XV - queda do Império Romano 
do Oriente – Constantinopla, em 1453). 
 
► Estado Medieval – No plano do Estado não 
há dúvida de que se trata de um dos períodos mais 
difíceis, instável e heterogêneo. 
● Elementos de caracterização do Estado Medieval: 
cristianismo, as invasões bárbaras e o feudalismo. 
● Cristianismo visava a universalização da ideologia 
católica. Buscava a unidade da Igreja em um 
momento que não se via uma unidade política. Para 
a Igreja todos os cristãos deveriam ser integrados 
numa só sociedade política (ideia do Estado 
Universal = afirmação do Império como unidade 
política). 
» Teocentrismo Cristão (obediência ao Senhor 
Feudal e a Deus). 
● Os bárbaros entraram no território romano, 
formaram reinos, fixando raízes. Várias unidades 
políticas foram se formando, resultando no 
aparecimento de numerosos Estados. 
● É possível vislumbrar no período: constante 
situação de guerra, invasões de povos estrangeiros, 
indefinição de fronteiras políticas etc. 
● Surge o feudalismo: as invasões e as guerras 
internas tornaram difícil o desenvolvimento do 
comércio. Assim, valoriza-se, enormemente a posse 
da terra, de onde todos, ricos e pobres, poderosos 
ou não, vão tirar os meios de subsistência. Desta 
forma, toda a vida social passa a depender da 
propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-
se um sistema com diversos feudos, tendo cada um 
sua organização social, administrativa, econômica, 
militar, judicial, estabelecendo moedas, tributos e 
pesos e medidas diversos. Cada feudo tinha sua 
ordem jurídica própria, desvinculada do Estado. 
 
IDADE MODERNA 
(final da Idade Média – século XV – até o final 
do século XVIII – Revolução Francesa, em 
1789). 
 
►Estado Moderno – As deficiências da 
sociedade política medieval determinaram as 
características fundamentais do Estado Moderno. 
● Desperta a consciência para a busca da unidade 
através de um poder soberano, no sentido de 
supremo, reconhecido como o mais alto de todos 
dentro de uma precisa delimitação territorial 
(unidade territorial dotada de poder soberano). 
● Surgem os primeiros Estados centralizados 
(nacionalistas e independentes). 
● Centralização do poder político 
(institucionalização do poder político, nacionalista e 
independente). 
● A maioria dos autores indica três elementos para 
a existência do Estado, embora divirjam quanto a 
eles. De maneira geral, costuma-se mencionar a 
existência de dois elementos materiais (o território 
e o povo), e um elemento formal (governo 
soberano). 
● O conceito de soberania foi desenvolvido 
inicialmente por Jean Bodin, no século XVI (Teoria 
do Direito Divino). 
● A aliança entre burguesia e o rei foi exitosa e 
alicerçou a criação de Estados absolutos (o rei 
encarna o ideal nacional e todos os poderes do 
Estado). 
● O poder não está mais representado na figura de 
Deus, mas no homem (que se reveste de alguns 
elementos de divindade, ele é infalível, seus atos 
estão sempre corretos), assegurando a verdade das 
ações do soberano, ainda que incompreensíveis 
aos olhos humanos dos seus súditos. 
● Prestigia-se o individualismo que favorece o 
capitalismo comercial e a burguesia. 
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► Estado Romano – manteve as 
características básicas da cidade-Estado, a civitas, 
durante muitos séculos. Somente nos últimos 
tempos é que Roma passou a integrar juridicamente 
os povos conquistados e seus respectivos 
territórios, porém, mantendo um sólido núcleo de 
poder político em benefício da unidade e 
ascendência da Cidade de Roma. 
● Da mesma forma que na Grécia, sempre teve mais 
importância pertencer à comunidade que ao 
território; ou seja, o que identificava ou 
caracterizava o meio político não era somente o fato 
de viver em um lugar específico, mas de pertencer a 
um grupo de pessoas determinadas através de 
adesão e de acordo com o direito. 
● A cidade-Estado passou pela monarquia, pela 
república e, por fim, se converteu em Império. De 
qualquer maneira, é possível vislumbrar instituições 
políticas definidas, apesar de que na fase imperial 
(mantidas as instituições políticas republicanas, na 
teoria) a palavra final cabia incontestavelmente ao 
imperador. 
● Considerando a cidade de Roma = centralização 
política (sentido: núcleo de poder político). 
● Os historiadores e cientistas políticos destacam o 
poder do Senado durante a civilização romana (com 
destaque para a república), embora a proeminência 
do rei na fase monárquica e do imperador na fase 
imperial. Desse modo, destacam que a aristocracia 
foi o regime político por excelência. 
►Observação: FUSTEL DE COULANGES ressalta 
que gregos e romanos não conheceram os direitos 
individuais, apenas, os direitos e deveres políticos. 
O homem antigo tinha dever de devoção aos 
negócios públicos, nenhuma ou quase nenhuma 
liberdade individual. 
 
 
 
 
● Multiplicidade de centros de poder: reinos, 
organizações religiosas, feudos etc., dando ensejo 
à descentralização política. 
● A Idade Média é marcada pela divisão total da 
Europa numa infinidade de feudos, que viviam em 
absoluta descentralização política. O poder político 
estava pulverizado entre os vários senhores 
feudais. 
● O poder é determinado pela propriedade. Ter 
terras passa a ser sinônimo de poder. Nesse 
período a Igreja passa a dominar a vida cotidiana e 
emerge como o maior poder dos dez séculos que 
forma o medievo. Nenhuma forma de poder terreno 
pode ser soberana, só o poder de Deus 
(teocentrismo). 
● Permanente instabilidade política, econômica e 
social, gerando uma intensa necessidade de ordem 
e de autoridade. 
● Confusão entre a vida particular e pública. 
● Surge uma nova classe social: a burguesia. 
● A partir do século XIV, o panorama começa a 
sofrer mudanças. Auxiliados pela burguesia 
nascente, os reis aumentam ou restauram sua 
autoridade, progressivamente diminuindo o poder 
dos senhores feudais e da Igreja. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Visão antropocêntrica = o burguês será 
reconhecido como homem de ação, administrador e 
empreendedor por excelência, mediante o incentivo 
à capacidade decompetição e ao individualismo. 
● O homem do medievo passa de servo da gleba, 
praticamente propriedade do senhor feudal, para 
súdito do rei. 
● O absolutismo serviu fundamentalmente para 
assegurar a unidade territorial dos reinos, 
sustentando um dos elementos fundamentais da 
forma estatal moderna: o território. 
● Separação entre a vida pública e a privada. 
● O capitalismo necessitava de normas 
impessoais/gerais que desse segurança e garantias 
aos súditos (burguesia em ascensão), para que 
pudessem comercializar e produzir riquezas (e 
delas desfrutar) com segurança e regras 
determinadas. Pois bem, enquanto no medievo o 
senhor feudal foi proprietário dos meios 
administrativos, tributários, aplicando sua própria 
justiça e tendo seu próprio exército, no Estado 
Moderno, centralizado e institucionalizado, esses 
meios não são mais patrimônio de ninguém, mas, 
conduzidos/regulados pela própria máquina estatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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